As charlatanices orçamentais da “geringonça”

Artigo do André Azevedo Alves no Observador

A vontade de poder a qualquer custo de Costa depois da derrota eleitoral colocou o PS, o governo e o país reféns da extrema-esquerda. Os efeitos desse preocupante arranjo começam a tornar-se evidentes(…)

O resultado final, bem patente no duro parecer da Comissão sobre o esboço orçamental apresentado pelo Governo de António Costa, dificilmente podia ser mais claro: em poucos meses, a “geringonça” destruiu o (frágil) capital de credibilidade lenta e dolorosamente acumulado ao longo dos últimos 4 anos.

O descrédito é evidenciado desde logo na (expectável) rejeição da inacreditável tentativa de classificar como medidas temporárias a reposição de salários na função pública e a anulação dos cortes aplicados às pensões mais altas(…)

A vontade de poder a qualquer custo de António Costa depois de uma pesada derrota eleitoral colocou o PS, o governo e o país reféns da extrema-esquerda. Os efeitos desse preocupante arranjo – afinal a grande inovação da “geringonça” – começam a tornar-se demasiado evidentes. O caminho que leva das charlatanices orçamentais até uma nova bancarrota pode ser muito curto e a “geringonça” arrisca-se a sair muita cara aos portugueses.

5 pensamentos sobre “As charlatanices orçamentais da “geringonça”

  1. Joaquim Carreira Tapadinhas

    Se a estupidez pagasse imposto seria mais fácil pagar a dívida externa. Já enjoa o mau gosto de chamar “geringonça” a um acordo entre partidos legais que representam pessoas. Isto é tão abjecto que nem dá para perceber tanta má formação cívica.

  2. Joaquim Amado Lopes

    Tem toda a razão, Joaquim Carreira Tapadinhas. Defender que o desGoverno chefiado por António Costa tem legitimidade política e que o que ele diz merece alguma credibilidade é tão abjecto que nem dá para perceber tanta má formação cívica. Mas não menospreze a possibilidade de quem defende o desGoverno ser apenas inacreditavelmente estúpido.

  3. Joaquim Carreira Tapadinhas

    Acho inteligente que se chama estúpido ao interlocutor que tem uma opinião diferente da nossa, porque quando somos dotados da sabedoria divina, temos toda a razão para ofender e fazer análises psicológicas sobre os infelizes. Talvez, até quem pensa diferente de nós devesse ser preso por ter tal atrevimento. A educação já era!

  4. Joaquim Amado Lopes

    Joaquim Carreira Tapadinhas,
    O “estúpido” não faz melhor porque não pode/sabe mas o “com má formação cívica” não faz melhor porque não quer. Assim, chamar “estúpido” ao interlocutor é de certeza insulto menor do que acusá-lo de “má formação cívica”.

    Quanto a “Talvez, até quem pensa diferente de nós devesse ser preso por ter tal atrevimento.”, quem o defende de forma consistente são precisamente os apoiantes da geringonça.
    Nunca me viu defender que alguém seja impedido de exprimir a sua opinião, por muito estúpida que seja. Mas é recorrente nos partidos da extrema-esquerda a proposta de limitar o que os outros podem dizer e o recurso à violência verbal e agressividade física para impedir de falar os que defendem o contrário do “politicamente correcto”.

    Portanto, a sua reacção de “virgem ofendida” soa apenas a hipocrisia.

  5. Joaquim Carreira Tapadinhas

    Nasce-se estúpido e não se é estúpido porque se quer ser. A formação cívica adquire-se na e está na nossa mão possuí-la e eu não quis dizer que o meu interlocutor não a possui. O país está cheio de problemas, milhões de pessoas passam fome e nós, servimo-nos das novas tecnologias para estarmos a criar confusões. Quanto à hipocrisia é um valor que é consumido por muitas pessoas poderosas e já é um luxo a sua utilização por gente vulgar como eu. Sem rancor. Um abraço lusitano.

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