João Miguel Tavares no Público
A sempre tão liberal esquerda, mal fisga uma oportunidade para atacar Passos Coelho, adopta uma postura digna do mais misógino marialva. Nenhuma destas insignes personagens sequer coloca a hipótese de Laura poder ser alguma coisa que não uma extensão do primeiro-ministro. E muito menos ela estar simplesmente a querer enfrentar o estigma da “doença prolongada”, a assumir orgulhosamente o combate ao cancro ou, até, a ajudar outras pessoas com o seu exemplo. É pena que gente como Estrela Serrano, que já mostrou ter tanta paixão pela presunção de inocência, se dispense de a aplicar neste caso. Existindo sempre a hipótese, por mais ínfima que ela a considere, de aquelas fotos não terem sido uma encenação, mandaria o pudor e o bom-senso não arriscar uma interpretação cínica, malvada e asquerosa de um gesto que pode ser apenas profundamente meritório e digno.
LEITURAS COMPLEMENTARES: a gente mais reles que o mundo produziu; a gente mais reles que o mundo produziu (2); a gente mais reles que o mundo produziu (3)
Caro Sr. Noronha, permita-me!
Sobre este assunto, «a cabeça rapada de Laura», revejo-me inteiramente nas palavras, profeticas, do seu colega de blog Carlos Guimarães Pinto escritas a 6 de maio deste ano, se me permite transcrevo-as, sublinhando a frase «há linhas vermelhas verdadeiramente irrevogáveis em política»:
«Não, não e não
Se a coligação, ou mais especificamente Pedro Passos Coelho, insistir em usar isto [notícia do JN sobre a doença desta senhora] para caçar votos deixará de ser, para mim, o mal menor nas próximas eleições. Há linhas vermelhas verdadeiramente irrevogáveis em política. Esta é uma delas.»
( https://oinsurgente.org/2015/05/06/nao-nao-e-nao/ )
A senhora Serrano pertence ao grupo dos que coxeiam da mesma perna!
De tanto coxear estatelou-se na lama!….
Esta aparição pública não se enquadra dificilmente se enquadra numa eventual “tentativa para caçar votos”. Aliás nem foi em qq evento da partidário ou em Portugal. A não ser que julgue que a partir deste instante deve ser sistematicamente escondida do público.
Aliás, quem tornou isto num caso político foram idiotas como João Quadros, Estrela Serrano ou Porfirio Silva que demonstram não ter um pingo de decência.
Há socretinos, como o Valupateta, que vão mais longe. Alvitram a hipótese de ter sido a própria a colaborar no aproveitamento político da sua doença.
Esta gente deixou o retrato de absoluta falta de carácter e da vergonha que não têm.
Caro Senhor Guimarães:
Como dizia uma amiga «os que falam contra Laura, são os mesmos que viram, sem comentar, António Costa a discursar no funeral de Maris Barroso». Assim é.
Caro Sr. Noronha,
a propósito deste assunto deixo uma pergunta para uma situação similar:
Em algum momento a esposa do ex primeiro-ministro, António Guterres, que acabou por falecer, se deixou mostrar e fazer pública figura sobre a doença que padecia?
Em vez disso e por via disso, fica o episódio da gafe do PIB (ver p,f. primeiro comentário a este texto http://delitodeopiniao.blogs.sapo.pt/4843236.html )
Recordo de ter aparecido em público durante a doença.
Se discreta não significa ser invisível.
Caro sr. Noronha,
também eu me lembro de a ver na TV na noite da vitória eleitoral do seu marido, com o reporter da SIC, falha-me o nome, ao seu lado numa mota (o reporter bem entendido). Nessa altura eu, presumo que o Sr. Noronha de igual modo, ou qualquer pessoa que não o soubesse, não imaginaria estar a ver uma doente oncológica. Por isso repito a pergunta: em algum momento, esta senhora deixou fazer pública figura sobre a doença que padecia?
Permita-me igualmente que acrescente, se a senhora Laura Ferreira não fosse esposa de quem é, nem tão pouco fotografada num acto oficial como foi – apesar de ser no estrangeiro, e a sua figura de cidadã valesse por si só, igual atitude só podia ter o meu aplauso. Porém tal não acontece, e por isso, permita-me que repita mais uma vez a frase do seu colega de blog, Carlos Guimarães Pinto: «há linhas vermelhas verdadeiramente irrevogáveis em política».
Como você próprio admite ela nunca deixou de aparecer em público ao lado do seu esposo. Fez bem.
Se você não quer perceber, paciência. O problema é seu.
Caro sr. Noronha,
permita-me que, registe o facto de o sr. não conseguir responder á pergunta que lhe coloquei e, repeitosamente, lhe devolva a sua frase:
«Se você não quer perceber, paciência. O problema é seu.»
AntónioF,
A esposa de António Guterres não se escondeu mas também não fez alarde da sua doença.
Quem é que fez questão de transformar em notícia a presença da esposa de Pedro Passos Coelho num evento público?
Quem foi?
Quem foi? O correio da manhã.

Eu acho que alguém devia por a senhora com uma peruca ou quiçá escondê-la em parte incerta. Assim é que não, porque pode influenciar alguns indecisos que votam por pena.
É isto sr. António F?
Mas espere lá e se não aparecer, e se as pessoas falarem nisso e começarem dizer que ela se esconde precisamente para se falar no seu “desaparecimento” e na sua doença, para assim aproveitarem-se disso para ganhar os votos de alguns indecisos que votam por pena.
É claro que a sua linha é muito encarnada…mas também é muito enviesada.
Caro Manuel,
relembro o meu comentário inicial de subcrever integralmente as palvras de um autor deste blog: Carlos Guimarães Pinto.
Quem “traçou” a linha vermelha não fui eu, eu não me quero apropriar das palavras de ninguém, mas subscrevo e felicito quem as escreveu, pois elas refletem, igualmente, o meu pensamento.
«Não, não e não
Se a coligação, ou mais especificamente Pedro Passos Coelho, insistir em usar isto [notícia do JN sobre a doença desta senhora] para caçar votos deixará de ser, para mim, o mal menor nas próximas eleições. Há linhas vermelhas verdadeiramente irrevogáveis em política. Esta é uma delas.»
( https://oinsurgente.org/2015/05/06/nao-nao-e-nao/ )»