É um tema recorrente, que os salários dos trabalhadores do sexo masculino são em média maiores do que os trabalhadores do sexo feminino, dando a entender que se trata de uma discriminação de género. Isto serve para justificar este tipo de relatórios assim como parte deste tipo de cargos e actividades pagas com os impostos de todos nós.
A falácia subjacente é que se estão a comparar empregos, experiências e produtividades iguais, quando na realidade se estão a comparar realidades bem diferentes como bem explica o vídeo abaixo. Claro que os políticos para justificarem as suas acções e a comunicação social para chamar mais a atenção estão mais interessados em perpetuar o mito do que em desmonta-lo, e por isso brevemente, o mito fará cabeçalhos de novo.
Aliás, a ser verdade, seria um atestado de incompetência e conivência para as centenas de organizações feministas, igualitaristas, progressistas, bloquistas, verdistas e similares que por aí pululam, uma vez que seria fácil, num estado de direito e com tanta casuística, levar uma pequena parte destes casos a tribunal. “Cadê eles”???
recomendo a visualização deste vídeo http://vimeo.com/19707588 “The Gender Equality Paradox”
Está muito bom mas eu cá não me atrevo a mostrar isto lá em casa.
Tudo muito certo, mas cá em Portugal verifica-se repetidamente que mulheres e homens a fazer exatamente o mesmo trabalho ganham salários bem diferentes.
Caro Luis Lavoura:
Mas se há assim tantas situações dessas, que são ilegais e inconstitucionais, se há sindicatos, movimentos cívicos, organizações feminsitas, um tribunal cosntitucional, para não falar em unanimidade parlamentar no assunto, porque é que não há sequer um caso desses a ser julgado em tribunal (ou havendo os média estão calados, o que ainda seria mais estranho)?
Porque é que fala-se em generalidade e não há UM caso que seja publicitado?
“Tudo muito certo, mas cá em Portugal verifica-se repetidamente que mulheres e homens a fazer exatamente o mesmo trabalho ganham salários bem diferentes.” Conhece algum caso desses na sua universidade?… Na escola do seu filho? No centro de saúde? Entre os repositores do Pingo Doce/Modelo/Intermarché onde faz as compras?
No Exército, essa organização machista*, não é de certeza.
*brincadeirinha, né.
Luís Lavoura, se a minha vizinha é contratada para correr, isso quer dizer que tem de ganhar o mesmo que o Usain Bolt? Porque o ‘trabalho’ é o mesmo: correr.
Estava interessado no assunto, e verifiquei que o mito já foi desmistificado nos EUA e no Canada , embora a narrativa dominante continue a ser a da vitimização do sexo feminino. Em Portugal não sabia como estava a situação , apesar da narrativa ser semelhante. Fui verificar na Pordata . E constatei que em Portugal em termos médios a diferença salarial em trabalho por conta de outrem é inexistente. É verdade que os homens têm uma remuneração em média maior, 999 euros para os homens e 813.7 euros para as mulheres. Mas os homens trabalham em média 36.9 horas efectivas por semana 147.6 horas por mês e as mulheres 33 horas efectivas por semana e 132 horas por mês , valores de 2013 . Ou seja em média os homens ganham 6.77 euros/hora e as mulheres 6.16 euros/hora . Se tivermos depois em conta os dados mostrados no video que refletem as mesmas tendências não só nos EUA e no Canada como também em todo o mundo onde existe liberdade de escolha, sobre as preferências nas escolhas profissionais e realização pessoal dos homens e mulheres versus remuneração , é fácil concluir que a narrativa é um mito também em Portugal.
http://www.pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta/Tabela/5676503
http://www.pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta/Tabela/5676513
http://www.pordata.pt/Portugal/Ambiente+de+Consulta/Tabela/5676515