No rescaldo da falência do GES e das sequelas como o recente “apelo ao resgate da PT”, recomendo a leitura do obituário de Eamonn Butler no blog do Institute of Economic Affairs.
Tullock will be particularly remembered for his delineation of the concept of Rent Seeking. The concept, and even the term, predated that work, but his contribution was to show how the cost of lobbying for government perks and privileges was economically inefficient and politically corrupt. He observed – the ‘Tullock Paradox’ – that the cost of rent seeking was often very low in proportion to the potential payoffs. A little lobbying can win potentially massive privileges (such as ‘quality’ regulation that effectively keeps out the competition). So it is no surprise that the lobbying industry has grown so large. And the more that government’s range, power and tax take expands, the larger are the potential gains
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O Carlos Guimarães Pinto já havia elaborado um post pelo falecimento de Gordon Tullock. Curiosamente, tanto esse post tal como este não mereceram qualquer comentário. Aos comentadores deste blogue parece agradar-lhes mais o comentário aos posts sobre espuma dos dias quando condimentados com um apimentado quanto baste. É lamentável. E este post mereceria uma boa discussão. Quanto ao rent-seeking vejo-o nos dias de hoje como uma carraça agarrada a um cão, que lhe vai sugando o sangue. Quando o capital já não encontra rentabilidade na produção de bens ou serviços tende a buscar essa rentabilidade nele próprio na vesrão de rent-seeking. Muito sucintamente é assim que vejo nos dias de hoje o rent-seeking desenvolvido pelo falecido Gordon Tullock.
“Quando o capital já não encontra rentabilidade na produção de bens ou serviços tende a buscar essa rentabilidade nele próprio na vesrão de rent-seeking.”
Como explica o próprio Tullock é muito mais fácil e barato (e seguro) garantir a rentabilidade agradado a meia dúzia de decisores políticos do que a milhares de consumudores tendo ainda que sofrer as pressões de concorrentes. Desta forma não penso que seja em muitos casos uma segunda escolha.
E recordo que há industrias inteiras, dado o peso do estado como regulador ou como cliente, em que esta será a única forma de sobreviver no mercado.