Consta que a redacção do Público ficou muito descontente com o facto do PCP se ter inspirado no website do jornal para fazer a remodelação do seu próprio website. Recordemos ao Público que, sendo o website um meio de produção — em terminologia marxista — a sua propriedade é colectiva, pelo que o PCP se advoga do inteiro direito de, enquanto membro da coligação que apoia o Governo de Esquerda, açambarcar-se de trabalho alheio, que mais não é do que as mais-valias do proletariado usurpadas pelo patronato. Ou algo assim. Mais ainda, a imitação é tão somenos a convergência natural dos movimentos. Se já era difícil perceber se estávamos no Público ou num website de esquerda, agora torna-se mesmo impossível. Aliás, um artigo como «Solidariedade com a Venezuela Bolivariana» poderia bem ter vindo do Público, tão grandes que foram as menções laudatórias à vitória desse grande estadista que foi Hugo Chavez.
Se há coisa que o Público não faz, é inspirar-se no trabalho de outros!
O mais caricato da situação é que até acho a suposta “cópia” melhor que o original. Por incrível que pareça.
Eu cá axo que o bermelho já era do PCP. Atão eu axo que o jornal público roubou a cor ao PCP. Do resto eu não sei nada.
Não sei porque se queixa o Publico. o PCP nacionalizou a sua página, não é o que defendem?
Quando o investimento criativo e a estratégia de diferênciação (a nivel gráfico) são nulos e se opta por soluções de base, o risco de aparecer “alguem que teve ideia o igual” é elevado.
(Ai eu já pensei mandar pintar o céu. Em tons de azul, pra ser original. Só depois notei que azul já ele é. Houve alguém que teve ideia igual / Rádio Macau)
Não há assim tantas semelhanças. No canto superior esquerdo de um site aparece um ‘P’ de Partido, enquanto no outro está um ‘P’ de Pasquim…
Consta que no Boston Globe (http://www.bostonglobe.com/) também ficaram muito incomodados quando o Público se ‘inspirou’ no website deles.