No Equador, o lugar das delícias dos últimos defensores da liberdade perseguidos por estados malévolos aplica-se a máxima “olha para o que digo, não para o que faço.”
No Equador, o lugar das delícias dos últimos defensores da liberdade perseguidos por estados malévolos aplica-se a máxima “olha para o que digo, não para o que faço.”
O problema não é que o Equador o faça, o problema é a p***a da hipocrisia que reina nestas sociedades ocidentais, em que normalmente se beneficia o criminoso em detrimento da vítima, em que traição ao país é símbolo de luta pela liberdade, etc.
Hummmmm… E se a dita “traição ao país” for, na realidade, uma luta pela liberdade, contra a imposição de um estado totalitário nos EUA, como aquela que Snowden, Manning (entre outros) protagonizam?
Ao cidadão é vendido o benefício da perda de privacidade, esse valor do passado, como um avanço benévolo, cheio de “se não deves não temes”. Entretanto, estes governos vão a extremos para manter os seus actos encobertos.
É razoável que a divulgação de segredos de estado seja penalizada e a divulgação de abusos leve a corrigi-los. Já a necessidade de perseguir, denegrir e desvalorizar os “dissidentes”, elos (muito) mais fracos nesta história, exala um fedor verdadeiramente soviético.
Apetece perguntar: “se não devem, o que temem?”
Pedrovski, essa teoria da luta da liberdade por parte desses indivíduos é mais uma faceta da hipocrisia reinante, a busca de protagonismo, de dinheiro, ou outra motivação mais obscura leva-os a tomar tais atitudes. E no caso desse Snowden então é incrível como tal cavaleiro da liberdade se vai esconder num dos países que prima pela transparência, respeito pelos direitos do homem e liberdade. Deixem-me rir… é tipo o Che.
Jose,
1) O Snowden nunca teve algum contacto visual com a realidade que diz ter. Em dois segundos consegui ver isso pela direcção para onde rola os olhos quando fala sobre essas violações. Isso não significa que não sejam verdadeiras. Apenas significa que o Snowden nunca apela à memória visual ao falar dessas coisas.
2) Acredito que o Snowden disse a verdade. Ora diga-me lá: é prerrogativa de algum estado poder espiolhar sem mandato nem causa provável a vida de cada um dos seus cidadãos?
3) Há alguma diferença entre a NSA e o caso Watergate? Não são mais as semelhanças que as diferenças? Não será eventualmente a NSA (como foi o caso Watergate) utilizada para o político no poder ter vantagem indevida sobre a oposição política?
Se o Snowden, mesmo querendo quinze minutos de fama que lhe correram mal, diz o que acabou por ser admitido por várias fontes mais, pode de alguma forma considerá-lo um traidor? Não serão traidores aqueles a quem o voto democrático foi dado, para logo depois fazerem tábua rasa dos direitos democráticos dos seus votantes?
Jose, a história de «quem não deve não teme» não é senão um meio de ditadores se justificarem e de se perpetuarem uma vez instalados. Quem não devia nada ao Salazar também não temia no Portugal do Estado Novo. E porque o meu pai devia ao Salazar, por ser um democrata liberal, também malhou com os ossos na cadeia. Não são os cidadãos que se têm de explicar ao governo ou ao Estado. É o governo que deve e que tem de se explicar aos cidadãos.
Em Portugal temos também a inversão do ónus da prova. Neste momento, os cidadãos têm de tirar uma senha nas finanças para poderem movimentar qualquer mercadoria neste país. Não sei se isso é a apocalíptica marca da besta, mas sei que faz de todos nós, que aceitamos isso como se fosse normal, umas verdadeiras bestas!
Francisco, completamente de acordo com o que escreveu, no entanto ao que eu vou é à hipocrisia. Nenhum estado que se conheça está livre deste tipo de situações (talvez somente o reino do Butão se safe) no entanto no ocidente consideram-se heróis estes indivíduos que ‘lutam pela liberdade’ com o apoio de países como a Venezuela, Cuba, Rússia e outros que tais, como se fossem estes exemplos máximos de democracia e liberdade.
José,
Que alguém lute pela minha liberdade, e desejo ardentemente que venha o dia em que alguém lute pela dos países como a Venezuela, a Rússia e Cuba. Os nossos lutadores pela liberdade são os traidores deles. Veja o que os mentecaptos da vermelhusca escarralhada dizem de Yoani Sanchéz.
Snowden para mim não é um herói nem um bandido. É um puto que ouviu algumas coisas e foi dizer como se fosse ele que as tinha vivido. Meteu a pata na poça e agora será moeda de troca da Rússia, ficando em reserva e bem vigiado pelo FSB. Se a Rússia tivesse mesmo interessada na mensagem dele, ou lhe desse credibilidade, ele já teria um programa na RT.
Dito isto, antes ter políticos vigiados pela sociedade que uma sociedade vigiada pelos políticos. Mais como o Snowden (já agora desta vez credíveis) são necessários. É necessário que tudo veja a luz, para que se frustrem as ambições do já comprovado protoditador Barack Obama. É necessário que a sociedade americana esbraceje e desmonte estes déspotas em 2013 antes que vá através deles forward! para 1984.
Ate melhor informação o que se nota na America Latina é um luta feroz e extrema contra os poderes eleitos ,duma imprensa “livre” mas mais agressiva que os partidos da oposição em Portugal, que nitidamente ajudam a insatbilidade permanente. As ligações dessas imprensas “livres” alem do estilo sarjeta não me dá confiança ou credibilidade.Sem embarcar em teorias de conspiração uma ronda pelos diversos “institutos?!” que ingleses e americanos criam como cogumelos para lutarem pela “liberdades” por esse mundo fora, verificamos o grande destaque que dão as esses meios de “imprensa livre” ao mesmo tempo que ignoram Tempora/GCHQ´s ou o primo americano Prism/NSA:
Cristof9,
E no entanto mesmo hoje é melhor ser cidadão americano nos Estados Unidos ou Britânico na Inglaterra que venezuelano na Venezuela ou que cubano em Cuba ou que equatoriano no Equador.
Tome um bano de realidade, homem! Fala por cima de liberdades que os venezuelanos nunca tiveram. Veja bem o que aconteceu aos técnicos competentes da companhia de petróleo da Venezuela por discordarem de Chavez.
Brigham Young dizia com muita razão que mais vale estar a um passo do inferno na direcção do céu que a um passo do céu na direcção do inferno. Pois, se é verdade que os países ocidentais estão nesta última situação, os países socialistas e comunistas estão a um passo do inferno e na direcção do inferno.
A mentira é sempre mentira, tanto quanto está do “nosso” lado ao querer proteger segredos do (nosso) estado, como quando está do outro. Enquanto a aceitarmos do nosso lado, não temos moral para atacar a do próximo.
Não é preciso um génio para entender que isto são péssimas notícias para o equador.
Os comunas são iguais em todo o lado: o comportamento quando à comunicação social é selvagem. Aplicam a técnica da pitão constritora: apertar até sufocar.