O meu artigo hoje no Diário Económico sobre a greve dos professores.
A Fenprof e o ministro da Educação, Nuno Crato, estão num braço de ferro devido à greve dos professores marcada para o dia do exame nacional de português. Em causa está a aplicação da mobilidade especial aos professores e o aumento das 35 para as 40 horas de trabalho semanais. No que toca à greve, há um fenómeno que o cidadão comum já deve ter reparado. Esta é uma forma de contestação social utilizada em sectores muito específicos: nos Transportes, na Saúde e na Educação. Pontos sensíveis para os cidadãos e que os sindicatos tomaram de assalto, em nome, dizem-nos, de direitos sociais que, bem analisados, são superiores aos auferidos pela maioria dos portugueses.
É considerando este facto que os sindicatos têm sido acusados de proteger mais regalias e privilégios, que os direitos, inerentes à dignidade humana, dos trabalhadores. São muitos os desempregados neste País, cidadãos sem qualquer protecção social, a quem os sindicatos pouco ligam. Os sindicatos, além do problema democrático que os atinge, aburguesaram-se e quando falam de direitos adquiridos, mais não se referem que a interesses instalados que prejudicam os que ficaram de fora.
A greve dos professores, prevista para o dia de um exame, é mais uma prova disso mesmo: uma greve para que os professores trabalhem menos que o resto da população e que prejudica essencialmente os alunos; aqueles que não têm meios para se defenderem dos seus efeitos nefastos.
Nuno Crato tem de vencer esta guerra. Nela está em causa, não só a sua manutenção no Governo, mas a razão de ser deste. O que o ministério pretende é indispensável para a viabilidade do sistema educativo e enquadra-se na missão do Governo que é a exequibilidade do Estado Social no seu todo. Se perder agora, o Governo perde tudo. Por isso, os sindicatos fazem finca-pé. Por isso, o Governo não pode ceder. O bem estar de um País passa por contas públicas ordenadas, mas também por sindicatos responsáveis, democráticos e legítimos.
Este país está sempre bem a defender a pregiça e a ronha!!!!! Bolas, estou cansado, há alguém neste país que queira trabalhar?????
http://pantominocracia.blogspot.pt/2013/06/bloco-de-esquerda-porque-lhe-chamam.html
Algum jornalista poderia perguntar isto ao Sr. Mário Nogueira?
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/05/a-agenda-dos-sindicatos-e-defesa-do.html
Toc Toc Toc “Os professores, na realidade, já trabalham 40 horas por semana”, Ministro Crato dixit.
Os sindicatos não são mais que grupos enquistados que vivem à custa do orçamento mercê de monopólios legais e coercivos que lhes foram atribuídos. São tão ilegítimos como as negociatas de sucata, PPP e outras às costas do contribuinte. O Nogueira, por exemplo, é uma mistura de D. Corleone e Francisco Louçã: se não lhe pagarem o ‘protection money’, ele parte a loja toda e quiçá as pernas aos pais, alunos e contribuinte, sim, mas não sem antes (e depois) nos brindar com o sermão jacobino dos “direitos” e dos “trabalhadores”. Assim como que uma versão cínica e pseudo-operária do “paga e não bufas”.
Não é a Fenprof, é a Fenprof e ou demais sindicatos. Nem é só o Nogueira. É ele e os outros. Haja rigor, sáchavor. E eu nem faço greve, quero que se f**** os professores do quadro e a sua mobilidade. Eu ando a contrato há dezoito anos, sempre de um lado para o outro, já tive de mudar a minha vida da minha rica Beira Baixa para o Oeste para ter a oportunidade de continuar a dar aulas. Agora estou no Oeste há oito anos e o que vejo no horizonte é a possibilidade de não voltar a dar aulas. Pois, provavelmente lá terei de mudar de profissão, mas o que me lixa é que gosto de fazer isto, gosto do ensino, creio que sou bom nisto e irrita-me ver tanto inútil instalado e que faz pouco ou nenhum enquanto outros como eu são postos a andar porque não há uma avaliação a sério, não há contratação com base no mérito, nada. Há treze ou catorze sindicatos que defendem os interesses de quem está instalado. Tomara eu que fossem as escolas a recrutar os professores (sem cunhas, evidentemente), que houvesse cheque-ensino, que pusessem a trabalhar quem está disposto a isso e corressem do ensino com uns milhares de gajos que estão lá a mais porque a antiguidade é um posto.
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