Mali (4)

Eu acho bem que depois de ter criticado tão duramente os EUA e a GB seja agora a França a assumir o “gasto” da luta contra o fundamentalismo islãmico. Duvido é que tenha recursos para isso e que a população francesa esteja preparada para o baixas que inevitalvelmente irão ocorrer. Convém também recordar que a França já tem em sua “casa” um sério problema com os islamitas que irão certamente explorar esta oportunidade.

Mas ainda bem que é um socialista a fazer isso. Imagino o que diriam se o presidente ainda fosse o “fascista” do Sarkozy. De notar também a posição cínica da Administração Obama que supostamente seria mais sensível à solidariedade transatlântica.

21 pensamentos sobre “Mali (4)

  1. Miguel Noronha

    Gostei das aspas na expressão «grupos islamitas armados». Parece que para os lados do PCP não acreditam muito nisso. Não sei se na parte dos “islamitas” se do “armados”.

  2. Do artigo do Avante:

    “Nada de novo, pois. O imperialismo continua a evidenciar a sua natureza criminosa também em África, instigando golpes de Estado, promovendo revoltas ou intervindo militarmente, sempre com o propósito de perpetuar a exploração das riquezas do continente e a dominação dos seus povos. ”

    Observação deliciosa. O Governo eleito democraticamente (dos poucos em África) pede ajuda à França e esta presta-a. Mas, na velha e bolorenta K7 do PCP, trata-se de mais imperialismo. Há algo de ridiculamente incompreensível aqui. Talvez a Raquel Varela me possa explicar.

  3. CN

    ai, ai, os defensores da revolução ou sustentabilidade das democracias (e não esquecer os direitos das mulheres) dos outros (“primaveras”) ou como na Rússia pós-Czar de Kerensky. E noutros casos, os regimes não-democráticos que têm de ser realisticamente apoiados.

    Sim, primeiro, grandes ideias e ideais (muita despesa e baixas) ou outras vezes grande realismo (muita despesa e baixas), depois se der asneira, nada com isso.

    Pelo caminho a militarização e securitização crescente. A caminho do ideal da “liberdade”… (ou será social-democracia)?

  4. ruicarmo

    CN, de generalização em generalizão lá vai compondo o mundo. Tenho alguma curiosidade como encaixa a guerra síria nesse discurso ou para nos afastarmos da zona do médio Oriente, a guerra dos grandes Lagos (Rwanda, Burundi)…

  5. lucklucky

    Para o CN o mundo é composto por compartimentos estanques que só são violados pelos Governos brancos do Ocidente.
    É típico de alguns liberais que não conseguem lidar com a Guerra, por isso fazem de conta que não existe. E que há escolhas que são só entre o mau e o péssimo.

  6. lucklucky

    Porque é que para o CN os aliados devem ser abandonados? Coisa que você não é capaz de justificar.

    Ou para si todos os pretos e amarelos devem só pensar de uma maneira?

    Porque é que para si se o Governo Iraniano diz/faz XYZ se deve respeitá-lo como Governo Soberano mas se um Governo Africano aliado combate a Al Qaeda já não.
    Porque é que o CN reconhece soberania à Al Qaeda mesmo sobre os povos que esta ainda não conquistou?

  7. josé M

    Foreign affairs, caro Miguel… e isto é independente de lá estar uma “fascista” um socialista ou um comunista.

  8. A. R

    O que deve ser feito a estes rentistas do Séc. VII:
    Matam, roubam, violam, insultam, agridem–> deportação;
    Um prémio a quem se for embora de livre vontade;
    Não fala o mínimo de francês —> retorno às origens;
    Não tem papéis —> bilhete de avião para as terrinhas de origem;
    Ragalias sociais? Zero. Têm que ganhar a vida a trabalhar como os franceses;
    Zonas no go –> acabar com isso;
    Burka é repressão patriarcal –> Tiram ou partem.

  9. Duvmet

    É claramente visível que a América de Obama está a mudar de forma radical a politica externa e a retrair para um novo isolacionismo, à semelhança daquele que, antes da 2ª Guerra Mundial, inspirava os republicanos que se opunham a Roosevelt.
    A saída do Afeganistão, a atitude renitente na Líbia, na Síria, no Mali, etc, a nomeação de Hagel para o Pentágono, tudo isso são sinais do novo paradigma americano sob a batuta de Obama.
    O irónico deste regresso ao isolacionismo é que se faz em nome, não dos interesses da América, mas da visão “anti-imperialista” de Obama. O Presidentes, nunca o escondeu, sempre viu a América como um bully, como um estado imperialista, uma visão à Fanon.
    No 1º mandato andou por esse mundo fora a pedir desculpa. Agora age.
    Claro que isto pode acabar mal. Bush tb era isolacionista até um certo dia de Setembro de 2001. Depois deixou de o ser….

  10. jsp

    “Aliança de Civilizações” , lembram-se ? bambi, sampaio, os inevitáveis palhaços da onu…
    Assobiem-lhe agora às botas – e a ” europa” aquém-Reno que ponha as barbas de molho…
    E continuem a pôr velas ao relativismo cultural e ao polìticamente correcto, que tão bons resultados têm dado.

  11. JMJ

    é esta coisa das definições, sabe?

    Mete sempre especie como os que ontem eram definidos como amigos, hoje são definidos como inimigos.

  12. Vasco

    Os comunas são mesmo a PIOR merda que há no mundo!! Que CORJA de gente!! Nem todos os “fasssistas” que já existiram na história do planeta lhes chegam aos calcanhares!

  13. jsp

    A canalha comuna nunca agradeceu suficientemente o 7 de Dezembro de 41.
    Sem grandes voos especulativos , poder-se-à afirmar que o Japão salvou os russos da derrota militar , permitindo o posterior “recontar” da História – mòrmente a “genial visão” do pacto Ribbentrop – Molotov…ou a diversão militar que teria sido a Guerra de Inverno…

  14. JMJ

    JSP e Vasco,

    dá para perceber como vocês prefeririam o senhor do bigodinho aparado ao farfalhudo bigode georgiano. Tiveram azar porque o Zé tinha-os no sitio como outros não têm e não tiveram…

  15. Tu tens de facto problemas com a França. Ou então não gostas da música do Mali 😉

    PS. Fosse o Reino Unido, e os posts seriam de apoio incondicional.
    PS2. Diz-me lá por quem estás, pela França ou pelos islamistas?

  16. Miguel Noronha

    “Tu tens de facto problemas com a França. Ou então não gostas da música do Mali”
    As duas coisa, pá! ADENDA: E junta-lhe também a música francesa

    “PS. Fosse o Reino Unido, e os posts seriam de apoio incondicional.
    PS2. Diz-me lá por quem estás, pela França ou pelos islamistas?”
    Acho que deixei isso bem claro num comentário. O PCP é que parece estar do lado deles. O Bloco desta vez não se pronuncia nem faz “tribunais”?

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