Aquando dos cortes nas pensões em 2012 e 2013, comentadores de esquerda e reformados ligados ao PSD usaram vezes sem conta o argumento de que as reformas eram o direito resultado directo dos descontos anteriores. Falou-se em roubo do governo porque aquele dinheiro tinha sido descontado ao longo dos anos e que deveria apenas regressar ao bolso de quem o descontou. A Segurança Social foi tratada como um sistema de capitalização em que o direito à pensão era quase equivalente ao direito à propriedade privada
Se há coisa que esta questão em torno dos descontos de Passos Coelho vem demontrar é que já nem a esquerda mantém essa opinião. Da esquerda à direita somos todos unânimes (ainda que interpretemos de forma diferente a importância do caso): os descontos para a Segurança Social são uma obrigação perante a sociedade que Passos não cumpriu, e não um desconto para benefício pessoal futuro. Se Passos tivesse deixado de contribuir para o seu PPR, niguém se importaria. Se a contribuição para a Segurança Social é uma obrigação perante outros e não um pagamento em prol de benefício pessoal futuro, então podemos concluir que as pensões são também um benefício atribuido pela sociedade (na proporção em que as possa pagar) e não um direito resultado de descontos anteriores. Que este conceito fique para memória futura quando se voltar a discutir o valor das pensões.
que as pensões privadas possam ser reduzidas para contribuir para o sistema publico tambem deve ficar para memória futura…
que o confisco não seja determinado pela montante (ou percentagem) tributado mas pelo que sobra, tambem deve ficar para memória futura…
só para não criarmos a ilusão que contribuindo voluntariamente para um sistema privado podemos precaver o futuro!
Carlos Guimarães Pinto:
O que acaba de escrever, o facto de se tratar de uma “obrigação perante a sociedade”, só agrava o problema. Ou não?
Gil, o de Passos Coelho? Sem dúvida. Aliás, o facto de ser uma obrigação perante a sociedade e não uma contribuição para benefício pessoal é que faz disto um problema
jorge, vá roubar a pqop…
Obviamente que é crime.
No entanto ninguém critica a inoperância dos funcionários que não detetaram e consequentemente não cobraram. É a eficiência do nosso funcionalismo que reclama as sete horas de trabalho. Quantos não contribuíram?
E aqueles que “transferiram” uns muitos euros para as suíças e foram perdoados com 2o% se fizessem retornar o desviozinho….
O dinheiro do Passos faz falta para pagar 1 mês da choruda reforma do Alegre ganha com dois ou três meses de trabalho e descontos. Acho que há mais ladrões da SS que Passos
E a quinta alentejana do Vitorino?
rxcorreia, enganou-se 3 vezes:
1. nunca roubei ninguem
2. a minha mãe não é “colega” da sua
3. não percebe o que escrevi, paciencia