A ambição é legítima e até saudável. O que se recomenda é um pouco de decoro quando a auto-candidatura é recusada. A “mãe da estratégia de Lisboa” já devia estar habituada a ver as (elevadas) expectativas frustradas.
A ambição é legítima e até saudável. O que se recomenda é um pouco de decoro quando a auto-candidatura é recusada. A “mãe da estratégia de Lisboa” já devia estar habituada a ver as (elevadas) expectativas frustradas.
Basta ouvir Carlos Moedas a falar uma língua europeia qualquer para se perceber logo que ele não é da “escola” socialista, do desenrascanço ou da recauchutagem. Este fez mesmo a escola, e não foi na Independente nem no imobiliário. E tem uma preparação política que está para além dos balões de ar que saem da seita tradicional. Por isso é normal que certos canais de televisão escolham certas personagens para como comentador de cozinha o colocarem de rastos como se fosse lixo e ponto final. Um excelente sinal.
“Maria João Rodrigues, que lembrou que Portugal vai continuar a ser o único país que ainda não indicou uma mulher para este cargo”
E eu que pensei que o importante era a competência e o mérito…
Quais são as qualificações do novo comissário para as Pescas e Assuntos Marítimos, ou Desenvolvimento e Ajuda Humanitária, ou Agricultura e Desenvolvimento Rural, ou etc etc etc? Se calhar saber primeiro o cargo e depois escolher a pessoa? Evitava-se o discurso de ” ele vai ser um excelente comissário de …coiso”.
Espero que seja o menos “europeu” possível. Mas isso é apenas “whishful thinking” da minha parte.
Mas até o acho bom de mais para se perder naquele antro de má fama.
Ver Maria João Rodrigues ou Silva Peneda oferecerem-se nas tvs para o cargo de comissário europeu, foi patético, e mostra bem a degradação que atingiu certas mentalidades. Já não há decoro?
Pois. E qual dos dois o “melhor”… Pelo menos o Silva Peneda remeteu-se ao silêncio. Até agora.
E eu que esperava a escolha da Ana Gomes para ,finalmente, moralizar e meter aquela gente toda na ordem!
> O que se recomenda é um pouco de decoro
> Já não há decoro?
Os mercados não apreciam isso. Nem sei como é que ainda alguém conhece essa palavra. Coisa bafienta e ultrapassada, ninguém a usa, o que mostra que está errada. Não tarda nada, ainda vêm aí alguém defender a virgindade, opor-se ao divórcio, e atacar o deboche.
(Não sei se é bem assim que se liberaliza, se houver alguma falha por favor corrijam.)