Qual é a estupidez do novo imposto sobre a “cópia privada”?

É que para o Barreto Xavier e a sua trupe de esfomeados por subsídios ganharem “15 a 20 milhões”, a AGEFE alerta para perdas muitíssimo superiores. Façamos uma brevíssima análise em cima do joelho.

Vencedores:

  • Vendedores estrangeiros dos equipamentos (sites)

Perdedores:

  • Consumidores (que agora terão de ter mais trabalho para comprar o mesmo)
  • Distribuidores e Vendedores de tecnologia (perdem clientes)
  • Alguns trabalhadores naquelas empresas, que irão para o desemprego
  • Governo (ganha 1 imposto, perde IRC, IRS, TSU, IVA, imposto sobre combustíveis,… e subsídios de desemprego que agora terá de pagar)
  • Contribuintes, que agora terão de pagar mais impostos para compensar o ponto anterior

Os artistas não sei se perdem ou ganham. Depende de muitas variantes. Por mim perdem ainda mais, que eu cada vez menos dou 1 cêntimo que seja a peças boçais, filmes insultuosos e textos presos ao século XIX.

Este é um imposto ainda mais idiota que o normal. Parabéns à Amazon.

HARRY

25 pensamentos sobre “Qual é a estupidez do novo imposto sobre a “cópia privada”?

  1. Antonio

    Não era no CDS que supostamente havia uns rapazes liberais que até vinham aqui ao blog….?
    Mais um imposto liberal…ou lá o que ser liberal significa para esta gente da direita mais liberal de sempre!!!!

  2. Antonio

    P.S. Estou a ser injusto…
    Eles vão votar a favor mas são contra. Eaté querem discutir em profundidade. Tem a ver com ser um membro disciplinado do gov, como diria o Pires de Lima…
    É assim como o Bill Clinton, que fumou mas não travou…ou lá o que foi. Tudo gente para levar muito a sério!!!

  3. Jalapeno

    “Por mim perdem ainda mais, que eu cada vez menos dou 1 cêntimo que seja a peças boçais, filmes insultuosos e textos presos ao século XIX.”

    Mas você só comprava disto? Está mais do que explicado esse mau amor à cultura.

  4. Green Lantern

    Há uma solução mais fácil para não aplicar esta medida.

    Vendem-se os Mirós que estão guardados num armazém e aplica-se esse dinheiro nos esfomeados da cultura.

    Assim não há taxas para quem compra um computador, telemóvel ou pen para trabalhar e tem de pagar para chulos. Mais giro ainda é que as consolas de jogos também vão pagar e como se sabe os artistas portugueses contribuem imenso para esta industria!!!!!!

    Ah ah ah

  5. José Maia

    Que eu saiba é este blogue que está preso, colado e costurado ao séc. XIX. Até dão assim uns ares de senhoras ofendidas.

  6. Slint

    Só gente burra LOL mas também o que se esperava de gente que lê Ayn Rand?. Como se o dinheiro fosse para os artistas, tão ingénuos que são, esta gentinha burra.
    O dinheiro desse imposto vai para a SPA, para alimentar uns quantos que lá andam, depois se sobrar alguma coisa, vai para editoras, produtoras, distribuidores etc. e só depois, talvez, se ainda houver uns trocos… irá para o autor.
    Em que mundo vivem vocês? ah sim, no mundo em que o PS é um partido de extrema esquerda.

  7. Nuno

    Nem mais. Neste país tudo entretido a falar da “integração fiscal”, e esquecem-se que há UM imposto que tem regras bem definidas no espaço comunitário: o IVA.

    Queixamo-nos que as empresas se deslocalizam para o Luxemburgo e para a Holanda (desde a Jerónimo Martins à Amazon) para fugir ao IRC, mas ambas continuam a cobrar IVA à taxa dos países onde realizam as suas vendas.

    Mas em vez de nos centrarmos no IVA, para não perdermos empresas e postos de trabalho, continuamos com um IRC que leva as empresas a deslocalizarem-se, e para cúmulo inventamos impostos especiais sobre o consumo que fogem a regras comunitárias.

    É que não só prejudicamos as lojas físicas, como sobretudo esmagamos o comércio online sediado em Portugal, em deterimento dos gigantes internacionais. A preços de hoje, um disco de 2TB passa a ser 20% mais caro numa loja online portuguesa, com tendência a subir porque a taxa é fixa (12,30€) e os preços descem. Quem é que vai optar pela loja portuguesa?

    Isto sem sequer entrar nos méritos da lei, que são nenhuns. Os artistas são prejudicados pela pirataria, eventualmente, não pela cópia privada.

    A cópia privada faz cada vez menos sentido, quando as pessoas cada vez mais compram/alugam contúdos (músicas, vídeos, livros) em lojas que explicitamente permitem a partilha entre meia dúzia de aparelhos, usam streaming, usam o Restart TV em vez de gravar, ou gravam numa box conteúdos que não podem partilhar.

    Alem disso, devia ser óbvio para todos que os autores representados por estas sociedades não representam as escolhas dos consumidores. Falando de pirataria, a malta pirateia filmes e albuns americanos, e descobre uma stream manhosa para não pagar a SportTV. Mas tem que entregar €5 por smartphone ao Fernando Tordo?

  8. lucklucky

    Slint não sabe o que é socialismo, deve julgar quando o dinheiro de quem o ganhou vai por força das armas do Estado para aqueles que ele quer é socialismo mas quando não vai para quem ele quer deixa de ser socialismo.

  9. “Os artistas são prejudicados pela pirataria, eventualmente, não pela cópia privada.”
    Nuno, entao como e’ que os artistas sao prejudicados pela pirataria, nao percebo…

  10. Antonio

    Os artistas talvez sejam prejudicados pela pirataria (ou não, não sei…veja-se como a Microsoft quase chegou a dominar o mundo dos OS através dos beneficios da pirataria).

    O que é certo é que quem não ouve musica ou não faz pirataria não daveria ser obrigada a pagar pelos que fazem!!! Será que isso é assim tão dificil de entender???

    Então se os meus vizinhos roubarem água à “rede” eu tenho de pagar à “rede” pelos roubos deles????!!

    Já viviamos num país onde pagamos por “estimativas”, onde pagamos investimentos em éolicas, onde pagamos mai spela burocracia do qu epela água que consumimos etc…agora vamso pagar aos artistas pelas musicas que não ouvimos e os filmes que não vemos!!!

    Já agora, já repararam que senão fosse os Estado (as autarquias) a maioria das bandas portuguesas passaria fome… boa parte delas vive de concertos pagos pelas autarquias, que estas “oferecem” aos seus concidadãos!!!!!! É surreal!

  11. Nuno

    É provável que os artistas (duma maneira geral, não os portugueses em particular) sejam prejudicados pela pirataria.

    As contas são complicadas, mas é possível que muita gente descarregue filmes da internet, que estaria disposto a pelo menos alugar (por 3 ou 4€). Idem para as músicas, as séries, etc. Muita gente que pirateia nunca compraria, e a exposição às obras pode leva-la a concertos, a ver sequelas no cinema, a acompanhar a nova temporada na TV. Mas se a pirataria for fácil e sem consequências é natural que se percam algumas receitas.

    Já a cópia privada de obras adquiridas legalmente é um conceito absurdo, que não leva a perda nenhuma de receitas, muito menos de artistas nacionais.

    Talvez na música umas quantas pessoas comprem álbuns e os ripem para meter no telemóvel, mas são cada vez menos os que o fazem (vs. Spotify e MusicBox). E não é líquido (nem justo) que fossem comprar novamente todos os seus álbuns no iTunes a preço de “novos”. E quanto a filmes, ou séries, quem é que os compra em DVD para ver no iPad? A malta ou compra no iPad, ou pirateia. O conceito de comprar o DVD e ripar é ridículo nos dias que correm. Quem quer ter tem, que não quer pede emprestado ou saca da net. Idem para livros e outros conteúdos. Vamos proibir a malta de emprestar livros também?

    Por isso de que serve uma lei que cobra uma taxa para compensar artistas de que ninguém quer saber por uma coisa que ninguém faz, continuado a pirataria a ser ilegal?

    É só para continuar a mama, e para o estado se desculpar de não fiscalizar a pirataria. Coisa que não faz porque não há racionalidade económica em gastar recursos do estado para apanhar pessoas que compiam/pirateiam para uso privado obras que compradas valem meia dúzia de euros.

    A pirataria combate-se com serviços de qualidade como o Spotify, o Kindle, os canais de séries, etc. E qual é o problema de um gajo que paga pelo SciFi piratear o episódio da Guerra dos Tronos que perdeu?

  12. Luís

    Há muito que sou cliente do Hipercor de Huelva, do Mercadona de Ayamonte e do comércio galego. Do Porto à Galiza é um salto e tenho a sorte de ter os pais a morar perto da fronteira andaluza. Roupa e equipamentos electrónicos e informáticos mais baratos, e produtos alimentares que não há por cá. A conservas, por exemplo, são excelentes.

  13. Luís

    Há muito que os artistas se adaptaram à pirataria… vivem dos concertos, dos espectáculos ao vivo. É assim há quase uma década. Contudo o nosso mercado é pequeno, os recursos são poucos, há a concorrência dos artistas internacionais e acima de tudo a mama das autarquias começa a terminar. Daí que o sector, à boa maneira portuguesa, procure rendas garantidas, em vez de se adaptar à nova realidade. E é lamentável que mais uma vez o Estado cuide dos «coitadinhos».

  14. Luís

    Os Tordos e Tonys da vida acostumaram-se à mama das idas à RTP e dos concertos pagos pelas autarquias, uma novidade da últimas duas décadas. Ainda me recordo que nos anos 80 cantarolavam em salões de baile pela província, tinham cachets razoáveis e pagava-se bilhete para assistir ao bailarico. Quando as autarquias começaram a oferecer concertos os organizadores dos bailaricos perderam o negócio e os cachets da pimbalhada dispararam. A saga das festarolas organizadas e pagas pelas autarquias e empresas municipais continua em força, apesar da crise…

  15. hustler

    Or argumentos do Ricardo até são válidos, mas quando quase todos os países europeus usam esta taxação, torna-se difícil a deslocação deste tipo de consumo para outras paragens

    In Sweden there is a fee called “privatkopieringsersättning” (private copy retribution) earlier called “kassettersättning” (cassette tape retribution) on compact cassettes, blank CDs, blank minidiscs and other storage media. As of September 1, 2011, this fee will apply to external hard drives and other USB storages as well. The fee is 2.5 öre (0.025 SEK) per minute of storage for analog media or 0.4 öre per MB for re-recordable media or 0.25 öre per MB for write once media.[clarification needed] The money collected (224436151 SEK as of 2005) is handled by Copyswede.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Private_copying_levy

  16. Nuno

    O Hustler esquece-se da lei que interessa: a do Luxemburgo, onde está sediada a Amazon Sarl.

    Forum shopping. Para uma Amazon, basta um país não ter a taxa.

  17. CSJ

    Mas afinal para onde vai o dinheiro das tais taxas? Quem o vai receber (destino final) e como (com que critérios)? E os que estão “isentos de pagar tais taxas” como comprovam a sua situação?
    Este país cada vez me parece mais uma nave de loucos…

  18. Pingback: Lei do Barrete | O Insurgente

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