Muito do que António Costa tem dito nos seus debates e discursos assenta no estudo macroeconómico do PS para passar uma imagem de seriedade e de credibilidade. Como se bastasse existir um estudo com números para esse estudo ser sério e credível.
Já anteriormente critiquei este estudo (ver aqui e aqui); e não tendo ainda o PS disponibilizado o modelo que lhe permitiu chegar àqueles números, apenas posso concluir que os números são inventados. De outra maneira, como seria possível concluir que “os efeitos da promoção do papel da lusofonia e de apoio às comunidades portuguesas no mundo” (pág. 24 do estudo) vão criar 136 empregos em 2017, 360 empregos em 2018 e 466 empregos em 2019?
Renovo aqui mais uma vez o apelo ao PS e ao Mário Centeno para disponibilizarem a folha de cálculo que serviu de suporte à elaboração do modelo. Mostrem as contas!
Porque é que o PPC não usou este argumento durante o debate? O outro teria ficado sem resposta.
> disponibilizarem a folha de cálculo
Era só o que falfava. Para ficar ainda mais abundantemente claro que os números são produto de uns coeficientes “totally pulled out of my ass”?
> não usou este argumento durante o debate
O PPC está a facturar numa de passivo-agressivo. Não inclui usar cacetes para desfazer o crânio do adversário, espalhando o recheio na mesa do debate. O público não gosta.
O PS está podemizado. O estudo é uma espécie de livrinho vermelho de Mao que há que levar à letra e inclui planos quinquenais. Conter e direccionar numa folha de excel o comportamento de centenas de agentes económicos não é um acto de fé: só se consegue com uma ditadura e os efeitos são os que vemos em Venezuela e nas autarquias do Podemos após alguns meses de (des)governo.
(“totally pulled out of my ass” é uma técnica ensinada nos programas de “business” mais avançados, se calhar não está disponível nas escolas mais fracas.)
Como se fabricam os números no PS.
Lembram-se?
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