Com o caso Isabel Jonet torna-se oficial: a esquerda é uma velha gaiteira que já não entende as figuras ridículas que faz

Fui ver hoje o vídeo das já famosas declarações de Isabel Jonet e declaro-me pasmada. Estive os seis minutos a ouvir a senhora, pensando ‘é agora que vem o incontável’ e, afinal, nunca veio nada se não umas declarações inócuas e sensatas. Se a esquerda tolinha por agora se tem de agarrar, para denunciar o escândalo, a declarações sensatas, está verdadeiramente num estado indigente.

Mas como já se tem escrito, o que incomoda a esquerda não são as declarações de Isabel Jonet: é a própria Isabel Jonet (como de resto se vê no ódio dos textos que produzem). Ora elenquemos. Isabel Jonet é católica e mãe de família numerosa – péssimo começo; muito melhor se fosse uma feminista radical que declarasse já ter feito vários abortos. Tem uma vida privilegiada – a vida privilegiada não é problema, mas seria preferível se a tivesse alcançado através de negociatas com o estado ou de tráfico de influências. Trabalha em regime de voluntariado – onde já se viu tal desrespeito por quem tem de trabalhar a troco de um ordenado?! Preside a uma organização que vive dos voluntários, resulta devido a donativos de famílias e empresas e, efectivamente, ajuda dezenas de milhar de pessoas diariamente dando-lhes comida – verdadeiramente inaceitável! Alguém que pratica a caridade e incita outros a fazer o mesmo. Uma delinquente. A ser enxovalhada e demitida. Quem prega que se tire a uns para dar a outros mais pobres, de caminho alimentando clientelas diversas, crimes, desperdícios e por aí adiante, mas que não dá nada a ninguém, esse, sim, é virtuoso e não duvideis que alberga a solidariedade no coração. Que alguém dê o seu dinheiro ou o seu tempo a outro que menos tem faz, claro, uma afronta a quem recebe. E, sacrilégio!, Isabel Jonet conhece mesmo os pobres e os seus problemas; não sabe que os pobres só se devem conhecer enquanto categoria intelectual e através de Dickens, Soeiro Pereira Gomes e Manuel da Fonseca.

Enfim, a imbecilidade dos ataques a Isabel Jonet está, lamenta-se informar e apesar do efectivo peso dos ‘pandeiretas’ no meio comunicacional (que faz com que seja também um serviço prestado à comunidade mandar os ‘pandeiretas’ dar uma volta sempre que necessário) , condenada. Por mais que se tente não vão conseguir – como nenhuma experiência comunista ou socialista conseguiu – mudar a natureza humana. E dita a natureza humana que alguém se sinta reconfortado quando ajudou quem precisa – como o país em peso teima em fazer a cada campanha do Banco Alimentar. Já que alguém se sinta bem quando paga impostos, pensando que com os seus impostos a pobreza de outro vai ser reduzida, para que isso suceda – em vez de as pessoas naturalmente cogitarem que a quase totalidade do dinheiro estaria melhor no seu porta-moedas e que os impostos alimentam mais a máquina que os pobres – desejo boa sorte à esquerda.

44 pensamentos sobre “Com o caso Isabel Jonet torna-se oficial: a esquerda é uma velha gaiteira que já não entende as figuras ridículas que faz

  1. Renato

    Não haverá um propósito de impôr um tipo de discurso politicamente correto nos/aos media? Tanta acrimónia pelas declarações referida fazem suspeitar que se pretende tornar agreste a publicitação de certos tipos de opinião na sociedade portuguesa fazendo com que predominem certas correntes de opinião… É que ataques com o mesmo calibre e natureza têm sido aplicados a várias personalidades…

  2. povo

    …porque razão se há-de chamar “esquerda” a uma minoria de super idiotas que apenas têm respeitáveis ideias tolas ?

  3. lucklucky

    “Não haverá um propósito de impôr um tipo de discurso politicamente correto nos/aos media? Tanta acrimónia pelas declarações referida fazem suspeitar que se pretende tornar agreste a publicitação de certos tipos de opinião na sociedade portuguesa fazendo com que predominem certas correntes de opinião…”

    É esse mesmo o objectivo da esquerda: intimidação.

  4. Lucas

    A esquerda parece ter associado o discurso miserabilista e resignado da Junot aos tempos dos pobrezinhos, honrados e sós da velha senhora. O que de facto não se entende. Também não se entende como a direita liberal alinha com esse discurso. Afinal o capitalismo vive do quê? Não é do consumo, do superfluo e da vontade de comer bifinhos de vaca a cada refeição? Os alemães não acreditaram que andar de carro fosse necessariamente um luxo, e criaram o volkswagen. Os americanos não acreditaram que comer carne de vaca fosse necessariamente um luxo, e inventaram o hamburger. Talvez a direita liberal portuguesa de hoje não seja tão diferente assim da direita de cheiro bafiento a sacristia dos outros tempos. São coisas de sangue, ou melhor, de tios e tias, e que não passam facilmente.

  5. Ele á cada um.Mas essa cambada de idiotas que vivem á custa dos nossos impostos,sem nada fazerem para minorar o sofrimento daqueles que precisam,tinham logo que se atirar com unhas e dentes a quem tudo tem feito para que o pão não falte nos estomagos de milhares de portugueses.Essa cambada de malfeitores,que se titulam defensores daqueles que mais precisam,deveriam ter vergonha na cara. Quanto paga essa cambada por cada refeição na A.da Répública?A maior parte dessa politicagem que enche as cadeiras da A.da Republica,apenas está lá para bater palmas,e mais nada.
    Algum desses politicos que por pouca sorte nos saíu na rifa,teve um pouco de coragem,e veio a público defender o bom nome dessa senhora?Ninguém,Nenhum politico com a barriga cheia disse de sua justiça, Será preciso que os pobres,aqueles que não sabem o que vão comer amanhã,venham para a rua e gritem bem alto,aquilo que desgraçadamente têm que calar. A fome não tem vóz,e para vergonha querem calar quem fáz da sua vóz a vós daqueles que não têm vóz!

  6. Antonio Almeida

    Isabel Jonet, sòmente quis dizer que não podíamos continuar com a vida que nos conduziu a à situação de falência técnica !
    Disse alguma mentira ?
    O motivo que desncadeou toda esta paranoia da esquerda e extrema-esquerda deve-se ao facto de ter utilizado o termo “EMPOBRECER” !
    Mas bastava ver o sentido em que foi aplicado…
    Agora até há uma petição para DEMITIR, como se ela recebesse um CHAVO !

  7. castanheira antigo

    Quantos pobres provocou o socialismo nestes ultimos 15 anos , ao subsidiar quem não quis trabalhar e se acomodou ?
    Quantos pobres provocou o socialismo ao impedir com regulações absurdas de muitas actividades feitas por institutos criados especificamente para esse efeito e para criar lugares bem remunerados para os boys?
    Quantos pobres provocou o socialismo ao lançar impostos a torto e a direito , pretensamente para ajudar os pobrezinhos mas que se ficaram pelos detentores do aparelho ?
    Quantos pobres provocou o socialismo ao endividar o estado irresponsavelmente até á bancarrota?
    Infelizmente a Sra Jonet falou a realidade , consequencia do socialismo .
    Só que o socialismo nunca entendeu e sempre conviveu mal com a realidade . E é por isso que o socialismo acaba sempre em pobreza .QED

  8. José Pedro

    Se essa gente que anda a criticar a Jonet fizesse tanto como ela pelos pobres e falasse menos podem querer que tinhamos um país melhor.

  9. Nuno

    O costume. A esquerda que tanto apregoa os ideais ditos “progressistas” da “liberdade”, “igualdade” e
    “fraternidade” (à moda deles) faz a habitual discriminação não pelo “tom de pele” mas pela opinião. Nunca respeitou o contraditório. Quem não for comigo, é contra mim. Tiques “Salazarentos”!?

  10. Joaquim Amado Lopes

    Maria João Marques,
    Excelente texto. Os meus parabéns e, já agora, os meus agradecimentos. É vital que essa canalha imbecil e fascizóide seja posta no seu lugar e o seu texto faz isso de forma brilhante.

  11. A. R

    Excelente Post: o problema é mesmo a esquerda não gostar de uma ajuda com um rosto humano. Não acredita na solidariedade nem nos laços afectivos. Havendo laços afectivos não poderia alguém participar de forma eficaz nas revoluções sangrentas que eles gostam de fazer.

    As fomes são de esquerda: Ucrânia, Argentina, Angola, Coreia do Norte, Cuba (quem não se lembra da retinopatia a que a comunidade internacional teve que acudir), Etiópia, Zimbabwe, etc. Quem não se lembra que um cubano não pode cultivar a sua horta.

    A fome é uma arma que eles usam habilmente e dela querem tirar proveito político.

  12. Paulo Roxo

    Texto refinado e certeiro! Contudo, não iliba Isabel Jonet de um certo desmazelo comunicacional (por inexperiência ou descuido) que abre alas aos xuxas de esquerda que afudam o país! Isabel Jonet quando vai para um programa da esquerdista Ana Lourenço tem que ir com o TPC estudado e não escorregar uma única vez. Eu sei vivemos num país de opinião publicada maioritariamente socialista, especialmente duro na avaliação de pessoas com inclinação diferente, mas Isabel Jonet deveria saber isso tão bem como os melhores politólogos da praça.

  13. António S Almeida

    O Termo “EMPOBRECER” como o meu homonimo escreveu, não é o que choca a esquerda.

    O que choca a esquerda é que Empobrecer é um exclusivo dela mesmo, o rasto de empobrecimento encetado pela esquerda está muito bem patente na história.

  14. jojoratazana

    Maria João Marques, depois deste post, tem direito a comer todos os bifes que lhe apetecer, sem pedir autorização à Isabelinha.
    Assim como todos os outros que apoiam a Isabelinha, desde que o paguem, roubados é que não.
    Pois já à muito tempo que os andam a comer roubados, perguntem à Isabelinha e restante gatunagem.

  15. Paulo

    São de facto uns idiotas. Mas também quem se mete a fazer política com as responsabilidades da Isabel Jonet tem de estar preparada e ter cuidado com o que diz. Se o Banco Alimentar aumentar agora em Dezembro as recolhas tem de se concluir que foi uma boa jogada da Senhora ao exprimir este tipo de discurso agradável para os que ainda podem…, se baixar muito a recolhas, ela só pode e deve tirar as devidas ilacções, ou seja sair!

  16. A. R

    A população cubana lá vai resistindo com uma única distribuição de bife a cada 10 anos. Não sabia que os bifes eram os únicos portadores de proteínas. Aqui em casa só se comem bifes duas vezes por semana e eu ando cadavérico. A bomba isabelinha das dietas diz que devemos ter uma dieta equilibrado e os defensores dos animais estão contra o bife.

  17. Joaquim Amado Lopes

    Paulo Roxo (15),
    Paulo (18),
    Ninguém com um mínimo de inteligência e isenção pode interpretar como um insulto o que Isabel Jonet disse pelo que não adianta ter cuidado com o que se diz à frente de gentalha imbecil e ignorante como a “desta esquerda”.
    Pelo contrário. Ter cuidado para não dizer nada que, distorcido na forma e no conteúdo, possa ser declarado como “incorrecto” por gentalha imbecil e ignorante é dar-lhes o poder para decidirem o que cada um pode ou não dizer.

    Não temos que os provocar mas não podemos ceder a canalhas como os que agora insultam Isabel Jonet da forma mais abjecta. E, quando vão longe demais (como agora), têm que ser tratados como merecem. Não apenas em nome da liberdade mas também da nossa própria sanidade, para não nos arriscarmos a que esses comportamentos passem a ser vistos como normais e aceitáveis.

  18. rami

    Joaquim,
    Creio que o facto de o banco alimentar existir, ou a classe social delaou trabalho que ela desenvolve, não são os aspectos criticados.O que é condenável é as declarações tontas acerca de comer bifes(nos paises comunistas é que se diz ás pessoas o que comer) e de dizer que não existe miséria.no nosso pais-E outra coisa: piedade não é compaixão
    Cumps

  19. Joaquim Amado Lopes

    rami (22),
    Isabel Jonet fez uma série de afirmações perfeitamente sensatas e, para as ilustrar, recorreu a analogias e exemplos básicos. Só quem não perceba (ou não queira perceber) português corrente é que encontra ali alguma coisa para criticar.

    O exemplo de “quem não tem dinheiro para comer bifes todos os dias não pode comer biges todos os dias” (ou algo parecido) podia ter sido com ir ao cinema dia sim dia não, ir de férias para o estrangeiro todos os anos, trocar o guarda-roupa todas as estações ou trocar de carro de dois em dois anos.
    “Ler” nas palavras de Isabel Jonet que ela “não quer que os pobres comam bife” (não estou a dizer que o rami o fez mas houve quem o escrevesse) é simplesmente imbecil.

  20. jose

    Ó Sr. Joaquim, explique lá como é que alguém que ocupa o cargo da Sra. Jonet pode dizer que ‘não existe miséria em Portugal’. O Banco Alimentar recebe 20 milhões de euros em comida por ano!!! Não há miseráveis entre as pessoas que as recebem? Radiografias? Concertos de rock? Vê-se mesmo que ninguém aqui sabe o que é ser pobre.

  21. A esquerda detestou que lhe tivessem tirado o discurso dos pobrezinhos da boca. Isabel Jonet foi a primeira a fazer ver que eles exageram. Só disse o que todos pensam mas que não têm coragem de dizer.

  22. “É vital que essa canalha imbecil e fascizóide seja …”

    São palavras fortes, mas são merecidas. A esquerda só utiliza os pobres para a sua agenda política. No fim, como a história tem tantas vezes mostrado, eles só fazem mal aos pobres e criam ainda mais pobreza.

  23. Pisca

    Diz o Paulo Pedroso será verdade ?

    “O core business do Banco Alimentar é evitar que se deteriorem os bifes que não comemos enquanto a carne é fresca
    Em 2011 as campanhas de recolha em supermercados contribuiram apenas com 10% do valor dos produtos recolhidos pelo Banco Alimentar de Lisboa. A indústria agro-alimentar, reciclando os seus excedentes, doou 43%. A reciclagem de excedentes da UE contribuiu com 22%. O Mercado Abastecedor da Região de Lisboa (de novo, os excedentes) doou 11%. As retiradas de fruta pelo IFAP (ainda os excedentes) renderam 6%. Ou seja, ao todo, o escoamento de excedentes correspondeu a 82% do valor dos produtos distribuídos.
    O Banco Alimentar precisa das campanhas de recolha em supermercados por boas razões de marketing e ao fazê-lo mantém ocupados os escuteiros e toda a rede de voluntários ligada à Igreja Católica, que enquanto estão à porta dos supermercados a estender-nos os saquinhos estão a contribuir à sua maneira para o bem comum e a ajudar-nos a – como em todos os actos de caridade – aliviar as consciências sem resolver nenhum problema estrutural.
    Espero que sejam bem-aventurados os que contribuem nestas campanhas (eu costumo contribuir), mas não tenhams dúvidas de que core business do Banco Alimentar não é a nossa caridade, é evitar o escândalo da destruição de produtos alimentares no nosso país e na nossa Europa. É evitar que se deteriorem os bifes que não comemos enquanto a carne é fresca.”

  24. ricardo saramago

    A mobilização dos jacobinos não augura nada de bom para os que são ajudados pelo Banco Alimentar.
    Estas mobilizações costumam ser seguidas por operações repressivas das asaes e do fisco.
    Tirar o protagonismo aos burocratas e aos defensores profissionais dos “desfavorecidos” não pode ser tolerado.
    Já deve haver alguém a fazer escutas a “título informativo” para usar quando for necessário calar a senhora.

  25. anti-praticos

    “sabel Jonet fez uma série de afirmações perfeitamente sensatas e, para as ilustrar, recorreu a analogias e exemplos básicos. Só quem não perceba (ou não queira perceber) português corrente é que encontra ali alguma coisa para criticar.”
    Joaquim,não sei se foram afirmações assim tão sensatas e inocentes não, e não me parece que a MFL e o Rui Vilar que ali se encontravam, fossem perigosos esquerdistas, para . Dando eu de barato em relação aos bifes, o resto das afirmações dela em particular a de que não existe miséria em portugal(entre outras, ela falou um tempo significativo) e o tom moralista(sabemos que muitas vezes é hipocrisia).
    De qualquer forma,apesar do trabalho louvável que ela desenvolve,o objectivo do governo e da sociedade,a prioridade não devia ser mais pessoas terem que recorrer a aquela instituição, mas sim evitar que essas pessoas tivessem que recorrer, e na medida do possivel, devia-se implementar politicas que fizessem com que o estado social tratasse de proteger as pessoas.

  26. anti-praticos

    E de resto joaquim, essas histórias dos pais que se sacrificam para os filhos irem a concertos de rock e coisas do género, parece me uma autentica fantasiação, com imaginação a mais e realismo a menos

  27. Tiro ao Alvo

    jojoratazana,
    Tinhas que vir para aqui destilar o teu veneno contra senhora. Se ao menos soubesses escrever…
    “Já à muito tempo” é erro grosseiro que cometes frequentemente. E se, em vez de andar por estas bandas, a dizer parvoíces, fosses apreender? Assim é que serias um homem!

  28. jojoratazana

    “jojoratazana,
    Tinhas que vir para aqui destilar o teu veneno contra senhora. Se ao menos soubesses escrever…
    “Já à muito tempo” é erro grosseiro que cometes frequentemente. E se, em vez de andar por estas bandas, a dizer parvoíces, fosses apreender?”
    Sabes o motivo porquê escrevo tão mal?
    Com dez anos já trabalhava dez horas por dia, e ganhava 20$00 por semana, para que as tias Isabelinhas, e outros finórios como tu pudessem comer bifes sempre que queriam.
    Mas sou formado por uma Universidade, em que tu manifestamente não tens competência nenhuma.

  29. Joaquim Amado Lopes

    jose (25),
    Pelo que escreve, apenas posso concluir que não viu realmente o video ou é incapaz de entender o contexto de uma conversa e apanha apenas palavras soltas.
    A afirmação de que não há miséria em Portugal foi feita no contexto da miséria que Isabel Jonet testemunhou na Grécia e ela será até uma das pessoas mais qualificadas para fazer este tipo de afirmação. Pobreza não é miséria.

    Radiografias: O jose tem alguma dúvida de que há muitas famílias que escolhem gastar dinheiro em coisas supérfluas em vez de poupar para uma eventualidade? Conheço famílias que, tendo condições para terem uma vida muitíssimo confortável, iam todos os anos de férias para o estrangeiro a crédito (já não vão porque a realidade lhes entrou pela porta dentro) e davam dezenas de prendas aos filhos pelo Natal.

    Concertos de rock: Acha que nenhuns pais fazem sacrifícios para que os seus filhos vistam roupa de marca, tenham o último modelo do iPhone e, sim, continuem a ir a concertos com os amigos?

    .
    anti-practicos (31 e 32),
    “Dando eu de barato em relação aos bifes”
    Dá de barato?! O que Isabel Jonet disse (textualmente “se não temos dinheiro para comer bifes todos os dias não podemos comer bifes todos os dias”) é claro, objectivo e elementar e dispensa essa sua condescendência.

    Quanto ao “tom moralista” e “hipocrisia”, faria bem em ter em conta que se trata de alguém que há 20 anos se dedica a ajudar pessoas e que conhece bem a realidade de que fala. Mas o problema é mesmo esse, não é? Há quem não queira que os pobres sejam ajudados, apenas que se revoltem contra os “moralistas” e “hipócritas” que os tentam ajudar.
    O anti-practicos pode achar que é melhor deixar os pobres passarem fome e investir todos os recursos em “políticas” para os “proteger” (com “organismos”, “observatórios” e “institutos” que só se justificam enquanto houver pobres e tudo farão para que estes não deixem de o ser). Felizmente, está em minoria.

    “essas histórias dos pais que se sacrificam para os filhos irem a concertos de rock e coisas do género, parece me uma autentica fantasiação, com imaginação a mais e realismo a menos”
    E com esta confirmou o seu total alheamento da realidade.

  30. zé povinho

    As criticas (certas ou erradas – irrelevante…) feitas às tão vulgares frases(infelizes ou não – irrelevante) de Isabel Jonet sintetizam a nossa tragédia de 35 anos ! ! ! Detestamos sempre quem “veste” e “fala” mal não obstante sempre fazer bem o que faz (caso do Banco Alimentar)…, mas estupidamente sempre elegemos quem nunca soube fazer nada e bem mas sabe “falar” bem e veste melhor (onde um fato custa mais do que um salário mínimo anual) e assim o parolo não é difícil de enganar !!!
    E se tivessem mais juízo e se preparassem para o terrível Inverno (digo inferno ..) que aí vem ?

  31. Tiro ao Alvo

    Jojoratazana,
    Estás redondamente enganado: tu tiveste sorte quando começaste a trabalhar, ou, pelo menos, mais sorte do que eu, que só fui ganhar dez escudos por dia, quando tu, segundo dizes, foste ganhar o dobro. Mas não me queixo – passou e outros passaram pior.
    Por outro lado, aceito que a universidade que frequentei, que foi a universidade da vida, era melhor do que a tua, pois abriu-me os olhos para não ir atrás de loas e para saber até onde posso ir.
    Nunca ouviste dizer que o sapateiro não deve ir além da chinela? Eu ouvi.

  32. anti-praticos

    Joaquim, vamos lá esclarecer ponto por ponto, que estou a ver que houve coisas que nao interpretou de forma correcta
    É claro que se não exisgtir dinheiro para tal, esse tal não haverá.Pura matemática.Mas o mal não é esse.O mal é a generalização e mitificação de uma narrativa que está longe de estar demonstrada.E não, não estou contra os pobres deixarem de ser ajudados pela instituição, mas sou defensor de um sistema de protecção social que apoie essas pessoas de forma a aliviarem os seus problemas! Uma coisa joaquim, é a caridade, outra coisa é a protecção social.Para mim as duas podem e devem existir, mas deve primeiro deve existir uma rede de protecção social, destinada a ajudar essas pessoas, sendo que o banco alimentar pode cumprir o seu actual papel de auxilio.Como aliás existe na Holanda ,Suécia ou Dinamarca.Sou a favor de uma reforma desse sistema, mas não sou contra o fim.Como disse o Henrique raposo esta semana no expresso, devia -se extinguir esses observatórios e institutos, que não serve para nada, e investir na área social.Reformar não é acabar, é apenas mudar
    E depois , o joaquim é que faria bem ter em conta que houveram e existem muitas pessoas na sociedade, que tanto são pródigas a querer dar lições de moral nas outras pessoas, mas que na verdade assim bem ás escondidas da sociedade, praticam o contrário do que dizem.Neste caso, a dita senhora, faz um bom trabalho sim é verdade, mas que garantia é que há ,que ela vive de acordo com as possibilidade e não comete excessos também, do tipo de que outros fazem como diz?
    E por ultimo, estarei mesmo todo alheio da realidade, ou pura e simplesmente limito-me a questionar um mito acerca da sociedade? A verdade é que é impossivel sabermos em que condições financeiras as pessoas financiam os bens que adquiram.Sabemos dos nossos amigos e familiares, mas do resto nunca nos será possivel saber, uma vez que não conhecemos a população toda do território nacional.Sabemos o que se compra, mas não nos é possivel saber com que dinheiro,e sinceramente não acredito na historia dos concertos rock e radiografias, tal como conheço familias cujas práticas não correspondiam esses excessos.Pode ter havido sim, como pode não ter havido excessos.O facto de voce conhecer algumas não quer dizer que isso seja prática generalizada da sociedade.Mas o joaquim omite que a situação actual é o resultado principalmente da péssima governanção que sempre tivemos, dos excessos do estado.Ai é que está o grosso do problemas, e era cortando essa raiz que se devia resolver o problema.Portanto devolvo-lhe a acusação de alheamento da realidade
    Para o joaquim perceber melhor aonde pretendo chegar, deixarei este posto do Estado Sentido, escrito por um insuspeito de pertencer á esquerda, o qual aconselho-o vivamente a ler
    Cumps

  33. jose

    “pobreza não é miséria” Pois não. Dado que a senhora trabalha no banco alimentar contra a FOME, é bem de convir que os que passa(ria)m fome cá são diferentes dos que passam fome noutro sítio, porque cá são só pobres e lá nas grécias são miseráveis que nem medicamentos têm (coisa que nem existe cá nem nada). Não há pachorra. Com a quantidade de crianças que saem de casa todos os dias em jejum para a escola, haver gente tão alheada da realidade é assustador.

  34. Tiro ao Alvo

    Anti-praticos,
    Pela sua maneira de escrever, deve ser muito novo. Um dia você vai entender que o mundo não assim como julga e que tiradas como esta, que o anti-praticos escreveu, não têm justificação e são uma coisa feia:
    “mas que garantia é que há ,que ela (a jonet) vive de acordo com as possibilidade e não comete excessos também, do tipo de que outros fazem como diz?”

  35. jorge da Silva

    Claro o que os deserdados do Socrates, aqueles que ainda pensam que a divida não é para pagar, ou melhor que outros pagarão a divida por eles, incomoda-os alguem dizer que tem de mudar de vida. O processo mais simples não é aceitar isso ou tentar inverter isso. É melindrar-se com o obvio! e esquecer que a fome existe e que ajudar é preciso. Vai ser dificil de facto!!!???

  36. Almiro

    Com a mão na gaveta e a chamarem ladrões aos outros!…………….estudem bem esses e essas pedantes da tal dita esquerda. Esses parasitas não dão nada a ninguem (nem paz) e julgam-se o “cream of the crop”………….sempre do contra e plenos de insatisfação. Poventura conhecem algum satisfeito? De onde veio essa casta?

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