A acreditar na sua veracidade (e não tenho razao para dele duvidar). o relato da da “conversa” entre Jorge Barreto Xavier e Alexandra Lucas Coelho apenas confirma as suspeitas. O papel primordial da subsidição estatal de Cultura é o adestramento e a criação de uma rede clientelar de “agentes culturais” com fins propagandisticos. Começou com o PSD, dizem vocês. Pois, pois.
Registo com satisfação que ALC tenha conhecimento que os “[patrocínios] públicos resultam do dinheiro dos contribuintes“. Ora, na minha qualidade de contribuinte declaro que não tenho qualquer interesse em contribuir para este peditório. Sei que outros discordarão de mim. Estão no seu direito mas, por favor, não se coibem de o continuar a fazer a título voluntário e individual.
Acho graça que a liberdade para esta dita é de poder dizer o que lhe apetecer, o homem fala e é apupado, é isto e é aquilo. Ela pode acusar “este” PR de ser salazarista, o SEC diz que o prémio é dado pelo Governo e é um escândalo. Ela e os amigos que metam mais tabaco!
Há pouco lia um extenso post da Sarah Adamopoulos em que se queixava de um “silêncio de chumbo”. Pelo visto não lhe pesou assim tanto no teclado.
Isto de se ter liberdade de dizer o que se pensa, ter redes sociais repletas de “ouvintes”, jornais a fazer eco das nossas palavras é uma chatice, como é que um gajo é revolucionário assim? NÃO CONSEGUE! Como é que se inspira para os romances? Como é que ficará na história? É mesmo chato! Que porra de tempo foi este senhor calhar! Já não se fazem tempos excitantes como antigamente.
Lá teremos nós de inventar moinhos, salazaristas, fascistas, enfiar-nos para baixo de cargas policiais, defender isto e aquilo, os certos, os errados, e os que apenas chocam, causas fracturantes, cinemas e amigos das artes, o povo senhores! Ahhh maldito governo fasssista.
F, o prémio não é dado pelo Governo. Um organismo do Estado co-patrocina o prémio, o que é diferente. O Governo não é o Estado. Uma pessoa pode ter a opinião que quiser sobre os agentes políticos e deve ter liberdade para o dizer onde quer que seja, sobretudo quando estes pouco ou nada são confrontados com as opiniões de outrém. É opinião dela que temos um PR que há 30 anos ocupa cargos políticos e que nunca dá a cara pelas decisões que toma, preferindo escudar-se num “os portugueses sabem que eu nunca…” Curiosamente é a minha também. Se teria dito aquele discurso? Não sei, entre recusar o prémio e tornar público o motivo da minha recusa ou aproveitar o palco para dizer de minha justiça, não sei o que faria.
“O SEC diz”
Portanto, não fui eu que o disse, alias, só enalteci a escandaleira. Para mim o grave é chamar-se fascista aos outros, maus conceitos de Estado vs Governo para mim são coisas menores.