Um bom indicador sobre as notações atribuídas pelas agências de rating à dívida pública portuguesa são os credit default swaps (CDS). Assim foi em 2010/2011, antes do pedido de resgate.
Face à recente evolução das yields e a proximidade da reavaliação de risco pela única agência que mantém a notação acima de “lixo” (DBRS comunica decisão no final de Abril), julgo ser importante conhecermos como estão a ser transaccionadas os CDS das obrigações portuguesas (fonte Deutsche Bank Research):
Convém relembrar que, se DBRS baixar a notação da dívida portuguesa, além dos bancos nacionais não poderem mais apresentar esses títulos no BCE como colateral também esta instituição deixa de os poder comprar no mercado secundário. Receita para novo pedido de resgate.
Para quem não reparou, as trapalhadas sucedem-se como na campanha eleitoral. Primeiro uma por semana, depois uma por dia, e agora é quase à hora. É ver o que um ministro vai dizer ao estrangeiro sobre a TAP e comparar com o que diz o senhor dos olhos azuis no parlamento sobre tudo o que não sejam rotas. A campanha de despejo da culpa para cima da Europa está em marcha.
Mais uma foto muito esclarecedora.
eheheh
JP-A, essa é mesmo para guardar!!!
Já agora, também podemos guardar esta para memória futura: http://www.jornaldenegocios.pt/economia/financas_publicas/detalhe/orcamento_de_passos_complica_a_vida_de_costa_em_bruxelas.html
A. Costa e Associados apenas está pragmaticamente a tirar partido, enquanto poderem, de uma situação, das circunstâncias. Chamem-lhe negociar ou qualquer outra coisa.
É sempre a sede do poder.
A “Moeda Única” foi um bluff que “alguém” fez a “alguém”.
Alguém persuadiu, alguém aceitou. Um erro cuja correção vai ser mandatória e nada fácil.
Nada impedia “alguém” de criar uma ou muitas moedas a seu gosto. Boa sorte.
Já outra questão foi o obrigar as Nações soberanas da Europa a entrar EM EXCLUSIVIDADE nessa moeda única.
Nada deveria ter impedido, tal como no Reino Unido, as Nações Europeias de manter as suas moedas, administrar !!! à sua escala e exclusiva responsabilidade !!! a sua economia e finanças. O resto seriam as usuais operações cambias.
Porquê a exclusividade, a moeda “única” ?. Agora percebe-se porquê.
O espartilho da exclusividade, imposto às ex-soberanias, às ex-democracias europeias, permitiu individamentos astronómicos por governos venais e corrutos.
Seriam possíveis semelhantes desporpocionados, discutíveis empréstimos e respectivos CDS com Moedas, Bancos, Orçamentos de Estado na moeda nacional e no caso português, com uma genuína Assembleia da República?.
No centro da “Europa” já se fala em reorganizar a casa.
Brevemente será “every man for himself”. A. Costa certamente que sobreviverá.
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