7 pensamentos sobre “As eleições já não são “burguesas”?”
Está notícia é bombástica.
Há muita gente no PSD que em tempos idos foi do MRPP ou da AOC.
Quer que lhe explique a diferente posição de ambos relativamente às eleições?
Luis Lavoura,
“Há muita gente no PSD que em tempos idos foi do MRPP ou da AOC.”
Depois fizeram-se adultos e deixaram-se de(ssas) parvoíces. Outros fazem das parvoíces carreira.
Quem é que não foi revolucionário na juventude, moderado na meia idade e conservador no fim da vida? Não é esse o curso normal das coisas?
Embora, em certo sentido, todos sejamos conservadores: uns lutam por alguma coisa que conservar; outros lutam por conservar alguma coisa!…
Enquanto os partidos tiverem o monopólio da democracia,
enquanto a lei eleitoral não for significativamente revista.
enquanto os media estiverem nas mãos do capital,
votar, mais que inútil, é perverso.
Por isso, a abstenção já é maioritária.
Entretanto, o que aconteceu na Grécia dá-nos alguma esperança.
De uma maneira ou de outra, o que é preciso é mudar, sair deste ciclo/círculo vicioso de opressão e exploração.
João de Brito,
Se cada vez menos votarmos, serão cada vez menos a decidir quem governa, faz leis e decide sobre alterações à lei eleitoral. Mais perverso do que votar nos “partidos do sistema” é afastarmo-nos do “sistema” e defendermos “soluções” fora dele. “Soluções” a que alguns chamam de “soberania popular” mas que mais não são do que alguns que só se representam a eles próprios atribuirem-se o direito de decidir relativamente a matérias sobre as quais ninguém lhes deu qualquer mandato. Ficamos sujeitos ao populismo e à ditatura de uns quantos mais militantes e agressivos que tentarão impôr “soluções” que NUNCA receberam o apoio de mais do que uma pequena minoria.
Compreende-se bem por que razão é isso que o João de Brito defende/pretende. Afinal, a “sua” minoria nunca ganhou eleições nacionais e o João de Brito acha isso injusto. Mas a democracia, com todos os seus defeitos, é muitíssimo melhor e mais justa do que a “soberania popular” das manifestações e das greves.
Se o seu problema é só os partidos poderem apresentar listas à Assembleia da República, junte-se a quem partilhe das suas ideias, forme um partido e candidate-se. A maioria dos eleitores vota por “clube” mas o eleitorado flutuante é bastante significativo e, com os abstencionistas, tem muito por onde ganhar votos.
Apresente as suas propostas, convença os suficientes a votar em si de modo a ser eleito, mostre trabalho e mais o seguirão. E talvez consiga chegar ao ponto de poder mudar a lei eleitoral.
Mas não é isso que o João de Brito quer. O João de Brito quer que as coisas sejam como acha que devem ser e vê uma injustiça no facto de poucos concordarem consigo e as suas opiniões não vingarem. Mas democracia é precisamente isso e é mesmo assim que deve ser.
Há duas coisas piores que a ditadura da maioria. São a ditadura de minorias e a ditadura de um.
O João de Brito pode não conviver bem com o respeito pelas ideias dos outros e pretender que as suas ideias valham mais do que as dos outros. O problema é seu.
Pelo que me diz respeito, posso não gostar de muita coisa neste país mas sei que a minha opinião só vale mais do que as opiniões de todos os outros juntos para uma pessoa: para mim.
E quero que continue. Imagine qual é a minha posição relativamente a quem pretende impôr as suas opiniões contra a vontade dos demais. Ainda mais quando se trata de alguém que, como o João de Brito, só demonstra ignorância, “preguiça mental”, superficialidade e vacuidade.
Está notícia é bombástica.
Há muita gente no PSD que em tempos idos foi do MRPP ou da AOC.
Quer que lhe explique a diferente posição de ambos relativamente às eleições?
Luis Lavoura,
“Há muita gente no PSD que em tempos idos foi do MRPP ou da AOC.”
Depois fizeram-se adultos e deixaram-se de(ssas) parvoíces. Outros fazem das parvoíces carreira.
Quem é que não foi revolucionário na juventude, moderado na meia idade e conservador no fim da vida? Não é esse o curso normal das coisas?
Embora, em certo sentido, todos sejamos conservadores: uns lutam por alguma coisa que conservar; outros lutam por conservar alguma coisa!…
Enquanto os partidos tiverem o monopólio da democracia,
enquanto a lei eleitoral não for significativamente revista.
enquanto os media estiverem nas mãos do capital,
votar, mais que inútil, é perverso.
Por isso, a abstenção já é maioritária.
Entretanto, o que aconteceu na Grécia dá-nos alguma esperança.
De uma maneira ou de outra, o que é preciso é mudar, sair deste ciclo/círculo vicioso de opressão e exploração.
João de Brito,
Se cada vez menos votarmos, serão cada vez menos a decidir quem governa, faz leis e decide sobre alterações à lei eleitoral. Mais perverso do que votar nos “partidos do sistema” é afastarmo-nos do “sistema” e defendermos “soluções” fora dele. “Soluções” a que alguns chamam de “soberania popular” mas que mais não são do que alguns que só se representam a eles próprios atribuirem-se o direito de decidir relativamente a matérias sobre as quais ninguém lhes deu qualquer mandato. Ficamos sujeitos ao populismo e à ditatura de uns quantos mais militantes e agressivos que tentarão impôr “soluções” que NUNCA receberam o apoio de mais do que uma pequena minoria.
Compreende-se bem por que razão é isso que o João de Brito defende/pretende. Afinal, a “sua” minoria nunca ganhou eleições nacionais e o João de Brito acha isso injusto. Mas a democracia, com todos os seus defeitos, é muitíssimo melhor e mais justa do que a “soberania popular” das manifestações e das greves.
Se o seu problema é só os partidos poderem apresentar listas à Assembleia da República, junte-se a quem partilhe das suas ideias, forme um partido e candidate-se. A maioria dos eleitores vota por “clube” mas o eleitorado flutuante é bastante significativo e, com os abstencionistas, tem muito por onde ganhar votos.
Apresente as suas propostas, convença os suficientes a votar em si de modo a ser eleito, mostre trabalho e mais o seguirão. E talvez consiga chegar ao ponto de poder mudar a lei eleitoral.
Mas não é isso que o João de Brito quer. O João de Brito quer que as coisas sejam como acha que devem ser e vê uma injustiça no facto de poucos concordarem consigo e as suas opiniões não vingarem. Mas democracia é precisamente isso e é mesmo assim que deve ser.
Há duas coisas piores que a ditadura da maioria. São a ditadura de minorias e a ditadura de um.
O João de Brito pode não conviver bem com o respeito pelas ideias dos outros e pretender que as suas ideias valham mais do que as dos outros. O problema é seu.
Pelo que me diz respeito, posso não gostar de muita coisa neste país mas sei que a minha opinião só vale mais do que as opiniões de todos os outros juntos para uma pessoa: para mim.
E quero que continue. Imagine qual é a minha posição relativamente a quem pretende impôr as suas opiniões contra a vontade dos demais. Ainda mais quando se trata de alguém que, como o João de Brito, só demonstra ignorância, “preguiça mental”, superficialidade e vacuidade.