Mais um “direito humano”…

Tem tudo para correr mal…
Zuckerberg reúne gigantes da tecnologia para elevar acesso à Internet a direito humano

“Hoje em dia, o custo global de transmissão de dados é cerca de 100 vezes demasiado caro para que isso [o acesso alargado à Internet] seja economicamente viável”, observa Zuckerberg. “No entanto, com um esforço colectivo, pensamos que é razoável esperar melhorar a eficiência global de transmitir dados em 100 vezes [o mesmo valor] nos próximos 5 a 10 anos.” Isto significa que as empresas envolvidas estão dispostas a investir para baixar os custos e assim aumentar o mercado.

E se isso falhar Zuckerberg? Estás disposto a ir a Washington e Nova Iorque (UN)?

6 pensamentos sobre “Mais um “direito humano”…

  1. Joaquim Amado Lopes

    Acho que sim. Afinal, os outros direitos humanos (à vida e liberdade de tortura, de escravidão, de opinião, de consciência, religiosa e de viajar) estão mais ou menos garantidos em todo o Mundo portanto podemos/devemos começar a desviar recursos e atenção para garantir o acesso universal à internet.
    A menos que a intenção seja apenas manifestar boas intenções para aparecer bem “na fotografia” e/ou pedir para que outros paguem para aumentar o número de clientes potenciais para os nossos produtos. Algo que, mesmo assim, também não estaria mal.

    Se a proposta fôr mesmo sincera, desde já agradeço a Zuckerberg ter prometido avançar com 90% da sua vastíssima fortuna para financiar mais este “direito humano”.

    Só para esclarecer, quando o acesso à Internet passar a direito humano posso deixar de pagar ao meu fornecedor, certo? Se sim, proponho que o acesso a electricidade, água potável e esgotos passem também a direitos humanos.

  2. Jose

    “Isto significa que as empresas envolvidas estão dispostas a investir para baixar os custos e assim aumentar o mercado.” — e a sua conta bancária.

  3. Jaques Towakí

    Se o Zuckerberg continuar a envergar por este caminho ainda teremos uma revisão constitucional em breve para acrescentar mais um artigo!

  4. Renato

    Diretos humanos verdadeiros são direitos negativos, nunca positivos. “Direitos positivos” sabotam os verdadeiros direitos humanos, e por todo mundo temos visto que as principais ameaças aos verdadeiros direitos humanos tem sido os novos “direitos humanos”.

    Um direito de alguém sempre implica em obrigação de outros. O meu direito de não ser assassinada implica na obrigação dos outros seres humanos de não me assassinarem. Aqui no Brasil, transporte público é considerado um direito. Eu tenho “direito” ao transporte público, o que significa que parte do meu salário é retirado de mim coercitivamente, entregue a políticos e burocratas, que fazem acordos escabrosos com empresas de ônibus, com muito dinheiro correndo por fora. E pronto: tenho o “direito” de viaja como uma sardinha em lata.

    Educação também é um “direito”, o que significa que mais dinheiro é tomado a força do meu salário, e entregue a políticos e burocratas, para que as crianças brasileiras passem (obrigatoriamente) quase uma década e meia em instituições pavorosas, se agredindo e agredindo seus supostos professores, que quase nada lhes conseguem ensinar, mesmo porque são eles mesmos ignorantes e desconhecem técnicas de ensino eficazes.

    Na URSS tudo era direito. O estado tratava de produzir tudo, e por isso a população estava na miséria e os homens da KGB muito ricos.

    Não sei porque, mas a cada direito que me oferecem, sinto calafrios e tremores.Queira Deus que um dia não tenhamos tantos direitos como os norte-coreanos….

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