Um apelo à acção da Maria João Nogueira a propósito da Lei da Cópia Privada
Assim, sugiro que EDUCADAMENTE, se contacte a presidente da Assembleia da República, manifestando o interesse em que esta petição seja debatida em plenário, de acordo com o que manda a lei, antes de ocorrer a votação.
Qualquer coisa como:
“Exma. Senhora Presidente da Assembleia da República,
Face aos mais de 6000 subscritores validados da petição contra o pl-246, entregue ontem na Assembleia da República, gostaria de solicitar à Presidente da Assembleia da República uma revisão da agenda, de forma a que a petição seja debatida em plenário, antes do projecto de lei ser votado.”
Este, ou qualquer outro texto, claro, pode ser enviado usando o formulário disponível no site da Assembleia da República. (Update – no “assunto” optei por “sugestões”).
Para mim, como para muitos, esta lei é um absurdo e não consigo congeminar qualquer forma de a justificar ou até de a tornar mais lógica. Devo ser muito burro, mas o preço não deve refletir o valor da obra (para o comprador, claro). Reduzindo ao absurdo: imaginemos que o “CD” apenas tinha possibilidade de conter 1 música ou, até, que apenas permitia a reprodução da música uma única vez (e, depois, auto-destruía-se); teria de ser muito barato, acho, pois para ouvir a música várias vezes tinha de comprar vários CD. Se, por outro lado, fossem como são agora, teria muito maior valor para mim e pagaria um preço bem superior, mesmo que só me permitisse tocar no meu CD player;se, ainda, o CD incluísse um DVD uma pen (ou a hipótese de copiar para onde quisesse sem limite) poderia ser ainda mais interessante para mim e, mais uma vez, pagaria um preço superior. O preço reflete o valor (para o consumidor). Claro que existe uma faciliade de crime e poder emprestar ou alugar a amigos ou quem quisesse. Mas isso é contra a lei de copyright e não é isso que trata a lei que agora se discute (que é da cópia privada). Resumindo: a argumentação desta lei é que existe uma vantagem para o consumidor não refletido no preço pago ao autor. Eu não vejo como. Se existe essa vantagem, aumenta-se o preço. Se um carro A custa 20 mil euros na versão standard, é natural que para a versão deluxe seja pedido 22 mil euros! Ou estou a ver mal a coisa?
Errata: devia ter sido posto em forma de pergunta: “Devo ser muito burro, mas o preço não deve refletir o valor da obra (para o comprador, claro)?”
Pf retirem os meus comentários acima, pois não são apropriados a este post.
Só o nome pl-246 faz lembrar um vírus mortal desenvolvido por comunas em Moscovo