I shall say this only once

Segundo todas as sondagens e até atendendo ao número de eleitores que votaram PS nas autárquicas, conclui-se: o PS está eleitoralmente frouxo. O que surpreende se considerarmos que o atual governo aumentou impostos além de toda a razoabilidade e moralidade, se recusa a reformar o estado, desconsiderou todas as promessas feitas em campanha eleitoral, assenta numa coligação cujos partidos se odeiam mutuamente, levou a cabo políticas que promoveram falências e desemprego, e um largo etc. Para as autárquicas, então, o PSD parecia quase pedir que os eleitores votassem elsewhere, dada a escolha alucinada de alguns dos candidatos e de comunicações inteligentes do pm, como aquela de vir lembrar a possibilidade de um segundo resgate internacional, o que seria a constatação da irrelevância e da incompetência do governo – possibilidade afirmada em jeito de confissão, portanto. (Dada as ideias retorcidas quanto à forma de ganhar eleitorado que notei nos passistas no tempo em que ainda contactava com a classe, não ponho de parte que esta estupidez do pm tenha provindo de alguma alminha esclarecida que supôs que assustando os eleitores talvez estes não votassem nos candidatos da oposição, para que o governo não tivesse uma derrota clamorosa e não perdesse legitimidade a ponto de provocar a demissão do governo e eleições antecipadas; na dita classe, tudo é possível).

Mas nem com todas as ajudas do governo o PS apresenta bons resultados em sondagens. Há quem culpe o líder e, convenhamos, o Tó Zero é risível. Mas estou convencida que este não é o fulcro dos maus resultados socialistas. Desgostados que os portugueses estão com o atual governo, não esqueceram ainda que quem faliu o país foi o PS. Mais: perceberam que o país faliu porque os governos socialistas gastaram como se não houvesse amanhã e que o país não produz o suficiente para pagar tanta despesa estatal. (Daí terem tido tanta compreensão com os aumentos de impostos gaspáricos, até que Passos Coelho, numa das propostas políticas que será candidata à mais estúpida do século XXI, resolveu dar uma facada em todos e cada um dos eleitores com a absurda proposta da TSU.) Isto é simples e as pessoas perceberam. E também percebem que o PS ou ainda não percebeu o que fez ao país ou se está a fazer de sonso esperando que toda a gente se esqueça. E percebem, ainda, que o que o PS tem proposto é a continuação do caminho que nos levou à falência. E é isto, meus caros, que leva qualquer pessoa com neurónios funcionais a recusar declarar intenção de voto no PS. Tanto que o próprio Tó Zero já veio reconhecer que não foi este governo que criou a crise. Mas não chega. Não se espera dos socialistas portugueses a integridade dos espanhóis, que os levou a pedirem desculpas pelo que fizeram a Espanha. No entanto, pelo menos, os eleitores apreciariam ver alguma contrição – e compreensão quantos às consequências das políticas socialistas. E isto leva-me a António Costa, que é um orgulhoso herdeiro dos despojos socráticos. Se pensam que, com Costa liderando o PS ou candidatando-se a Belém fazendo a defesa dos ditos despojos, vão longe eleitoralmente, desenganem-se. O PS precisa de fazer, e publicamente, algum soul-searching antes de ter o eleitorado disposto a reconciliar-se com o partido. Ou isso ou encontrar alguma vergonha – dando o benefício da dúvida e supondo que estão familiarizados com o conceito, o que não é de todo garantido.

32 pensamentos sobre “I shall say this only once

  1. Jónatas

    O Governo de Guterres baixou a percentagem da dívida pública em relação ao PIB. O Governo de Sócrates não a aumentou assim tanto entre 2006 e 2008. A opção de gastar o que se tinha e o que não se tinha foi europeia e foi uma decisão consensual. Se foi a melhor opção? Talvez não mas foi a decisão que todos os países tomaram face a uma crise financeira que não tinham criado e de que foram vítimas.

  2. k.

    O governo do passos já colocou mais pontos percentuais na divida publica que o socrates.
    Atacar um, é atacar com mais violencia o outro.

    Curiosamente, eu acho que nem um nem outro tem assim grandes culpas – culpo coisas que em portugal nao aconteceram, como a maior crise financeira desde a grande depressao, ou os desiquilibros do euro.

    Mas é claro, eu nao estou interessado numa secretaria de estado, posso ser mais ou menos frio

  3. tina
  4. JP

    O que se passa com o PS é o mesmo que se passou com o endividamento de Gaia e o porquinho assado regado a tinto e a Quim Barreiros do candidato do PSD na invicta. Há uma percentagem do “pobo” que decide e que entre o nevoeiro cerrado das sics ainda vê um pouco para além do horizonte rosa-Hollande. A seguir vão excitar-se e enterrar-se com o Costa [Concordia].

  5. Jónatas

    Não está em questão se levou ou não à falência – é óbvio para qualquer pessoa que levou. A questão que se coloca é se foi ele, qual Nero em Roma, a levar Portugal à falência sozinho ou se houve consenso europeu para que ele fizesse o que fez. Isto devia interessar-vos mas não parece interessar.

  6. tina

    “levar Portugal à falência sozinho ou se houve consenso europeu para que ele fizesse o que fez.”

    mas quando é que a esquerda deixa de ser vítima e passa a assumir responsabilidades? Não percebo o que faz um homem comportar-se como uma criança choramingas.

  7. Lucklucky

    “A questão que se coloca é se foi ele, qual Nero em Roma, a levar Portugal à falência sozinho ou se houve consenso europeu para que ele fizesse o que fez.”

    Escusa de inventar.
    Sabe muito bem que foi uma escolha do Governo Português do Partido Soci@lista, Países diversos fizeram escolhas diversas e em graus diversos.

  8. Lucklucky

    “O Governo de Guterres baixou a percentagem da dívida pública em relação ao PIB.”

    Eu baixo a dívida publica quanto quiser aumentando impostos quanto quiser. Não há um único Governo que não tenha aumentado impostos/taxas.
    Só se pode fazer as contas incluíndo os dois.
    Tal como o crescimento do PIB. É muito fácil fazer crescer o PIB aquecendo a economia com endividamento. Depois quando for para pagar é que se vê se foi um crescimento sustentável ou foi só um balão que não reproduziu riqueza.

    “O Governo de Sócrates não a aumentou assim tanto entre 2006 e 2008. A opção de gastar o que se tinha e o que não se tinha foi europeia e foi uma decisão consensual.”

    É Mentira. Foi uma decisão do Governo Sócrates PS. Escolheu.

    “O governo do passos já colocou mais pontos percentuais na divida publica que o socrates.”

    Não é fácil saber mas os valores dos défices são inferiores logo é difícil que seja verdade.
    Os valores da dívida hoje apresentados podem agora incluir os fundo para a Banca(BCP, BANIF , CGD já klátiveram a buscar) e ainda existiu uma mudança nas regras da contabilidade com as empresas publicas com dívidas pesadas a passarem serem contabilizadas
    Uma parte da nova dívida publica de Passos, é dívida que na contabilidade anterior no tempo de Sócrates não era contabilizada, por isso é que o Governo de Sócrates se especializou em vender património do estado a Empresas Publicas que se endividavam para o comprar. Ou seja: Receitas da venda no Estado > baixa artificialmente o défice > Dívida escondida nas Empresas Publicas. Não contabilizada.

    E ainda vai mudar mais:http://economico.sapo.pt/noticias/divida-publica-sobe-16-mil-milhoes-com-novas-regras-europeias_174418.html

  9. Francisco Colaço

    “O Governo de Guterres baixou a percentagem da dívida pública em relação ao PIB.”

    Errado. Iniciou a fazê-lo, mas em paralelo vendeu a partir de 1997 mais depressa do que a diminuição da dívida as posições credoras que tínhamos. Acabadas estas, teve de se fazer à dívida, e a dívida acabou em 2002 como no fim do tempo do Cavaco Silva, MAS sem as posições credoras de que antes havíamos beneficiado.

    Veja o gráfico do Banco de Portugal da série Dívida Externa Líquida. Verá que o défice desta esteve a descer durante o tempo do Cavaco Silva (e no início do consulado Guterres). Verá ainda que apenas desceu no consulado Barroso. Entrado o Santana Lopes começou a subir e, vindo o José Sócrates ao poder, subiu à estratosfera.

    É de mau tom falsear números, ou de os descontextualizar. Grassa a desonestidade naquele que se esquece providencial ou «estrategicamente» de referir o seguinte:

    1) que o pior do Guterres (compromissos futuros com PPP e outros quejandos) começa nestes anos a ser pago;
    2) que o pior do Sócrates ainda está para vir.

  10. Jónatas

    Não é mentira nenhuma, Lucklucky.

    Dou-lhe vários exemplos.

    A Alemanha gastou 50 mil milhões de euros num plano de recuperação que era essencialmente investimento público em escolas, habitação, etc. Já para não falar nos 470 mil milhões para os bancos.

    A França gastou 26 mil milhões em infraestruturas públicas, destinou 360 mil milhões para os bancos e ainda socorreu a indústria automóvel. Isto provocou um aumento de 4% no défice, que foi aceite por todos.

    O Reino Unido também aumentou a sua despesa pública quer em infraestruturas quer em dinheiro público para os bancos quer reduzindo o IVA.

    A Bélgica aumentou também a despesa pública, com maiores apoios sociais, créditos às PMEs, vouchers de comida e energia para trabalhadores e cortes nos impostos.

    A Espanha gastou 50 mil milhões de euros em estímulos à economia, fez deduções no IRS, aboliu taxas para os mais ricos, bem como serviu de garante aos bancos.

    E Portugal não foi diferente. Dá para perceber que foi um esforço concertado.

  11. andre

    Dizer que Passos Coelho adicionou mais divida do que Sócrates revela muita coisa, mas de todas as caracteristicas, burrice e ignorância está no topo da tabela.

    Alguém no seu perfeito juizo pensava que era só chegar Passos ao governo, meter um travão nesta locomotiva em velocidade máxima a caminho do precipicio, e para-la no mesmo segundo? Passos Coelho, não lhe dando nota muito positiva, conseguiu no entanto abrandar a locomotiva.

    E só não travou mais a fundo porque não o deixaram, havia sujeitos lá atrás nos lugares VIP (Leiam-se senhores do TC, professores, empresas monopolistas, etc) que sofriam de enjouos e não deixaram que fosse feito mais.

    Agora dizer que Passos acrescentou mais divida do que Socrates é simplesmente, estupido. Espero que não ensinem isso aos vossos filhos, tenho pena deles!

  12. castanheira antigo

    Factos :
    1º Socrates utilizando muita mentira e falcatruas destruiu o país , elevando para o dobro o endividamento bruto do país , como se não tivesse a intenção de pagar;
    2º Passos continuou , incompetentemente , a mesma politica de sempre. Isto é , aumentou impostos , como se isso não destruisse a economia e continuou a contrair dívida como sempre.
    Conclusão : o problema está na classe politica que é profissional e tem como principal objectivo o seu próprio interesse . Como tal o curto prazo é a sua medida e a manutenção no poder o seu fim. Como tal desenganem-se os que esperam soluções desta classe politica .
    Tudo se irá resolver , com o tempo , sendo que será a realidade a impor-se á ficção que tanto ps como psd como os outros vêm propagandeando . Sempre foi assim basta ver a História mundial.
    Por isso embora sendo embora um liberal ,gostaria que as proximas eleições fossem ganhas pelo BE ou pelo PCP , poi assim o afundanço seria mais rapido mas também mais rapida seria a recuperação .

  13. Rogerio Alves

    É como outro comentador diz, se os défices dos governos de Passos tem diminuído para metade os da era de Sócrates é difícil perceber como é que a dívida cresceu mais agora. Para além disso, agradecia que a articulista me explicasse o absurdo da medida proposta da TSU? Que era difícil de aceitar a sorrir pelos trabalhadores, isso é claro, agora que tinha uma sustentação lógica e que, possivelmente, impediria um crescimento tão grande do desemprego, isso sim, já dizia o Borges e com razão.

  14. andre

    Percebo a sua mensagem Castanheira.

    Às vezes fico tão irritado quando (raramente) vejo o telejornal, que por vezes desejo o mesmo, para se acabar a demagogia toda.

    Mas falando de coisas sérias, concordo consigo e reitero, a única esperança que tenho é que a matemática não falha nunca e a realidade vai bater à porta, como está a bater agora nos EUA.

    Só quero é que bata rápido porque ainda sou novo e parece que andei aqui a perder anos de vida.

  15. tina

    Jónatas, tem toda a razão quando diz que a Europa pode ser parcialmente responsabilizada pelos nossos gastos excessivos. Lembro-me de Durão Barroso ter dito que não teriamos necessariamente de interromper o TGV, e como a UE não gostou nada quando o fizémos.

    Mas as pessoas aqui todas sabiam que estávamos a ficar perigosamente à beira da bancarrota, tivémos grupos de empresários a ir falar com o PR por causa do TGV e outros projetos malucos, tivemos a MFL a avisar infinitas vezes que Sócrates iria ser o coveiro do país

    e QUAL FOI A REAÇÃO DO PS E DE SÓCRATES?

    riram-se de MFL, apareceram com cartazes a dizer que o TGV era um direito, assinaram petições a favor das obras públicas, etc. Continuaram com os seus jogos de poder até ao fim e deram cabo do país. FORAM BEM AVISADOS MAIS DO QUE UMA VEZ, por isso não podem culpar ninguém.

  16. tina

    “É como outro comentador diz, se os défices dos governos de Passos tem diminuído para metade os da era de Sócrates é difícil perceber como é que a dívida cresceu mais agora”

    Por causa dos juros que estamos a pagar pela dívida que Sócrates contraiu. Não quis acreditar quando ouvi uma vez que a maior parte do nosso défice é juros, por isso não quero repetir sem deixar as minhas dúvidas.

  17. Lucklucky

    Não venha com a MFL Tina, ela diz tudo e o seu contrário.

    “E Portugal não foi diferente. Dá para perceber que foi um esforço concertado.”

    Mentira. É apenas o caminho mais fácil de curto prazo sempre repetido.
    O próprio crescimento da despesa já vem de muito mais atrás, só foi mascarado ao longo do tempo pelos aumentos de impostos e pelo aumento de receita proporcionado pela bolha do credito fácil. A partir do momento em que este castelo de cartas caiu tudo ruiu.

    Portugal era livre de fazer o que quiser. Foi uma escolha natural de um regime populista que saiu do 25 de Abril e que segue sempre a via mais fácil do curto prazo. Um regime que tem demasiado poder sobre as pessoas. Duplicou a dívida delas.

    A escolha poderia ser outra.

    Para lhe explicar o que está em causa:
    Se Sócrates tivesse feito cortes em vez de delirar com o crescimento ao virar da esquina hoje não tinhamos de pagar o valor dos juros que pagamos – que ainda assim são abaixo do mercado devido à Troika –
    Isto quer dizer que provavelmente não se precisava de cortar 4 mil milhões de euros.

    Cooisa que nunca é dita nos jornais do regime.

    Metade do que pagamos em juros.

  18. Jónatas

    Lucklucky, tenho respeito por si por isso peço-lhe que pare de me chamar mentiroso. Já não é a primeira vez hoje e demonstrei, com factos, que não o era. Agora, volta a insistir. Tenha calma, sim? Podemos discordar da maneira como as coisas foram feitas ou da maneira como as vemos mas não é preciso entrar no insulto.

    Até porque concordamos na conclusão – Portugal não devia ter feito o que fez. No entanto, não se pode olhar para a decisão de Sócrates como a loucura que todos clamam que é porque todos estavam a fazer o mesmo. Se acha que é fácil dizer que não a um esforço concertado europeu, acho que você não percebe de todo como tudo isto funciona.

  19. Nuno

    Jónatas, não foi esforço concertado nenhum. O que acontece é que no absurdo keynesiano que domina a política pública há 80 anos, os políticos de todos os países têm a desculpa teórica (o multiplicador da despesa pública) para fazer aquilo que eles querem sempre fazer, que é aumentar a despesa, as clientelas e o seu poder e influência.
    Depois gabam-se e congratulam-se uns aos outros pelos seus esforços por gastar o dinheiro dos outros em projectos com racional político e não económico, e são até louvados pelos eleitores… até vir a conta.

  20. Bull

    Jónatas demonstar com factos? LOL
    mentiras para mim não são factos, tenta ter uma visão globalizada da coisa porque senão podemos ficar uma vida todo a apresentar graficos e numeros uns aos outros e não se sai da cepa torta.
    Há uns meses atras na Sic apareceu un tal Marques Mendes apresentando factos (graficos e numeros) que os EUA tinham saido da crise e já estavam em crescimento económico e a Europa tinha falhado totalmente na receita. Esse senhor tb apresentou factos e daí?? “factos” totalmente errados
    Números explicam pouco num mundo onde irracionalidade e secretismo abunda

  21. Bull

    É de Bull and Bear vê la se aprendes alguma coisa, pareces um miudo de 7 anos.
    Não é a minha visão que conta é a racionalidade que conta.
    Se vês o mundo dessa forma só a partir de números então temos pena, mas vais ter muitas desilusões, a não ser que teimes em viver nesse mundo de fantasia.
    Quais factos e graficos, (visões não obrigado) globalizadas???

  22. HO

    Rogério Alves- ” Para além disso, agradecia que a articulista me explicasse o absurdo da medida proposta da TSU? Que era difícil de aceitar a sorrir pelos trabalhadores, isso é claro, agora que tinha uma sustentação lógica e que, possivelmente, impediria um crescimento tão grande do desemprego, isso sim, já dizia o Borges e com razão.”

    Concordo (não sei quanto ao impacto do desemprego no curto-prazo, dependerá da rigidez dos salários nominais) e também estou curioso. Era uma das partes mais importantes do MoU e mesmo que seja “bad politics”, é “good policy”. Na situação portuguesa, a última é muito mais relevante que a primeira. Aliás, com este governo ou com outro, no actual programa de resgate ou num próximo, a medida será reintroduzida. A economia portuguesa tem constrangimentos sérios do lado da oferta e não há assim tantos instrumentos para os resolver.

  23. HO

    “Se acha que é fácil dizer que não a um esforço concertado europeu, acho que você não percebe de todo como tudo isto funciona.”

    De 2005 para cá, a dívida pública como % do PIB para a Europa (Euro-27) subiu uns 20%. Em Portugal, uns 60%. As condições de partida não eram iguais, logo políticas fiscais semelhantes têm consequências diferentes. Pense assim: quantos desses países foram obrigados a sair dos mercados e a recorrer ao FMI?

    Se o governo português teve capacidade de dizer não à, e.g., medida da TSU que até é parte de um compromisso assinado com credores, o que o obrigou a mimetizar políticas fiscais que até poderiam fazer sentido em outros países mas não em Portugal? A diferença é que políticas fiscais expansionistas são muito mais populares politicamente.

    E não houve qualquer “esforço concertado europeu”. Vá dizer isso aos letões.

  24. Lucklucky

    Jonátas você não demonstrou concertação Europeia alguma. Não houve nenhuma ordem, nenhum acordo, nenhuma cimeira para você dizer tal coisa.

    E não houve política iguais, foi Portugal que duplicou a sua dívida publica com Sócrates e o PS passando de 90 mil milhões para 180 mil milhões.
    A diferença de grau muda o carácter do que fez cada país e permite usar a expressão que você rejeita para o caso português: loucura.

    É evidente que você não pode chamar de loucura quando você censura, limita a sua analise a propositadamente a apenas dois factores que deixa entrar na sua equação :
    expansionismo/ não expansionismo

    O grau para si não conta, porque deita abaixo a lógica do resultado final que se quer, que é desvalorizar o comportamento do governo de Sócrates.

    Toda a sua lógica basea-se ao limitar a analise apenas a esse julgamento binário. Sem Escala, Sem Grau.
    Para si aumentar a Dívida em 10% ou em 100% é a mesma coisa e indica concertação

    Por exemplo o país que até está mais próximo do comportamento do Governo Sócrates nem está na Europa. Chama-se USA.
    Houve concertação?

  25. Francisco Colaço

    Jónatas,

    A série «Dívida externa líquida» diz mais e melhor. E nesta o Guterres é um despesista.

    Além disso note que a dívida externa em 2002 é essencialmente a mesma de 1995. E que a dívida externa LÍQUIDA é claramente um foguete em ascensão. Isto é, o Guterres gastou as economias que havíamos posto de lado no tempo do Cavaco Silva.

    Se o Cavaco Silva tivesse sobrevivido mais quatro anos, seríamos país CREDOR em termos de dívida externa líquida. Se a Manuela Ferreira Leite tivesse prosseguido a sua política até ao presente, hoje seríamos claramente um país credor. O gráfico Dívida Externa LÍQUIDA diz tudo e basta extrapolar.

    Santana Lopes, Guterres e Sócrates, por ordem ascendente, fizeram mais mal à economia que quaisquer outros portugueses. Não gosto do Cavaco nem regado com o meu celebrado molho de caril e mostarda (de que um dia poderei colocar a receita se me pedirem muito), mas tenho de lhe fazer justiça: no fim do reinado Cavaco estávamos claramente em trajectória de nos tornarmos um país credor.

  26. Francisco Colaço

    «Por isso embora sendo embora um liberal ,gostaria que as proximas eleições fossem ganhas pelo BE ou pelo PCP , poi assim o afundanço seria mais rapido mas também mais rapida seria a recuperação .»

    Castanheira, o PCP e o BE providenciam bilhetes apenas de ida.

    Lembre-se do sangue que foi necessário para livrar a Alemanha dos nacionais-socialistas, ou a URSS do comunismo (em guerras por procuração). Perder-se a liberdade faz-se num momento; ganhar-se-a, apenas à custa de sangue e de lágrimas.

  27. Francisco Colaço

    Lucklucky,

    «Por isso embora sendo embora um liberal ,gostaria que as proximas eleições fossem ganhas pelo BE ou pelo PCP , poi assim o afundanço seria mais rapido mas também mais rapida seria a recuperação .»

    Andam a dar um concerto com a «Máquina de Escrever» do Leroy Anderson e a «Feiticeiro de Oz» do Chostakovich.

    O próximo concerto que eles vão dar incluirá obras como o «Requiem» de Mozart e a «Marcha Fúnebre» de Chopin. Obras europeias agora tocadas em certos países europeus por ocasião da interrupção das festanças.

  28. Francisco Colaço

    Lucklucky,

    Má citação acima. Desculpe-me. A citação correcta era:

    «Por exemplo o país que até está mais próximo do comportamento do Governo Sócrates nem está na Europa. Chama-se USA.
    Houve concertação?»

    E daí a analogia dos concertos.

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