Poucos ricos, muitos apoios

A Ministra das Finanças afirmou hoje que como “não há muitos ricos em Portugal” e se “procura sempre proteger quem tem menos recursos”, a “classe média acaba por ser a grande sacrificada” pelas medidas orçamentais que têm de ser implementadas. Realmente, há “poucos ricos” em Portugal e por isso a Grande Redistribuição fiscal que alimenta os sonhos de muita gente não poderá nunca passar dos minutos de REM do seu soninho diário. Mas a Ministra esqueceu-se de dizer que, para além da escassez de gente abastada, há também uma abundância de “boys” e “girls” que dependem do que o orçamento vai tendo para oferecer, e de quem, por sua vez, as lideranças partidárias – dos partidos do Governo, claro, mas também do PS – estão também bastante dependentes. Não é assim de espantar que pessoas como a dra. Albuquerque – acerca de quem muitos artigos, em vários jornais, têm sido plantados, retratando-a como uma “surpreendente” candidata à sucessão de Passos no PSD, com o exclusivo propósito de criar a até então inexistente percepção de Albuquerque como “candidatável” – acabem por preferir aumentar a carga fiscal à tal “classe média” em detrimento de deixarem cair aqueles que os seguram ou irão segurar no futuro.

7 pensamentos sobre “Poucos ricos, muitos apoios

  1. rrocha

    Quando ouvi isto na TSF pensei que era uma piada como o OBAMA faz durante a jantar para os jornalistas mas nao era a serio.
    Ela poderia de se ter informada que esta errada o que nao falta e ricos vejamos
    para o comfisco (sim comfisco) quem ganha 1500 e rico quem ganha 2000 e multimilionario quem ganha 2500 e o Bil Gates ca da zona.
    fica aqui uma sugestao para a criaçao de uma nova TAXA a qual se pode chamar taxamilhoes em que todos os contribuintes pagavam 2€ (+IVA)por semana e fisco fazia uma aposta no euromilhoes assim potenciando o aumento de ricos para poder taxar ou importar ricos e taxas-los a seguir a muitas possibilidades e so ter imaginaçao.

  2. hustler

    “…acabem por preferir aumentar a carga fiscal à tal “classe média” em detrimento de deixarem cair aqueles que os seguram ou irão segurar no futuro.”, não sei se o Bruno já está activamente a fazer campanha pelo D.Sebastião Ghandi, ou se acha que deveria taxar a “classe pobre”. Sabendo que o grosso dos rendimentos está na classe média, como acha o Bruno que o Governo poderia salvaguardar “aqueles que os seguram” e incidir a carga fiscal naqueles que não são os seus eleitores? Diga lá como se faz esse passe à Luis de Matos?

  3. E que tal cortar a despesa? Que tal fazer reformas nas autarquias, onde estão os boys e girls que não se querem deixar cair? É que ao contrário do Governo, eu não acho que financiar o pessoal que vive dos partidos seja algo prioritário.

    Quanto ao “fazer campanha” pelo António Costa, anda por aí uma série de gente a mandar essa boca. Talvez seja sinal de analfabetismo, porque qualquer pessoa que leia o que escrevo percebe que acho que António Costa não é solução para o país. Tal como o Governo não é

  4. hustler

    “E que tal cortar a despesa? Que tal fazer reformas nas autarquias, onde estão os boys e girls que não se querem deixar cair?”, Que tal perguntar ao TC?
    “qualquer pessoa que leia o que escrevo percebe que acho que António Costa não é solução para o país. Tal como o Governo não é.”, pois, mas parece que entre escolher dois males parece que está disposto a escolher aquele que quer repor a totalidade dos salários da FP (na totalidade já em 2015), a totalidade das pensões (também já para o ano), aumento do salário mínimo (indo além da proposta do PCP, 516 euros), “desfazer” as reformas do Código do Trabalho, apostar no Investimento Público (vide obras públicas), parar com as privatizações etc…. Na minha óptica, antes escolher um governo com alguns tiques fiscais, do que escolher um autarca que poderia passar por militante do PC!

  5. não votarei nem num, nem no outro. E quer queiramos quer não, o PS vai voltar um dia ao Governo. Quanto mais cedo para lá for, mais cedo de lá sai, e talvez haja um PSD melhor nessa altura

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