As alminhas(inhas) Tiago Ivo Cruz e Ana Bravo – que argumentam o racismo e a misoginia de Hergé – foram grandes perdas para o analfabetismo. E agora – pegando nesta infalível tese sobre a ausência de mulheres nos livros de Hergé, que não é mais do que um apagão ao mulherio – decidi-me a deixar de ler a Jane Austen. Como se sabe, ou TODAS as realidades do mundo estão contidas dentro de uma obra literária ou essa obra é negacionista disto e daquilo. Quer escrever um romance passado em 2015? Pois não pense descrever só êxtases sexuais, traições, lágrimas e por aí. Ou bem que inclui a descrição detalhada do período de ajustamento acordado com a toika, os números do desemprego (preferencialmente com gráficos mostrando os dados da Pordata) e uma ou outra notícia contestatária da austeridade ou nenhuma editora o publica, porque está a apagar a crise que se vive agora. E faz favor de incluir uma ou duas violações e uma mulher morta pelo ex-marido, que ainda é acusado de negacionismo da violência sexual e doméstica sobre as mulheres.
Mas regressando a Jane Austen, afinal aquilo tudo se passa ao mesmo tempo que as guerras napoleónicas e nem vislumbre delas nos livros (há uns militares a distraírem as irmãs Bennet em Pride and Prejudice e as meninas casadoiras – outro conceito que agora devia ser proibido de aparecer na literatura de todos os tempos, que como se sabe hoje uma mulher não tem de ter a ambição de casar – em Persuasion, mas nem uma batalha, nem a descrição da estratégia de Waterloo, népias). E com tanto romance, não há vestígio de sexo nos livros – eventualmente apenas a sugestão de que Charlotte preferia manter o marido, Mr Collins, clérigo e o maior lambe-botas da literatura, à distância. É certo que os desejos andam à solta (e as adaptações para televisão facilmente os evidenciam), mas de the real thing, nada. Proscreva-se Jane Austen das bibliotecas e das livrarias. JÁ.
Cocktail de sólida estupidez nacional e de ” air du temps” importado.
Os dois imbecis merecem o momento de “glória de patamar de escada”…
Ali por Espanha o que dá à a esquerda de 36: “consejales” podemitas fazem piadas com o holocausto, gozam com as vítimas mortais da ETA ou das vítimas da criminalidade tão jovens quanto 17 anos ou ainda ameaçam guilhotina para alguns: nunca se foi tão baixo. A esquerda é uma miséria
É do género dos que querem banir o Huck Finn por causa da palavra “nigger”. Porque toda a gente sabe que a cultura não deve retratar realidades politicamente incorrectas ou costumes desusados…
Enfim, esta gente podia ser útil à sociedade mas prefere gastar o tempo assim.
O Tio Patinhas que se ponha a pau! A seguir toca-lhe a ele…
Isto é demais: dum lado temos os barbudos do turbante, do outro a esquerdalhada, adivinham-se tempos cada vez mais difíceis – e perigosos – para quem gosta da Liberdade…