
- Entre tantos considerandos, suposições e até uma lúrida investida, que, não obstante a graça do elogio, terei candidamente de recusar, torna-se complicado encontrar contra-argumentos na réplica da dra Raquel Varela ao meu artigo. Tentarei fazê-lo ainda assim, numa empreitada que, contas à Marx, me renderia uma soma significativa;
- Para que fique claro, o propósito da minha resposta ao artigo da dra Varela não era criticar o salário dos médicos ou enlevar o salário dos CEOs, que no caso era do António Mexia, mas poderia bem ser de Rui Nabeiro. Era apenas fazer o contraditório à disparatada teoria de que um CEO, para justificar o que ganha, rouba terceiros, ou, na dialética marxista, apropria-se das mais-valias dos trabalhadores. Este é um corolário da teoria do valor do trabalho de Marx, credo no qual a dra Varela deposita a sua fé;
- Aproveitando a leva, repus alguma verdade dos factos. A dra Varela fala de salários de 2200€/mês. Na sua resposta ao meu artigo jura, e repete a jura, que se referia a salário líquido, mas basta consultar o artigo original para perceber que não há qualquer referência a salário líquido. Ignoremos isto, um quark no meio de piores maleitas, e regressemos aos valores referidos no artigo da dra Varela. Ela refere que um cirurgião com 30 anos de serviço em exclusividade aufere 2.200€. Mesmo em valor líquido, o valor está errado. Uma vez mais: um médico com 30 anos de serviço público em exclusividade aufere, segundo a tabela salarial em vigor em 2014, cerca de 5000€ (brutos). Admitindo que é casado e tem dois dependentes descontará cerca de €681 de TSU, €1.483 de IRS e €96 de sobretaxa. Em termos líquidos receberá €3287 por mês, acrescidos os duodécimos. Descontada a obscenidade de impostos são mais 1000€ que o referido pela dra Varela. Mais 50%. Não é desprezível. Mais ainda, se esse cirurgião fizer horas extra de urgência ou cirurgias em horário supletivo esse valor chega, não raras vezes, a valores muito superiores;
- Com os devidos pressupostos uma galinha é um helicóptero e voa. Esse é, grosso modo, o exercício intelectual que a dra Varela tenta fazer com a realidade: pega na sua teoria marxista e vai moldando a realidade para que esta se adapte aos seus axiomas — atira a galinha ao ar na esperança que esta voe; quando cai, a culpa é dos capitalistas, dos CEOs, dos neoliberais e quejandos. Fê-lo com a segurança social, fá-lo com os voluntários que ajudam nos supermercados e «roubam» empregos de assistentes sociais, fê-lo com o Martim, que com prosápia a colocou no seu devido lugar, e fê-lo com a genial «a dívida dos portugueses ao Estado não existe», como se a dívida do Estado português fosse um ónus da tribo Maori. E continua a fazê-lo despudoradamente, porque à extrema-esquerda tudo é permitido, e porque gera audiências;
- A propósito dos considerandos sobre corporate finance em que a dra Varela afirma que o salário de um CEO entra como custo de produção das empresas, convém recordar que toda a massa salarial entra como custo para as empresas, não é apenas o salário do António Mexia. Se este é pago em acções, que por sua vez podem dar direito a dividendos — ninguém é «pago em dividendos», dra Varela —, que são tributados em sede de IRS como qualquer outra mais-valia ou rendimento de capital, é uma decisão da empresa. Se o CEO não justifica o que ganha competirá aos seus accionistas despedi-lo;
- Aliás, serão os accionistas irracionais? Dado que o salário do CEO entra como custo, reduzindo, portanto, o lucro potencial da empresa, que é, recorde-se, a diferença entre proveitos e custos, a ser distribuído posteriormente como dividendos aos accionistas, porque haveriam os accionistas de assumir esse custo? Porque, imagine-se, acham que a acção do CEO pode ser determinante para aumentar os resultados da empresa. Ou seja, o CEO custa efectivamente menos do que o benefício que acresce à empresa. Quando tal não acontecer é despedido;
- A propósito de António Mexia, um esclarecimento adicional a bem da verdade: o salário fixo é de 600 mil Euros, com uma componente variável que, se plenamente satisfeita, acresce até ao montante máximo de 1.9 milhões de Euros. Esta componente variável varia em função dos resultados da empresa, e estes rendimentos são quase integralmente tributados à taxa de 48% + 3% sobretaxa de IRS;
- Como pode constatar, dra Raquel Varela, é possível criticar as ideias sem ataques pessoais. Veja neste artigo um pequeno manual, que, pese embora ter custado capital e trabalho, lhe ofereço gratuitamente, restando-me a consolação que Marx se contorcerá algures em Highgate;
- Quanto ao facto de eu ser «um jovem ansioso por chegar aos corredores do Ministério da Saúde para traficar um bem essencial, a saúde», um «candidato a gestor hospitalar», e que eu me resumo «em duas linhas», que basicamente consistem em dizer uns «cretinismos em inglês» — afinal, é isso que os «business man» dizem —, querer ir para «empresas privadas capitalizadas com dinheiros públicos» para «parti-las às postas», ou a investida do «Clooney charmoso», enfim, ignorarei.
No meio disto tudo não percebo o porquê de comparar o salário de “um cirurgião” (denota ser um cirurgião qualquer de qualquer hospital) com o salário do António Mexia (referimo-nos a uma pessoa específica que por acaso é o CEO de uma das maiores empresas a atuar em Portugal). Não faria mais sentido comparar o salário de “um cirurgião” com o salário de “um CEO”, ou seja, com o salário de “um CEO” de uma qualquer empresa portuguesa (por exemplo, comparar com os salários dos CEOs das pequenas empresas portuguesas)??
Não consigo perceber como uma pessoa que se identifica no seu blogue como investigadora comete um erro básico de comparação. Não podemos comparar o rendimento médio de uma profissão com o rendimento médio de uma pessoa específica!! Não faz qualquer sentido.
Também não percebo porque a autora da comparação se limitou a uma simples comparação. Porque não fez a mesma comparação a outras pessoas ou profissões, como por exemplo deputados da assembleia da república ou eurodeputados. Talvez desta forma também conseguisse indignar as pessoas, ou parte delas, relativamente aos salários auferidos por deputados e eurodeputados. Ou então comparar salários entre médicos e enfermeiros.
Tratou-se apenas de uma forma populista de conseguir a indignação das pessoas através de uma comparação absurda.
Enfim, Raquel deslocada da realidade Varela, a ser, Raquel deslocada da realidade Varela.
Como é fácil ser de esquerda neste país, é só apontar o dedo e esperar que ninguém analise o que foi dito, too bad, que finalmente, alguém se começa a dar a esse trabalho.
A esta Raquel Varela digo: – Marxismo e Comunismo nunca !! Enfim, uma personagem tonta, uma falsa humilde bem típica das personagens daquelas ideologias. Mas o que choca é a sua facilidade em descambar para o insulto pessoal. Que se dedique aquelas conferências fatelas que anda a dar pelo país.
clap clap clap clap clap
Gabo-lhe a pachorra de tentar catequizar um crente, O insucesso é mais que garantido.
Continua num erro- um assistente graduado sénior ou chefe de serviço so é possível um médico chegar a esse nível que houver vaga no respectivo serviço do hospital – se não houver vaga fica por assistente graduado aliás a maioria dos médicos nunca passará de assistente graduado
hotboot, eu nunca disse que todos os médicos chegam a assistentes graduados sénior. No entanto, a vasta maioria dos médicos com exclusividade e 30 anos de serviço chega.
A sra. dra. Raquel Varela está para o marxismo como o daesh está para o corão
” disparatada teoria de que um CEO, para justificar o que ganha, rouba terceiros, ou, na dialética marxista, apropria-se das mais-valias dos trabalhadores”
Para efeitos de debate, permita-me que reformule esta frase do seguinte modo:
” disparatada teoria de que um CEO, para justificar o que ganha, (desvia recursos de) terceiros, ou, na dialética marxista, apropria-se das mais-valias (da restante sociedade)”
Qualquer economista neste blog concordará que a economia é um sistema de trocas, isto é, o dinheiro não se gera sozinho (a não ser quando ocorre inflação), portanto, parafraseando Lavoisier, “numa economia, nenhum dinheiro se perde, nenhum dinheiro se gera, todo o dinheiro muda de mãos”
Neste sentido, não considero a teoria nada disparatada, muito pelo contrário.
Total perda de tempo comentar esta traveca…
“(…) e tudo o que este consome (carro, gasolina, casa etc. – tudo benesses dos gestores) entra como custo de produção das empresas”
Acho que esta parte também merecia resposta. Até parece que é típico que “tudo o que um CEO consome” seja pago pela empresa, incluindo a casa.
O carro, até dou de barato, se bem que não são só os CEOs a beneficiar disso. Se é tão contrária a esse regime, é pedir ali à geringoça para mudar a lei. Eu pessoalmente, apoio.
Agora, o Mexia tem casa paga é? É que parece bem mais provável “funcionários públicos deslocados” terem subsidios de habitação que os CEOs de empresas, ou até o Mexia. E também parece mais provável que um casal remediado tenha a conta do supermercado coberta com os €300/mês de subsidio de refeição pagos em cartão, que o Mexia.
MAL, nitpicking, mas um médico com 30 anos de serviço, provavelmente já não tem dois dependentes, a não ser que sejam daqueles membros da “mais bem preparada geração de sempre” que ainda não sairam de casa porque €1000/mês não bastam para formar família.
Nuno, seja. Retire 200€ ao salário líquido mensal. São 3000€, então.
Excelente resposta!
“6.Aliás, serão os accionistas irracionais? Dado que o salário do CEO entra como custo, reduzindo, portanto, o lucro potencial da empresa, que é, recorde-se, a diferença entre proveitos e custos, a ser distribuído posteriormente como dividendos aos accionistas, porque haveriam os accionistas de assumir esse custo? Porque, imagine-se, acham que a acção do CEO pode ser determinante para aumentar os resultados da empresa. Ou seja, o CEO custa efectivamente menos do que o benefício que acresce à empresa. Quando tal não acontecer é despedido;”
O autor confunde sistemática e deliberadamente acionistas em geral com acionistas que escolhem o administrador. Na grande maioria das empresas o capital encontra-se disperso e a administração é nomeada por uma percentagem do capital. Essa percentagem (frequentemente menos de 50%, raramente mais de 51%) só paga parte dos salários do CEO. UM CEO favorável a negócios com empresas dos acionistas maioritários vale muito mais do que ganha. Ou um que empreste dinheiro sem garantias a empresas dos acionistas, ou um que seja parente ou amigo dos acionistas. Há também o caso de empresas que dependem do Estado, quer como fornecedoras, quer por atuarem num mercado que tem de ser muito regulado, como a EDP. Nesse caso ter muitos e bons conhecimentos é vantajoso.
Em qualquer caso raramente é o talento puro e simples que se vende.
A malta em que a Varela se inspira: https://uspdigital.usp.br/tycho/CurriculoLattesMostrar?codpub=27A349723452
A academia de São Paulo no seu esplendor:
Disciplinas ministradas
2007 Estudos sobre o Materialismo Histórico
2005 Estudos sobre o Materialismo Histórico
2001 Estudos sobre o Materialismo Histórico
1998 Estudos sobre o Materialismo Histórico
1997 Estudos sobre o Materialismo Histórico
jo, se a estrutura accionista está descontente com o CEO pode marcar uma Assembleia Geral, ameaçar depor a Administração e exigir um outro CEO.
Excelente. Um senão: o artigo é bom para as pessoas decentes, para a Varela não interessa nada que ela nem o percebe….
“Qualquer economista neste blog concordará que a economia é um sistema de trocas, isto é, o dinheiro não se gera sozinho (a não ser quando ocorre inflação), portanto, parafraseando Lavoisier, “numa economia, nenhum dinheiro se perde, nenhum dinheiro se gera, todo o dinheiro muda de mãos”
Não.
O dinheiro gera-se criando produtos/serviços que interessam a outras pessoas. O dinheiro representa valor que as pessoas dão a produtos e serviços, coisas. Até a vida tem preço. Não existe uma equipa de 1ºsocorros a cada 5km de auto-estrada.
A Raquel Varela talvez queira discutir o valor das obras de arte por exemplo, Vamos supor que o Homo Occidentalis e Cristão era varrido do mapa mas ficava a Ceia de Leonardo da Vinci de valor incalculável. Qual seria o valor nesse caso?
Valor incalculável para nós, um Islamita do Cairo talvez a queime. Um Roy Lichtenstein vale quanto num mercado de Bangcoque? Em Nova Iorque vale milhões.
Ou seja a senhora tem a arrogância de querer definir o que é o valor de algo. E claro só ela tem direito de dizer o que é o valor certo.
Com aquele ar de …. não sei como sequer se atreve a fazer ataques pessoais.
Quando olhei até julguei que fosse o Kadafi 🙂
Posso (se ela ler este comentário) ou pode pedir à Prof.ª Dr.ª Varela que vá assim como está vestida na fotografia à mesquita de Lisboa? É só para separarmos as Mulheres das míudas…
José7.. ouvi dizer que há um jogo novo inventado em Colónia. A Prof. Dra. Raquel Varela pode não gostar de jogar, não sei.
Pobreza…
Esta fica bem. O resto aqui: http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/2016-01-11-Desabafo-de-um-jovem-medico-torna-se-viral
“7. Vivo num País em que quem comenta o penalti e o fora de jogo acha que sabe o suficiente para ditar o certo e o errado naquilo que faço todos os dias. Em que aqueles técnicos de ideias gerais, a quem chamamos jornalistas, e os seus amigos comentadores profissionais, se sentem à vontade para “cagar lérias” sobre aquilo que desconhecem e não têm capacidade técnica para apreciar. É um facto. Por mais de 9 euros à hora… Julgo eu, porque nunca me mostraram o recibo de vencimento!”
maria, também acha que uma pessoa não pode ser produtivo o suficiente para ganhar 2 milhões de Euros?
A “doutora” Raquel Varela escreveu “cretinismos em inglês” para não lhe devolverem a expressão, pela distinção subtil de que os cretinismos em que é fértil são normalmente expressos em português. Esqueceu-se de que sempre que alguém ouve ou lê os termos “cretina” ou “cretinismo” é precisamente dela que se lembra.
O Mário Amorim Lopes afirma que os accionistas caso não estejam satisfeitos com o desempenho do CEO podem sempre afastá-lo. Isso é verdade, mas as coisas não são tão lineares assim, uma substituição de um CEO contra a vontade deste, traz sempre instabilidade em termos reputacionais à imagem da empresa, além de que o CEO ao ser afastado unilateralmente pelos accionistas está na posse de informação valiosa sobre o mercado em questão que pode muito bem transmitir por retaliação às empresas rivais. Eu diria que em mais de 75% dos casos pesados estes fatores e mesmo estando insatisfeitos com o desempenho do CEO os accionistas não tomam esta atitude drástica, só mesmo em última instância. Isto são questões complexas, mas o autor coloca isto de uma forma tão linear como se fosse a coisa mais lógica e fácil efetuar.
Muito bom post. Rasgou a Raquel toda (não que seja difícil) baseado exclusivamente em factos. Parabéns pela paciência.
MAL,
a sua resposta foi incompleta. Os rendimentos – quer se achem altos ou baixos -têm que ser analisados à luz da lei da procura e da oferta. Não adianta estar a falar de salários de 5000 ou de 2000 euros/ mês numa base puramente arbitrária; acaba por não ter nenhum substrato científico porque este valor pode ter uma amplitude qualquer baseado no conceito do justo ou injusto (aquele que as pessoas acham que merecem).
Deveria ter pegado na deixa da Raquel Varela “Quem faz privada ganha ainda menos, porque deixa o regime de exclusividade.” para lhe demonstrar que o salário público é artificial, arbitrário, inflacionado. Se o médico recebe menos no privado então é porque a lei da oferta e da procura ajustaram o salário para baixo, no entanto, se no público este salário é maior que no privado, então é porque temos o contribuinte (principalmente o contribuinte do privado) a co-subsidiar parte do salário.
Segundo, são sempre os detentores do capital, accionistas ou empresários, que decidem como querem distribuir os resultados líquidos do exercício. Estes podem querer premiar a estrutura toda -mediante o cumprimento de objectivos- da base ao topo, como fez agora a Auto Europa, ou só os gestores encarregados da estratégia da empresa. Mas podem eventualmente não querer distribuir nada, e essa decisão compete única e exclusivamente aos detentores do capital.
O facto de as empresas premiarem os trabalhadores não tem, na maior parte das vezes, uma função filantrópica. Estas fazem-no porque sabem que os objectivos alcançados mais que cobrem os custos dos prémios.
Ora, para uma empresa sobreviver num mercado concorrencial é necessário que a estratégia da empresa esteja sempre na vanguarda, comparativamente à concorrência. É muito difícil para uma empresa com alguma dimensão manter-se na frente se não distribuir prémios ou incentivos por alcance de objectivos. Se isto não ocorrer os funcionários acomodam-se ao salário base e mantêm a produtividade inalterada de um ano para o outro (ou mesmo ainda, diminuem a produtividade), e como a concorrência não dorme, esta seria facilmente apanhada e passaria para o pelotão de trás.
Devia ter explicado que é isto (os prémios) que faz com que as empresas se excedam, criem produtos inovadores, e baixem os preços aos consumidores (numa gestão eficiente de processos e recursos). A concorrência é isto tudo!
Como no público não há concorrência, não há incentivos para melhorar a produtividade, melhorar processos, e minimizar custos, custos esses que são imputados ao contribuinte.
Deveria ter perguntado à Raquel Varela se ela concordava que os clínicos de que ela fala, devessem ter um prémio indexado à produtividade (tal como acontece no SNS australiano)? Uma vez que o Mexia teve que apresentar resultados para ganhar o prémio, porque não dar o mesmo tratamento ao médico? Ao salário base acrescer um prémio por cada acto clínico bem sucedido?
Muito elegante resposta.
Alguém deveria dizer à Dra. Varela que o facto de um autor (como Marx) ser adorado e estudado não torna as suas teorias certas. Era giro que a Dra. Raquel Varela explicasse a quem o Cristiano Ronaldo está a roubar quando ganha um milhão de euros por dia.
Já agora, à Raquel Varela não lhe passa pela cabeça comparar o salário do médico com um dos estivadores do Porto de Lisboa.
hustler, bom acrescento. Note que eu evitei uma discussão muito técnica sobre o assunto. Se já assim é complicado…
Raquel Varela resolveu agora publicar no seu facebook um poema supostamente escrito por um médico dedicado ao autor deste post. Revela portanto de que tipo de massa de é feita, massa por sinal mal cheirosa. Raquelinha, nem para o inferno a posso mandar por consideração ao diabo. Vá comendo uns rissóis e bolinhos de bacalhau nos intervalos do seu turismo pelos portos Europeus para estudar essas sumidades que são os sindicatos dos estivadores. Gostava de conseguir entender a capacidade que Portugal tem de produzir gente deste baixo calibre como RV. Enfim…
Olhe Mariozinho, o artigo não fala em salário líquido, mas se visse o vídeo veria a Raquel apresentar um recibo de vencimento de uma médica com todas as características por ela enunciadas e ouviria a Raquel a referir que o vencimento é líquido.
Acabou esta discussão. Isto é muito mau para ser verdade. Que andam a fazer estes jovenzinhos de meia tigela?
Antoninho, isso não é nada, comparado com o que têm entornado por aqui…
Maria, Vc. é um ser humano que não presta. Não perco mais tempo consigo.
“As farolices da Dra. Varela” é um título por demais respeitoso. Se queres ser respeitado, respeita o outro. Entendeu António? Não conheço a Raquel, nem conheço o Mário, mas isto é inadmissível. É preciso ter lata para se ser comentador, sem ver/ler/ouvir todos os factos.
Maria, se não fosse o respeito pelos donos deste blogue, eu responderia-lhe com um verso em vernáculo insultuoso idêntico ao partilhado por aquela desmiolada. Passe bem e aprenda a escrever os seus argumentos com mais e melhor conteúdo. Passe bem.
“responder-lhe-ia “, deve ficar mais bem!
Não se preocupe em insultar-me. Há por aqui muitos e não vi censura.
Mario. Contra factos não há contas. Os recibos de vencimento na posse da Dra Raquel mostram os 2500 euros. Qualquer conta feita por si que chegue a um valor diferente significa apenas que ou o Mario ou a entidade patronal do médio estão a fazer mal as contas. Comparar com o Mexia realmente é má comparação. Trata-se de empresa com monopolio até há poucos meses e que na pratica o mantém. Vamos antes comparar com outros CEOs altamente premiados e comendados como os da PT, BPN, BES, BPP, BANIF, BCP, que levaram as respectivas empresas à falência ou quase e que nem por isso deixaram de receber os seus vencimentos milionários. Por isso a sua teoria de que recebem em função da produtividade / lucros da empresa cai por terra. E escusa de fazer contas e continhas com a arrogancia de quem pensa que consegue convencer alguém com meias verdades. Obviamente que parte os acionistas tem muitas outras formas de fazer dinheiro que não são os dividendos. Obviamente que escolhem o CEO que favorece esses objectivos de curto prazo.
Aconselho-o por isso a deixar o mundo de 2007. Bem vindo ao mundo pos 2008 que demonstrou que todas essas suas teorias ignoram uma miriade de factores que desmentem o seu raciocinio.
Maria,
presumo que seja médica.
Diga-me, qual é a formula matemática que usa para calcular um salário de um médico. É o número de anos de estudo *1000 euros? É o salário médio nacional * coeficiente da mais nobre das profissões (provavelmente a sua opinião)? É o salário médio* coeficiente de numerus clausus de entrada no curso de medicina? É o salário médio* grau de dificuldade do curso de medicina? A seguir mostre-me também a fórmula que determina o salário em função da antiguidade da profissão.
Mostre de forma clara, como se determina o valor dos salários, seja de médicos, seja de outra profissão qualquer. Quando o fizer, aí poderá argumentar – com mais ou menos lógica – a noção de justo ou injusto.
Uma excelente pergunta para fazer a quem de direito. Quanto ao presumir, presume mal. Pense antes numa reformada, ou, quem sabe, pensionista.
Maria,
Se não sabe, não pode argumentar se o valor é justo ou injusto. De facto, mais valia nem sequer ter opinado uma vez que não tem quaisquer argumentos válidos.
É isso mesmo. Satisfeito?
Luis, é desonesto pegar num recibo de vencimento, que apresenta um caso isolado, e extrapolar para todos. Da mesma forma que há um cirurgião que não progrediu na carreira, há outros que ganham muito, muito dinheiro. A questão é a média. A média ganha o que está estipulado na tabela salarial. É muito? É pouco? Não fiz qualquer considerando sobre isso. Quanto ao resto, enfim, deixo-o navegar sem terra à vista.
Era um post a comparar um salário de um médico que deve andar entre 1000€ e 20000€ com um CEO que ganha 2 milhões€. A conversa onde já vai. O que interessa se o médico ganha 800€ ou 100000€? A questão é a mesma.
Maria, quão produtivo seria um político que tivesse evitado que Portugal caísse na bancarrota e tivesse de reduzir pensões a não sei quantas pessoas? Será que valeria 2 milhões de €, será que lhe daria 20 milhões de € para ele ter evitado? Quanto é que se perdeu por Portugal estar na situação em que está? É só comparar…
Mário Amorim Lopes, centre as suas energias a argumentar com gente que saiba mais do que nós pois a RV sabe é muito… Quanto ao insulto ignore pois a sujeita parece sofrer de perturbação mental.
Maria, obrigado pela correcção, a senhora exprime-se num Português que é brihante, só é pena que ninguém consiga perceber com clareza as ideias que defende. Não pretendo nem pretendi insultar a Maria, olhe escrevo-lhe de Matosinhos portanto apareça para um peixe grelhado…
SRA DONA RAQUEL É DE “ESQUERDA”, COMO TAL, TEM TODA A RAZÃO NO QUE ESCREVE, PORQUE EM PORTUGAL, QUEM É DE “ESQUERDA” TEM SEMPRE RAZÃO, E QUEM NÃO É DE “ESQUERDA”…É FASCISTA (QUE NÃO TEM NADA A VER COM COMUNISMO: O COMUNISMO É MUITO PIOR !!!).
ALIÁS, ELA ESTÁ “MUITO BEM”, NA FOTOGRAFIA, TUDO O QUE USA É DE PROLETÁRIA. SE TODAS AS COMUNISTAS FOSSEM COMO ELA ESTÁ NA FOTOGRAFIA…MUITOS DE NÓS…PASSÁVAMOS A SER “COMUNISTAS”…