José Sócrates dizia repetidas vezes que iria ficar para a história, e que a história lhe faria justiça. E, com razão, ficou. Ficou no historial dos reclusos do estabelecimento prisional de Évora, ficou no historial de suspeitos do Ministério Público — o objectivo final de ficar também como arguído e condenado está próximo —, e fica agora na história de uma manifestação anti-corrupção… no Brasil. Pois bem, a história está-lhe mesmo a fazer justiça, em Portugal e além-mar.
É mesmo parecido!…
Imaginemos que Passos Coelho ou Paulo Portas eram assim referenciados num jornal:
“S. terá intercedido em negócios em Portugal, Angola, Argélia, Venezuela e Brasil para favorecer o grupo L. mas também a construtora brasileira Odebrecht, próxima de Lula, escreve o jornal “i”. Já a revista brasileira “Veja” noticia que a justiça suíça está na posse de dados que ligam a corrupção na Petrobras a “estrangeiros”, precisamente por intermédio da Odebrecht.”
É uma pena o Messias não gostar de casos como o ferro, porque ia ser carnaval na casa da Ana Gomes (como independente, claro) e na AR pelo menos até 2025.
E do bpn, nada, nada?
“E do bpn, nada, nada?”
O BPN está em julgamento e vai ter condenados, sem pressões da direita, nem manifestações ou peregrinações em estabelecimentos prisionais, nem o Presidente Cavaco Silva a insultar os juízes e a justiça à porta. O mesmo no caso de Oeiras e Duarte Lima.
A História não acaba hoje.
E o Vara e a quadrilha do ferro e dos robalos?