A lógica da batata

batata

A eurodeputada Ana Gomes consegue associar a fome no seu concelho (“Sintra, vê-se forçad[a] agora a abrir as cantinas das escolas não apenas aos alunos com fome, mas também aos seus pais desempregados.”) ao Luxleaks atribuindo aos baixos impostos no Luxemburgo a falta de “dinheiro” – público e privado – para investir em emprego e crescimento“.

Começo por constatar que olhando para o histórico do investimento público (especialmente com co-financiamento da UE) existem fundadas dúvidas sobre a sua eficácia. E ainda que pudesse ter um efeito positivo no curto prazo, ainda agora vivemos a ressaca de uma década de “investimento público” com consequências desastrosas. Mas o que mais espanta é a associação que a Dra Ana Gomes faz entre os impostos e o investimento. Segundo a sua inabalável fé, mais impostos trariam mais investimento, mais emprego e (logo) menos fome. Não há paciência. É ignorãncia pura.

6 pensamentos sobre “A lógica da batata

  1. lucklucky

    Ela sabe muito bem que o que diz não faz sentido. Só segue a formula de Goebeels – uma mentira dita muitas vezes…

  2. ricardo

    Felizmente que acabaram os voos da CIA e a prisão de Guantanamo , senão a fome em Sintra ainda era maior.

  3. Luís Pereira

    É mesmo muito possível que ela não saiba o que diz. A ignorância, mesmo política, de muitos deputados é imensamente maior do que ousaríamos pensar.

  4. Green Lantern

    Se sacarem dinheiro nos impostos o investimento virá…

    No caso do Kevin Koster ele teve de construir um campo de sonhos para rever o pai. No caso da deputada Ana Gomes bastava sacar mais uns impostos que isto ia ao sitio. Glória às RTP´s TAP´s, Carris e Metro, gente que recebe sempre haja ou não dinheiro.

    Glória ainda ao prisioneiro 44 que seguiu esse rumo cegamente com os fantásticos resultados à vista.

    Temos um fisco com mais poder que qualquer PIDE mas a indignação só nasce se prendem um malandro que foi ministro.

  5. Luís

    Se nós tivéssemos cargas fiscais reduzidas como o Luxemburgo ou Malta não haveria certamente cantinas abertas a pais de alunos. São décadas de redistriibuição, coesão social e outras tretas mas da pelintrice isto não passa.

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