A apologia do pântano

O líder do PS, António José Seguro, disse neste domingo, à chegada a Viseu, que o crescimento económico é a alternativa à destruição do Estado Social proposta pelo Governo.

Não constitui grande novidade mas fica bem claro que se depender de António José Seguro fica tudo na mesma. Numa brilhante conclusão que lhe devia merecer o Nobel da Economia Ficamos a saber que, mau grado o absurdo nível da extorsão fiscal, não é despesa que é grande mas é a receita que escasseia. Dependendo dele ficaremos à espera do milagroso crescimento económico. Porventura impulsionado pelas conhecidas “políticas de crescimento” que fizeram mais pelo crescimento da dívida que da economia. Resumindo. A receita certa para nos continuarmos a afundar no lodo.

5 pensamentos sobre “A apologia do pântano

  1. tina

    Seguro nem sequer sabe o que significam as suas próprias palavras. Quer ele repetir a receita de Sócrates, de pedir dinheiro emprestado, desta vez a juros elevadíssimos, para investir e fazer a economia crescer? Ou então, que quer ele dizer com isso? Pensar que este neerdental um dia vai ser primeiro-ministro de Portugal, até deixa uma pessoa maldisposta.

  2. tina

    E não esquecer que na última década a economia de Portugal cresceu em média 1%. Ou seja, se nem nos tempos bons a economia crescia, como é que vamos conseguir que cresça agora em tempos maus, a não ser mudando o que está mal e que ele se recusa fazer? É mesmo atrasado mental.

  3. Antonio Almeida

    Pronto já sabemos como vai acabar num ápice a austeridade ! Crescimento económico, mais tempo para a permanência da TROIKA, com juros mais baixos ( Dr. Seguro, por acaso desconhece que tal não depende de Portugal, mas sim de quem nos concedeu o empréstimo? ) é a receita proposta pelo PS !
    Seguro igual a Sócrates !
    Dr. Seguro, no caso da TROIKA responder que só mantém o empréstimo à taxa actual, o que faz ?
    Vai pedir empréstimo a quem ?
    Não seja demagogo !

  4. Caminho Sem Ideias
    Temos o governo da troika, com medidas, metas e obrigações a cumprir.
    Temos o governo eleito, que se esforça , à sua maneira, com medidas para cumprir metas e obrigações.
    Temos oposição, “ex-qualquer coisas”, comentadores, jornalistas, agentes de todas as áreas e idades, plenos de opiniões e nenhuma ideia quanto a medidas, metas ou obrigações a perseguir.

    Páginas e páginas de jornais, horas e horas de discussões parlamentares pagas a peso de ouro pelos contribuintes, mais horas de emissões televisivas, mesas redondas ou quadradas, opiniões para todos os gostos e feitios, e no entanto, espremidas, nem uma ideia concreta nem um programa completo, consistente ou alternativo.

    Retórica, retórica e mais retórica. A partidocracia tornou-se numa máquina de assalto ao orçamento do Estado, em que a retórica faz o lugar da infantaria. Como foi possível embrenhar-nos tão cegamente num novelo de tácticas de curto prazo em desfavor de objectivos de longo prazo?

    Não deixa de me ocorrer a explicação Camoniana para este déjà vu da História: Dinheiro a rodo de crédito fácil e fundos (in)esgotáveis, rendimentos garantidos, em vez das especiarias e riquezas do Oriente, conduzindo ao acomodamento, ganância e esquecimento dos valores essenciais à autonomia, independência e perenidade de uma nação. E no meio da corrente caótica dos acontecimentos, um Povo “temperado com árduo sofrimento” capaz de todos os sacrifícios em defesa da “virtude justa e dura”, vai sendo arrastado num turbilhão de opiniões e clamores sem ideias, ideais ou propostas concretas de trabalho, opções, possibilidades e consequências.

    Estamos longe de estarmos longe do “olho do furacão”. Mais do que nunca precisamos de que, quem tem voz sobre a multidão, use essa oportunidade para apresentar ideias , programas, soluções, alternativas concretas , consistentes e duradoiras. De preferência integradas na comunidade europeia a que todos desejamos pertencer e que queremos preservar tal como foi idealizada.

    Precisamos de lideres de serviço para o futuro dos nossos filhos. Com ideias,planos, programas e orçamentos. Menos demagogia e mais compromisso e responsabilidade.Precisamos do que não estamos a ser capazes de fazer.Diz-se que muito se fez em pouco tempo , pelo menos em termos financeiros.
    Infelizmente não se está a fazer o necessário e suficiente para mobilizar uma nação num caminho de reforma do Estado e da sociedade. São várias as razões dessa insuficiência, entre as quais uma manifesta incapacidade de comunicação permanente, clara, transparente, coerente e assertiva, sobre , porque chegamos aqui, como estamos, como podemos sair e, das opções de saída, qual a que vamos escolher.

    Parece faltar senioridade a quem está no leme do poder, e seriedade a quem está no contrapeso da oposição.O que é uma péssima combinação de factores, sobretudo num ambiente sócio económico adverso.

    Resta-nos esperar que a liderança enviesada alemã na Europa, se realinhe, com uma pequena ajuda do BCE, e do mal o menos, se não vamos por nós próprios, acabemos por sair, por arrasto, deste buraco em que os últimos quinze anos de desgovernação nos meteram.

  5. Pingback: Partido socialista, partido despesista « O Insurgente

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