Folgo em saber que o Tó Zé Seguro se compromente em honrar o tratado orçamental que assinou e que defende o equilíbrio das contas públicas. Se algum militante do PS ler este post, agradecia que enviasse para o seu secretário geral o link para o Manifesto Para Um Orçamento Equilibrado que já conta com cerca de 650 assinaturas. Sendo o orçamento de estado Português cronicamente deficitário, o equilíbrio das contas públicas requer uma de três coisas:
- Reduzir despesa
- Aumentar receita (impostos)
- Reduzir despesa e aumentar impostos – a via seguida pelo governo actual
Não é fácil perceber então o que defende o Tó Zé. A opçao 1 é super-mega-hiper-ultra-neoliberal. A opção 3 – em vigor – é ultra-neoliberal. E a opção 2, marcadamente socialista, é claramente pouco popular. O Tó Zé e o seu partido manifestam-se sistematicamente contra medidas de redução da despesa (dos quais cerca de 70% são custos com funcionários públicos e prestações sociais – fonte). Ao mesmo tempo, afirma que não pode prometer baixar impostos. Que via propõe então o Tó Zé? Tanto quanto percebi das declarações de ontem no final da reunião com o PPC em conjunto com outras declarações recentes:
- Renegociação da dívida – mais tempo e juros mais baixos (apesar do empréstimo da troika já contemplar juros historicamente baixos – fonte)
- Mutualização da dívida acima de 60% – uma via de baixar os juros para os países mais indisciplinados e para os subir para os países mais disciplinados.
- Colocar o BCE como “prestador de último recurso” – um mecanismo inflaccionário e de transferência de riqueza entre estados membros da Zona Euro.
- “Solidariedade Europeia” – um eufemismo para pedir transferências fiscais de outros países para Portugal – onde se inclui propostas peregrinas de colocar a União Europeia a pagar subsídios de desemprego acima de um “valor razoável de 7%”.
Isto é, toda a estratégia do Tó Zé e do seu partido assenta em; e depende de outros países (27 restantes países da União Europeia / 16 outros países da Zona Euro); de instituições europeias (União Europeia e Banco Central Europeu); e do Fundo Monetário Internacional – tudo factores que não dependem de nós e que não se podem controlar!!!
Boa sorte lá com isso, Tó Zé!
Patentemente, eles estão à espera do quarto milagre de Fátima ou da quarta visita do FMI.
Alguém dê umas aulas de aritmética ao Tó-Zero. Tenho ali um livrinho com a tabuada e com uma expressões para a área e volume de figuras simples, que usei na primária. Caso seja necessário providencio cópia.
A divergência insanável é com a UE não é com o Passos Coelho e, aí, é que está o problema do Tó Zé.
“toda a estratégia do Tó Zé e do seu partido”
Estratégia ?! …
A conferencia de imprensa do JJ após o jogo na Madeira teve mais espectadores do que o Tó Zé em São Bento.
Valha-nos isso.Está tudo dito…
Há a 4ª opção que é reduzir despesa e baixar impostos (mas em menor proproção).
Gostava de ter escrito isto como anónimo, antes que me chamem fassssscisssta mas não dá.
Vou esperar que o assunto arrefeça e se esqueçam da minha insinuação neo-nazi 🙂
Bento 2014 17 Março, 2014 09:52
O problema é que o Siguro só aceitou falar com Passos porque não poderia fazer outra coisa. Fará mais uma triste figura com os recados decorados que lhe mandaram dar e badalar. Vai sair a cassete !
Bruxo