Sou dos que acha que na política deve haver espaço amplo para o humor, mas que nestas coisas, como na música, nem todos podem cantar karaoke sem correr o risco de fazer uma triste figura. Pires de Lima – que assume que gosta de ser “criativo e por vezes excêntrico na passagem de mensagens importantes” – claramente não tem – apesar da visível força de vontade e elevados níveis de auto-estima (é sempre importante) – a sagacidade de Churchill, mas convém relembrar que a forma não nos deve distrair do conteúdo. Critique-se o mensageiro, mas não se esqueçam da mensagem que, pelos vistos, acertava na mouche:
Costa cria taxas do turismo e proteção civil e vende ativos da câmara
António Costa decidiu criar taxas sobre o setor turístico e para a proteção civil, vender ativos da câmara e reduzir a despesa no Orçamento da Câmara Municipal para 2015. No documento, que foi entregue aos vereadores e à Assembleia Municipal com dez dias de atraso, António Costa justifica a nova composição da receita da câmara com a redução da receita provenientes do Orçamento do Estado e ainda com pagamentos extraordinários que vai ter de fazer por causa da Bragaparques.
(in Observador)
Quando jornais fazem notícia sobre o tema relevando o impacto nas redes sociais, e mostram esse impacto na forma de uma série de fotos em que a mensagem escrita foi alterada no papel que o ministro levantou, estamos já num plano puramente circense. Eu quero é ver como vai ser Portugal ingovernável daqui a um ano, ou novamente falido daqui a dois ou três.
Comparar Pires de Lima com Churchil, é comparar a estrada da beira com uma poia no meio da savana, mas vou tomar isso como a confirmação que Pires de Lima estava bêbedo.
E lá vem a turba defender o companheiro, só que o parlamento não é um jantar com os amigos, nem o ministro da economia o palhaço do grupo ( acho eu ), senão, temos de readmitir Manuel Pinho, o PSD-Madeira tem de pedir muita desculpa a José Manuel Coelho, um deputado da oposição pode atirar um dicionário ao vice primeiro-ministro para ele aprender o significado da palavra “irrevogável”, alguém tem de perguntar à presidente da assembleia o que é isso do “inconseguimento”…
Caro o camareiro, quem é que compara Pires de Lima a Churchill? Diria que se faz exactamente o contrário, quando se afirma que “Pires de Lima não é Churchill”, e isto fazendo referência ao artigo do JPC no Correio da Manhã, devidamente linkado no post.
ocamareiro,
Imagino o que não seria seria se um Ministro como Pires de Lima telefonasse a um procurador por causa de um processo judicial a rebentar nos telejornais com um deputado do seu partido! Teria a carreira completamente e definitivamente arruinada, certamente.
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Este não é o António Costa que, para aí uma semana antes de terminar o prazo, criticou o Governo por não ter entregue a tempo o Orçamento do Estado? Recorde-se que o Orçamento foi entregue a tempo e horas. Ele é que nem devia saber quando terminava o prazo. O António Costa tem metido tantas vezes o pé na poça que me pergunto por que é que o escolheram. É um verdadeiro mistério!
Churchill não conseguia manter um discurso de dois minutos sem um papel.Tinha dificuldades constrangedoras de oralidade. Churchill tomou decisões militares desastrosas como a “Campanha dos Dardanelos”. O exemplo que João Pereira Coutinho deu é bem mais brejeiro que a linguagem usada pelo Pires de Lima. Qual a impertinência em comparar seja quem for a Churchill?
Tinha virtudes mas também tinha defeitos, como qualquer pessoa.
Quanto a João Pereira Coutinho, não comparou Churchill ou seja quem for. Tomou como exemplo de excessos os que são assistidos no Parlamento britânico, para criticar os púdicos caseiros, que ficam muito escandalizados com alguém que se desvie da linha de comportamento muito correcto, muito dentro dos parâmetros que essas pessoas balizam na sua cabeça como sendo aceitáveis.
Gostei de Pires de Lima. Gostei do estilo. Quem não gostou, coloque de lado. Ao contrário do João Pereira Coutinho, eu espero que ele repita a dose. É uma lufada de ar fresco.
Não Pinto, está enganado, Pires de Lima não se “desviou da linha de pensamento correto”, ele simplesmente estava ébrio, essa é que foi a questão.
Resumo: a qualidade humorística do Sr anda ao mesmo nível que o desempenho como ministro! Sem graça nem desgraça….indiferente.
Se diz que Pires de Lima não tem a sagacidade de Churchil está a fazer uma comparação, ou não? Ou é um termo novo da novilíngua que vocês usam?
Se um ministro fizesse isso devia ser demitido.
ocamareiro,
Se diz que Pires de Lima não tem a sagacidade de Churchil está a fazer uma comparação, ou não?
Quem?
Vou repetir: Quanto a João Pereira Coutinho, não comparou Churchill ou seja quem for
ocamareiro, está em português. Não sei como o que poderei fazer para colmatar aquilo que a escola onde andou deixou por fazer.
Pires de Lima – que assume que gosta de ser “criativo e por vezes excêntrico na passagem de mensagens importantes” – claramente não tem – apesar da visível força de vontade e elevados níveis de auto-estima (é sempre importante) – a sagacidade de Churchill
Isto é uma comparação ou não?
Se tivesse andado na escola onde eu andei, sabia identificar recursos estilísticos.
Se gostou do estilo, não se deve importar que não próxima sessão em que o vice primeiro ministro esteja presente, um deputado da oposição leve uma cabeleira loura e fale com sotaque francês.
É uma comparação sim senhor. Mas é uma comparação de quem? Do João Pereira Coutinho?
Vou repetir três vezes:
Quanto a João Pereira Coutinho, não comparou Churchill ou seja quem for
Quanto a João Pereira Coutinho, não comparou Churchill ou seja quem for
Quanto a João Pereira Coutinho, não comparou Churchill ou seja quem for
(os negritos são meus)
Eu não disse que João Pereira Coutinho tinha comparado Churchill… Acalme-se e leia o que eu escrevi, e não que pensa que eu escrevi…
Não meu caro. Você é que se precipitou a responder-me. Tenha ao menos a humildade de o reconhecer.