O socialismo ama de amor perdido a liberdade de expressão

O meu texto desta semana no Observador.

‘Estou a pensar explorar um novo caminho profissional, seguramente muito bem sucedido. Até tem possibilidades de internacionalização (verão que sim mais lá em baixo). Vou – digo já, para vos aliviar da curiosidade – escrever um manual de boas maneiras para esta era do ‘tempo novo’ em que novas formas dos cidadãos se relacionarem com o poder (do PS, façam vénias por favor) são necessárias.

E começo pela mais evidente. Pessoas portuguesas: não se pode fazer humor com essa pessoa magnífica que é Sua Excelência o primeiro-ministro, Dr. António Costa (e nada de se lhe dirigirem por menos do que esta fórmula completa). Sua Excelência o primeiro-ministro, Dr. António Costa foi obrigado, a contragosto e com grandes sacrifícios pessoais, a tomar as rédeas do governo de Portugal, entregue até aí a uns celerados de extrema-direita que apanharam os votos dos eleitores à traição em 2011 e outra vez em 2014. Devemos, por isso, usar sempre do mais escrupuloso respeito quando nos referirmos a Sua Excelência o primeiro-ministro, Dr. António Costa. O peso que tem sobre os ombros é gigantesco, o trabalho é hercúleo, pelo que se recomenda – na verdade, exige-se – deferência e gratidão.

Posto isto, devo congratular o twitter por ter suspenso a conta que parodiava Sua Excelência o primeiro-ministro, Dr. António Costa. E os cidadãos conscientes que, presume-se, denunciaram a indecência de haver quem ousasse fazer humor com Sua Excelência o primeiro-pinistro, Dr. António Costa. Bravo, são uns heróis. De facto, os governos com pendor esquerdista radical, como o da geringonça, só se aguentam muito tempo nos casos em que se podem calar os opositores políticos e, preferencialmente, enviá-los para a prisão. Folgo em ver que há quem na nossa boa esquerda não esqueceu a primeira parte desta boa lição.’

O resto está aqui.

3 pensamentos sobre “O socialismo ama de amor perdido a liberdade de expressão

  1. bintoito

    Merco besta corrida por meio saldo de mula manca
    A arrastar o estribo albarda caída de cilha folgada
    Ossada bicuda a furar a pele traseira toda empenada
    Cabresto aos nós corda roída que os abanos desanca

    Moscas no lombo prontas ao ninho atrás das orelhas
    Aos solavancos soltando sonoros imundos a cada patada
    Cascos moídos feitos em farelo sem cangalha amarrada
    Lá vai ruminando a palha curtida de gastas golpelhas.

    Pelo sumido ensebado basta ajeitar-lhe os sarilhos
    Rebarbar-lhe os cascos para lhe calçar uns meotes
    Que de crinas assoveladas ensaia logo uns pinotes
    No arrasto do chocalho o estafermo foge aos trilhos

    Dente arreganhado cor de feno cata-vento no roncar
    O fedor podre que expele de tanta névoa nem cheirá-lo
    Não nos contam os arreios se é burro mula ou cavalo
    Mas tem qualquer ferradura pronto coice para dar

  2. Tiro ao Alvo

    Alguém lembrou, há uns dias, que os regimes totalitários de esquerda garantem a liberdade de expressão; o que não garantem é a liberdade depois da expressão.
    Oxalá as coisas não se agravem…

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