Foi-se a Margaret Thatcher. Foram pessoas como ela que construíram o mundo no qual vivemos hoje. Não consigo deixar de observar que, ano após ano, a Guerra Fria fica cada vez mais distante… e não consigo compreender por que há tantas regiões do mundo que vão na direção contrária e ainda aferram-se a ideologias que não têm mais razão de ser.
Obrigado, Margaret Thatcher.
RIP, Iron Lady. O mundo fica ideologicamente mais pobre e com um “role model” a menos para seguir.
Adorada por alguns liberais, era capaz do melhor e do pior. Tinha alguns defeitos “socratinos”: detestava os indiferenciados e apreciava o confronto pelo confronto.
Pelo lado do pior, a sua política económica levou a um aumento de 300% no número de desempregados (de menos 1 milhão em 1979 passou para 3 milhões em 1981) sem que melhorasse a qualidade de vida ou qualquer indicador externo de riqueza do país. Tinha tiques de ditadora e tal como o General Gualtieri (que decidiu atacar as Malvinas porque estava a ser altamente contestado na Argentina) tudo indica que MT soube atempadamente dos planos argentinos para ocupar as Falkland e nada fez para o evitar, pois a sua popularidade estava pelas ruas da amargura e precisava de um motivo externo e patriótico para distrair os seus súbditos e uni-los por uma causa.
O triunfo nas Falkland permitiu-lhe recuperar a popularidade e venceu facilmente as eleições. Logo em seguida, sem ter referido esse plano na campanha eleitoral, decidiu desmantelar os serviços públicos do Reino Unido, incluindo o serviço nacional de saude e o ensino gratuito (onde é que eu já vi isto?). O plano foi travado pelos próprios ministros que em reunião especial, contestaram um projecto tão radical como aquele.
Uma curiosidade: a ideia de diminuir o peso do Estado levou também a uma redução importante nas forças armadas. Esse projecto previa a venda dos dois porta-aviões britânicos, o Invincible para a Índia e o Hermes para a sucata. Por sorte, a campanha das Falkland iniciou-se antes da desactivação dos dois navios. Se Gualtieri tivesse avançado 4 ou 5 meses mais tarde, hoje as Falklands chamavam-se Malvinas.
Em boa parte, graças à “Dama de Ferro”!
“Foram pessoas como ela que construíram o mundo no qual vivemos hoje.”
Pois é. E bem podem limpar as mãos à parece…
caiu-me o prato do almoço… quando vi na televisão!
Tenho a ideia que, mais acima, apenas referi factos razoavelmente comprovados.
Os leitores que puseram o comentário com o “polegar-para-baixo” apenas discordam ou duvidam dos factos que eu citei ou desejam criticar a acção da “Dama de ferro” nestas questões em particular ?
“Foram pessoas como ela que construíram o mundo no qual vivemos hoje”
Apesar de alguns defeitos que a senhora pudesse ter, julgo exagerado lançar-lhe esse estigma!