Parece que daqui a uns minutos Pires de Lima fará uma declaração sobre a greve da TAP. Se parece certo (e bem) que esta não terá alterado os planos para a privatização a notícia deixa a dúvida sobre a possibilidade do governo recorrer à “requisição civil” para impedir a greve.
Tal como noutras ocasiões espero que não faça recurso de um instrumento que apenas deve ser invocado em situações de excpção e em que as consequências colocariam em causa algo algo bem mais sério (uma greve dos controladores aéreos, por exemplo).
Se já no plano estratégico é muitissimo difícil justificar o controlo público da TAP, o que estas sucessivas greves demonstram é que entre alguns dos seus funcionários não existe qualquer espírito de missão que justifique a atribuição do estuto “serviço público”.
Afunde-se a TAP, já, antes que façam a 120ª greve em 40 anos fora as greves de solidariedade.
Sempre me indignaram estas greves certinhas e infalíveis nas minhas vindas na Pascoa, Natal e Dezembro a terrinha.
O pai da “indignação”, que eu não sabia que era filho do senhor prior, diz no DN que esta greve é uma greve patriótica.
Ora como os administradores e sindicalistas abrilistas das EP`s são tão patriotas, porque é que nos trazem refens há 40 anos?
http://dre.tretas.org/dre/84658/
Eu recordo-me bem quando estas ameaças de greve era resolvidas de forma recorrente através da requisição civil. Por estranho que pareça (como escrevia hoje o Miguel Madeira) apenas davam força aos qua advogavam o suposto “serviço público”. Se não me engano acabavam (meses depois, é certo) a ser anuladas pelo tribunal devido a não se verificarem os pressupostos da RS,
Acho que foi só após a entrada do Fernando Pinto que se acabou com isso.
Guterraram na RTP. Espero que não guterrem na TAP. Estas guterrâncias e teorias do diálogo custaram muitos milhares de milhões ao país. Chega.