O editor de economia da BBC News, Robert Peston, disse-o no início de Janeiro: o maior risco do euro em 2015 é político e não económico. Economicamente falando, a Europa está mais bem reparada que há 5 anos para a saída da Grécia do euro. O problema são as consequências políticas dessa saída. Peston referiu-se aos outros partidos radicais, de esquerda e de direita, que grassam pela Europa e são contra a União Europeia e, naturalmente, o euro. Não mencionou a entrada da Rússia no jogo.
Mas bem vistas as coisas, ela é natural. Se a UE mete o dedo na Ucrânia, zona de influência russa, Putin faz o mesmo na Grécia, zona de influência europeia. Se não esquecermos que a Grécia se encontra por baixo dos Balcãs, é rival da Turquia, e está em pleno Mediterrâneo, onde a Rússia quis meter o pé desde sempre, tudo se torna ainda mais claro.
Tsipras aproximou-se da Rússia, precisamente porque o braço-de-ferro é político. Ele até pode ceder na sua aproximação à Rússia, mas em troca de uma cedência europeia em matéria económica, como seja a renegociação da dívida grega. Quem pensava que a subida ao poder dos extremistas do Syriza e dos Gregos Independentes só afectaria a moeda única, tem de repensar as suas conclusões.
A dívida pública grega pode tornar-se o palco da luta por um novo equilíbrio europeu.
“Mas bem vistas as coisas, ela é natural. Se a UE mete o dedo na Ucrânia, zona de influência russa, Putin faz o mesmo na Grécia, zona de influência europeia. Se não esquecermos que a Grécia se encontra por baixo dos Balcãs, é rival da Turquia, e está em pleno Mediterrâneo, onde a Rússia quis meter o pé desde sempre, tudo se torna ainda mais claro.”
Sem tirar nem pôr!
Apesar de tudo, a Europa vai querer salvar a face.
E os eufemismos já começaram: a Comissão admite alargar os prazos para a Grécia fazer as reformas!…
E o pior nem sequer é a Rússia.
É o Médio Oriente.
Uma bomba!
Para quem não sabe, a Grécia país da NATO já tem vários sistemas de armas comprados aos Russos há muito tempo. Zubr, S-300 etc.
Por isso é conversa ir agora bater às portas dos Russos. Não é novo.
E quando foi da crise dos mísseis S-300 em Chipre ninguém falou de abandonar a Grécia aos Russos…
Lindo. Viva os USA e abaixo a Rússia!