O secretário-geral do PS, António Costa, advertiu esta quarta-feira que o Governo que sair das próximas eleições não pode ficar dependente da vontade do Presidente da República, nem de jogos partidários, defendendo o caráter soberano do voto popular.(…)
“Não podemos deixar nem aos jogos partidários, nem à vontade do Presidente da República a escolha do novo Governo. No país de abril quem vota e quem escolhe os governos é o povo – e vai ser o povo a escolher o próximo Governo”, declarou o líder socialista, recebendo uma prolongada salva de palmas.
Considero estranhissimas estas declarações de António Costa. Ou desconhece em absoluto a constituição que jura amar de todo o coração ou pretende confundir os eleitores e está a mentir deliberadamente.
Que se saiba desde o final dos anos 70 que os governos tem tido origem em maiorias parlamentares e sido lideradas pelo partido mais votado nas eleições legislativas. Aliás, desde essa altura só Jorge Sampaio decidiu demitir um governo e convocar eleições.
Convém ainda recordar que o governo não é eleito. Este é nomeado pelo PR tendo em consideração os resultados eleitorais. E a regra tem sido sempre a do parágrafo anterior.
Mais uma vez nenhum jornalista lhe pediu para clarificação as declarações. Nunca se lembram.
E o PR é eleito por quem? Pelos raelianos?
Exacto. No caso português o PR também tem legitimidade eleitoral (ao contrário de outros países). Não se percebe os aplausos perante tamanha cretinice.
Quem é que ainda há pouco tempo queria que o PR deitasse abaixo um governo com maioria absoluta para provocar eleições antecipadas conforme convinha ao seu cardápio e calendário eleitoral, porque alegadamente já não tinha legitimidade democrática [demonstrada por sondagens que entretanto desapareceram misteriosamente], assim que o anterior secretário-geral do PS foi deposto depois de andar a fazer de palhaço? Quem? O Costa Concórdia é um desastre tão grande que desconfio que quando chegar aos debates vai inventar um desculpa para não ir. É que ele sozinho ainda consegue não dizer nada ou debitar baboseiras manhosas e mentirosas, mas em debate vai ser todo desmantelado às peças, tal é a habilidade com que faz do Tó-Zero o ídolo do actual PS. E que saudades devem ter dele lá no rato.
Acho, sinceramente, que nenhum dos jornalistas saberá o mínimo olímpico de regras e leis.
De qualquer forma, gostava imenso de saber onde é esse “país de abril”. Só para não entrar por engano.
Para memória futura:
Este tipo andou a apregoar que Portugal tem necessidade de acordos alargados, mas caso o povinho não lhe dê o que ele quer, vai ser o primeiro a boicotar o futuro do país – ele e os seus coleguinhas socráticos impregnados no partido. Veremos se assim será ou não. Este já nem as sardaniscas socialistas engana.
É simplesmente a demagogia a funcionar … o que conta não é o que é mas o que se consegue que pareça ser !…
Neste caso a é a tese populista de que em Portugal existiriam poderes fortes e abusivos que contrariam a vontade popular, tese esta que é utilizada para tentar passar a ideia de que votar em Costa é a melhor garantia de que os cidadãos comuns vencem os poderosos !
Costa abre a guela porque julga que berrando, ao estilo PS e muito ao estilo Sócrates, acha que os papalvos passam a acreditar nas balelas do lider socialista.
Eu perguntaria a Costa se ele está por acaso a falar do ex-PR Sampaio, que resolveu e decidiu dissolver a AR que tinha uma maioria eleita pelo povo, para colocar lá os amigos do PS e o maior verme que alguma vez a democracia portuguesa conheceu: José Sócrates?
Ou estará Costa, indirectamente a mandar recados ao padrinho Soares, o verdadeiro “dono” do PS que segundo hoje noticia a Revista Sábado na sua capa, “Soares disse a Costa para sair da Câmara”.?
Deve ser isto que vem à memória de António Costa. O democrata, defensor da Constituição que se pudesse ia para o poder sem se sujeitar ao desprezível voto da populaça.
Já nada me espantaria, depois de vermos estes “sábios ” do PS defenderem o maior verme da democracia portuguesa. José Sócrates.
Costa tornou-se rapidamente num político Frankenstein, combinando os tiques ditatoriais dos últimos ditadores venezuelanos e a sucessão de dislates de Mário Soares.
Quem terá sido que legitimou o atual governo e o anterior de triste memória a que pertenceu? Será que quer acabar com os partidos e riscar do mapa constitucional a Assembleia da Republica? E as palmas vieram de mãos de manequins que trabalham a pilhas?
“… nem de jogos partidários, defendendo o caráter soberano do voto popular …”
Exactamente o contrário. O PS na sua “boa” tradição, apenas aparelha o seu novo, virgem, candidato a PM tentando que o incauto eleitorado esqueça o destrutivo historial dos PMs, made in PS, precedentes.
_ Sim, o País há 40 anos está dependente dos “jogos partidários”, ou seja do mal disfarçado conluio entre PS e PSD.
_ Não, o “voto popular” não tem “carácter soberano” pois APENAS o pessoal dos partidos PS e o PSD é “soberano” e pode eleger (ou recusar ! ) directamente, em nome, os seu representantes.
Ps. Quantos ás palmas … Sempre que Margaret Tatcher num comício proclamava. “há três razões para votarem no nosso partido: a primeira, a segunda e a terceira.”
Imediatamente ouvia-se uma estrondosa salva de palmas na congregação. “Why not?.
“António Costa adverte…”. Mas adverte quem? o Costa adverte, arrasa, avisa, o Costa faz e diz o que quer e ainda lhe sobra tempo. Este jornalismo boçal, sabujo e subserviente continua a venerar as mediocridades socialistas e quem os questiona é defenestradado, como aconteceu com o António Costa do Diário Económico que foi o primeiro a dizer que o “rei vai nú”!
Em todos os socialistas há um fascista de esquerda disfarçado.
JS :” “o “voto popular” não tem “carácter soberano” pois APENAS o pessoal dos partidos PS e o PSD é “soberano” e pode eleger (ou recusar ! )”
O JS ainda não reparou que, quer se goste quer não, “APENAS” “os partidos PS e PSD” é que teem ganho as eleições em Portugal, pois não ?
“Soberano” em democracia quer dizer isso mesmo : governam APENAS os partidos que, sozinhos ou em coligação, teem mais votos e constituem maiorias em eleições.
Estas declarações de “paixão clubística” num estado de direito democrático significam legalmente o quê? Ideias estranhas? Só? Então e não há comissão?
Exactamente meu caro Fernando S., exactamente. Democracia.
Cordialmente.
António Costa dirige-se a um país e uma comunicação social de crianças e indigentes mentais. O que conta não é o que diz (até podia descrever como se faz um cozido à portuguesa) mas o tom em que o diz.
Quem o ouve não quer saber do que ele diz porque não quer dar-se ao trabalho de tentar perceber se o que ele diz faz sentido nem se quer recordar do que ele disse antes. Quer apenas ir na onda que “soa” melhor.
Os portugueses têm e continuarão a ter exactamente o que merecem.