Pacheco Pereira ao lado de Marisa[Matias]
Vai ser interessante ouvir o ex-ideólogo do cavaquismo justificar o apoio a uma candidatura da extrema-esquerda. Não seria a mais óbvia, confesso.
Pacheco Pereira ao lado de Marisa[Matias]
Vai ser interessante ouvir o ex-ideólogo do cavaquismo justificar o apoio a uma candidatura da extrema-esquerda. Não seria a mais óbvia, confesso.
Até faz muito sentido! Todos eles identificam-se com a mesma causa, ou seja, a proteção da função pública disfarçada de proteção dos pobres. O BE revelou as suas verdadeiras cores, agora que teve de escolher medidas para pôr em prática, como o tal 0,3% de aumento para as reformas mais baixas. Por isso, se pensarmos em termos de hipocrisia, a união dos hipócritas, passa a fazer muito sentido.
Uma verdadeira esquerda nunca, mas nunca, permitiria que uns reformados tivessem 3000 euros de reforma e outros tivessem 300 euros. Ou que uns trabalhadores ganhassem 4000 e outros 500. Mas foram tomadas algumas medidas nesse sentido ? Vejamos, o Jerónimo já não quer saber do aumento do salário mínimo desde que os transportes públicos não sejam privatizados, para que os trabalhadores continuem a usufruir os seus salários de até 10 vezes mais do que o salário mínimo. A Martins também não se importa de dar aumentos de 1 euro em reformas de 300 euros, desde que os reformados da função pública recebam de volta os 300 euros que lhes foram tirados da sua reforma de 3000 euros. E DIZ-SE ESTA GENTE DE ESQUERDA!…
Este Pacheco Pereira é politicamente o ser mais repugnante que conheci em Portugal.
Eu sou daqueles que considera o Pacheco Pereira um homem inteligente e com uma cultura e conhecimento histórico-político muito acima da média dos intervenientes da praça.
E é por essa mesma razão que não consigo perceber esta posição que nos últimos tempos tem vindo a tomar. É que não se trata de uma viragem ideológica, baseada em argumentos sólidos. Ele consegue fazer discursos totalmente “inquinados”, transformando a esquerda numa pura donzela e a direita nuns homens muito maus. Acho que isto tem algo de patológico e não político.
O que uniu a esquerda foi deitar abaixo um governo legítimo, saído das urnas, e mais nada; o resto é vácuo…
E uma verdadeira esquerda nunca, mas nunca, permitiria que os seus deputados usufruíssem dos privilégios escandalosos que actualmente recebem! São HIPÓCRITAS na verdadeira acepção da palavra!