Apesar do cinzentismo que a maioria dos nossos governantes aparenta, incrivelmente são pessoas de imaginação hiperactiva e criatividade frenética. Em termos de gastar, há que reconhecer, a imaginação dos ministros socráticos e guterristas é imbatível. No entanto, quanto a aumentos de impostos e formas totalitárias de abusar dos contribuintes, esta equipa das finanças não fica a perder para a infame dupla Sócrates e Teixeira dos Santos. Se estes entenderam publicitar o nome dos devedores ao fisco e à segurança social, agora o governo do oh-tão-liberal-Pedro enreda comerciantes em regulações para facturação cada vez mais absurdas, despreza a privacidade dos consumidores ao sugerir-lhes que coloquem em cada factura o seu número de contribuinte (como os tempos mudaram; ainda me recordo de colaborar com o Instituto Sá Carneiro, quando por lá havia sinais de vida inteligente, e me pedirem um texto sobre a violação de privacidade que os chips nas matrículas representavam) e agora ameaça-nos com multas se não pedirmos facturas.
Na verdade a imaginação é tão desmesurada e para pormenores tão absurdos que me questiono se não haveria outra instituição mais apropriada do que o ministério das finanças para, digamos, tratar este excesso de imaginação.
Há de haver em alguma instituição psiquiátrica especialistas em lidar com esta patologia?
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