A Arte não representa a vida, a vida representa a arte. Bel’Miró não escolheu ser artista, A Arte é que o escolheu para Lhe dar vida, vida esta que representa A Arte, que é meta-arte e o próprio mistério da vida, que é A Arte e a sua representação através da vida. Em Portugal não se ensina A Arte às crianças e isso destrói a criação do Ser Pleno, o Homem Novo pós-contemporâneo.
Bel’Miró vive em frente a uma escola e vê o quão se maltrata o colectivo infantil com matérias factuais que qualquer um pode descobrir na internet. Bel’Miró também vê a total ausência d’A Arte nas caras infelizes de petizes, aos saltos, com os pequeninos pezinhos, tão fofinhos, inocentes para a problemática d’A Arte e da cultura para A Arte. É fundamental ensinar a pensar A Arte mas, igualmente fundamental, é ensinar a pensar a pensar o ensino da arte de ensinar a pensar A Arte. O objectivo último de Bel’Miró é a criação de um grupo de trabalho que crie uma comissão de inquérito para a criação de um grupo de estudo que leve o grupo de investigação a determinar os passos que podem ser dados para que as aprendizagens d’A Arte levem a adquirir competências para o conhecimento policultural e anti-monoartístico.
Bel’Miró aceitou o amável convite d’O Insurgente porque Bel’Miró é, também ele, e em si mesmo, um pedagogo do que é real. O distanciamento que Bel’Miró consegue ter sobre todos os assuntos, incluindo sobre si mesmo, permite ao Artista ver o mundo pelo prisma correcto, a única lente que distingue o Real do Refractário.

Porém, o artista não é importante, importante é a urgência da su’A Arte, que não lhe pertence, pois pertence à sociedade. Pouco tenciona Bel’Miró falar da biografia de Bel’Miró porque Bel’Miró é um mero veículo para A Arte num catastrófico cenário pós-austeriário-pré-estruturalista. Porém, Bel’Miró gostaria de explicar aos leitores d’O Insurgente que as suas influências artísticas remontam ao terracotismo de África e que a sua causa política é a autodeterminação cubista do Povo Basco, lugar onde passou um marcante – por quasi-impressionista – fim de Sábado em Agosto de 1989.
Bel’Miró está, desde Segunda-Feira, completamente dedicado à fusão do pontilismo com o cubismo-austeritário, o movimento já designado pelo connoisseur monsieur Guy De La Note como octotriangularismo.
Bel’Miró
Avignon, Outubro de 2014
P.S.: é muito importante que este post seja publicado exactamente às 18 horas e 18 minutos do 42º dia que antecede o solstício de inverno.
Fraquinho.
Sugiro ao Bel’Miró que se ocupe durante algum tempo com estudos de estética, psicanálise e história da Arte para que o seu humor chegue a ter alguma substância, senão, e pelo que se vê nesta apresentação, vai esvaziar-se cedo se é que já não se esvaziou.
Bel’Miró agradece o comentário e, em resposta à sua questão, sim, é verdade, Bel’Miró adora Lisboa, cidade que considera ter o melhor público do mundo.
O Bel’Miró aparentemente vai apenas multiplicar por mil formulações idênticas e básicas o que já se tinha lido aqui sobre os artistas aquando da discussão da lei da cópia privada. É o humor português, que não é de facto brilhante, longe disso – assenta muito no imediatismo, no anti-intelectualismo barato, enfim, é muito Bel,Miró.
Para a edificação de Bel’Miró:
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Boa sátira!
> anti-intelectualismo barato
É um bem de primeira necessidade, deve ser barato, ou até mesmo gratuito.
Salva mais vidas do que a vacina da gripe.
Em regra geral quando um comunista não gosta é que deve ser algo de bom.
Em todo caso não preciso de Comités centrais para ver o que é bom ou deixa do ser. E começa bem para mim!