Síria: back to basics XXVI

assadandfriend

Vale a pena ler o artigo The West’s Dilemma: Why Assad Is Uninterested in Defeating Islamic State, de Christoph Reuter.

In the fight against Islamic State, the West is considering cooperating with the Syrian army. There’s a hitch though: Assad’s troops aren’t just too weak to defeat IS — they also have no interest in doing so.

(…) Elsewhere, attacks by Assad supporters and by Islamic State have likewise taken place with astonishing temporal and geographic proximity to each other. Near the northern Syrian city of Tal Rifaat in early November, for example, an IS suicide attacker detonated his car bomb at an FSA base, though without causing much damage. Just half an hour later, two witnesses say, Russian jets attacked the same base for the first time.

Unsurprising Cooperation

Was it a coincidence? Likely not. There have been dozens of cases since 2014 in which Assad’s troops and IS have apparently been coordinating attacks on rebel groups, with the air force bombing them from above and IS firing at them from the ground. In early June, the US State Department announced that the regime wasn’t just avoiding IS positions, but was actively reinforcing them.

Such cooperation isn’t surprising. The rebels — in all their variety, from nationalists to radical Islamists — represent the greatest danger to both Assad and IS. And if the two sides want to survive in the long term, the Syrian dictator and the jihadists are useful to each other. From Assad’s perspective, if the rebels were to be vanquished, the world would no longer see an alternative to the Syrian dictator. But the rebels are also primarily Sunni, as are two-thirds of the Syrian populace — meaning that, from the IS perspective, once the rebels were defeated, the populace would be faced either with submission and exile, or they would join IS. (…)

5 pensamentos sobre “Síria: back to basics XXVI

  1. André Miguel

    Finalmente começam a perceber.
    Tirar Assad do poder com o país em guerra seria o caos total e absoluto, é impossível mudar de regime no meio de uma guerra. Primeiro há que pacificar o terreno. Assad sabe disso e portanto a paz não lhe interessa muito, porque a acontecer é corrido em dois dias.
    É por isto que é tão fácil perceber como é que ainda não derrotaram um grupo terrorista que está confinado a um território, que necessita uma cadeia de abastecimento complexa mas funcional. Afinal bastaria cortar essa cadeia de abstecimento. Energia, comunicações, estradas, água e saneamento, sem isto o daesh estaria derrotado em 3 tempos. Continuar a usufruir de tudo isto só é possível com a colaboração do regime de Assad. Não estamos a falar de células terroristas incógnitas e com grande mobilidade, mas sim de um território identificado! Há muita hipocrisia em todo este filme…

  2. Buiça

    Que disparate pegado. São tão sunitas os jihadistas como os dos exércitos profissionais directamente financiados e apoiados pelo “ocidente” para se vingarem de a “primavera” não ter resultado na Síria. O ponto essencial é que nenhum terrorista na síria sobrevive sem o apoio directo dos EUA ou dos seus fantoches na região. Ninguém se questiona como é que estes “radicais islamicos” são os únicos muçulmanos no planeta que parecem não ter o mínimo interesse em avançar sobre Israel estando ali mesmo ao lado?
    Quem não tem interesse em acabar com a guerra são os que estão a sacar o petróleo por zero, tanto da síria como principalmente do Iraque que devido ao IS não tem controlo sobre os lucrativos poços do norte. O mesmo Iraque onde apesar de tropas no terreno e uma invasão efectiva, demoraram mais de 8 anos até conseguirem montar um governo que legislasse sobre os direitos do país a receitas petrolíferas. E este é o ponto: enquanto não houver governos, continua-se a sacar sem pagar o maior custo de qualquer barril, que é o que se paga ao país de onde ele sai. O IS começou exactamente no mês em que Bagdade aprovava a sua primeira lei dos recursos naturais.
    E depois do bonito filme na Líbia ainda há quem acredite em histórias da carochinha? Isso sim um mistério. Sejam quais forem as intenções (e não é complicado entende-las) a guerra na Síria representa uma evidente invasão/destruicao de um país por guerrilhas financiadas directa ou indirectamente pelos EUA. Pelo menos a centésima no último século. Impressionante como a cada nova campanha aparecem opiniões virginais sobre ser diferente desta vez.

  3. José7

    Este texto parte do pressuposto que os rebeldes são os “bons” da fita, facto que está longe de ser demonstrado. Aliás a única coisa que está demonstrada é a capacidade dos yankees só fazerem porcaria desde o fim da WW II em matéria de política de negócios estrangeiros, como se prova com o que fizeram nas colónias portuguesas capitaneados por esse ícone da imbecilidade que era o Kenedy…

  4. “Continuar a usufruir de tudo isto só é possível com a colaboração do regime de Assad. Não estamos a falar de células terroristas incógnitas e com grande mobilidade, mas sim de um território identificado!”

    André Miguel, olhe para o mapa:

    O EI controla tanto ou mais território que o governo (e com certeza muito mais que o Exercito Livre Sírio ou a Al-Nusra); dizer que o governo sírio poderia acabar com o EI se quisesse parece-me pouco lógico: afinal, por essa ordem de ideias também poderia acabar com os outros grupos rebeldes.

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