Posso enganar-me. Os mercados são matéria inflamável e qualquer rumor pode fazer uma barulheira. Mas a meio do dia é possível concluir. Os mercados europeus baixaram as yields das obrigações portuguesas desde a sua abertura. Se houve disparos, coisas que os jornais por vezes ouvem, mas só eles é que ouvem, foi na Ásia, enquanto dormíamos. A Europa abafou o tiro.
A tendência parece estar definida e é o prolongamento da que se observa desde a segunda semana de Março.
Uma subida gradual das yields, sem sobressaltos de maior, invertendo paulatinamente os ganhos verificados desde que Mario Draghi anunciou as OMT, e comprometendo o projecto do governo de fazer uma emissão a dez anos. Não é de hoje. Hoje, especificamente, não se está a passar nada. Clicar nos quadros para ver melhor, sff.
Eu pergunto ao Jorge: esta coisa das bond yields é determinada através de forma genuína – transações registadas em mercados à vista, com preço conhecido – ou é como a taxa LIBOR, que é determinada através de perguntas a especialistas?
É que, parece-me, faz muita diferença, um preço determinado num mercado regulado, ou um preço estimado através de perguntar a especialistas potencialmente interessados.
E eu gostaria de saber precisamente como é.
São registos electrónicos de transações. Fácil, porque as transcções são elctrónicas.