Fico a saber que o Daniel Oliveira acha que o meu amigo Miguel Morgado e o Bruno Maçaes são “fanáticos ideológicos”. Felizmente que o seu “fanatismo” nunco os levou à militância em partidos comunistas defensores de totalitarismos variados. Contrariamente a outros comentadores barbados.
De resto podem verificar o “fanatismo” do Miguel nesta intervenção para o GENEPSD
Bem, eu acho que os seus amigos são fanáticos ideológicos. E já agora, também o acho a si, um fanático ideológico.
E já agora, nunca militei, nem defendi posições comunistas, religiosas, fascistas, ou de qualquer modo próximas de regimes totalitários ou falhados.
Obrigado. Eu também o acho um fanático pese embora não o conheça de lado algum. Temos de ser uns para os outros.
Já agora, o artigo do Daniel (e este post) é sobre o Miguel Morgado e o Bruno Maçães. Mas entendo que tenha tido um urgente necessidade de se expressar sobre outro tema.
Também o Durão Barroso e Nuno Crato foram militantes no MRPP.O Daniel foi membro do PCP,mas isso também a Zita Seabra e o Vital Moreira foram.Não é um passado de militantes de partidos de extrema-esquerda que definirá se no presente são ou não radicais do ponto de vista politico
“Esperemos que a intervenção externa, numa ou noutra forma, seja para durar,…”
Exactamente o tipo de governante que o país precisa…
Quando alguém chama os outros de fanáticos é porque está incomodado com a concorrência.
não sei se o Daniel é fanático ou não ( pelo menos o partido em que andou envolvido tinha uma matriz fanática em termos ideologicos e na forma como fazia e faz politica ), mas que é parvo isso é. Tá aqui tá a fazer outro partido de esquerda.
Ah, a extrema esquerda, esse território do pragmatismo e moderação por excelência…
Qualquer dia estão a disputar o voto burguês.
Um conjunto de garotos andou alguns anos num jogo de palavras a tentar ser cada um mais liberal que o outro, daqui decorreu o compromisso de cada um com as maiores imbecilidadaes. Alguns destes rapazes chegaram a lugares de poder e como a maior parte continuou preso à juventude, aquilo a que assistimos entre eles, é à mesma competição entre rapazolas mas agora às custas do bem estar do povo.
Lobo Antunes disse do que se tratava:
“Perguntam-me muitas vezes por que motivo nunca falo do governo nestas crónicas e a pergunta surpreende-me sempre. Qual Governo? É que não existe governo nenhum. Existe um bando de meninos, a quem os pais vestiram casaco como para um baptizado ou um casamento”.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/antonio-lobo-antunes-diz-que-o-governo-e-um-bando-de-meninos=f755354#ixzz2mQqHuOvU
E depois há a dor,…de cotovelo. Como se a esquerda não tivesse farta desse tipo de rapazolas caviar que ainda por cima não “gostam” da gravata, que é para usurpar, mas não ficar muito mal perante o papalvo povinho que lhes paga as lacoste.
Este miguel morgado a falar no “genepsd” faz lembrar aquelouto do impulso jovem contratado pelo Relvas. Sò que em fato tipo armani. No mais, igualzinho.
Exactamente igual, Catarina. Até no discurso. Se quiser establecer um paralelo entre os dois está à vontade.
Em todo o caso parece-me correcta a distinção tácita que é feita no post entre Maçães e Miguel Morgado. Este último é, a ver pelas declarações públicas, e mesmo discordando politicamente, alguém bem mais ponderado do que o Maçaes.
Eu não estabeleci qualquer distinção. Se refiro o Miguel mais vezes é porque o conheço melhor. Mas regressando ao Bruno, do que conheço, não vislumbro qualquer motivo para o considerarem fanático. Compreendo que discordem dele mas isso não é critério suficiente. Excepto para o Daniel Oliveira
O que é um fanático para si Miguel?
Até foram os ‘rapazolas’ que levaram o país à bancarrota. Esses são senhores…
“O que é um fanático para si Miguel?”
Alguém com uma paixão cega relativamente a algo que o leva a cometer actos motivados pelo ódio relativamente aos que a eles se opõem
Tem piada que quem tem uma visão maniqueísta é o Daniel Oliveira.
O problema não é serem fanáticos ideológicos, o problema é serem fanáticos ideológicos E assessores de um PM pasmado.
Miguel,longe de mim estar a defender a posição do DO nesta matéria,mas penso que aquilo que ele quer dizer com a palavra fanático,é que tanto Miguel Morgado como Bruno Maçães representam uma franja mais radical e dogmática na direita politica,que contrasta com a social-democracia,ou se quiser,o centrismo e a moderação que sempre caracterizou o PSD e o CDS,e os deus mais destacados representantes(Sá Carneiro,Cavaco,MFL,Morais Sarmento etc,etc).
A táctica da esqureda é sempre inverter as proporções.
O PSD e o CDS têm várias correntes. E pretender que tudo o que foge à social-democracia ou à democracia-cristã é “radical” ou “dogmático” é cair no mesmo maniqueísmo que o Daniel Oliveira. E aliá é possível ser “radical” ou “dogmático” dentro dessas correntes. E quanto ao exemplos que refere eu que tenho boa memória recordo-me bem de tudo o que foi dito acerca dessas e de outras personalidades. Foram acusadas do mesmo ou de pior. Nem é preciso ir muito longe. Vá ler tudo o que se escreveu acerca da MFL em 2009.
Acabe-se já o debate. A social-democracia é a posição pragmática, ponderada, correcta, responsável, ortodoxa e obrigatória. As demais são “ideológicas”, sem adesão à realidade, “fanáticas”, não baseadas nem em factos nem em reflexões, blasfemas. A gente séria e que interessa concorda toda entre si, à excepção de pequenos pormenores sem importância.
Vi e sei Miguel,e nesse rol de pessoas que falaram mal deles,incluem-se Passos Coelho e muita gente do PSD Mas aonde é que está a detectar maniqueismo? Dizer que alguém quer fazer as coisas mais intensidade e com mais fé que outra é ser maniqueista? Quando em relação a este caso refiro radicalismo,refiro que os dois assesores em questão têm uma visão muito mais exacerbada e fundamentalista(mais á direita leia-se) que outras pessoas da mesma familia politica,neste caso do que outros membros do partido,que desejam que as reformas estruturais sejam feitas com mais controlo e moderação..
Mas já que aponta isso no DO muitas vezes neste blog tenho visto muitos serem apelidados de “socialistas! por não se reconheçerem em todas as soluções que o liberalismo preconiza.Se isto não é ser também maniqueista…
Na esquerda acontece também o mesmo.O PCP e o BE têm uma visão muito mais exacerbada á esquerda do que o PS,ao não aceitarem a economia de mercado,algo que o Partido Socialista com mais ou menos acertos na sua governação aceita claramente.E na direita há correntes politicas que desconfiam de quase tudo que envolva o Estado.E no meio,existem os que acreditam que tanto o Estado como os Particulares têm um papel determinante no funcionamento da sociedade,complementando-se
Parece impossível que este deslavado, seguidor da ideologia mais brutal e assassina que a humanidade conheceu e que o seu mentor Trotsky praticou com requintes de malvadez, venha acusar os outros de radicalismo. Não esquecemos o COPCON, as torturas do CopCon, os interrogatórios à ponta de pistola, as FP, o jovem que atiraram ao Tejo onde se afogou, os autos de fé sobre jornais, os saneamento do saramago, etc. E foram só uns meses..
“”Mas aonde é que está a detectar maniqueismo?”
Ao definir que o PSD e o CDS têm uma única ideologia aceitável. Está a rotular de “dogmático”, “radical” ou “fanátismo” tudo aquilo com que não concorda. Isso e maniqueismo puro. Seria como decidir qual das internacionais trotskystas a ASR ou o MAS devem seguir. Isso caberá aos militantes decidir.
” Quando em relação a este caso refiro radicalismo,refiro que os dois assesores em questão têm uma visão muito mais exacerbada e fundamentalista(”
Não consigo descobrir onde as visões do Miguel e do Bruno (que nem são coincidentes) são “fundamentalistas” ou “exacerbadas”. Vai ter de me dar exemplos.´
O fanatismo não é uma posição ideógica contrariamente ao que pretende e o consenso ou o “meio-termo” nem sempre é uma posição justa ou sequer aceitável.
“muitas vezes neste blog tenho visto muitos serem apelidados de “socialistas! por não se reconheçerem em todas as soluções que o liberalismo”
Ser socialista e uma posição ideológica. Se adopta socialistas socialistas em diversas questões (o que sendo criticável não é crime) não vejo qual o problema em assumui-lo. Mais difícil ainda será pretender colocar-lhe um rótulo que não corresponde a conteúdo. Mas nada disto tem a ver com “fanatismo”.
@ makarana e outros.
Os que falam do radicalismo dos outros deveriam olhar-se ao espelho ou ao espelho do centrão.
Vejamos o PS e em menor grau o PSD não levaram o país à bancarrota?
Isso não é extremismo, fanatismo?
Porque é que o Sr. Sócrates não é considerado um extremista quando bateu records de défice e dívida?
40 anos de défices permanentes não é radicalismo?
Passar pelas mãos do Regime Soci@lista 50% da riqueza produzida pelos portugueses a cada ano, algo que nuca aconteceu, não transforma o Regime saído do 25 de Abril em Regime Radical e Fanático?
o definir que o PSD e o CDS têm uma única ideologia aceitável. Está a rotular de “dogmático”, “radical” ou “fanátismo” tudo aquilo com que não concorda. Isso e maniqueismo puro. Seria como decidir qual das internacionais trotskystas a ASR ou o MAS devem seguir. Isso caberá aos militantes decidir.”
Não me parece que se tenha feito juizos de valor sobre essa matéria,e que o termo radical seja um termo pejorativo.,Simplesmente diz-se que uns pretendem ir mais longe que uns,não se diz se é bom ou mau.É como se uma pessoa residente em Setúbal quisesse ir a Lisboa,e a outra querer ir ao Porto(que é mais longe que Lisboa)
O fanatismo não é uma posição ideógica contrariamente ao que pretende e o consenso ou o “meio-termo” nem sempre é uma posição justa ou sequer aceitável”
Por vezes sim,por vezes não.A realidade é que muitas vezes as coisas não são divisiveis entre o preto e o branco,É mais complexa.Quanto ao fanatismo,eu não disse que era uma ideologia,trata-se antes de um grau de concentração.Uma obsessão,em suma.
Ser socialista e uma posição ideológica. Se adopta socialistas socialistas em diversas questões (o que sendo criticável não é crime) não vejo qual o problema em assumui-lo. Mais difícil ainda será pretender colocar-lhe um rótulo que não corresponde a conteúdo. Mas nada disto tem a ver com “fanatismo”.
Então se por exemplo,em relação a uma determinada matéria não estiver a favor da resposta liberal,estou necessariamente a favor de uma medida socialista? Só existirão apenas essas 2 opções politicas?
“Não me parece que se tenha feito juizos de valor sobre essa matéria,”
Pode não ter sido a sua intenção mas foi o que fez. Releia o que escreveu-
“Quanto ao fanatismo,eu não disse que era uma ideologia,trata-se antes de um grau de concentração.Uma obsessão,em suma.”
Os anti-esclavagistas eram fanáticos?
“Então se por exemplo,em relação a uma determinada matéria não estiver a favor da resposta liberal,estou necessariamente a favor de uma medida socialista”
Se estiver a defender uma solução socialista sim.
“Os anti-esclavagistas eram fanáticos? ” Não creio que a liberdade de viver e de gozo de persojnalidade,sejam comparáveis a querer o Estado total ou a ausência de estado..O Marx e o Hitler eram fanáticos radicais?
Se estiver a defender uma solução socialista sim.” E o contrário do liberalismo é o socialismo? Não é possivel algo que fique no meio dessas duas perspectivas?
“Não creio que a liberdade de viver e de gozo de persojnalidade,sejam comparáveis a querer o Estado total ou a ausência de estado”
Está a confundir ideologia com fanatismo mais uma vez. E a decidir de acordo com as suas preferêcnias.
“E o contrário do liberalismo é o socialismo”
Não necessariamente. Não me recordo de ter escrito tal coisa.
“Não é possivel algo que fique no meio dessas duas perspectivas?”
Existe certamente. Mas algumas serão nais liberais e outras mais socialistas.
Está a confundir ideologia com fanatismo mais uma vez. E a decidir de acordo com as suas preferêcnias.”
Digo o que já disse antrs num comentário.E até digo algo novo: fanatismo não é o termo mais correcto.Pode-se falar num radicalismo, num querer ir mais longe.
Não necessariamente. Não me recordo de ter escrito tal coisa.”
Pode não ter escrito(e não apontei nomes),mas confesso que erradamente é a ideia que tenho retido.Pronto,creio que aqui estamos mais em sintonia.Porque existem matérias em que posso não estar de acordo com a resposta dita “liberal” mas não me rever também na perspectiva do socialismo mais moderado ou do comunismo
Ó Miguel Noronha,
Fanático não mas hipócrita sim. Falar da perda de credibilidade das instituições e da de confiança dos cidadãos nelas e acessorar um primeiro ministro eleito atráves duma mentira política colossal ou falar da urgência da descolonização do estado assistindo a premiações partidárias tipo as nomeações de Vasco Rato ou Francisco Almeida Leite não tem nada de ideológico. Apenas falta de coerência. Ele fala de exemplos. Só vejo o de Rui Rio. Não se verga por três tostões. Se o PSD ainda fosse um partido com a pretensão de ter alguma credibilidade institucional não perdia um minuto a colocá-lo à frente dos seus destinos e do país.
Há bastantes coisas a criticar no actual governo, por exemplo o fraco ritmo na redução da despesa pública e a insistência em muitos casos no aumento de impostos (a propósito, recordo-me de ter uma discussão com o Bruno e o Miguel acerca disto). Mas não estou a ver a “mentira colossal” de que fala. Critiquei aqui a nomeação do FAL. Quanto à de Vasco Rato não estou a ver qual o problema. Parece-me ter um perfil adequado à FLAD. Muito mais que Maria Lurdes Rodrigues que é quem foi substituir.
Mas, uma vez mais. Isto não tem nada a ver com o assunto do post. Guardem a bílis para outros que falem desses temas.
Só uma nota: liberalismo não é o contrário de socialismo. Liberalismo é o contrário de absolutismo. Dentro do absolutismo há toda uma gradação de filosofias políticas (socialismo, comunismo, despotismo iluminado, etc.). Liberalismo é a limitação do poder do(s) governante(s).
“Liberalismo é a limitação do poder do(s) governante(s).”
Sendo o oposto de absolutismo, o liberalismo também será o oposto do socialismo estatista.
“Sendo o oposto de absolutismo, o liberalismo também será o oposto do socialismo estatista.”
… porque as diversas teorias sociais democratas nunca defenderam a limitação do poder dos governantes.
Pingback: A barba de Daniel Oliveira | O Insurgente
“… porque as diversas teorias sociais democratas nunca defenderam a limitação do poder dos governantes.”
No que respeita às liberdades políticas sim. Às económicas nunca menos.
Comparativamente a quê?
“não estou a ver a “mentira colossal””
Não estás a ver a mentira colossal, Miguel Noronha?…
http://olhodeboi.blogs.sapo.pt/17159.html
http://olhodeboi.blogs.sapo.pt/17457.html
http://olhodeboi.blogs.sapo.pt/18123.html
Então vês o quê? Um monumento à honestidade política?
Dispensando a familiaridade que pensa ter comigo, consegue fazer vídeos idênticos ou piores para todos os governos. Continuo à espera de uma prova conclusiva
“consegue fazer vídeos idênticos ou piores para todos os governos.”
Bom. Você consegue eu não. De qualquer maneira, o tema da palestra de Miguel Morgado era o contributo exemplar que o PSD poderia dar para recuperar a credibilidade das instituições e dos partidos. Para mim, habitual eleitor PSD e saudoso leitor do Cachimbo, o exemplo está dado.
Ora cá está. O exemplo de que Miguel Morgado falava vamos encontrá-lo bem longe do seu partido. https://www.youtube.com/watch?v=asDSwAGJUto#t=539