O Bloco Homeopático

Como escreveu o Luís Aguiar-ConrariaDado que em Portugal o Bloco de Esquerda é, provavelmente, o principal promotor de homeopatetices económicas, e já há vários anos, faz todo o sentido que, agora que estão em vias de conseguirem os seus intentos no âmbito da política económica, mantenham a pressão na política de saúde.

(vídeo via Nuno Miguel Guedes)

 

10 pensamentos sobre “O Bloco Homeopático

  1. paparazzy

    A homeopatia pura e simplesmente não tem NENHUMA base científica. E não me tragam pseudo-estudos de sites brasileiros ou aquelas senhoras que tomam Calcitrim para os ossos. Não existe qualquer evidência através de verdadeiros estudos (revisões sistemáticas; estudos randomizados; meta-análises etc).

    “Eu tomei e fiquei melhor.” Se eu tiver uma amostra de 200 pessoas com dor de cabeça, e der uma pastilha de farinha (e disser que é Paracetamol), podem ter a certeza que no mínimo 10% vai ficar melhor. Mas isto é efeito placebo. O mesmo que a homeopatia.

    Isto não é de estranhar vindo de uma senhora (Catarina Martins) que diz que prefere um Médico sorridente do que um competente. E ainda quer ser esta gente a tomar as rédeas do SNS…

  2. Fernand Personne

    Com médicos não avaliados mas felizes, homeopatia e leitura das auras, se morrerem mais doentes a culpa será de quem?

  3. Gil

    Talvez fosse bom que soubesse que, actualmente, há um número elevado destas clínicas a funcionar e que, pela (falta de) legislação actual, a fiscalização é pouco mais que nula. Logo, faz todo o sentido a proposta.

  4. Fernando S

    No essencial, o que o BE pretende é que o SNS gaste mais dinheiro com as medicinas alternativas e que os respectivos profissionais liberais passem a estar, como os convencionais, isentos de IVA.
    Ou seja, como em muitas outras “causas” da esquerda, trata-se de promover consumos de categorias sociais “urbanas”, com mais estudos e com rendimentos acima da média, à custa do orçamento do Estado.
    Adicionando todas estas “causas” não espanta que no final falte dinheiro ao Estado para o que é mais importante (incluindo a saude) para ajudar os mais desfavorecidos e para o equilibrio das contas publicas.

  5. Alberto Silva

    Se eu estiver doente, o que me interessa é a cura estando ela cientificamente ou não provada. Além do mais legislar sobre essa matéria permitirá regular o setor e esclarecer melhor os cidadãos.
    A Organização Mundial de Saúde (OMS) aconselha os seus estados membros a regular a Homeopatia de forma a garantir a inocuidade dos produtos que são comercializados sem prescrição médica. A OMS reconhece que, apesar de se verificar um aumento da utilização de produtos homeopáticos, são poucos os estados com regulamentação aplicável. Segundo esta organização, é necessário contrariar a ideia de que não existem riscos na administração de produtos homeopáticos devido às altas diluições. O documento de Estratégia da OMS sobre medicina tradicional 2002 – 2005 “aborda as questões de segurança, qualidade e eficácia da medicina tradicional (MT) e medicina complementar e alternativa (MCA). O principal objectivo destas estratégias é desenvolver um guia técnico de controlo de qualidade e segurança para produtos de MT/MCA.

  6. Fernando S

    Alberto Silva : “Se eu estiver doente, o que me interessa é a cura estando ela cientificamente ou não provada.”

    Obviamente, o que interessa ao doente é a cura…
    Mas o que é racional é que o doente tenha mais confiança em terapias que estejam cientificamente provadas do que nas que não estejam.
    No final, a questão politica central tem a ver com a afectação de dinheiros publicos.
    Como estes são escassos o que faz sentido é concentra-los em meios de cura que estejam cientificamente testados e com resultados comprovados.
    Os outros métodos, alternativos e “tradicionais”, poderão sempre ser livremente utilizados por quem acreditar neles. Mas à custa de quem assim arrisca e não à custa do orçamento do Estado.
    Nada disto obsta a que, em situações precisas e bem delimitadas, a medicina tradicional e alternativa possa ser também ela utilizada complementarmente à medicina convencional … sempre que a sua utilidade seja CIENTIFICAMENTE demonstrada !

  7. Fernand Personne

    “Se eu estiver doente, o que me interessa é a cura estando ela cientificamente ou não provada.”

    Por isso, é que muitas pessoas têm fé e rezam mas a esquerda não valoriza, o que não surpreende. O que surpreende é defenderem a homeopatia, que consiste curar com água e cuja utilidade terapêutica já foi várias vezes cientificamente comprovada como NULA!

    São contra a religião e a fé (consideram-nas superstições) mas a favor de mezinhas e superstições? “Cúerências” de Esquerda – precisavam de ir à bruxa, isso sim!

  8. Alberto Silva

    Que eu saiba estabelecer-se um quadro que regulamente o setor não significa que o Estado diretamente vá afetar recursos a este tipo de tratamentos (pelo menos diretamente). Talvez possam existir umas isenções, uns benefícios fiscais, mas isso existe para outras matérias desde fundos imobiliários, a ativos detidos por SGPS e não vejo grande crítica a estes dois tipos de isenções. Isto é claramente um fait-divers este assunto, sem qualquer relevância, teria passado completamente à margem se não fosse um blogger achar que dava um bom assunto para uma crónica e toma lá vai disto.

  9. Fernando S

    Que se regulamente, tudo bem. De resto, pelo que percebi, ja existem portarias publicadas para diversos cursos.
    Mas que tal não tenha implicações orçamentais. Beneficios fiscais reduzem a receita do Estado.
    Em principio não sou favoravel à atribuição de beneficios a tudo o que “mexe”.
    Os impostos devem ser os mesmos para as diferentes actividades economicas. O mercado, que traduz as preferencias dos consumidores e as possibilidades dos oferecedores, que faça depois a calibragem.
    Mas quando alguns beneficios existem devem ser justificados por um interesse publico evidente.
    Não é o caso das medicinas tradicionais e alternativas.

    Pelo que percebi o “fait-divers” resulta das declarações de um deputado do BE pressionando o actual governo para que seja dado a estas medicinas um tratamento equivalente ao que é dado às convencionais.

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