É interessante ver as voltas que o mundo dá. Antes o capitalismo colocava como um dos pontos de sua superioridade em relação ao comunismo a maior liberdade dos intelectuais e dos artistas de expressarem o seu pensamento e a sua criatividade, hoje, no entanto, tomam essa liberdade como fundada na ignorância, na soberba e na inveja.
Vocês andam há décadas com essa conversa (do anti-capitalismo dos intelectuais), mas parece-me que raramente se lembram do oposto:que praticamente só entre os intelectuais é que há defensores do capitalismo liberal.
[Um exemplo clássico será o do comércio livre unilateral – uma ideia rejeitada por toda a gente menos por alguns círculos de intelectuais]
O veja-se as insinuações que, sobretudo na internet, costumam ser feitas de que os adeptos de Ayn Rand e/ou de Ron Paul serão, esmagadoramente, “nerds” (palavra que é pouco mais do que calão adolescente para “intelectual”)
Professor Huerta de Soto é catedrático na universidade Rey Juan Carlos de Madrid.
Porque é que a maioria dos intelectuais liberais e anarco-capitalistas está na folha de pagamentos do estado?
Esta visão explica bem a cegueira de Jean Paul-Sarte, Hobsbwan e Saramago que os impediu de verem os maiores atropelos ao povo humilde perpetrado pelos comunistas (roubo, deportação, tortura, miséria, falta de liberdade, falta de acesso à informação livre, falta de liberdade de circulação) e que nunca tiveram uma palavra de apoio e solidariedade com escritores e intelectuais perseguidos, encarcerados e torturados no Leste. Nunca se mostraram arrependidos nem solidários mas sempre se aferraram aos bens que adquiriram no mundo livre e se escapam ao pagamento de impostos para rochedos distantes: hipócritas.
Marx ele próprio foi o maior hipócrita: jogou na bolsa, viveu à custa de capitalistas, nunca entrou numa fábrica, atrelou-se a heranças, pouco trabalhou e deu com os amigos na ideologia socialista (comunista e nazi). Desde essa data ser intelectual que não seja de esquerda é tremendamente difícil: não se beneficia no circuito do elogio reciproco em que vive esta intelectualidade fossilizada.
Sáo os intelectuais, opostos ao capitalismo nórdico?
A pergunta “porque são os intelectuais habitualmente críticos do poder?”,
respondia-me Natália Correia:
E ai dos países ou sociedades, onde os intelectuais não o sejam.
Citando de memória.
A veia ditatorial destes intelectuais de esquerda até se mede bem por Sartre: sempre apoiou o terrorismo Bader Meinhoff), Mao, exultou com Castro e atrocidades genéricas em nome da esquerda quando vivia no e do capitalismo. Decerto não sobreviveria com atitudes similares se vivesse do outro lado da barricada.
A veia ditatorial também se manifestou quando bloqueou sistematicamente cátedras de pensadores que não eram do seu agrado: o seu pensamento era de sentido único. Jesus Huerta bateu nos pontos correctos.
… Raymond Aron, intelectualmente e moralmente uns furos acima de Sartre, caracterizou a coisa em poucas palavras: o marxismo é ópio dos intelectuais.
“Marx ele próprio foi o maior hipócrita: jogou na bolsa, viveu à custa de capitalistas, nunca entrou numa fábrica, atrelou-se a heranças, pouco trabalhou (…)”
– “What schoolmaster has not demonstrated that Alexander the Great and Julius Caesar were driven by such passions and were, consequently, immoral? From which it immediately follows that he, the schoolmaster, is a better man than they because he has no such passions, and proves it by the fact that he has not conquered Asia nor vanquished Darius and porus, but enjoys life and allows others to enjoy it too. These psychologists are particularly fond of contemplating those peculiarities that belong to great historical figures as private persons. Man must eat and drink; he has relations with friends and acquaintances; he has emotions and fits of temper. “No man is a hero to his valet de chambre,” is a well-known proverb; I have added – and Goethe repeated it two years later – “but not because the former is no hero, but because the latter is a valet.” He takes off the hero’s boots, helps him into bed, knows that he prefers champagne, and the like. Historical personages fare badly in historical literature when served by such psychological valets. These attendants degrade them to their own level, or rather a few degrees below the level of their own morality, these exquisite discerners of spirits.” (Hegel)
Incluidos dos do FMI. Goldman&Sachs, ou os da tão afamada escola de Austria?
“A veia ditatorial também se manifestou quando bloqueou sistematicamente cátedras de pensadores que não eram do seu agrado”???
Posso estar errado, mas creio que Sartre não tinha ligação a nenhuma universidade, logo não estou a ver como é que ele poderia ter bloqueado alguma catedra. Ou o AR está a falar mais em sentido figurado (no sentido de usar a sua influência para impedir outros autores de singrar)?
Mas de novo relembro a ironia que é os liberais reclamarem do anti-capitalismo dos intelectuais, quando o liberalismo deve ser uma das duas ideologias politicas cuja base de apoio é quase exclusivamente composta por intelectuais (a outra será a chamada “esquerda folclórica” /”esquerda alternativa”)
Raymond Aron explica isto muito bem, numa obra magistral impossível de encontrar à venda em Portugal ; O ópio dos intelectuais.
O argumento é longo e complexo, mas, se fosse possível resumi-lo em poucas palavras, seria:
1- Intelectuais são pessoas que se pronunciam sobre areas onde não são especialistas. Um médico a opinar sobre medicina, não é intelectual, mas se opinar sobre outros assuntos, já é.
2- A maioria ( não todos, e isto responde ao argumento do M Madeira) tende a ter-se em elevada consideração. E não aprecia um sistema de organização que não reconhece à priori aquilo que pensam ser a sua alta capacidade. O capitalismo coloca um preço nas coisas e no trabalho das pessoas. Os “intelectuais” sentem isso como uma injustiça, como uma indignidade terem de ser avaliados pelo preço.
Bem, eu suspeito que os intelectuais liberais também se tenham em elevada consideração – por norma, qualquer pessoa que subscreve ideologias minoritárias tem-se em elevada consideração, para achar que a sua opinião está certa mesmo que a maior parta das pessoas discorda. Para falar a verdade, algumas coisas que li de Bryan Caplan ou sobre o movimento de Ayn Rand levam-se a suspeitar que às vezes aí a “elevada consideração” é ainda mais explicita que nos “intelectuais de esquerda” (que tendem sempre a fingir alguma humildade perante o “proletariado”).
A definição de intelectuais como “pessoas que se pronunciam sobre areas onde não são especialistas” é que pode por em causa toda a minha tese – afinal, quando eu escrevi que quase só entre os intelectuais é que há defensores do liberalismo, estava contando os economistas como “intelectuais”: mas esses economistas liberais são, muitas vezes, economistas pronunciando-se sobre economia, logo não serão “intelectuais”. Mas, pessoalmente, acho essa definição de “intelectual” um bocado fraquinha, já que também excluiria montes de filósofos e sociólogos da categoria de “intelectual” (e suspeito que ninguém passa a considerar um médico como um “intelectual” se ele tiver teorias sobre carpintaria…).
Já agora, digo que não vi nem faço tenções de ver o vídeo – não estou para encher a memória do computador e gastar 7 minutos a ver uma coisa que não deve ser muito diferente dos textos que li há uns tempos de Nozick e de van der Haag sobre o assunto (e que levaram menos que 7 minutos a ler, e quase nem devem ter ocupado espaço de memória).
Mas quanto ao anti-capitalismo dos “intelectuais”, creio que há uma explicação simples (além de uma carrada delas que já sugeri há uns anos na versão antiga d’O Insurgente) – atendendo que “intelectual” tende a significar “pessoa interessada em temas políticos e/ou sociais”, é natural que tendam a ser pessoas que acham que os problemas se resolvem por via politica/social, em vez de pelo esforço e iniciativa individuais.
Frantz Fannon foi mais um caso paradigmático destes “pensadores” e da propagação de ideias obtusas pelas suas “universidades” com a de Dar-es-Salam com práticas reforçadas por Julius Nyerere da Tanzânia e as vias “Africanas” do socialismo.
O ódio ao branco era a pedra de toque e fez a sua carreira: uns anos depois a produção de alimentos em África reduzia-se para metade e o preto passava fome. Porquê? Claro, por causa do colonialista! Tudo uma lógica que enquadra bem com a esquerda: culpar as vítimas. O Zimbábue é apenas para não esquecermos.
Porque é que a maioria dos intelectuais liberais e anarco-capitalistas está na folha de pagamentos do estado?
Estão? se for será porque são obrigados a pagar cada vez mais impostos e o Estado é cada vez maior?
Mas e comunistas em empresas privadas e compram produtos de empresas privadas? Ninguém os obriga, podem fazer uma comuna para fabricarem esses produtos.
Já se perguntou -exceptuando raríssimas excepções- porque é que os soci@listas, comunistas só aceitam fazer aquilo que defendem se obrigarem quem não concorda a fazê-lo também?
“é natural que tendam a ser pessoas que acham que os problemas se resolvem por via politica/social, em vez de pelo esforço e iniciativa individuais.”
É um bom ponto, não exclusivo e tirando o redundante “social”. O social não significa outra coisa que político sobre outro nome para ser mais aceitável.
1) o Washington Consensus nasceu precisamente porque a maioria dos intelectuais odiava o capitalismo!!
2) diga-me lá quantas vezes esteve Hayek no payroll publico? (para poupar espaço talvez seja melhor enumerar o privado).
3) think tanks por essa Europa fora estão absolutamente cheios de intelectuais anti-capitalistas! (como por exemplo o IEA).
4) as cada vez mais constantes “business schools” são precisamente melting pots de comunidades intelectuais comunistas onde Marx é inspiraçao primeira!
Deixem-se lá de vitimizações populistas pá! até a China está enterrada em capitalismo
O verdadeiro intelectual, o intelectual consumado, é o que gera o seu próprio objecto de estudo (que pode pertencer ou não a disciplinas já estabelecidas – há intelectuais que criaram não só um objecto de estudo mas toda uma disciplina) de tal modo que ao mesmo tempo o insere na história das ideias que, por sua vez, a partir daí, já não é concebível sem ele.
Que o “professor” do vídeo não tenha sequer percebido o que é um intelectual no sentido pleno da palavra só mostra que os pobres alunos estão sujeitos a um borra botas que não sabe a primeira coisa do que está a falar. E como ele outros comentadores aqui, nomeadamente um que diz uma das maiores patetices que eu já li sobre o que é um intelectual (you know who you are).
O que me espanta é como estes intelectuais, tão inteligentes que “que gera o seu próprio objecto de estudo” convivem com realizações dos seus ideais ou “objectos de estudo” sem qualquer capacidade crítica. Sartre elogiou che e decerto sabia que che torturou, maltratou (incluindo fuzilamentos simulados e fuzilou – “sim fuzilamos e seguiremos fuzilando”) pessoas que não pegaram em armas contra ele: apenas os combateram no plano das ideias. Sarte participou em manifestações públicas, publicações e em debates de ideias sem impedimentos no mundo ocidental. Nunca se terá interrogado a razão deste activismo não aparecer nos países comunistas? Acaso terão essas sociedades atingido o nirvana e os amanhãs a cantar?
Sartre queria ser único a pensar e fazer valer os “seus objectos de estudo”como únicos nem que fosse a ponta de pistola: os chamados “desvios”, “erros” ou falhas de não ter “aprofundado a democracia” nas palavras dos fossilizados comunas. HIPÓCRITAS!
” os amigos na ideologia socialista (comunista e nazi).”
“O que me espanta é como estes intelectuais, tão inteligentes que “que gera o seu próprio objecto de estudo” convivem com realizações dos seus ideais ou “objectos de estudo” sem qualquer capacidade crítica”
O A.R. ao querer implicar o nacional socialismo como sendo produto intelectual marxista está também a criar o sen próprio objecto de estudo ‘sem qualquer capacidade crtítica’. Aliás se alguém quizer desconstruir a realidade em relação ao nazismo, também não será dificil associar o Darwinism Social de Hitler ao pensamento libertário..
Vejamos, se há pessoas que não tem a mesma opinião que eu é porque são ignorantes, gananciosos e ressentidos com a vida. Faz sentido. Parece-me de facto um tipo de pensamento muito intelectual de mercado. Os intelectuais são pessoas que se auto-consideram melhores que os outros, mas não sabem que eu existo e que sou ainda melhor que os outros todos e eles ao mesmo tempo. Mas no caso deles isso é considerado arrogancia, no meu caso é considerado (por mim mesmo) sabedoria. Será que os votantes PDS/CDS conhecem a fundo o processo e a teoria económica? A mim parece-me que nem por isso, logo votam mas na ignorancia. Mas esses ignorantes são bons, afinal estão do meu lado. Os ignorantes que estão do outro lado já são maus. Cabecinha pensadora…
Estou a escrever o post de hoje (um exemplo prático deste princípio), mas não pude deixar de ler este comentário altamente desalinhado com a realidade:
“O A.R. ao querer implicar o nacional socialismo como sendo produto intelectual marxista está também a criar o sen próprio objecto de estudo ‘sem qualquer capacidade crtítica’.”
O senhor é que cria concepções próprias. O nazismo e o fascismo italiano claramente são produtos marxistas e Mussolini afirmou-o várias vezes. Mises foi perseguido por todos os estatistas e percebe-se bem porquê..
Fantástico. No fundo, tudo se resume a agendas pessoais.
Eis um exemplo concreto da arrogância colérica de que se fala no post — i.e., do ódio instintivo e radical ao conhecimento de outras visões do mundo — do intelectual típico (em Portugal, geralmente de esquerda):
Do comentário acima ’18.’ por miguelmadeira:
«[…] Já agora, digo que não vi nem faço tenções de ver o vídeo – não estou para encher a memória do computador e gastar 7 minutos a ver uma coisa que não deve ser muito diferente dos textos que li há uns tempos […]».
Já alguém disse que esta mentalidade é como um vírus que leva muito tempo a passar ou nunca passa. Em Portugal ainda há muita gente assim.
Para quem tem computadores incapazes de carregar 7 minutos de vídeo, fica aqui a tradução para Brasileiro no Mises Brasil, EM TEXTO:
“Porque é que a maioria dos intelectuais liberais e anarco-capitalistas está na folha de pagamentos do estado?”
Não posso falar por todos os liberais, mas neste blog essa afirmação é claramente FALSA!
RCM
Não preciso de muito espaço para lhe lembrar que Antonio Gramsci, fundador e antigo líder do Partido Comunista Italiano não foi apenas perseguido, como também acabou os seus dias na prisão. Isto porque, claro, Mussolini era Marxista!!
ASRL,
Isso para mim é como se o Bloco de Esquerda conquistasse o poder prendesse os líderes do PCP: isso provaria que eles eram anti-marxistas?!?
Por essa ordem de ideias, Estaline que matou dezenas e dezenas de líderes do PCUS é fortemente anti-marxista.
Para mim o que conta é a opinião de Mussolini – que o afirmou várias vezes – e a semelhança entre as duas ideologias.
O que é interessante é que os que aqui no blog, como é o caso do RCM, dizem que Mussolini era um marxista não dizem o mesmo de Salazar cujo regime era inspirado no do italiano que até, se não me engano, tinha a sua foto emoldurada na secretária de Salazar.
Portanto se Mussolini era um marxista, Salazar era um marxista.
Em todo o caso Mussolini dizia do fascismo que era a fusão do poder do Estado com o poder corporativo. Sabemos que o poder corporativo é acima de tudo o poder económico-financeiro (bancos e grandes empresas): é esta união que é o fascismo.
” …poder económico-financeiro (bancos e grandes empresas)” para um comunista é sinonimo de liberalismo, certo?
O condicionamento, mediado pela força do Estado, da vida económica pelos interesses do capital financeiro e das grandes corporações é o neoliberalismo – o expediente de que se serve para este condicionamento é o de avançar estas elites como “job creators”. O que decorre da perspectiva dos job creators é que defender os seus interesses é defender os interesses de todos; e assim vemos o Estado a defender acima de tudo os interesses destes poderes.
Portanto, pergunta-se, é o actual governo português neoliberal? É. O sinal disso é que pode crescer continuamente a pobreza e a fome entre o povo que primeiro atende-se às necessidades dos bancos – vide as transferências de milhares de milhões do Estado para a Banca através do programa de assistência financeira sem que a propriedade dos directores desses bancos sirva de colateral ou seja até confiscada.
Ao invés, um pequeno empresário que se veja com dívidas ao banco que não consiga financiar pode chegar a ver a sua propriedade confiscada pelo banco.
Depois, pode o dono de um restaurante ou de uma banca de jornais inscrever a sua empresa na Holanda para pagar menos impostos? Não. Pode uma grande empresa fazê-lo? Pode.
29 – Está a ver como não fazia sentido estar a perder 7 minutos a ver um filme quando o texto se lê em menos de 1 minuto?
Quanto aos argumentos dele –
a) o da ignorância tem um problema – é que, por si, seria uma razão para toda a gente, menos os economistas, ser contra o capitalismo, não para os intelectuais serem especificamente contra o capitalismo (a menos que o raciocínio seja “toda a gente tende intuitivamente a ser contra o capitalismo porque a ideia da ordem espontânea é contra-intuitiva; a diferença é que os intelectuais racionalizam e passam a vida a escrever livros com base nesse anti-capitalismo primário, enquanto as pessoas normais se limitam a sentir uma vaga antipatia pelos capitalistas mas sem pensar muito nisso”)
b) quanto ao da soberba, parece fazer sentido, com um potencial ponto fraco – é que os movimentos anti-capitalistas de tipo “basista”/”autogestionário”/”democracia directa”/”iniciativa espontânea das massas” costumam ser ainda mais compostos quase exclusivamente por intelectuais do que os movimentos de cariz estatista e dirigista (o que é pouco compatível com a explicação “os intelectuais acham que devem dirigir os outros”); mas o peso absoluto dessas correntes é pequeno, logo admito que pode ser considerado um pormenor que interessa pouco no plano global
c) quanto à inveja/ressentimento, tem o problema que em tempos já apontei à tese do Nozick – é que o anti-capitalismo dos intelectuais tende a ter o seu ponto alto quando andam na faculdade (ou mesmo nos últimos anos do liceu) e tende a moderar-se à medida que entram na vida activa; se fosse uma questão de “inveja”, seria mais provável que a evolução ao longo da vida fosse ao contrário (afinal, é na vida activa que as diferenças de rendimento entre os intelectuais e os empresários são maiores e mais relevantes)
Infelizmente, o haloscan do antigo insurgente parece ter morrido, porque nos comentários a este post elaborei umas teorias sobre o anti-capitalismo dos intelectuais que me parecem muito melhores dos que as do De Soto.
“Mussolini afirmou-o várias vezes”
Quando e aonde? Pelo menos na “Doutrina do Fascismo” ele parece achar o fascismo um movimento que não tem nada a ver, nem com o marxismo, nem com o liberalismo, nem com o conservadorismo
“Mises foi perseguido por todos os estatistas”
Ele não fez parte do governo de Dolfuss? E, de qualquern forma, penso que a opinião de Mises sobre o fascismo (pelo menos no final dos anos 20) é que era um movimento que tinha surgido como uma reação (errada mas talvez compreensível) contra a violência dos bolcheviques.
Portanto, pergunta-se, é o actual governo português neoliberal? É. O sinal disso é que pode crescer continuamente a pobreza e a fome entre o povo que primeiro atende-se às necessidades dos bancos – vide as transferências de milhares de milhões do Estado para a Banca através do programa de assistência financeira sem que a propriedade dos directores desses bancos sirva de colateral ou seja até confiscada.
É preciso lata. A pobreza e a fome do povo cresce com o Soci@lismo do seu Regime, aquele que promoveu o endividamento como máscara de crescimento.
Foi Estado que faliu os Bancos ao incentivar a orgia de crédito principalmente na construção. E agora faz soci@lismo ao salva-los. Promovendo ainda mais crédito.
“Depois, pode o dono de um restaurante ou de uma banca de jornais inscrever a sua empresa na Holanda para pagar menos impostos? Não. Pode uma grande empresa fazê-lo? Pode.”
Como sempre não percebe nada do que escreve e depois só sai asneira.
Uma empresa mãe que tenha empresas fora do país obviamente pode colocar a sua sede fora do país. Os lucros das operações das diversas empresas pelo mundo fora vão para essa casa mãe.
Como você só concebe o mundo tirando coisas aos outros com a força do Estado está reduzido à inveja.
………………..
O Fascismo é uma evolução do Comunismo. Cortando arestas, o Comunismo-Marxismo incentivava o ódio para a luta de classes, o Fascismo queria o conflito da luta de classes dentro assembleias corporativas.
Giovanni Gentile o pai do fascismo desenvolveu a sua filosofia a partir de Hegel e Max. Sobre Marx escreveu http://www.scribd.com/doc/38736094/GENTILE-g-1899-La-Filosofia-Di-Marx
Disse entre outros:. “Chi parla oggi di comunismo in Italia è un corporativista impaziente”
“Sabemos que o poder corporativo é acima de tudo o poder económico-financeiro (bancos e grandes empresas): é esta união que é o fascismo.”
Mais uma vez só sai asneira.
Bancos é o que o Fascismo condenava como “Plutocracia Internacional”. Por isso é que todos grandes esquemas de financiamento na Italia Fascista eram estatais ou com intervenção estatal essencial. O crash de 1929 ajudou ainda mais o Regime a controlar o crédito, além de várias empresas.
Estude minimamente o fascismo , não vale o jornal do Avante, ou seja estude as leis fascistas e depois diga como raio chega as suas conclusões..
Pode começar pela Carta del Lavoro. http://it.wikipedia.org/wiki/Carta_del_Lavoro
Ao lado do corpo pendurado de Mussolini estava também o corpo de Nicola Bombacci fundador do Partido Comunista Italiano, amigo e discípulo de Lenin, também amigo de Mussolini e que evoluiu para apoiar o Fascismo embora nunca tivesse sido membro do Partido Fascista.
” O Fascismo é uma evolução do Comunismo. Cortando arestas, o Comunismo-Marxismo incentivava o ódio para a luta de classes, o Fascismo queria o conflito da luta de classes dentro assembleias corporativas. Giovanni Gentile o pai do fascismo desenvolveu a sua filosofia a partir de Hegel e Marx”
Seguindo a mesma linha e indo mais atrás logo verificamos que Marx desenvolveu a sua filosofia a partir do capitalismo, que também acentua a luta de classes. Logo está então encontrada a origem fascista. Ou íniciamos o passado histórico e intelectual onde nos mais convém?!
Que confusão.
Sem a teoria criada por Hegel, Marx, que o Fascismo aceitou não é possível haver Fascismo.
LUCK
que sem a teoria da luta de classes inerente na teoria capitalista, e aceite por Marx, não teria havido marxismo.
Pelo que tenho lido, o fascismo até terá mais raízes no anarco-sindicalismo e no sindicalismo revolucionário do que no marxismo…
“Como você só concebe o mundo tirando coisas aos outros com a força do Estado está reduzido à inveja.”
– Este é o mundo dos bancos. Você tem uma dívida que não consegue financiar o banco confisca-lhe bens; os bancos têm uma dívida que não conseguem financiar, a malta é espremida, ao ponto até de passar fome, para os sustentar.
“É preciso lata. A pobreza e a fome do povo cresce com o Soci@lismo do seu Regime, aquele que promoveu o endividamento como máscara de crescimento.
Foi Estado que faliu os Bancos ao incentivar a orgia de crédito principalmente na construção. E agora faz soci@lismo ao salva-los. Promovendo ainda mais crédito.”
– Você de um lado costuma argumentar que o privado é sempre mais inteligente e no entanto, nesta passagem, faz dos bancos burros que nem portas. Que você queira vir dizer que Sócrates controlava os bancos só o expõe ao ridículo – mas quem lê o seu comentário percebe que a exposição ao ridículo não o incomoda e portanto força nisso.
Quanto ao mais quem afirmou que o fascismo é a união do poder do Estado com o poder corporativo não fui eu, foi Mussolini – entre o poder corporativo as grandes empresas e instituições financeiras, os bancos, eram sem dúvida os mais poderosos.
E já agora porque é que eu nunca o ouvi dizer que Salazar era um marxista? Você que é um homem sem problemas em expôr-se ao ridículo não deveria ter qualquer hesitação em dizê-lo. É que Salazar até tinha uma foto de Musolini na secretária e o regime dele era claramente inspirado no italiano. Portanto se Mussolini era marxista Salazar era-o de igual modo.
(…)
“If I had been an Italian, I would have been entirely with you from the beginning to the end of your victorious struggle against the bestial appetites and passions of Leninism.”
(Winston Churchill para o partido fascista italiano)
“if our country were defeated, I hope we should find a champion as indomitable to restore our courage and lead us back to our place among the nations.”
(Winston Churchill sobre a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha)
Agora venha me cá dizer que Churchill e muitos conservadores ingleses, entre eles membros da própria família real, eram também marxistas…
Boas,
Queria pedir ao Insurgente, se for possível, que pusesse o link dos videos, abaixo dos mesmos.
Não sei porquê não consigo ver os filmes directamente do blogue…
Cumprimentos e obrigado
‘The main lesson which the true liberal must learn from the success of the socialist is that it was their courage to be Utopian which gained them the support of the intellectuals and thereby an influence on public opinion… What we lack is a liberal Utopia, a program which seems neither a mere defense of things as they are nor a diluted kind of socialism, but a truly liberal radicalism”
Hayek (1967) in, Studies in Philosophy, Politics and Economics
Falam em ódio e ressentimento, mas esse texto é marcado por esses dois ingredientes.
E o mais contraditório: falam que a Ciência Econômica é complexa, mas esquecem de analisar a complexidade das relações sociais que determinam as relações econômicas…
E melhor seria se o texto tivesse ficado na análise dos aspectos econômicos. Ao tentar traçar o perfil psicológico e sociológico daqueles que o autor define como intelectuais “socialistas de esquerda”, ele foi pândego.
E nesse mundo libertário, por que se preocupam tanto em como pensam os intelectuais ? mais liberdade, meu povo !
Muito bom! Hoje em dia, um jornalista já não é, necessariamente, um intelectual. mas encaixam-se perfeitamente nesta categoria.
(of the topic) Será que algum, vai colocar ao Dr. Seguro a seguinte questão:
“Como reage às palavras de Hollande, onde deixou críticas à gestão socialista e elogios à governação de Passos Coelho?”
Eu aposto que não…
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/01/titulos-vs-corpo-de-noticia-um-tratado.html
É interessante ver as voltas que o mundo dá. Antes o capitalismo colocava como um dos pontos de sua superioridade em relação ao comunismo a maior liberdade dos intelectuais e dos artistas de expressarem o seu pensamento e a sua criatividade, hoje, no entanto, tomam essa liberdade como fundada na ignorância, na soberba e na inveja.
Vocês andam há décadas com essa conversa (do anti-capitalismo dos intelectuais), mas parece-me que raramente se lembram do oposto:que praticamente só entre os intelectuais é que há defensores do capitalismo liberal.
[Um exemplo clássico será o do comércio livre unilateral – uma ideia rejeitada por toda a gente menos por alguns círculos de intelectuais]
O veja-se as insinuações que, sobretudo na internet, costumam ser feitas de que os adeptos de Ayn Rand e/ou de Ron Paul serão, esmagadoramente, “nerds” (palavra que é pouco mais do que calão adolescente para “intelectual”)
Professor Huerta de Soto é catedrático na universidade Rey Juan Carlos de Madrid.
Porque é que a maioria dos intelectuais liberais e anarco-capitalistas está na folha de pagamentos do estado?
Esta visão explica bem a cegueira de Jean Paul-Sarte, Hobsbwan e Saramago que os impediu de verem os maiores atropelos ao povo humilde perpetrado pelos comunistas (roubo, deportação, tortura, miséria, falta de liberdade, falta de acesso à informação livre, falta de liberdade de circulação) e que nunca tiveram uma palavra de apoio e solidariedade com escritores e intelectuais perseguidos, encarcerados e torturados no Leste. Nunca se mostraram arrependidos nem solidários mas sempre se aferraram aos bens que adquiriram no mundo livre e se escapam ao pagamento de impostos para rochedos distantes: hipócritas.
Marx ele próprio foi o maior hipócrita: jogou na bolsa, viveu à custa de capitalistas, nunca entrou numa fábrica, atrelou-se a heranças, pouco trabalhou e deu com os amigos na ideologia socialista (comunista e nazi). Desde essa data ser intelectual que não seja de esquerda é tremendamente difícil: não se beneficia no circuito do elogio reciproco em que vive esta intelectualidade fossilizada.
Sáo os intelectuais, opostos ao capitalismo nórdico?
A pergunta “porque são os intelectuais habitualmente críticos do poder?”,
respondia-me Natália Correia:
E ai dos países ou sociedades, onde os intelectuais não o sejam.
Citando de memória.
A veia ditatorial destes intelectuais de esquerda até se mede bem por Sartre: sempre apoiou o terrorismo Bader Meinhoff), Mao, exultou com Castro e atrocidades genéricas em nome da esquerda quando vivia no e do capitalismo. Decerto não sobreviveria com atitudes similares se vivesse do outro lado da barricada.
A veia ditatorial também se manifestou quando bloqueou sistematicamente cátedras de pensadores que não eram do seu agrado: o seu pensamento era de sentido único. Jesus Huerta bateu nos pontos correctos.
… Raymond Aron, intelectualmente e moralmente uns furos acima de Sartre, caracterizou a coisa em poucas palavras: o marxismo é ópio dos intelectuais.
“Marx ele próprio foi o maior hipócrita: jogou na bolsa, viveu à custa de capitalistas, nunca entrou numa fábrica, atrelou-se a heranças, pouco trabalhou (…)”
– “What schoolmaster has not demonstrated that Alexander the Great and Julius Caesar were driven by such passions and were, consequently, immoral? From which it immediately follows that he, the schoolmaster, is a better man than they because he has no such passions, and proves it by the fact that he has not conquered Asia nor vanquished Darius and porus, but enjoys life and allows others to enjoy it too. These psychologists are particularly fond of contemplating those peculiarities that belong to great historical figures as private persons. Man must eat and drink; he has relations with friends and acquaintances; he has emotions and fits of temper. “No man is a hero to his valet de chambre,” is a well-known proverb; I have added – and Goethe repeated it two years later – “but not because the former is no hero, but because the latter is a valet.” He takes off the hero’s boots, helps him into bed, knows that he prefers champagne, and the like. Historical personages fare badly in historical literature when served by such psychological valets. These attendants degrade them to their own level, or rather a few degrees below the level of their own morality, these exquisite discerners of spirits.” (Hegel)
Estou a ver, você é mais para o lado dos nhurros…
nem todos estão convencidos :http://bandalargablogue.blogs.sapo.pt/
Incluidos dos do FMI. Goldman&Sachs, ou os da tão afamada escola de Austria?
“A veia ditatorial também se manifestou quando bloqueou sistematicamente cátedras de pensadores que não eram do seu agrado”???
Posso estar errado, mas creio que Sartre não tinha ligação a nenhuma universidade, logo não estou a ver como é que ele poderia ter bloqueado alguma catedra. Ou o AR está a falar mais em sentido figurado (no sentido de usar a sua influência para impedir outros autores de singrar)?
Mas de novo relembro a ironia que é os liberais reclamarem do anti-capitalismo dos intelectuais, quando o liberalismo deve ser uma das duas ideologias politicas cuja base de apoio é quase exclusivamente composta por intelectuais (a outra será a chamada “esquerda folclórica” /”esquerda alternativa”)
Raymond Aron explica isto muito bem, numa obra magistral impossível de encontrar à venda em Portugal ; O ópio dos intelectuais.
O argumento é longo e complexo, mas, se fosse possível resumi-lo em poucas palavras, seria:
1- Intelectuais são pessoas que se pronunciam sobre areas onde não são especialistas. Um médico a opinar sobre medicina, não é intelectual, mas se opinar sobre outros assuntos, já é.
2- A maioria ( não todos, e isto responde ao argumento do M Madeira) tende a ter-se em elevada consideração. E não aprecia um sistema de organização que não reconhece à priori aquilo que pensam ser a sua alta capacidade. O capitalismo coloca um preço nas coisas e no trabalho das pessoas. Os “intelectuais” sentem isso como uma injustiça, como uma indignidade terem de ser avaliados pelo preço.
Bem, eu suspeito que os intelectuais liberais também se tenham em elevada consideração – por norma, qualquer pessoa que subscreve ideologias minoritárias tem-se em elevada consideração, para achar que a sua opinião está certa mesmo que a maior parta das pessoas discorda. Para falar a verdade, algumas coisas que li de Bryan Caplan ou sobre o movimento de Ayn Rand levam-se a suspeitar que às vezes aí a “elevada consideração” é ainda mais explicita que nos “intelectuais de esquerda” (que tendem sempre a fingir alguma humildade perante o “proletariado”).
A definição de intelectuais como “pessoas que se pronunciam sobre areas onde não são especialistas” é que pode por em causa toda a minha tese – afinal, quando eu escrevi que quase só entre os intelectuais é que há defensores do liberalismo, estava contando os economistas como “intelectuais”: mas esses economistas liberais são, muitas vezes, economistas pronunciando-se sobre economia, logo não serão “intelectuais”. Mas, pessoalmente, acho essa definição de “intelectual” um bocado fraquinha, já que também excluiria montes de filósofos e sociólogos da categoria de “intelectual” (e suspeito que ninguém passa a considerar um médico como um “intelectual” se ele tiver teorias sobre carpintaria…).
Já agora, digo que não vi nem faço tenções de ver o vídeo – não estou para encher a memória do computador e gastar 7 minutos a ver uma coisa que não deve ser muito diferente dos textos que li há uns tempos de Nozick e de van der Haag sobre o assunto (e que levaram menos que 7 minutos a ler, e quase nem devem ter ocupado espaço de memória).
Mas quanto ao anti-capitalismo dos “intelectuais”, creio que há uma explicação simples (além de uma carrada delas que já sugeri há uns anos na versão antiga d’O Insurgente) – atendendo que “intelectual” tende a significar “pessoa interessada em temas políticos e/ou sociais”, é natural que tendam a ser pessoas que acham que os problemas se resolvem por via politica/social, em vez de pelo esforço e iniciativa individuais.
Frantz Fannon foi mais um caso paradigmático destes “pensadores” e da propagação de ideias obtusas pelas suas “universidades” com a de Dar-es-Salam com práticas reforçadas por Julius Nyerere da Tanzânia e as vias “Africanas” do socialismo.
O ódio ao branco era a pedra de toque e fez a sua carreira: uns anos depois a produção de alimentos em África reduzia-se para metade e o preto passava fome. Porquê? Claro, por causa do colonialista! Tudo uma lógica que enquadra bem com a esquerda: culpar as vítimas. O Zimbábue é apenas para não esquecermos.
Porque é que a maioria dos intelectuais liberais e anarco-capitalistas está na folha de pagamentos do estado?
Estão? se for será porque são obrigados a pagar cada vez mais impostos e o Estado é cada vez maior?
Mas e comunistas em empresas privadas e compram produtos de empresas privadas? Ninguém os obriga, podem fazer uma comuna para fabricarem esses produtos.
Já se perguntou -exceptuando raríssimas excepções- porque é que os soci@listas, comunistas só aceitam fazer aquilo que defendem se obrigarem quem não concorda a fazê-lo também?
“é natural que tendam a ser pessoas que acham que os problemas se resolvem por via politica/social, em vez de pelo esforço e iniciativa individuais.”
É um bom ponto, não exclusivo e tirando o redundante “social”. O social não significa outra coisa que político sobre outro nome para ser mais aceitável.
1) o Washington Consensus nasceu precisamente porque a maioria dos intelectuais odiava o capitalismo!!
2) diga-me lá quantas vezes esteve Hayek no payroll publico? (para poupar espaço talvez seja melhor enumerar o privado).
3) think tanks por essa Europa fora estão absolutamente cheios de intelectuais anti-capitalistas! (como por exemplo o IEA).
4) as cada vez mais constantes “business schools” são precisamente melting pots de comunidades intelectuais comunistas onde Marx é inspiraçao primeira!
Deixem-se lá de vitimizações populistas pá! até a China está enterrada em capitalismo
O verdadeiro intelectual, o intelectual consumado, é o que gera o seu próprio objecto de estudo (que pode pertencer ou não a disciplinas já estabelecidas – há intelectuais que criaram não só um objecto de estudo mas toda uma disciplina) de tal modo que ao mesmo tempo o insere na história das ideias que, por sua vez, a partir daí, já não é concebível sem ele.
Que o “professor” do vídeo não tenha sequer percebido o que é um intelectual no sentido pleno da palavra só mostra que os pobres alunos estão sujeitos a um borra botas que não sabe a primeira coisa do que está a falar. E como ele outros comentadores aqui, nomeadamente um que diz uma das maiores patetices que eu já li sobre o que é um intelectual (you know who you are).
O que me espanta é como estes intelectuais, tão inteligentes que “que gera o seu próprio objecto de estudo” convivem com realizações dos seus ideais ou “objectos de estudo” sem qualquer capacidade crítica. Sartre elogiou che e decerto sabia que che torturou, maltratou (incluindo fuzilamentos simulados e fuzilou – “sim fuzilamos e seguiremos fuzilando”) pessoas que não pegaram em armas contra ele: apenas os combateram no plano das ideias. Sarte participou em manifestações públicas, publicações e em debates de ideias sem impedimentos no mundo ocidental. Nunca se terá interrogado a razão deste activismo não aparecer nos países comunistas? Acaso terão essas sociedades atingido o nirvana e os amanhãs a cantar?
Sartre queria ser único a pensar e fazer valer os “seus objectos de estudo”como únicos nem que fosse a ponta de pistola: os chamados “desvios”, “erros” ou falhas de não ter “aprofundado a democracia” nas palavras dos fossilizados comunas. HIPÓCRITAS!
” os amigos na ideologia socialista (comunista e nazi).”
“O que me espanta é como estes intelectuais, tão inteligentes que “que gera o seu próprio objecto de estudo” convivem com realizações dos seus ideais ou “objectos de estudo” sem qualquer capacidade crítica”
O A.R. ao querer implicar o nacional socialismo como sendo produto intelectual marxista está também a criar o sen próprio objecto de estudo ‘sem qualquer capacidade crtítica’. Aliás se alguém quizer desconstruir a realidade em relação ao nazismo, também não será dificil associar o Darwinism Social de Hitler ao pensamento libertário..
Vejamos, se há pessoas que não tem a mesma opinião que eu é porque são ignorantes, gananciosos e ressentidos com a vida. Faz sentido. Parece-me de facto um tipo de pensamento muito intelectual de mercado. Os intelectuais são pessoas que se auto-consideram melhores que os outros, mas não sabem que eu existo e que sou ainda melhor que os outros todos e eles ao mesmo tempo. Mas no caso deles isso é considerado arrogancia, no meu caso é considerado (por mim mesmo) sabedoria. Será que os votantes PDS/CDS conhecem a fundo o processo e a teoria económica? A mim parece-me que nem por isso, logo votam mas na ignorancia. Mas esses ignorantes são bons, afinal estão do meu lado. Os ignorantes que estão do outro lado já são maus. Cabecinha pensadora…
Estou a escrever o post de hoje (um exemplo prático deste princípio), mas não pude deixar de ler este comentário altamente desalinhado com a realidade:
“O A.R. ao querer implicar o nacional socialismo como sendo produto intelectual marxista está também a criar o sen próprio objecto de estudo ‘sem qualquer capacidade crtítica’.”
O senhor é que cria concepções próprias. O nazismo e o fascismo italiano claramente são produtos marxistas e Mussolini afirmou-o várias vezes. Mises foi perseguido por todos os estatistas e percebe-se bem porquê..
Fantástico. No fundo, tudo se resume a agendas pessoais.
Eis um exemplo concreto da arrogância colérica de que se fala no post — i.e., do ódio instintivo e radical ao conhecimento de outras visões do mundo — do intelectual típico (em Portugal, geralmente de esquerda):
Do comentário acima ’18.’ por miguelmadeira:
«[…] Já agora, digo que não vi nem faço tenções de ver o vídeo – não estou para encher a memória do computador e gastar 7 minutos a ver uma coisa que não deve ser muito diferente dos textos que li há uns tempos […]».
Já alguém disse que esta mentalidade é como um vírus que leva muito tempo a passar ou nunca passa. Em Portugal ainda há muita gente assim.
Para quem tem computadores incapazes de carregar 7 minutos de vídeo, fica aqui a tradução para Brasileiro no Mises Brasil, EM TEXTO:
http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1487
“Porque é que a maioria dos intelectuais liberais e anarco-capitalistas está na folha de pagamentos do estado?”
Não posso falar por todos os liberais, mas neste blog essa afirmação é claramente FALSA!
RCM
Não preciso de muito espaço para lhe lembrar que Antonio Gramsci, fundador e antigo líder do Partido Comunista Italiano não foi apenas perseguido, como também acabou os seus dias na prisão. Isto porque, claro, Mussolini era Marxista!!
ASRL,
Isso para mim é como se o Bloco de Esquerda conquistasse o poder prendesse os líderes do PCP: isso provaria que eles eram anti-marxistas?!?
Por essa ordem de ideias, Estaline que matou dezenas e dezenas de líderes do PCUS é fortemente anti-marxista.
Para mim o que conta é a opinião de Mussolini – que o afirmou várias vezes – e a semelhança entre as duas ideologias.
O que é interessante é que os que aqui no blog, como é o caso do RCM, dizem que Mussolini era um marxista não dizem o mesmo de Salazar cujo regime era inspirado no do italiano que até, se não me engano, tinha a sua foto emoldurada na secretária de Salazar.
Portanto se Mussolini era um marxista, Salazar era um marxista.
Em todo o caso Mussolini dizia do fascismo que era a fusão do poder do Estado com o poder corporativo. Sabemos que o poder corporativo é acima de tudo o poder económico-financeiro (bancos e grandes empresas): é esta união que é o fascismo.
” …poder económico-financeiro (bancos e grandes empresas)” para um comunista é sinonimo de liberalismo, certo?
O condicionamento, mediado pela força do Estado, da vida económica pelos interesses do capital financeiro e das grandes corporações é o neoliberalismo – o expediente de que se serve para este condicionamento é o de avançar estas elites como “job creators”. O que decorre da perspectiva dos job creators é que defender os seus interesses é defender os interesses de todos; e assim vemos o Estado a defender acima de tudo os interesses destes poderes.
Portanto, pergunta-se, é o actual governo português neoliberal? É. O sinal disso é que pode crescer continuamente a pobreza e a fome entre o povo que primeiro atende-se às necessidades dos bancos – vide as transferências de milhares de milhões do Estado para a Banca através do programa de assistência financeira sem que a propriedade dos directores desses bancos sirva de colateral ou seja até confiscada.
Ao invés, um pequeno empresário que se veja com dívidas ao banco que não consiga financiar pode chegar a ver a sua propriedade confiscada pelo banco.
Depois, pode o dono de um restaurante ou de uma banca de jornais inscrever a sua empresa na Holanda para pagar menos impostos? Não. Pode uma grande empresa fazê-lo? Pode.
29 – Está a ver como não fazia sentido estar a perder 7 minutos a ver um filme quando o texto se lê em menos de 1 minuto?
Quanto aos argumentos dele –
a) o da ignorância tem um problema – é que, por si, seria uma razão para toda a gente, menos os economistas, ser contra o capitalismo, não para os intelectuais serem especificamente contra o capitalismo (a menos que o raciocínio seja “toda a gente tende intuitivamente a ser contra o capitalismo porque a ideia da ordem espontânea é contra-intuitiva; a diferença é que os intelectuais racionalizam e passam a vida a escrever livros com base nesse anti-capitalismo primário, enquanto as pessoas normais se limitam a sentir uma vaga antipatia pelos capitalistas mas sem pensar muito nisso”)
b) quanto ao da soberba, parece fazer sentido, com um potencial ponto fraco – é que os movimentos anti-capitalistas de tipo “basista”/”autogestionário”/”democracia directa”/”iniciativa espontânea das massas” costumam ser ainda mais compostos quase exclusivamente por intelectuais do que os movimentos de cariz estatista e dirigista (o que é pouco compatível com a explicação “os intelectuais acham que devem dirigir os outros”); mas o peso absoluto dessas correntes é pequeno, logo admito que pode ser considerado um pormenor que interessa pouco no plano global
c) quanto à inveja/ressentimento, tem o problema que em tempos já apontei à tese do Nozick – é que o anti-capitalismo dos intelectuais tende a ter o seu ponto alto quando andam na faculdade (ou mesmo nos últimos anos do liceu) e tende a moderar-se à medida que entram na vida activa; se fosse uma questão de “inveja”, seria mais provável que a evolução ao longo da vida fosse ao contrário (afinal, é na vida activa que as diferenças de rendimento entre os intelectuais e os empresários são maiores e mais relevantes)
Infelizmente, o haloscan do antigo insurgente parece ter morrido, porque nos comentários a este post elaborei umas teorias sobre o anti-capitalismo dos intelectuais que me parecem muito melhores dos que as do De Soto.
“Mussolini afirmou-o várias vezes”
Quando e aonde? Pelo menos na “Doutrina do Fascismo” ele parece achar o fascismo um movimento que não tem nada a ver, nem com o marxismo, nem com o liberalismo, nem com o conservadorismo
“Mises foi perseguido por todos os estatistas”
Ele não fez parte do governo de Dolfuss? E, de qualquern forma, penso que a opinião de Mises sobre o fascismo (pelo menos no final dos anos 20) é que era um movimento que tinha surgido como uma reação (errada mas talvez compreensível) contra a violência dos bolcheviques.
Portanto, pergunta-se, é o actual governo português neoliberal? É. O sinal disso é que pode crescer continuamente a pobreza e a fome entre o povo que primeiro atende-se às necessidades dos bancos – vide as transferências de milhares de milhões do Estado para a Banca através do programa de assistência financeira sem que a propriedade dos directores desses bancos sirva de colateral ou seja até confiscada.
É preciso lata. A pobreza e a fome do povo cresce com o Soci@lismo do seu Regime, aquele que promoveu o endividamento como máscara de crescimento.
Foi Estado que faliu os Bancos ao incentivar a orgia de crédito principalmente na construção. E agora faz soci@lismo ao salva-los. Promovendo ainda mais crédito.
“Depois, pode o dono de um restaurante ou de uma banca de jornais inscrever a sua empresa na Holanda para pagar menos impostos? Não. Pode uma grande empresa fazê-lo? Pode.”
Como sempre não percebe nada do que escreve e depois só sai asneira.
Uma empresa mãe que tenha empresas fora do país obviamente pode colocar a sua sede fora do país. Os lucros das operações das diversas empresas pelo mundo fora vão para essa casa mãe.
Como você só concebe o mundo tirando coisas aos outros com a força do Estado está reduzido à inveja.
………………..
O Fascismo é uma evolução do Comunismo. Cortando arestas, o Comunismo-Marxismo incentivava o ódio para a luta de classes, o Fascismo queria o conflito da luta de classes dentro assembleias corporativas.
Giovanni Gentile o pai do fascismo desenvolveu a sua filosofia a partir de Hegel e Max. Sobre Marx escreveu http://www.scribd.com/doc/38736094/GENTILE-g-1899-La-Filosofia-Di-Marx
Disse entre outros:. “Chi parla oggi di comunismo in Italia è un corporativista impaziente”
“Sabemos que o poder corporativo é acima de tudo o poder económico-financeiro (bancos e grandes empresas): é esta união que é o fascismo.”
Mais uma vez só sai asneira.
Bancos é o que o Fascismo condenava como “Plutocracia Internacional”. Por isso é que todos grandes esquemas de financiamento na Italia Fascista eram estatais ou com intervenção estatal essencial. O crash de 1929 ajudou ainda mais o Regime a controlar o crédito, além de várias empresas.
Estude minimamente o fascismo , não vale o jornal do Avante, ou seja estude as leis fascistas e depois diga como raio chega as suas conclusões..
Pode começar pela Carta del Lavoro. http://it.wikipedia.org/wiki/Carta_del_Lavoro
Ao lado do corpo pendurado de Mussolini estava também o corpo de Nicola Bombacci fundador do Partido Comunista Italiano, amigo e discípulo de Lenin, também amigo de Mussolini e que evoluiu para apoiar o Fascismo embora nunca tivesse sido membro do Partido Fascista.
” O Fascismo é uma evolução do Comunismo. Cortando arestas, o Comunismo-Marxismo incentivava o ódio para a luta de classes, o Fascismo queria o conflito da luta de classes dentro assembleias corporativas. Giovanni Gentile o pai do fascismo desenvolveu a sua filosofia a partir de Hegel e Marx”
Seguindo a mesma linha e indo mais atrás logo verificamos que Marx desenvolveu a sua filosofia a partir do capitalismo, que também acentua a luta de classes. Logo está então encontrada a origem fascista. Ou íniciamos o passado histórico e intelectual onde nos mais convém?!
Que confusão.
Sem a teoria criada por Hegel, Marx, que o Fascismo aceitou não é possível haver Fascismo.
LUCK
que sem a teoria da luta de classes inerente na teoria capitalista, e aceite por Marx, não teria havido marxismo.
Pelo que tenho lido, o fascismo até terá mais raízes no anarco-sindicalismo e no sindicalismo revolucionário do que no marxismo…
“Como você só concebe o mundo tirando coisas aos outros com a força do Estado está reduzido à inveja.”
– Este é o mundo dos bancos. Você tem uma dívida que não consegue financiar o banco confisca-lhe bens; os bancos têm uma dívida que não conseguem financiar, a malta é espremida, ao ponto até de passar fome, para os sustentar.
“É preciso lata. A pobreza e a fome do povo cresce com o Soci@lismo do seu Regime, aquele que promoveu o endividamento como máscara de crescimento.
Foi Estado que faliu os Bancos ao incentivar a orgia de crédito principalmente na construção. E agora faz soci@lismo ao salva-los. Promovendo ainda mais crédito.”
– Você de um lado costuma argumentar que o privado é sempre mais inteligente e no entanto, nesta passagem, faz dos bancos burros que nem portas. Que você queira vir dizer que Sócrates controlava os bancos só o expõe ao ridículo – mas quem lê o seu comentário percebe que a exposição ao ridículo não o incomoda e portanto força nisso.
Quanto ao mais quem afirmou que o fascismo é a união do poder do Estado com o poder corporativo não fui eu, foi Mussolini – entre o poder corporativo as grandes empresas e instituições financeiras, os bancos, eram sem dúvida os mais poderosos.
E já agora porque é que eu nunca o ouvi dizer que Salazar era um marxista? Você que é um homem sem problemas em expôr-se ao ridículo não deveria ter qualquer hesitação em dizê-lo. É que Salazar até tinha uma foto de Musolini na secretária e o regime dele era claramente inspirado no italiano. Portanto se Mussolini era marxista Salazar era-o de igual modo.
(…)
“If I had been an Italian, I would have been entirely with you from the beginning to the end of your victorious struggle against the bestial appetites and passions of Leninism.”
(Winston Churchill para o partido fascista italiano)
“if our country were defeated, I hope we should find a champion as indomitable to restore our courage and lead us back to our place among the nations.”
(Winston Churchill sobre a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha)
Agora venha me cá dizer que Churchill e muitos conservadores ingleses, entre eles membros da própria família real, eram também marxistas…
Boas,
Queria pedir ao Insurgente, se for possível, que pusesse o link dos videos, abaixo dos mesmos.
Não sei porquê não consigo ver os filmes directamente do blogue…
Cumprimentos e obrigado
‘The main lesson which the true liberal must learn from the success of the socialist is that it was their courage to be Utopian which gained them the support of the intellectuals and thereby an influence on public opinion… What we lack is a liberal Utopia, a program which seems neither a mere defense of things as they are nor a diluted kind of socialism, but a truly liberal radicalism”
Hayek (1967) in, Studies in Philosophy, Politics and Economics
Falam em ódio e ressentimento, mas esse texto é marcado por esses dois ingredientes.
E o mais contraditório: falam que a Ciência Econômica é complexa, mas esquecem de analisar a complexidade das relações sociais que determinam as relações econômicas…
E melhor seria se o texto tivesse ficado na análise dos aspectos econômicos. Ao tentar traçar o perfil psicológico e sociológico daqueles que o autor define como intelectuais “socialistas de esquerda”, ele foi pândego.
E nesse mundo libertário, por que se preocupam tanto em como pensam os intelectuais ? mais liberdade, meu povo !