Depois do que aconteceu com a colocação de professores, é evidente que Crato tem que se demitir. A culpa pela má execução até pode ser da empregada de limpeza, mas é dele a responsabilidade última.
Venha então o próximo ministro da Educação, o 11º em 20 anos. Alguns continuam sem entender como é que não se encontra um ministro capaz de gerir centralmente de forma eficiente uma infraestrutura com 2 milhões de clientes sem possibilidade de escolha e que alberga 200 mil funcionários sem quaisquer incentivos à eficiência. Há coisas que alguns nunca perceberão. Mas talvez ler isto, ajude.
Ò CGP,
O ME é um monstro, de acordo. Não deve ser nada, mas nada fácil gerir o referido. Ainda mais de acordo (e, pelo mesmo motivo, não se percebe o porque de “fundir” o ME com o antigo MCT, que tratava do ensino superior). Mas o que se passou com o concurso dos professores, a esta data, (já) NÃO É culpa dos serviços do ministério, é mesmo da equipa ministerial.
O erro das fórmulas de cálculo será culpa dos serviços, dou isso de barato. Daí ter achado na altura (como ainda acho) que não era motivo para demissão do ministro. Agora, os 15 dias para admitir o erro, quando havia gente nos jornais (para não dizer nos blogs) a indicar o erro preto no branco no dia seguinte não é justificável. Nem muito menos é justificável que, após uma intervenção na AR onde o Sr. Ministro disse que nenhum dos candidatos seriam prejudicados, tenham anulado o concurso e retirado as colocações a quem tinha (por erro do ME, não dos próprios) sido colocado e já se encontrava a leccionar. Aí é incompetência dirigente pura e simples e a responsabilidade é inteira do Sr. Ministro da Educação.
Então, não era esse “monstro” que o homem que dominava a ciência toda prometia “implodir”? Foi um fiasco! Quanto a demissão, duvido. Era preciso encontrar alguém que aceitasse ir para lá.
Nem é preciso escrever muito para opinar sobre este post:
Municipalização, caciquismo, GPS.
Para bom entendedor, 3 palavras bastam.
Relativamente quer ao Crato, quer à Paula Teixeira da Cruz, o que há a saber é quem são as pessoas mais indicadas para resolver os problemas, agora, o mais depressa possível.
Se é mais útil gente nova para resolver o problema, já deviam ter saído. Caso contrário, remediem o problema primeiro e saiam depois. De qualquer forma, saindo ou não, não deixarão boa memória.
De resto, ambos são um caso de estudo relativamente à incapacidade de reformar estes sistemas. Quando ao longo da história até pessoas relativamente competentes e minimamente bem consideradas se revelam completamente incapazes de produzir transformações num sistema, e só as pessoas que optaram por não fazer grandes ondas são bem sucedidas, isso diz muito mais sobre o sistema que sobre a competência dos dirigentes.
O único grande problema é que os que vão bater com colheres em tachos para as escolas ficam. Eles sempre cá estiveram. Esses e os seus patrões do comité, e toda a estrutura inquinada de pessoal do ministério, que também fica, para atrelar e amestrar o próximo ministro.
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Falem com o Calvete do Louriçal e ele explica tintim por tintim essa maravilha de as escolas contratarem directamente. É um GPS para o lucro fácil.
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Mas por que é que neste m(in)istério se procura “inventar a roda” todos os anos e não se promove a correcção do que já foi feito com alguma proficiência mas pode ser melhorado? É mesmo um m(in)istério!
“MJoão em Outubro 8, 2014 às 22:30 disse:”
Pergunte ao Mário Nogueira
Realmente…Quem militou em partidos “marxistas-leninistas” deveria ter conhecimento da autocrítica…
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