Na última semana António Costa entendeu demarcar-se – ainda mais – das políticas ao centro (semelhantes às implementadas pela coligação PSD/CDS) e virar-se para a extrema-esquerda.
Primeiro, no debate televisivo com Jerónimo de Sousa, disse que sabe que poderá contar com o PCP e que o diálogo é possível. Dias depois afirmou que, caso a coligação ganhe, inviabilizaria o Orçamento de Estado, apesar disso contradizer o que o próprio António Costa acreditava anos atrás: Prova A e Prova B. Troca-tintas? Sim, mas como irrevogabilidade na política tem outro significado nada garante que não mude de opinião até ao dia 4 de Outubro.
Noto, portanto, que o líder do PS não seguiu com atenção as recentes eleições no Reino Unido. Os trabalhistas também negligenciaram o centro e, consequentemente, “deram” a maioria absoluta ao conservadores. Vital Moreira, da “família chegada” do PS, fez o correcto diagnóstico dos resultados daquele escrutínio eleitoral (via Miguel Noronha). Chamou-lhe “Fábula” (meu destaque):
“Não foram os conservadores que arrastaram o centro político com uma suposta “dinâmica de vitória” (que simplesmente não existia); foram os trabalhistas que o assustaram com a incerteza política e económica que resultaria da sua eventual vitória. Ora, quem aliena o centro perde as eleições.”
António Costa não aprendeu com os ingleses. Está a perder o centro e a tendência das sondagens assim o demonstra. Ainda vai a tempo de recuperar? Talvez. Contudo, o PS já deu muitos sinais de alerta que possui uma “atracção fatal” por políticas da extrema-esquerda que, quando evidenciados, vai tentando esconder.
O Insurgente 
O socialismo morreu e os socialistas estão desesperados sem saber que lugar tomar no espectro político. Não vale a pena voltarem-se à extrema esquerda, pois lá só se encontram meia dúzia de fanáticos maluquinhos. A grande massa dos eleitores são pessoas moderadas que se preocupam com o seu futuro e dos filhos e que já viram que as políticas de esquerda só beneficiam os trabalhadores do estado. É por isso que o PS tem uma grande percentagem de eleitores mais velhos, cujos filhos já saíram de casa e agora só se preocupam com o que é seu, enquanto a coligação recebe tanto votos da faixa etária mais nova como mais velha.
E continua a desdizer-se dia após dia:
«“Aquilo que é essencial é garantir estabilidade e quem tem mais possibilidade de promover esta estabilidade e promover o diálogo é o PS”, defende António Costa questionado sobre possíveis entendimentos pós-eleitorais. »
Isto em apenas 48 horas!
Eu não sei é como é que alguém ainda questiona que Costa é uma pessoa muito mais à esquerda do que se julga. Costa é radical, não o quer mostrar, mas é radical. É muito mais Varoufakis do que se pensa. Só alguns , até alguns idiotas úteis da direita, acharam que ele seria um bom PM para governar ao centro.
ACosta tem medo da palavra empresário, baixar impostos às empresas, foge da palavra exportações, tem medo de defender politicas que defendam a familia.
Resta-lhe o seu braço esquerdo, o LIVRE que não lhe tece uma única critica. Limitam-se a fazer campanha pela negativa.
Chegará o dia, talvez ainda esta semana, em que o LIVRE aconselhará todos a votarem no “mestre” Costa. Aliás naquele partido militam todos os que se tornaram simpatizantes do PS há um ano para apear AJS.
Agora só lhes resta manipular sondagens a favor do PS, e talvez do Livre. Mas a televisão do PSOE e gerida por Sócrates (afinal Sócrates lá conseguiu tomar conta da televisão) se encarregará de pôr o PS a subir a Paf a descer, e o PS com dados loucos, 37% a subir arrumando com PC e BE.
De uma televisão que manipulou hastags na entrevista de PPC à TVI nada mais a esperar.
Depois é só pôr o RAP a dizer umas larachas,
Estamos muit bem entregues,
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