Denomina-se de revisionismo histórico o acto de rescrever e reinterpretar eventos passados à luz de novos factos, entretanto descobertos. Quando se rescreve a história sem terem surgido novos factos, narrativa será o termo mais apropriado.
E eis a nova narrativa do site do PS:
“A consolidação orçamental deixou-nos melhor preparados para responder à crise. Foi por ter resolvido em tempo útil a crise governamental recebida em 2005 que o Estado dispôs de margem para responder à crise económica mundial, apoiando as famílias e empresas”
Afinal, ao contrário do que tudo parecia indicar, José Sócrates salvou o país. Um sentido de estado único. Os défices de 2009 e 2010 terão reerguido o mundo. Os investimentos públicos foram certeiros, produtivos e oportunos. E a dívida? Um gesto de digna filantropia a esta e às próximas gerações. A insustentabilidade da dívida pública e a insolvência técnica são pequenos percalços que não minoram o caminho do progresso.
O PS intitula o feito de Marcas de Governação. Permitam-me o revisionismo. Nódoas de Governação é mais adequado.
Se essa gente fosse julgada e condenada por gestão danosa não os teríamos que andar a aturar e serviam de exemplo para os restantes.
O partido sarjeta no seu melhor…
A Reforma do Estado e da Administração Pública
“Para deixar uma marca no país era necessário começar por reformar o próprio Estado. Evitando gastos supérfluos e eliminando desperdícios, para podermos investir naquilo que realmente interessa: na modernização do tecido produtivo e no reforço da coesão social. Isto é, para apoiarmos as empresas e as famílias. Foi esta a tarefa que o Partido Socialista, partindo de condições financeiras extraordinariamente difíceis, empreendeu. É graças a esse esforço que hoje o Estado está em condições de acudir as famílias e empresas afectadas pela crise económica mundial.”
Reformar o Estado? Evitar gastos supérfluos? Eliminar desperdícios? Investir na modernização do tecido produtivo e reforço da coesão social? Apoiar empresas e famílias?
E é por causa disso que o Estado, HOJE, está em condições de acudir às famílias e empresas?
Não há palavras… Isto é branquear o passado, mentir com todos os dentes, tratar os outros por parvos, é baixo, falso, ignóbil, vil, desprezível, infame, torpe e miserável. Isto é o PS!
E a cereja no topo do bolo:
PS PROPÕE E FAZ
“Afirmámos os interesses e o prestígio de Portugal na Europa e no mundo”
Genial! Isto é um caso clínico de delírio colectivo!
Agora só falta dizerem que Sócrates é a reencarnação de Jesus…
O povinho é que tem de ser julgado!
Se os jornais e TV’s não fossem antros da Esquerda já há muito teriam sucessivas referências a que se Sócrates não tivesse escolhido duplicar a dívida manteríamos hoje os 60% dívida , ou seja teríamos juros muito mais baixos, talvez a pagar uns 1/4 dos juros que pagamos hoje. O que pagamos a mais será talvez valores próximos do orçamento do Ministério da Educação.
É isto a esquerda e os nossos jornalistas.
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