O salário mínimo não cria desemprego

Fica aqui a evolução mensal do número de desempregados em 2014, já utilizando os dados divulgados pelo INE. Sem usar o google, os leitores conseguem adivinhar em que altura foi aumentado o salário mínimo?

desemprego

67 pensamentos sobre “O salário mínimo não cria desemprego

  1. Se não houvesse salário mínimo nem restrições ao despedimento teríamos mais pessoas empregadas e com maiores salários. O salário é baixo em Portugal porque é difícil despedir. E por ser difícil despedir, é preferível não contratar. E se não se contrata as pessoas agarram-se ao que têm com unhas e dentes.

    A imposição de um salário mínimo e de regras contra o despedimento serve sobretudo os empresários que estão instalados. Quando investir é moroso e falhar é caro, tolhe-se a concorrência.

  2. Nuno Cardoso da Silva

    Francisco Miguel Colaço, mas que chorrilho de disparates!… Nem vale a pena rebater…

  3. jo

    Se não houvesse salário mínimo os salários seriam mais altos. Como seriam mais altos do que os existentes, seriam mais altos que o salário mínimo. Logo o problema com o salário mínimo é não deixar pagar mais que o salário mínimo.
    O mesmo se aplica à liberdade para despedir. Se não houvesse salário mínimo as empresas poderiam despedir e os salários seriam mais altos.
    O que é que esta gente anda a fumar?

  4. Jo,

    Não fumo.

    E o salário mínimo impõe um referencial muito ao jeito dos empresários. Nunca verá empresários daqueles tipo EDP e PT e CIP a pedir a abolição do salário mínimo. Nos Estados Unidos muitos estados não têm salário mínimo e diga-me lá quantos americanos foram viver para Portugal à procura da segurança laboral e de um mínimo salário que este país lhes providencia.

    Se o Jo tiver a paciência para ler, sugiro-lhe que leia «Uma Família Inglesa» de Júlio Dantas, e verá que tem muito a ver com o que acabei de dizer.

  5. jo

    Correlação não é forçosamente causalidade.
    O facto de o Estado ter atingido o limite de estágios pagos que poderia oferecer também ajudou à festa. E só se pode tirar um desempregado da estatística uma vez.

  6. «Correlação não é forçosamente causalidade.»

    Claro, o facto de *todos* os países comunistas serem todos pobres não é causado pelo comunismo nem pelo socialismo. Pode não ser casualidade para um escarralhado, mas é indubitável que a rima orna os versos.

    O IV trimestre é normalmente um trimestre de abaixamento do desemprego em Portugal. No I trimestre é que normalmente aumenta o desemprego. O facto de no IV trimestre deste ano haver um aumento, mesmo se ligeiro, de desemprego, e isso ter sido subsequente a um aumento do salário mínimo, num quadro legislativo de difícil despedimento e de regulações estupidas diz muita coisa da pertinência da medida.

    O salário mínimo só sobe de vez quando for possível despedir. E até se pode fazer isto: ou 505×14 euros de salário mínimo com o contrato presente ou 700×12 com livre despedimento de ambas as partes e sem qualquer indemnização. Quer apostar que todos os novos contratos seriam feitos pelo último modelo?

  7. “O salário é baixo em Portugal porque é difícil despedir. E por ser difícil despedir, é preferível não contratar. E se não se contrata as pessoas agarram-se ao que têm com unhas e dentes.”

    Eu passo…..adiante…..

  8. COMPROMISSO PARA O CRESCIMENTO,
    COMPETITIVIDADE E EMPREGO
    Janeiro de 2012
    C. Despedimento
    O Código do Trabalho prevê a possibilidade de despedimentos do trabalhador por
    inadaptação ou por extinção do posto de trabalho. Nestes termos, as Partes
    Subscritoras acordam a modificação de alguns aspetos do regime jurídico do
    despedimento, nos seguintes termos:
    – No despedimento por extinção do posto de trabalho:
    • Quando na secção ou estrutura equivalente da empresa haja uma
    pluralidade de postos de trabalho de conteúdo funcional idêntico e se
    pretenda proceder à extinção de apenas um ou de alguns deles, deve ser
    atribuída ao empregador a possibilidade de fixar um critério relevante não
    discriminatório face aos objetivos subjacentes à extinção, que permita
    selecionar o posto de trabalho a extinguir, mediante o procedimento e as
    consultas previstos nos artigos 369.º e 370.º do Código do Trabalho;
    • Deve ser eliminada a obrigação de colocação do trabalhador em posto
    compatível.
    – No despedimento por inadaptação:
    • Deve ser eliminada a obrigação de colocação do trabalhador em posto
    compatível;
    (…)

    Click to access CompromissoCrescCompetitividade170112.pdf

  9. Carlos Guimarães Pinto

    Francisco Miguel Colaço,

    É incrível que após tantas décadas disto continue a existir quem não perceba essas coisas (que, apesar de contra-intuitivas, já deveriam ser óbvias). Eu acho que é a nossa profunda incapacidade de explicar em termos simples.

  10. F,

    Tente despedir por inadaptação ou por extinção do posto de trabalho em Portugal.

    Alguma vez trabalhou fora da disfunção pública?

    O meu código de trabalho seria fino:

    1) O trabalhador tem direito ao salário combinado;
    2) O empregador pode esperar trabalho razoável do trabalhador, nas condições combinadas;
    3) Qualquer uma das partes está livre de mandar a outra pentear macacos, em qualquer momento.

  11. Carlos Guimarães Pinto,

    ‘«É incrível que após tantas décadas disto continue a existir quem não perceba essas coisas»

    Amigo Carlos, estaria deveras mais surpreendido se alguma vez percebessem destas coisas (ou de outras coisas quaisquer).

    «Eu acho que é a nossa profunda incapacidade de explicar em termos simples.»

    É um problema deles, de inadaptação à realidade. Alguns diriam alienação. Outros, como eu, escorreitamente os chamam doidos varridos.

  12. E por acaso descobri que adaptação ao posto de trabalho significa, na disfunção impúdica, anos de desconto para a Segurança Social. Está no meu blogue, o Remoques, um caso exemplar de imbecilidade na não-gestão da coisa pública.

  13. Luis

    «Se não houvesse salário mínimo nem restrições ao despedimento teríamos mais pessoas empregadas e com maiores salários. O salário é baixo em Portugal porque é difícil despedir. E por ser difícil despedir, é preferível não contratar. E se não se contrata as pessoas agarram-se ao que têm com unhas e dentes.

    A imposição de um salário mínimo e de regras contra o despedimento serve sobretudo os empresários que estão instalados. Quando investir é moroso e falhar é caro, tolhe-se a concorrência.»

    Concordo plenamente. Tem toda a razão e quem tem PMEs e conhece a realidade do mercado de trabalho no terreno, é honesto e não tem palas ideológicas sabe que as indemnizações por despedimento são uma aberração.

  14. O salário minimo é um dos principais inimigos dos pobres e menos qualificados e um dos principais amigos dos instalados e sindicatos que protegem a sua existência defendendo os “direitos” dos anteriores – para estes sindicatos quanto mais desemprego melhor.

    O salário minimo cria barreiras à entrada no mercado de trabalho e impede que os menos qualificados compitam por um lugar. Associado a isto está a falta de competitividade assegurada pelo emprego garantido a quem já está instalado.

    Sem competição e “progressos nas carreiras” decretado por lei (ou anos de casa) temos o que temos:

    Um mercado de trabalho inerte, com pouca mobilidade e pouca competição repleto de sindicatos a passarem-se por arautos do moralismo e da solidariedade (embora nunca tenham criado um emprego para além de sindicalistas) e uma carrada de desempregados que ainda defendem o diabo que lhes inferniza o seu futuro de vida:

    – uns são ignorantes e deviam ir até à biblioteca estudar o Custo de Oportunidade e a Lei da Oferta e da Procura;
    – outros são fieis à banha da cobra e também querem alcançar um lugar instalado e protegido.

  15. O Salário Mínimo é um dos temas mais excitantes do Insurgente! Oportunidade única para momentos de militância, fantasia, e delírio!!… A “colagem” do aumento do desemprego (recente) com o do SA é fabulosa!!… Além do mais é também uma “justificação” brilhante para a derrapagem que antes de o ser já o era!… Entretanto, e para mal dos nossos pecados, a locomotiva da Europa vai descambar agora que também entrou no clube das nações com SA… http://www.bbc.com/news/business-28140594

  16. Luis

    «O salário minimo cria barreiras à entrada no mercado de trabalho e impede que os menos qualificados compitam por um lugar. Associado a isto está a falta de competitividade assegurada pelo emprego garantido a quem já está instalado.»

    E impede os jovens de entrarem mais cedo no mercado de trabalho.

    Em Portugal praticamente não há estudantes em part-time. Se houvesse desregulação os jovens teriam muito a ganhar e conseguiriam certamente uma maior independência.

  17. @Luis FA,

    Eu tb concordo que talvez seja cedo de mais para fazer uma colagem.

    Contudo a correlação entre regulação do mercado de trabalho e desemprego está mais do que provada.

    Quanto à “militância”… olhe… eu sou um egoísta. E o meu interesse egoísta é que Portugal se torne uma micro potência das próximas décadas. Para isso acontecer temos de liberalizar tudo e começar pelo mercado de trabalho é uma boa ideia.

    Se pensar egocentricamente, pode ficar tudo como está. É ótimo para mim, “liberal”, pois em troca de de impostos para ir alimentando os patos que comem a banha da cobra socialista e reguladora recebo menor competição no meu trabalho o que aumenta o meu custo de oportunidade e coloca o equibirio da oferta e da procura a meu favor. “Business as Usual”.

    Temo é pelos menos qualificados (e pelo país) cujo valor de trabalho não consegue atingir o mínimo ficando condenados às subvenções do Estado – que vida triste…

  18. Luis

    «Contrapõe-se um excesso de imbecis a tempo inteiro.»

    E não podem ser despedidos. Presenciei casos de empregados com mais de 20 anos de casa que se gabavam, fora do local de trabalho, por estragar a produção para prejudicarem o patrão. Em Portugal é comum um defeito tramado: a inveja. É o português vigarista, rasteiro, dissimulado, intriguista, que se vitimiza, invejoso, preguiçoso… uma constelação de defeitos comum numa parte deste povo. As empresas estão cheias desta gente que só acarreta prejuízos ao aproveitarem-se da actual legislação laboral. Os patrões sabem disto, evitam ao máximo contratar e as empresas não crescem.

  19. António Costa é o salvador

    Duvido que politicamente possível acabar com o salário mínimo em Portugal dado o pensamento económico dominante. Sendo assim, para evitar populismo e demagogia do poder político seria interessante indexar o SM à produtividade. Se tal fosse feito o salário mínimo, em termos nominais, teria subido 47% e não 59%…

  20. Filipe gomes

    Avaliação no mínimo pouco sério . Creio que o aumento de desemprego está correlacionado com a pluviosidade verificada a partir de setembro …..

  21. Marco

    Teorias … teorias … e opiniões … pergunto-me se as pessoas que se acham os maiores especialistas sabem da realidade do que falam …

  22. Pingback: O salário mínimo não cria desemprego II | O Insurgente

  23. Fernanda

    Quando o país está na merda, morrem pessoas à espera de serem atendidas em hospitais, os jovens e menos jovens continuam a emigrar, há pobreza e empobrecimento sem fim à vista, o emprego criado é sazonal, precário e criado com esquemas que se conhecem, o IRC diminui, o medo tolhe a civilidade, os patrões honestos referem tudo isto, enquanto outros sacam dos lucros e põem-nos a render em offshores, os grandes empreendedores galardoados a nível institucional são um embuste, os magistrados reunem-se para uma proposta de aumento de vencimento entre 17 e 22%, mais 20% de ajudas de representação e de habitação (enfim, o surgimento de uma super justiça dá trabalho e há que pagar contas), enfim, no meio disto tudo e de muito mais, …..comenta-se sobre o aumento de 20 euros no salário mínimo e na relação mais do que discutível entre esse aumentozão e o emprego/desemprego.

    Oh god make me good but not yet.

  24. A. R

    Acho que é óbvio seja qual for o ângulo: quanto maior o salário “mínimo” maior o número de pessoas com salário 0 (zero ou nulo). Pode-se viver com salário mínimo? Depende de onde se vive e os recursos do trabalhador e da sua família: um bocadinho de terra, um quintal com fruta, uma capoeira podem ajudar. Pode-se viver com salário 0 (zero ou nulo)? É bastante mais difícil! Quem sofre com isto? Mais as pessoas das zonas “menos favorecidas” do país: nomeadamente o interior mais ligado à terra que continuam nesta espiral de desemprego que dá jeito aos socialistas.

  25. Nuno Cardoso da Silva

    “Francisco Miguel Colaço em Janeiro 6, 2015 às 17:15 disse:

    F,
    Tente despedir por inadaptação ou por extinção do posto de trabalho em Portugal.

    Alguma vez trabalhou fora da disfunção pública?

    O meu código de trabalho seria fino:

    1) O trabalhador tem direito ao salário combinado;
    2) O empregador pode esperar trabalho razoável do trabalhador, nas condições combinadas;
    3) Qualquer uma das partes está livre de mandar a outra pentear macacos, em qualquer momento.”

    Que tal acrescentar isto:

    4) Os ganhos de produtividade são divididos equitativamente entre os factores trabalho e capital…

  26. Joaquim Amado Lopes

    Pior que indemnização por despedimento é indemnização por não renovação de contrato a termo. Um Código de Trabalho que inclua uma aberração destas não é reformável, é apenas revogável.

  27. Joaquim Amado Lopes

    Nuno Cardoso da Silva,
    “4) Os ganhos de produtividade são divididos equitativamente entre os factores trabalho e capital…”
    Mesmo que esses ganhos sejam negativos?

    Como se determina quanto recebe cada “unidade” do factor trabalho? Pelo salário? Pela contribuição individual para a criação desses ganhos? Quem a determina?

    Se o “factor capital” fôr de milhões de euros em instalações (quase?) totalmente automatizadas que exijam muito poucas “unidades” do “factor trabalho”, também se distribuem os ganhos (ou perdas?) equitativamente?
    E se fôr necessário mais “factor capital” para, sem alterar o “factor trabalho”, aumentar a produtividade e gerar mais ganhos, a distribuição dos ganhos continua a ser equitativa entre os dois factores?

  28. Nuno Cardoso da Silva,

    «Que tal acrescentar isto:

    4) Os ganhos de produtividade são divididos equitativamente entre os factores trabalho e capital…»

    Quando o Nuno Cardoso da Silva, em vez de fazer trabalho nenhum numa desuniversidade, criar uma empresa, terei o prazer de ver se isso funciona. Ou não me vai depois mostrar os frutos da sua experiência marchista?

    Talvez o Nuno consiga fazer algo quando que Lenine, Estaline, Mao, Hohxa, Hitler, Honecker, Cheausescu, Kabimba, Neto, Bongo, Bia, Castro, Pot e outros tantos falharam. Se isso acontecer, pode-me inscrever numa das suas aulas, e estarei capaz de o ouvir.

    Até lá compreenderá que eu prudentemente o mantenha na categoria dos que não governam casa e horta e pretendem governar o mundo inteiro.

  29. Joaquim Amado Lopes,

    «Como se determina quanto recebe cada “unidade” do factor trabalho?»

    Por isso, fazendo referência ao meu comentário, de onde surgiu o do Nuno, a expressão «conforme o combinado» diz tudo o que se tem de ouvir. A liberdade pressupõe a capacidade de adultos se deixarem explorar e de explorarem o outro da maneira que por bem houverem. Nomeio aqui tanto tanto o patrão como o empregado, e a terminologia marxista é intencional.

    O Marx numa coisa acertou: na lei dos opostos. Felizmente ele e os seus correligionários escolheram primeiro e escolheram a burrice e a imbecilidade, para meu e seu gáudio.

  30. Nuno Cardoso da Silva

    “A liberdade pressupõe a capacidade de adultos se deixarem explorar e de explorarem o outro da maneira que por bem houverem.”

    Está tudo dito!!!… Como a força negocial – por via da eliminação dos contratos colectivos – está toda do lado do patronato, já se vê quem será o explorado e quem será o explorador… É por estas e por outras que um dia ainda vamos acabar aos tiros… E depois não se queixem do “terror”…

  31. A força negocial só está TODA do lado do patronato se o caro amigo for um grande cepo ineficiente que não adiciona valor ao seu cliente (patronato / trabalhadores são termos “muy” sindicalistas – na verdade existem apenas clientes e fornecedores).

    Se for um empregado / fornecedor que adiciona valor ao seu patrão / cliente garanto-lhe que tem força negocial – e muita.

  32. Nuno Cardoso da Silva

    António Almeida, se houver 50 candidatos com a mesma capacidade para adicionar valor, para um só lugar na empresa, pode ter a certeza que o poder negocial estará todo do lado do patrão e o salário será o mínimo que for aceitável para um membro do grupo de 50 candidatos.

  33. Claro que está. E onde está o problema moral / económico disso?

    Se eu não me consigo distinguir no meio de 50 patos para o mesmo pouso, a responsabilidade é minha (fornecedor / empregado) e não do patrão / cliente.

    Isto acontece todos os dias. Só fica escandalizado com isto os que ainda papam a conversa de que “as pessoas não são números”.

    O Nuno Cardoso da Silva consegue forçar o seu cliente a comprar-lhe um produto / serviço pelo preço que deseja vender? Obviamente que não, independentemente de estar a concorrer com 1 ou 100 outros vendedores do mesmo produto.

    Então a que propósito um empregado (fornecedor) deve ter a capacidade de forçar um patrão (cliente) a comprar os seus serviços pelo preço que acha justo?

    As relações cliente / fornecedor e patrão / empregado devem ser livres e apenas obedecer aos acordos assinados entre eles.

  34. Nuno Cardoso da Silva

    O problema moral – ou ético – é que as pessoas não são máquinas e são membros de pleno direito de uma comunidade. Uma máquina não produtiva põe-se no armazém, vende.se ou vai para a sucata. Uma pessoa morre se não tiver um rendimento suficiente para satisfazer as suas necessidades básicas. Se não vê a diferença e as obrigações sociais que tal diferença impõe, já não posso fazer nada…

  35. Nuno Cardoso da Silva,

    Nunca pensou que os empregados podem juntar-se em cooperativas e oferecer produtos e serviços e dispensar o capital?

    Porque é que não o fazem? Se os projetos forem bons, pode crer que não deixa de haver financiamento.

    E se o Nuno sabe tanto sobre relações laborais e teme o patrão, que hei eu a pensar de si?

  36. Qual é a diferença entre uma pessoa que vende o seu serviço a um cliente, e uma pessoa que vende o seu serviço a um patrão.

    São ambas pessoas ou não? Ambas morrem se não tiverem rendimento suficiente, ou não?

    O que acha se o merceeiro onde faz compras o obrigar a pagar 10€/Kg pelas batatas, porque é o preço justo para ele e sem esse preço tem de fechar a mercearia, passar fome e morrer?

    Todos nós trocamos tempo, energia (e provavelmente conhecimento e expetativa de resultados) por dinheiro.

    Todos nós temos de nos fazer à vida para aumentar o nosso custo de oportunidade e colocar a lei da oferta e da procura a nosso favor em vez de nos refugiarmos em regulações que só alimentam os abutres que vivem à custa da pobreza e condenam os incautos, menos qualificados e menos favorecidos à nascença à mesma.

  37. António Almeida,

    «Todos nós trocamos tempo, energia (e provavelmente conhecimento e expetativa de resultados) por dinheiro.»

    Exactamente, a EXPECTATIVA DE RESULTADOS é o que valoriza o empregado aquando da negociação. Contratos coletivos, apenas e só nos domínios da segurança e higiene do trabalho. De resto, o empregador e o empregado devem ser soberanos.

    Apenas lhe dei +1 por não lhe poder dar +1000.

  38. hustler

    «4) Os ganhos de produtividade são divididos equitativamente entre os factores trabalho e capital…»,
    isto até pode acontecer, se for acordado entre as partes, caso contrário passaria a ser uma imposição unilateral sobre quem detém todo o risco do negócio (porventura com bens hipotecados e fiadores), como perceberá, não é assim tão simples! Em muitos casos o empregador escolheria ser empregado, com uma vida sem preocupações e um horário fixo!

    “Se eu não me consigo distinguir no meio de 50 patos para o mesmo pouso, a responsabilidade é minha (fornecedor / empregado) e não do patrão / cliente.”,
    até poderá distinguir-se entre 50 patos, mas isso não invalida que vá receber abaixo do seu real valor!
    Ensinaram-lhe na faculdade, a lei da oferta e da procura com o exemplo clássico, um empresário possuidor de um pomar e empregados para apanhar as maçãs! O mercado de trabalho só funciona assim em determinados casos, noutros, assume as características de monopsonismo, especialmente em casos de recessão, excedentes de mão de obra para determinadas funções, ou falta de qualificações para determinados postos de trabalho. O salário negociado poderá, e em muitos casos funciona assim, não corresponder ao real valor do candidato!

    http://tutor2u.net/economics/revision-notes/a2-micro-trade-unions-and-monopsony-employers.html

  39. Joaquim Amado Lopes

    Nuno Cardoso da Silva,
    “O problema moral – ou ético – é que as pessoas não são máquinas e são membros de pleno direito de uma comunidade.”
    O real problema moral – ou ético – é que o Nuno Cardoso da Silva não tem nada que me impedir de aceitar uma proposta de trabalho que me agrade porque acha que vou ganhar menos do que devia nem me pode obrigar a pagar a um trabalhador mais do que acho que lhe devo pagar.

    Enquanto trabalhador, quem estabele o valor do meu trabalho/tempo sou eu.Se ninguém me quiser pagar o que acho justo então tenho três opções:
    – reavalio o valor do meu trabalho/tempo,
    – crio o meu próprio posto de trabalho ou
    – deixo de trabalhar.

    E, enquanto empresário, quem estabelece quanto pago pelo trabalho que contrato sou eu. Se não encontrar ninguém disposto a trabalhar para mim pelo que ofereço, tenho três opções:
    – reavalio o valor do trabalho que contrato;
    – faço eu próprio o trabalho ou
    – o trabalho não é feito.

    O Nuno Cardoso da Silva fala de “poder negocial” e de “rendimento suficiente para satisfazer as suas necessidades básicas” mas não faz a mínima ideia do que isso é.
    Quanto mais pessoas estiverem interessadas em algo, maior é o poder negocial de quem detém esse algo. Ou acha que, p.e., todos os jogadores de futebol, dos que não conseguem dar um pontapé na bola sem tropeçarem ao Cristiano Ronaldo, devem ter o mesmo poder negocial?

    E o que é isso de “rendimento suficiente para satisfazer as suas necessidades básicas”?
    Por acaso todas as pessoas têm as mesmas necessidades básicas? Se sim, qual é o referencial, uma mão de três, solteira, sem poupanças e tem que cuidar dos pais idosos e doentes ou um estudante que vive com os pais que lhe deram um carro quando fez 18 anos e lhe dão uma mesada?

    O que mais me impressiona nas posições de pessoas como o Nuno Cardoso da Silva é a inacreditável falta de respeito que têm pelo direito dos outros decidirem sobre as suas próprias vidas e sobre o que é seu e a incapacidade absoluta para aceitar conceitos básicos de Economia (e da vida) ou apreender a complexidade do mundo que os rodeia.

  40. hustler

    Enquanto trabalhador, quem estabele o valor do meu trabalho/tempo sou eu.Se ninguém me quiser pagar o que acho justo então tenho três opções:
    – reavalio o valor do meu trabalho/tempo,”, o trabalhador pode reavaliar o valor que quiser, isso não significa que o empregador tenha a mesma percepção do valor que o empregado acha que tem!

    “– o trabalho não é feito.”, acho que isso é uma não opção!
    “Quanto mais pessoas estiverem interessadas em algo, maior é o poder negocial de quem detém esse algo.”, a isso chama-se “monopsónio” , em termos de mercado laboral!

  41. “– o trabalho não é feito.”, acho que isso é uma não opção!

    Pode ser. Pode ser que 1) ou o trabalho não é tão importante assim (por exemplo, não é preciso uma segunda secretária quando a primeira ainda vai dando conta dos casos) ou 2) o trabalho pode ser automatizado e o trabalhador dispensado (por exemplo, através de subcontratação ou de instalação física de equipamentos que substituam algum trabalho humano).

    Na China é mais barato contratar um chinês para despejar carvão numa caldeira. Em Portugal pediram-me para desenhar um doseador automático. Caso real, e que mostra como «o trabalho não é feito» (por um ovo trabalhador, claro) pode ser uma opção.

  42. “Ensinaram-lhe na faculdade, a lei da oferta e da procura com o exemplo clássico, um empresário possuidor de um pomar e empregados para apanhar as maçãs! O mercado de trabalho só funciona assim em determinados casos, noutros, assume as características de monopsonismo, especialmente em casos de recessão, excedentes de mão de obra para determinadas funções, ou falta de qualificações para determinados postos de trabalho. O salário negociado poderá, e em muitos casos funciona assim, não corresponder ao real valor do candidato!”

    Mas o que interessa isso de valor real para a vida? Vai criar uma comissão ou um grupo de trabalho ou mais um estudo para avaliar o valor real dos individuos?

    Não vale a pena atirar areia para a camioneta ou iniciar paternalismos e subjetividades da vida académica.

    O que “sei” da lei da oferta e da procura é do meu dia-a-dia. O que “sei” do custo de oportunidade é do meu dia-a-dia.

    Não consigo (e ainda bem) obrigar nenhum cliente a comprar os meus serviços. Sempre que compram, compram voluntariamente. O meu valor real é aquilo que eu consigo ganhar, umas vezes mais, outras vezes menos, dependendo da minha capacidade, conhecimento, da tal expetativa de resultados que demonstro e, mt importante, do meu custo de oportunidade.

    O resto são detalhes que embora muito interessantes para dissertações académicas, na discussão de economia 101 não são necessários.

  43. hustler

    1) ou o trabalho não é tão importante assim (por exemplo, não é preciso uma segunda secretária quando a primeira ainda vai dando conta dos casos) ou 2) o trabalho pode ser automatizado e o trabalhador dispensado (por exemplo, através de subcontratação ou de instalação física de equipamentos que substituam algum trabalho humano).”, caro Francisco, em todos os seus exemplos, o trabalho acaba por ser feito! 🙂 Se for com uma máquina, é porque o trabalhador não era de todo necessário! Se for com uma secretária, é porque a produtividade das duas era baixa, portanto, uma é dispensável!

  44. hustler

    Mas o que interessa isso de valor real para a vida? Vai criar uma comissão ou um grupo de trabalho ou mais um estudo para avaliar o valor real dos individuos?”, o que interessa é o valor real e não valor académico, deixei-lhe o link de como esse valor pode ser aferido!
    O resto da sua argumentação nada tem a ver com o mercado de trabalho, continua no rendilhado do custo de oportunidade ou trade-off (que é uma definição académica) e com a lei da oferta e da procura baseada em duas rectas (perfeitamente inelásticas) que se intercionam em dado ponto (um conceito académico elementar para iniciados)! O mercado real não é perfeitamente inelástico e as rectas assumem curvas! Isto tudo para dizer que os conceitos básicos de economia são mais complexos que os manuais de iniciação à mesma, há factores exógenos que têm impacto no fenómeno que se está a estudar, não há ceteris paribus na vida real!

  45. Joaquim Amado Lopes

    hustler,
    “Enquanto trabalhador, quem estabele o valor do meu trabalho/tempo sou eu.Se ninguém me quiser pagar o que acho justo então tenho três opções:
    – reavalio o valor do meu trabalho/tempo,”, o trabalhador pode reavaliar o valor que quiser, isso não significa que o empregador tenha a mesma percepção do valor que o empregado acha que tem!”
    Não tem nem tem que ter.
    Se o trabalhador estiver disposto a trabalhar pelo que o empregador lhe esteja disposto a pagar, chegam a acordo. Se não, o trabalhador procura outro trabalho e o empregador procura outro trabalhador.

    ““– o trabalho não é feito.”, acho que isso é uma não opção!”
    É claro que é opção. Um empregador pode optar por não aumentar a capacidade produtiva por o custo desse aumento (o que teria que pagar por mais um trabalhador) ser maior do que o ganho em termos de produção.
    Há trabalhos que terão que ser feitos de uma forma ou outra mas há outros que não. No limite, um empregador pode até decidir fechar a empresa por os custos laborais inviabilizarem a sua continuidade.

    ““Quanto mais pessoas estiverem interessadas em algo, maior é o poder negocial de quem detém esse algo.”, a isso chama-se “monopsónio” , em termos de mercado laboral!”
    Eu agradeceria a informação (que nada adianta à discussão) se estivesse correcta. Não está. Quanto muito e apenas para funções muítissimo específicas e raras, poderemos falar de oligopsônio.

    Monopsónio é quando há um único comprador (oligopsônio é muito poucos compradores), algo (virtualmente?) impossível de acontecer em termos de trabalho e que apenas afectaria um pequeníssimo número de trabalhadores.

    Nenhum trabalhador está limitado a poder/saber fazer uma única função e, exceptuando algumas exclusivas do Estado, não há funções que sejam requisitadas por uma única entidade. Assim, por muito que um determinado grupo de trabalhadores esteja interessado em trabalhar para um empregador específico numa função específica, todos eles poderão encontrar trabalho a executar outro tipo de funções, requeridas por outros empregadores.
    Ou seja, há sempre muitos compradores potenciais para o trabalho/tempo de cada trabalhador, assim consigam chegar a acordo.

  46. Ok, ótimo.

    Vou guardar o link nos favoritos e enviar para os meus potenciais clientes.

    Se não me pagarem o “valor real” ligo-lhe para que os convença. Pode ser que se submetam à teoria do elástico e não procurem alternativas mais vantajosas do que a minha.

  47. Hustler, pode também acontecer o caso de achar que não irá expandir porque o risco de contratar é grande. Fica com o trabalhador. E tente depois dizer que há extinção de posto de trabalho!

    Muitas empresas portuguesas morreram exactamente por não terem tomado o risco de se expandir quando podiam, por causa da legislação laboral. No fim, trás!, uma empresa de países com uma legislação laboral mais amiga do investimento estava-lhes a comer o mercado. Conheço pessoalmente múltiplos casos assim.

  48. Joaquim Amado Lopes

    Pérolas do artigo indicado pelo hustler,
    http://tutor2u.net/economics/revision-notes/a2-micro-trade-unions-and-monopsony-employers.html
    “In the diagram, Eq workers are taken on, but the monopsonist can employ these workers at an average wage rate of Wq – a pay level below the marginal revenue product of the last worker.
    In this sense, the monopsonist is exploiting labour by not paying them the full value of their marginal revenue product.”
    Por outras palavras, se o empregador tiver lucro então está a explorar os trabalhadores.

    “Trade unions may seek to counter-balance the monopsony power of an employer by controlling aspects of the labour supply and by using whatever collective bargaining power they possess to negotiate wages higher without being at the expense of employment levels.”
    Por outras palavras, a função dos sindicados é aumentar o rendimento dos trabalhadores reduzindo os lucros dos empregadores. No entanto e apesar de com lucros menores haver menos incentivo para investir e criar postos de trabalho, o nível de emprego não baixa.

    “In this example, making certain assumptions, a minimum wage might actually boost total employment and secure better pay for workers in occupations and industries where there is some monopsonistic power among the buyers of labour.”
    Sim, porque desincentivar fortemente (através do salário mínimo) a contratação de pessoas com baixas qualificações, experiência ou capacidade de trabalho pode levar a que os empregadores com muito por onde escolher contratem mais trabalhadores e lhes paguem mais do que se esse desincentivo não existisse.
    Naturalmente, as assumpções feitas são as de que o senso comum não se aplica nestes casos, os empregadores não defendem os seus interesses e quem não tem capacidade para produzir acima do salário mínimo será na mesma contratado.

    Mas a melhor pérola é mesmo do hustler:
    “o que interessa é o valor real e não valor académico, deixei-lhe o link de como esse valor pode ser aferido”
    Um link para um artigo académico a explicar um conceito de forma abstracta e que não tem a mínima utilidade para calcular seja o que fôr.

  49. Nuno Cardoso da Silva

    Há demasiado lirismo… e má fé nesta discussão. E muitos não sabem o que significa viver em comunidade e parece que optam pela sistematização da lei da selva. O que me separa deles é a ética e, se eu fosse bastante mais novo, seria também o cano de uma espingarda…

  50. hustler

    António Almeida:
    “Se não me pagarem o “valor real” ligo-lhe para que os convença. Pode ser que se submetam à teoria do elástico e não procurem alternativas mais vantajosas do que a minha.”, não há cá nenhuma teoria do elástico ou da fisga, e o que aqui se pretende discutir é o mercado de trabalho, não é a margem bruta da sua empresa!

    Joaquim Amado Lopes:
    “Se o trabalhador estiver disposto a trabalhar pelo que o empregador lhe esteja disposto a pagar, chegam a acordo. Se não, o trabalhador procura outro trabalho e o empregador procura outro trabalhador.”, não é linear como o quer fazer crer, em algumas circunstâncias (como por exemplo em períodos de recessão ou numa fase de desemprego elevado), o trabalhador não consegue arranjar outro emprego, quanto mais regatear o seu valor (o valor por si percepcionado)!

    “É claro que é opção. Um empregador pode optar por não aumentar a capacidade produtiva por o custo desse aumento (o que teria que pagar por mais um trabalhador) ser maior do que o ganho em termos de produção.”, aumentar a capacidade produtiva é diferente de “o trabalho não ser feito”!

    “No limite, um empregador pode até decidir fechar a empresa por os custos laborais inviabilizarem a sua continuidade.”, nunca abordei os custos laborais, mas sim o real poder de negociação das partes! Uma coisa é certa, tendo o trabalhador poder negocial e estando o empregador na posição de aceitar as condições propostas pelo candidato, é óbvio que neste caso a entidade patronal aceita o custo da mão de obra! Já o inverso não se verifica, ou seja, quando um salário é imposto de forma unilateral a um empregador (seja SMN, contratação colectiva), e este não conseguir encaixar o custo na rendibilidade operacional da empresa, aí assim, pode verificar-se o encerramento da empresa; neste caso, não há um valor real que é percepcionado pelas partes, há sim, um valor nominal imposto unilateralmente! Isto, obviamente que distorce o mercado!

    “Assim, por muito que um determinado grupo de trabalhadores esteja interessado em trabalhar para um empregador específico numa função específica, todos eles poderão encontrar trabalho a executar outro tipo de funções, requeridas por outros empregadores.”, não só é lógico, como é óbvio! Se pensarmos que por trás de cada caixa de supermercado há um licenciado, então essa afirmação encaixa que nem uma luva! Mas neste ponto desvia-se do assunto em questão, que é o real valor do trabalha percepcionado pelas partes! Se uma empresa tiver 50 candidatos ( todos com competências múltiplas e especificidade de conhecimentos para a posição), tem tanto por onde escolher, que acabarão por escolher o candidato que “fizer mais barato”!

  51. “Há demasiado lirismo… e má fé nesta discussão. E muitos não sabem o que significa viver em comunidade e parece que optam pela sistematização da lei da selva.”

    Antes uma selva sistematizada do que um curral.

    “O que me separa deles é a ética e, se eu fosse bastante mais novo, seria também o cano de uma espingarda…”

    Para quem se incomoda com o lirismo digamos que esta última frase também se encaixa no mesmo.

    ——–

    “não há cá nenhuma teoria do elástico ou da fisga, e o que aqui se pretende discutir é o mercado de trabalho, não é a margem bruta da sua empresa!”

    Apenas funalizei com o meu caso para exemplificar algo concreto – onde foi buscar essa margem bruta? Mas deixe… se a oferta e procura e custo de oportunidade não tem nada a ver com mercado de trabalho, estamos conversados.

  52. hustler

    Joaquim Amado Lopes:
    “Por outras palavras, se o empregador tiver lucro então está a explorar os trabalhadores.”, depende do que chama exploração! A título de exemplo, suponha que tinha uma empresa sem passivo, com cinco trabalhadores, você auferia um salário de 5000 euros (pode ser a título de salário ou a título de dividendos) e pagava 200 euros/mês a cada trabalhador ( e que a média do sector era 400), neste caso, diria que era exploração! Como vê, a entidade patronal tem lucro e está a explorar os trabalhadores!

    “Por outras palavras, a função dos sindicados é aumentar o rendimento dos trabalhadores reduzindo os lucros dos empregadores. “, como compreenderá, nem todos os lucros das empresas são usados em investimentos, há muitos empresários (muitos mesmo) que entendem que o propósito de uma empresa tem como objectivo único a distribuição de dividendos para uso particular!

    “Sim, porque desincentivar fortemente (através do salário mínimo) a contratação de pessoas com baixas qualificações, experiência ou capacidade de trabalho pode levar a que os empregadores com muito por onde escolher contratem mais trabalhadores e lhes paguem mais do que se esse desincentivo não existisse.”, isso não se verifica para trabalhadores sem quaisquer qualificações, neste caso em concreto, a oferta de mão de obra é sempre muito, mas muito superior à procura, o empregador encontra-se na posição de oferecer o que quiser (que é o mínimo; se oferecesse mais não estaria a ser racional), neste caso o mínimo dos mínimos, e se aparecer um candidato que esteja a trabalhar por menos que o que lá está, então o último vai para a rua e o ciclo perpetua-se para quem estiver disposto a trabalhar por menos!

    “Mas a melhor pérola é mesmo do hustler:
    “o que interessa é o valor real e não valor académico, deixei-lhe o link de como esse valor pode ser aferido”
    Um link para um artigo académico a explicar um conceito de forma abstracta e que não tem a mínima utilidade para calcular seja o que fôr.”, tal é a sua presunção e o desprezo pelos trabalhos académicos na área! Para si a lei da oferta e da procura é a teoria económica a seguir, mas se essa teoria tiver uns “mas” e uns “ses” , então já não serve! Essa teoria sustenta que é possível ter um salário mínimo ou outro referencial qualquer que vá até 40% da mediana de rendimentos de determinado país!

  53. hustler

    “Mas deixe… se a oferta e procura e custo de oportunidade não tem nada a ver com mercado de trabalho, estamos conversados.”, eu falei da margem bruta, como poderia ter falado dos custos variáveis, fixos, etc, o que quis enfatizar é que se desviou do assunto em questão, o mercado de trabalho!

  54. Joaquim Amado Lopes

    hustler,
    “em algumas circunstâncias (como por exemplo em períodos de recessão ou numa fase de desemprego elevado), o trabalhador não consegue arranjar outro emprego, quanto mais regatear o seu valor (o valor por si percepcionado)!”
    E a sua conclusão é que o empregador deve contratá-lo na mesma e pelo valor que o trabalhador pedir?

    “aumentar a capacidade produtiva é diferente de “o trabalho não ser feito”!”
    Prefere o exemplo de substituir um trabalhador que se despeça ou reforme e, por não ser possível contratar outro trabalhador por um valor superior ao rendimento daquele posto de trabalho, eliminar esse posto de trabalho?

    “nunca abordei os custos laborais, mas sim o real poder de negociação das partes!”
    Convém ter em conta a linha da argumentação, em vez de pegar numa passagem e retirá-la do contexto.
    O poder negocial tem a ver com as opções que estejam disponíveis para cada parte. A relação de poder negocial entre as partes afecta directamente os custos laborais e pretender aumentar administrativamente o poder negocial dos trabalhadores impondo ao empregador custos laborais mais elevados tem consequências que são relevantes para a discussão. A menos que, como parece ser o seu caso, não se queira deixar a realidade “intrometer-se” nessa discussão.

    “Se uma empresa tiver 50 candidatos ( todos com competências múltiplas e especificidade de conhecimentos para a posição), tem tanto por onde escolher, que acabarão por escolher o candidato que “fizer mais barato”!”
    Como é óbvio. O hustler, quando quer trocar de casa, carro ou telemóvel ou contratar alguém para fazer um trabalho em sua casa (pedreiro, electricista, serralheiro, pintor, …) não procura o melhor pelo preço mais baixo?
    E quem, senão quem fornece o produto ou serviço, pode decidir se o valor a cobrar lhe interessa?

    O hustler parece querer que algo absolutamente natural, lógico e até desejável apareça como condenável.

    “A título de exemplo, suponha que tinha uma empresa sem passivo, com cinco trabalhadores, você auferia um salário de 5000 euros (pode ser a título de salário ou a título de dividendos) e pagava 200 euros/mês a cada trabalhador ( e que a média do sector era 400), neste caso, diria que era exploração! Como vê, a entidade patronal tem lucro e está a explorar os trabalhadores!”
    Acha portanto que os salários devem ser todos na média ou acima dela. Certo?

    Em primeiro lugar, nenhum desses trabalhadores estaria obrigado a trabalhar para mim. Havendo outros empregadores que lhes pagariam o dobro, podiam sempre despedir-se da minha empresa e ir trabalhar para eles. Se eu não conseguisse contratar outros trabalhadores por 200 euros/mês teria que começar a pagar melhor.

    Em segundo lugar, os trabalhadores não são sócios da empresa. Não participaram no projecto de constituição da empresa, não contribuiram para o investimento inicial, não suportaram os custos de actividade até a empresa começar a dar lucro e não são responsáveis pelo pagamento atempado das contas, incluíndo os seus ordenados. Na realidade, se a empresa der prejuízo os trabalhadores esperarão que os ordenados continuem a ser pagos a tempo e horas.
    Assim, não assumindo os riscos nem a responsabilidade também não podem esperar receber uma percentagem dos lucros. Até poderão recebê-la mas será sempre uma parte substancial inferior à de quem criou e é responsável pela empresa.

    “há muitos empresários (muitos mesmo) que entendem que o propósito de uma empresa tem como objectivo único a distribuição de dividendos para uso particular! ”
    Não apenas o hustler nunca foi proprietário de uma empresa como não faz a mínima ideia do que é uma empresa ou da razão porque se cria uma empresa.

    As empresas não são criadas para gerar postos de trabalho nem para fazer assistencialismo social. O propósito principal de uma empresa é precisamente gerar dividendos para os proprietários, para estes usarem da forma que entenderem.
    Se o hustler quiser criar uma empresa com outros objectivos esteja à vontade mas tenha presente que estará a decidir sobre o seu dinheiro. Não pretenda querer decidir sobre como os outros usam o dinheiro deles.

    “isso não se verifica para trabalhadores sem quaisquer qualificações, neste caso em concreto, a oferta de mão de obra é sempre muito, mas muito superior à procura, o empregador encontra-se na posição de oferecer o que quiser (que é o mínimo; se oferecesse mais não estaria a ser racional), neste caso o mínimo dos mínimos, e se aparecer um candidato que esteja a trabalhar por menos que o que lá está, então o último vai para a rua e o ciclo perpetua-se para quem estiver disposto a trabalhar por menos!”
    E então impõe-se um limite mínimo para os salários e quem não produza de forma a justificar esse valor não tem a mínima hipótese de arranjar trabalho. Ou seja, para impedir que os “trabalhadores sem quaisquer qualificações” ganhem muito pouco faz-se com que não consigam sequer arranjar trabalho. Faz sentido.

    “tal é a sua presunção e o desprezo pelos trabalhos académicos na área!”
    Não confunda um artigo a explicar um conceito (e muito mal, uma vez que põe de lado o senso comum de modo a “chegar a” conclusões políticas que não resistem ao mínimo confronto com a realidade) com um “trabalho académico na área”. Isso sim é presunção e desprezo pelos verdadeiros trabalhos académicos.

    E o meu comentário nem tem nada a ver com o valor desse artigo medíocre. Limitei-me a comentar a sua pretensão (completamente infundada) de que esse artigo mostrava como calcular o “real valor do candidato” a emprego.

    “Para si a lei da oferta e da procura é a teoria económica a seguir, mas se essa teoria tiver uns “mas” e uns “ses” , então já não serve!”
    Pelo contrário. Quem anda por aqui a pretender que teorias abstractas e sem relação com a realidade devem ser seguidas é precisamente o hustler.
    Os meus comentários não derivam de “teorias económicas” mas sim da experiência e do senso comum. Admito que aquilo a que se chama “senso comum” é algo muito subjectivo mas pretender impôr teorias económicas fortemente condicionadas pela ideologia ignorando a realidade e complexidade das relações laborais e das pessoas só é “senso comum” para quem não tem nenhum.

  55. hustler

    “Não apenas o hustler nunca foi proprietário de uma empresa como não faz a mínima ideia do que é uma empresa ou da razão porque se cria uma empresa.”, não só conclui mal, como também presume das razões dos outros!

    “As empresas não são criadas para gerar postos de trabalho nem para fazer assistencialismo social. O propósito principal de uma empresa é precisamente gerar dividendos para os proprietários, para estes usarem da forma que entenderem.
    Se o hustler quiser criar uma empresa com outros objectivos esteja à vontade mas tenha presente que estará a decidir sobre o seu dinheiro.”, por acaso, a expansão da minha empresa não tem apenas como objectivo a geração de dividendos, mas também o cumprimento de um dever cívico para com a sociedade, a criação de empregos! Desculpe lá se me revejo em causas nobres, mas detesto a ajuda sob a forma de caridade!

    “Quem anda por aqui a pretender que teorias abstractas e sem relação com a realidade devem ser seguidas é precisamente o hustler.
    Os meus comentários não derivam de “teorias económicas” mas sim da experiência e do senso comum. Admito que aquilo a que se chama “senso comum” é algo muito subjectivo mas pretender impôr teorias económicas fortemente condicionadas pela ideologia ignorando a realidade e complexidade das relações laborais e das pessoas só é “senso comum” para quem não tem nenhum.”, só se for para si, eu vivo o meu dia harmoniosamente na minha empresa e a realidade apresenta-se tal como a descrevo!

    Mas uma vez que menospreza o artigo ou tutorial de iniciação ao mercado laboral monopsónico, então deixo-lhe mais três links:

    Handbook of Labour economics (1364 páginas acerca do mercado de trabalho)

    Click to access Angrist-Krueger1999.pdf

    http://www.economics.utoronto.ca/jfloyd/modules/lmcm.html

    http://eh.net/encyclopedia/monopsony-in-american-labor-markets/

    Eu lembro-me de ter degladiado consigo uns argumentos acerca das barrigas de aluguer e as amas de leite, você é conservador não só nas tradições, mas em qualquer coisa que afecte o status quo das coisas, desde os avanços científicos até à ideologia política e teoria económica!

    Para além de se enganar relativamente ao meu estatuto (assumiu que eu fosse empregado), e consequentemente assumiu que eu não saberia do que estava a falar, adicionalmente, a sua falta de humildade ridiculariza os factos e os números espelhados em trabalhos académicos sobre o assunto!
    Se calhar para si, um país escandinavo ou germânico é um país atrasado, pois os trabalhadores recebem mais do que devem, e provavelmente até os detesta, – “os pioneiros da igualdade” vêm para aqui estragar o negócio!!!!!
    Proponha-se a prémio Nobel da Economia, faça-os ver que todos os trabalhos académicos na área não valem nada, o seu “senso comum” é que está certo! Lá na Academia Nobel não sabem o que é criar uma empresa e vêm estes laureados mandar bitaites!

  56. hustler

    “Não apenas o hustler nunca foi proprietário de uma empresa como não faz a mínima ideia do que é uma empresa ou da razão porque se cria uma empresa.”, não só conclui mal, como também presume das razões dos outros!

    “As empresas não são criadas para gerar postos de trabalho nem para fazer assistencialismo social. O propósito principal de uma empresa é precisamente gerar dividendos para os proprietários, para estes usarem da forma que entenderem.
    Se o hustler quiser criar uma empresa com outros objectivos esteja à vontade mas tenha presente que estará a decidir sobre o seu dinheiro.”, por acaso, a expansão da minha empresa não tem apenas como objectivo a geração de dividendos, mas também o cumprimento de um dever cívico para com a sociedade, a criação de empregos! Desculpe lá se me revejo em causas nobres, mas detesto a ajuda sob a forma de caridade!

    “Quem anda por aqui a pretender que teorias abstractas e sem relação com a realidade devem ser seguidas é precisamente o hustler.
    Os meus comentários não derivam de “teorias económicas” mas sim da experiência e do senso comum. Admito que aquilo a que se chama “senso comum” é algo muito subjectivo mas pretender impôr teorias económicas fortemente condicionadas pela ideologia ignorando a realidade e complexidade das relações laborais e das pessoas só é “senso comum” para quem não tem nenhum.”, só se for para si, eu vivo o meu dia harmoniosamente na minha empresa e a realidade apresenta-se tal como a descrevo!

    Mas uma vez que menospreza o artigo ou tutorial de iniciação ao mercado laboral monopsónico, então deixo-lhe mais três links:

    Handbook of Labour economics (1364 páginas acerca do mercado de trabalho)

    Click to access Angrist-Krueger1999.pdf

  57. hustler

    Eu lembro-me de ter degladiado consigo uns argumentos acerca das barrigas de aluguer e as amas de leite, você é conservador não só nas tradições, mas em qualquer coisa que afecte o status quo das coisas, desde os avanços científicos até à ideologia política e teoria económica!

    Para além de se enganar relativamente ao meu estatuto (assumiu que eu fosse empregado), e consequentemente lá pensou que eu não saberia do que estava a falar, adicionalmente, a sua falta de humildade tenta ridicularizar os factos e os números espelhados em trabalhos académicos sobre o assunto!
    Se calhar para si, um país escandinavo ou germânico é um país atrasado, pois os trabalhadores recebem mais do que devem, e provavelmente até os detesta, – “os pioneiros da igualdade” vêm para aqui estragar o negócio!!!!!
    Proponha-se a prémio Nobel da Economia, faça-os ver que todos os trabalhos académicos na área não valem nada, o seu “senso comum” é que está certo! Lá na Academia Nobel não sabem o que é criar uma empresa e vêm estes laureados mandar bitaites!

    http://www.economics.utoronto.ca/jfloyd/modules/lmcm.html

    http://eh.net/encyclopedia/monopsony-in-american-labor-markets/

  58. Nuno Cardoso da Silva,

    “O que me separa deles é a ética e, se eu fosse bastante mais novo, seria também o cano de uma espingarda…”

    Tenha em atenção que a ética e a culatra da espingarda normalmente estão do outro lado.

  59. Hustler,

    “há muitos empresários (muitos mesmo) que entendem que o propósito de uma empresa tem como objectivo único a distribuição de dividendos para uso particular! ”

    Costuma ser o móbil para se fazer o investimento em horas, pecúnio, preocupações e reputação. Por alguma estranha razão.

  60. Hustler,

    «Lá na Academia Nobel não sabem o que é criar uma empresa e vêm estes laureados mandar bitaites!»

    O Hustler sabe que economia e gestão não são a mesma coisa. Assim como não são ciência da computação e programação informática ou física e engenharia.

    Einstein nunca construiu uma máquina e se calhar nunca soube escolher um lubrificante ou dimensionar um cordão de soldadura. Dijkstra nunca fez um programa, de sua própria assumpção, e não deve saber bem a diferença entre C, Haskell e Python.

    Um físico não faz máquinas. Um cientista da programação não programa. Um economista não cria nem gere empresas. E se fizerem os últimos papéis estão a estender as suas competências (e fazem muito bem).

  61. hustler

    Francisco,

    “Um físico não faz máquinas. Um cientista da programação não programa. Um economista não cria nem gere empresas. E se fizerem os últimos papéis estão a estender as suas competências (e fazem muito bem).” , um engenheiro mecânico tem que aprender física para construir a máquina, o programador tem que conhecer a linguagem da programação para desenhar o software, só no último caso é que um gestor não tem que necessariamente aprender economia, a ele basta-lhe que no final do mês o saldo bancário seja positivo e que não gaste mais do que o que recebe! Há muitas empresas que são geridas assim, ao sabor do vento, muitas até se dão bem, no entanto, se tivessem fundamentos económicos sólidos se calhar até seriam mais lucrativas!
    Nesta história toda do SMN, o fundamento económico a ressalvar é o seguinte, a entidade patronal deverá remunerar os seus assalariados com um salário de eficiência (definição académica) relativamente aos valores de mercado para o sector (claro, no caso de poder!), daqui decorrem quatro efeitos, a empresa mantém-se competitiva face às demais, os funcionários não se sentem “explorados”, é um incentivo à diminuição da rotação do pessoal (que saltita de emprego em emprego por melhor salário) e a produtividade do assalariado incrementa ligeiramente.

  62. Joaquim Amado Lopes

    hustler,
    Se é realmente proprietário de uma empresa que cumpre todas as disposições legais e fiscais, paga a tempo e horas a trabalhadores, fornecedores e outros credores, mantém-se em actividade pelo mérito dos produtos que vende ou serviços que presta sem depender de apoios/incentivos/subsídios estatais ou contratos obtidos por troca de favores e dá suficiente lucro para o hustler poder abdicar de parte deste para criar postos de trabalho desnecessários à actividade da empresa, os meus parabéns.
    Mas quer-me parecer que, mesmo que tudo o resto seja verdade, é muito pouco provável que crie postos de trabalho desnecessários à actividade da empresa para cumprir “um dever cívico para com a sociedade”. Não questiono que sinta satisfação por cumprir esse dever ao criar os postos de trabalho necessários à expansão da sua empresa mas não acredito que expanda a sua empresa para criar postos de trabalho.

    Só por curiosidade, em que área actua a sua empresa e quantos trabalhadores emprega?

    Quanto às “discussões sobre barrigas de aluguer e amas de leite” que terá tido comigo, está a fazer confusão no interlocutor ou no tema das discussões. É que participo em muitas discussões na blogosfera sobre política, economia, justiça, sindicatos, aborto, terrorismo e outras matérias mas barrigas de aluguer e amas de leite são dois assuntos pelos quais não sinto o mínimo interesse. Relativamente a barrigas de aluguer só me lembro de ter feito um comentário a um artigo, limitando-me a questionar se a lei da paternidade se aplicava num caso concreto, e tenho a certeza quase absoluta (embora possa estar enganado – a idade não perdoa) que nunca me pronunciei sobre amas de leite.

    Sou realmente um conservador nos costumes e veja lá que até acredito que a pedra basilar de uma sociedade é a família. Tenho é a mania (que irrita algumas pessoas) de achar que os meus costumes dizem respeito a mim e a mais ninguém, não os pretendo impôr aos outros nem admito que os outros me imponham os seus.
    E acredito que as tradições construídas ao longo de séculos e dezenas de gerações não se mudam por decreto nem por gritaria militante dos estupidamente intolerantes (AKA politicamente correctos), com excepção daquelas absolutamente aberrantes como, p.e., os homens terem direitos assimétricos sobre as mulheres ou a tortura de animais como forma de entretenimento.

    Quanto ao status quo das coisas a questão é mais complicada.
    Por exemplo, o status quo em Portugal é cada vez mais um Estado omnipresente em todas as áreas, dominado por corporações e grupos de interesse de representação reduzidíssima (elites políticos, sindicatos, ordens profissionais, …), a supremacia da política partidária conjuntural sobre a racionalidade económica e os interesses do país, a inimputabilidade dos políticos, a educação nivelada por baixo e dominada por agentes políticos, a experimentação social ao sabor dos humores de grupos radicais sem expressão numérica mas extremamente militantes, “direitos adquiridos” insustentáveis a serem pagos por quem já não virá a beneficiar deles, a liberdade de expressão a funcionar só num sentido, a justiça desenhada para beneficiar os “amigos”, a liberdade individual limitada por decreto, etc.
    Em nenhuma destas questões estou a favor do status quo e, pelo que escreve, pelo menos na questão de limitar a liberdade individual em questões laborais, o hustler é muito melhor candidato do que eu a “defensor do status quo”.

    Quanto a “os factos e os números espelhados em trabalhos académicos”, certamente não se refere ao artigo que linkou antes. É que esse artigo nem de longe se pode qualificar como “trabalho académico” (parece mais propaganda ideológica) como nem sequer apresenta números ou factos.

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