Nota prévia: tenho muita consideração por dentistas. O Dr. Pedro foi, mais do que dentista, um amigo, ferrenho portista, que tornava uma enfastiada cruzada para remover um siso num momento um pouco menos tórrido, pelo menos até à anestesia passar. Dito isto, quando tenho de recorrer a um, faço-o na convicção que este seja efectivamente dentista, e não um açougueiro, um contabilista ou um sociólogo. Especialmente este último.
Assim, é com alguma surpresa, a um canino de distância da apoplexia, que constato que o chefe de gabinete do Ministério das Finanças é médico dentista. Na política há espaço para todas as profissões, especialmente mercenários, mas imagino que o contributo de um médico dentista seja maior num ministério como o da saúde do que num ministério onde convém saber como calcular o ajustamento défice-dívida.
Adenda: também é licenciado em Direito. Retira dentes do siso enquanto vos trata do divórcio. Este post não é pessoal, não conheço a pessoa em causa nem tenho nada contra ela, pelo que decidi omitir o nome. Os mais curiosos terão onde encontrar.
O Insurgente 
Por acaso acho que pode ser necessário, nunca se sabe se vai ser preciso andar atrás dos dentes de ouro que existem por Portugal, para arranjar uns trocos
Acho muito bem, então vai ser preciso muita anestesia bocal para que os Portugueses não venham com reivindicações de falta de cumprimento do programa de entendimento, assim como estão anestesiados não podem dizer nada.;))
O Centeno anda com receio que o BE e o PC lhe partam os dentes. Só pode.
Mas provavelmente é uma pessoa feliz que se divertiu muito enquanto andava a “estudar”, seguindo o critérios da Catarina, é a pessoa perfeita para o lugar.
Bem hoje é só pessoal inspirado nos comentários. Já valeu a pena ler este post pelo que me fez rir.
“Quem é o Chefe de Gabinete do Ministério das Finanças?”
Não interessa. Vamos dizer mal dele.
O que é que faz um chefe de gabinete do ministro das finanças?
Ninguém disse mal dele, apenas questionei se reunia as competências técnicas para o cargo.
Coordena o ministério, planeia e distribui (valida?) trabalho, reune com os assessores, reporta directamente ao ministro, etc.
Qualquer um não fará e não dirá mais disparates do que estes.
http://economico.sapo.pt/noticias/psd-meta-do-defice-ameacada-por-fraca-adesao-de-professores-a-programa-de-rescisoes_236694.html
PSD: Meta do défice ameaçada por fraca adesão de professores a programa de rescisões
Menos de metade aceites. Cambada.
http://www.tsf.pt/portugal/educacao/interior/mais-de-1800-professores-vao-poder-rescindir-com-o-estado-4101136.html
O Ministério da Educação revelou hoje, em comunicado, que dos 3606 pedidos de rescisão amigável, foram aceites 1771 pedidos de professores que agora vão poder rescindir contrato com o Estado.
O chefe de gabinete do Ministro das Finanças é, de facto licenciado e mestre em medicina dentárias mas, também, licenciado e mestre em direito. Tem, para além de tudo, uma percurso interessante na política. E fora dela. Com brilho e reconhecimento dos pares. Basta, creio, fazer uma pesquisa na Internet para saber tudo isto. Talvez porque o chefe de gabinete do Ministro das Finanças faz o favor de ser meu amigo deixo aqui esta mensagem. Friso que com o posicionamento político do chefe de gabinete e com o governo PS nada tenho em comum, antes pelo contrário. No entanto, acho que este género de textos é muito pouco simpático. Oxalá todos os chefes de gabinete de ministro fossem tão competentes como o chefe de gabinete do novo Ministro das Finanças.
Caro Filipe Nunes, tal como referi antes, este artigo não atenta contra a pessoa, tanto que não coloquei o nome. Pus em causa o match entre o cargo em questão e as qualificações que o mesmo possa exigir. Faço o mesmo quando vou ao dentista — não estou à espera de ser atendido por um advogado.
O Mário Amorim Lopes – que eu gosto de ler – fez um texto jocoso que, pessoalmente, acho deselegante. Como refere acima, o trabalho do chefe de gabinete é, sobretudo, e ao contrário de um assessor ou adjunto, político. Pode crer – o cv do chefe de gabinete do Ministro das Finanças é consultável na Internet – que a pessoa escolhida reúne as condições necessárias para o desempenho do cargo. Não deixa de ser interessante que se tenha focado no facto deste chefe de gabinete ter formação em medicina dentária porque omite que também é docente na Faculdade de Direito de Lisboa ou Presidente de uma Junta de Freguesia de Lisboa. Foi uma escolha sua. Só insisto nisto porque tenho o Mário Amorim Lopes em boa consideração.
Caro Filipe Nunes, reforço o que referi, e as minhas acções atestam-no. Não foi jocoso à pessoa em causa, tanto que omiti o seu nome. É jocoso na ligação entre o cargo e as qualificações. Sem desprestígio para a pessoa em causa, continuo a achar que, como chefe de gabinete, alguém versado na confusão que são as finanças públicas talvez tivesse sido um pouco mais prudente. De resto, e reitero-o, não tenho qualquer objecção pessoal ou política quanto à pessoa em questão. Tanto assim é que até sugeri que devesse, ou pudesse, estar no ministério da saúde. Seja como for, espero estar errado, e que corra pelo melhor. A bem do país.
conheço o CG em causa, profissional e politicamente, inclusivé como presidente de uma junta arrancada a ferros ao PSD (deve vir daí a dor de dentes); para me juntar à festa do autor do post acrescento que é/foi coralista do Coral Lisboa Cantat, com certeza que tal ainda o desqualifica mais para o cargo. Um pergunta, quanto chefes de gabinete do MF não eram licenciados em direito? Ridículo.