Swedish Town Paying Unemployed Youth To Move To Norway, Huffington Post.
In an aim to cope with an unemployment rate of more than 25 percent, the town of Soderhamn, in conjunction with Sweden’s national employment office, is paying young unemployed Swedes to look for jobs in neighboring Norway, according to the Daily Telegraph. The “Job Journey” program offers job-hunting guidance and pays for a one month stay at a youth hostel in Oslo. So far, about 100 young Swedes have taken the government up on its offer.
Sem sentimentalismos, sem histerismos nem cartas sentidas ao Presidente, a Suécia segue PPC e decide apoiar a mobilidade da Mão-de-Obra. Só que como é a Suécia, talvez venham as vozes do costume dizer que foi muito bem feito…
Se fizerem isso de forma extensiva daqui a uns anos queixam-se que o PIB não sobe.
E ainda se queixam da baixa natalidade !
Um sueco mudar-se para a Noruega é como um lisboeta mudar-se para Viseu. Não sei se lhe deviam chamar emigração sequer.
Bem, a Suécia paga um mês de estadia. Portugal só escorraça mesmo.
mas no livro q PPC escreveu, “Mudar” é ele que segue a Suécia…pqp
Jhb, que eu saiba, a Noruega não é UE. Assim sendo, será como um lisboeta mudar-se para o Dubai. Mas crendo no seu comentário, presumo que apoie mobilidade de Lisboa para Viseu. É pôr isso em prática.
Pois foi bem feito, o estado sueco a pagar um mês de estadia na Noruega. Muito pouco liberal para um blogue liberal. Por cá ainda iam ao aeroporto dar-lhes um pontapé.
Mas são uns nabos, verdadeiros amadores. Pagam-lhes a viagem e o alojamento por um mês? Estes suecos estão claramente a viver acima das suas possibilidades.
Este é mais um exemplo da forte presença do Estado na Suécia (recorde-se que, relativamente à população ativa este país tem o maior número de funcionários públicos da Europa – mais do dobro de Portugal, que é dos que tem menos).
Mas isto nada tem que ver com as políticas de PPC.
Söderhamn é apenas uma pequena localidade com poucos habitantes (pouco mais de 10.000) – e não representa exatamente uma política nacional da Suécia, ainda que também por aqui se perceba o espírito socialista sueco (para os mais distraídos: a política instituída na Suécia nada tem a ver com a prática do PS nacional).
Ao contrário de PPC que enxota as pessoas como se fossem moscas, a pequena cidade oferece “job-hunting guidance and pays for a one month stay at a youth hostel in Oslo”.
Medida positiva, pragmática, que merece respeito. Uma pequena cidade do Estado democrático socialista sueco mostra um dos caminhos possíveis para lidar com um problema concreto.
“Um país que não se importa que os seus cidadãos emigrem equivale aos pais que não se importam de dar os seus filhos para adopção”
“Assim sendo, será como um lisboeta mudar-se para o Dubai. ”
Seria se no Dubai se falasse um português do Brasil e a cultura fosse praticamente a mesma.
#8
“e não representa exatamente uma política nacional da Suécia”
Não sei se não representará.
Há uns tempos fui a uma sessão de esclarecimento sobre condições de trabalho e sobre as sociedades de alguns países europeus, entre os quais a Suécia. O sueco que estava a fazer a apresentação disse, com o ar mais natural do mundo, que muitos suecos jovens vão à procura do 1º emprego na Dinamarca ou Noruega.
Não sei se todos os que saem recebem um mês de alojamento, mas que não se anda a chorar, e a fazer cartas a pedir para não ilegalizar a saudade, não se anda. Fazem-se à vida, e se isso implica trabalhar noutro país, tem que ser.
a taxa de desemprego na Suécia é de 7,4% valor mais ou menos estável há muitos anos
a imigração é residual .
O que faz as sociedades nórdicas tão ricas? O Capitalismo Nórdico:
Dinamarca (pop: 5.5M hab): Mærsk, Carlsberg, Tuborg, Lego, Bang & Olufsen, Ecco.
Suécia (pop: 9.5M hab): IKEA, Volvo, Scania, Ericsson, H&M, Metro, AstraZeneca, Eletrolux, Tetrapak, Saab
Finlândia (pop: 5.2M hab): Nokia, Rovio (Angry Birds)
Noruega (pop: 4.9M hab): OK, aqui é o petróleo e gás
É isto que as faz ricas, sem socialismo ainda estariam melhores, e apercebendo-se que o socialismo as estava a arrastar para baixo, muitas reformaram-se (ao contrário de Portugal).
Quem nunca viveu ou sequer visitou a Suécia socialista, é melhor abster-se de comentar o que desconhece.
A Suécia é um país solidário, onde os velhos mecanismos de “socorro mútuo” foram substituídos pelo Estado.
Claro que a Suécia não é só maravilhas, atualmente existem problemas (o crescimento tem abrandado). Mas esses problemas têm origem, essencialmente na crise do sistema capitalista liberal europeu a que a Suécia tem dificuldade em resistir porque é um país onde o sector das exportações assume uma importância fulcral (ao contrário de Portugal onde representam apenas 30% do PIB), graças à sua avançada tecnologia e aos seus qualificadíssimos trabalhadores.
O liberalismo económico internacional, a globalização, têm sido os responsáveis pela queda económica europeia, especialmente devido à desindustrialização. Embora a Suécia não seja tão afetada diretamente por isso, acaba por ser prejudicada devido às crises e às quebras do consumo dos países capitalistas.
Quanto ao resto não há qualquer comparação entre a Suécia e a maior partes dos países capitalistas no que diz respeito a educação, cultura, ciência, tecnologia. No que respeita à educação a diferença é abissal. Temos assim um regime solidário, socialista, mas onde os privados, desde que cumpram as suas obrigações têm as portas abertas (um exemplo: as escolas privadas têm direito, exatamente como as públicas, a refeições gratuitas, de alta qualidade, para todas as crianças). Estamos a falar de um outro mundo.
José Augusto (8),
Pode citar algo que Pedro Passos Coelho tenha dito que possa ser “traduzido” para “PPC que enxota as pessoas como se fossem moscas”?
“Pode citar algo que Pedro Passos Coelho tenha dito que possa ser “traduzido” para “PPC que enxota as pessoas como se fossem moscas”?”
Não é preciso citar nada, ele existe.
PPC não “enxotou” ninguém. Apenas fez uma reflexão evidente e de bom senso. Tanto é assim que nos ultimos tempos milhares e milhares de portugueses (fala-se num numero superior a 100 mil) emigraram à procura de um emprego ou de melhores situações.
Não é suficiente para resolver o problema do desemprego e da baixa de rendimentos do pais mas é uma solução individualmente valida para muitas e muitas pessoas. A emigração não é um mal em si. Ou melhor, é o menor dos males.
Não é sequer uma novidade. Portugal sempre foi um pais de emigração. Sempre houve portugueses que emigraram à procura de melhores condições de vida. No passado em condições muito piores do que hoje. E, no fim de contas, a esmagadora maioria desses portugueses melhorou mesmo, e muito, as respectivas condições de vida. De um ponto de vista historico, tendo em conta o ponto de partida, as diferentes gerações de emigrantes constituiram as categorias sociais que mais progrediram em termos relativos no conjunto do pais. A emigração foi uma oportunidade para muita gente. Esta de novo a ser e pode ser ainda para muitas outras pessoas.
De notar que a emigração actual não é culpa de PPC, do seu governo e da sua politica. A responsabilidade principal cabe aos governos anteriores que com as suas politicas estatistas e despesistas endividaram o pais e criaram as condições para a grave crise financeira e economica actual. PPC e o seu governo, melhor ou pior, apenas estão a tentar fazer face à situação, procurando evitar a bancarrota. Sem uma politica de austeridade a crise seria ainda maior e a emigração ainda mais massiça e, certamente, bem mais dramatica.
Manda os jovens para fora e dá milhões a parasitas muçulmanos que se dedicam a estuprar as jovens suecas
Mariana (16),
Por outras palavras, atribuem-se a alguém de quem não se gosta palavras que essa pessoa nunca proferiu (textualmente ou sequer aproximadas) e uns idiotas úteis, que não gostam dessa pessoa e aproveitam todas as oportunidades para falar mal dela estando-se nas tintas para os factos, vão repetindo a “citação” (acrescentando-lhe o seu “ponto”) onde e quanto podem. Com o tempo, a “citação” chega ao ridículo absoluto com o “enxotar as pessoas” e passa a ser um “facto” que carece que prova.
As palavras de Pedro Passos Coelho foram gravadas e foram publicadas. Qualquer pessoa as pode consultar e ninguém com um mínimo de neurónios as reduz a “PPC enxota as pessoas como se fossem moscas”. Chegar a esse extremo diz tudo o que é necessário saber sobre quem o faz.
Note-se que eu nunca apoiei que o estado criasse mais um programa.
Apenas noto que e engraçado que depois de Hollande (descida da TSU), agora a Suécia venha e aplique outra ideia de Passos Coelho (emigração onde há desemprego).
Mas achar curioso é muito diferente de apoiar, cruzes credo…
Pingback: Suécia coloca discurso de Passos Coelho em prática « Ricardo Campelo de Magalhães
Dizer que “PPC enxota as pessoas como se fossem moscas” é uma expressão que pretende refletir aquilo que o primeiro-ministro tem dito por diversas vezes.
E aí concordo com Marcelo Rebelo de Sousa: Se PPC tivesse previamente negociado com os países que referiu como destinos dos portugueses (Brasil, Angola, por exemplo) e criado programas no sentido de encontrar saídas profissionais, vocacionais e pessoais,seria algo muito diferente.
Agora deste modo, dizendo que as pessoas deviam seguir para países que até se apressaram a dizer que não tinham condições para acolher a possível imigração nacional, é completamente ridículo e de uma insensibilidade social chocante.
A isto se chama “enxotar as pessoas”.
P.S.: O meu agradecimento ao Ricardo Campelo de Magalhães, que ao contrário de outros “insurgentes” não censura os meus textos, nem me insulta por ter uma opinião diferente. É claro que colaboro em outros blogs politicamente conotados comigo e aquilo que mais me agrada é que lá apareçam pessoas com ideias diferentes. Não vejo qualquer interesse em escrever num blog onde toda a gente tem a mesma opinião, como carneiros guiados por um cão pastor.
Relativamente ao estado a que chegou o nosso país, eu já o disse por várias vezes:
Quase todos os governos pós-25 de Abril têm culpa.
Mas o atual governo igualmente é culpado por tentar fazer em 3 anos aquilo que deveria ter sido feito em 6 ou 7 anos.
O atual governo é culpado por não saber comunicar.
O atual governo é culpado por cortar facilmente nos rendimentos do trabalho e não nos rendimentos de capital da forma que o deveria fazer.
O atual governo é culpado por protelar a resolução do problema das PPPs, devido aos interesses obscuros que por lá vegetam.
O atual governo é culpado por continuar a senda de despesismo para um lado (aumento das transferências para os partidos, por exemplo, entre muitos outros, é só consultar o projeto do OE) e cortes radicais contra pessoas que mal conseguem sobreviver (por alguma razão o consumo de papa Nestum subiu 7%…).
O atual governo é responsável por arrasar a economia, por destruir os pequenos e médios empresários, por destruir empregos, por colocar cidadãos na miséria absoluta, num país onde as desigualdades sociais têm crescido vertiginosamente.
E muito mais.
Mas a culpa não é só dos governos nacionais. A Europa, confiante que a economia chinesa não se abriria, cega pela ideia da destruição dos estados sociais, permitiu, pelo apoio ao nefasto liberalismo internacional, da globalização, a deslocalização de grandes empresas, em conluio com poderosas multinacionais. Resultado: desindustrialização com a consequente queda do crescimento ou mesmo recessão. Este é um problema que Portugal não conseguirá resolver sozinho.
José Augusto 23.,
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“O atual governo é culpado por cortar facilmente nos rendimentos do trabalho e não nos rendimentos de capital da forma que o deveria fazer.”
Qualquer que seja o governo, se quizer resolver a crise actual, tem de aplicar medidas que reduzem o consumo privado e transferem recursos das familias para a redução do déficit do Estado e a favor da competitividade das empresas. Tem-no feito através de cortes nas despesas publicas, em particular nas remunerações dos funcionarios publicos e pensionistas, e de aumentos de impostos sobre o consumo e sobre o rendimento. Infelizmente, devido a uma decisão do Tribunal Constitucional, o governo esta limitado na possibilidade de cortar ainda mais os gastos com remunerações e pensões. Infelizmente, a medida dita da TSU, que deveria ajudar sobretudo as empresas, acabou por ser retirada devido a uma forte oposição de diversos sectores, incluindo empresariais, que não percebem que é impossivel sair da situação actual sem uma queda ainda maior do rendimento disponivel, da procura, dos consumos.
Efectivamente, o actual governo tem procurado não agravar a fiscalidade sobre o capital e sobre as empresas. Mas, mesmo assim, o orçamento para 2013, mais por razões politicas do que para conseguir receita, também agrava a fiscalidade sobre o capital e as empresas. De qualquer modo, as empresas teem sofrido com a crise, reduzindo a actividade, despedindo e abrindo falencia. Os resultados empresariais baixaram significativamente e o imposto sobre os lucros foi o que mais baixou em absoluto. Assim sendo, o pior que se poderia fazer, em termos da actividade economica e do emprego, seria agravar significativamente a fiscalidade sobre o capital e as empresas.
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“Mas o atual governo igualmente é culpado por tentar fazer em 3 anos aquilo que deveria ter sido feito em 6 ou 7 anos.”
Bom, há quem diga exactamente o contrario, nomeadamente aqui neste blog, que o actual governo tem sido timido e lento na aplicação de certas medidas, nomeadamente no corte das despesas publicas. De notar que cortar ainda mais a sério nas despesas publicas, e não apenas nas ditas “gorduras” e desperdicios, tem igualmente um efeito recessivo sobre a economia. Ou seja, para alguns o actual governo até esta a ser lento e deveria ir mais depressa.
Ir mais lentamente é que seria então um erro crasso. Desde logo porque o pais não tem actualmente os meios financeiros para aplicar uma politica de austeridade mais “suave”. Vive com a ajuda financeira da Troika que, como todos sabemos, exige em troca a aplicação de certas medidas e a realização de certos objectivos num periodo que é de 3 anos e não de 6 ou 7 anos. Em segundo lugar, o proprio interesse bem compreendido do pais não é arrastar o periodo da emergencia e da austeridade. Quanto mais tempo durar a austeridade mais aumentará o endividamento e maior sera o custo financeiro. Ou seja, os portugueses acabariam por ter de pagar muito mais e, no conjunto, os sacrificios seriam ainda maiores.
Pela minha parte, qualquer pessoa que não use linguagem imprópria é bem-vinda.
Há colegas meus de blog com pavio mais curto, mas acho isso natural pois eu sou dos mais novos na blogosfera e se o José Augusto soubesse pelo que alguns deles já tiveram que passar… Tudo tem uma causa 😉
O meu modesto contribuito para este debate caros jose augusto, fernando s e demais comentadores: concordando eu que se tenha de reduzir o défice, a actial politica de transferencia de recursos das familias para o estado , está mais que provado neste momento, que não resultou, que não resulta, e que tendno em conta o orçamento de 2013, mais uma vez será um fracasso gigantesco.Isto porque a carga fiscal das familias atingiu o seu limite máximo, o que significa várias coisas: Significa em 1ºmão, que nós cidadãos , não temos dinheiro para suportar a despesa, isto é, não é possivel suportarmos financeiramente este défice-Por conseguinte, significa que é preciso uma mudança de orientação de politica economica, centrada sobretudo(diria eu pessoalmente em que a relevancia maior) fosse a redução de despesa do estado, e que deixassem em paz os rendimentos dos portugueses, que teem de sustentar um estado que não lhes serve.Sendo mais concreto:reduzindo a despesa estrutural.O estado comeu demais, está gordo.Logo como todos os gordos o estado não tem que alimentar mais mas fazer a sua dieta.A politica do mais do mesmo falhou, é preciso mudar
Quanto ao conteúdo,
O José Augusto diga o que quiser, mas pedir que o governo crie “programas no sentido de encontrar saídas profissionais”… Por amor do Altíssimo, o Estado JÁ TEM demasiados programas a custar demasiado caro. Chega por favor de pedir mais despesas. Chega.
Eu quero pagar MENOS impostos. Logo tem de haver CORTES, não aumentos de despesa. Mas será que não aprendemos nestes últimos anos?!?
Ricardo Campelo de Magalhães, creio que nesse ponto o senhor e o josé estão correctos.Há comentadores como o Miguel, que enfim,carecem de pachorra , para alguns comentários menos agradáveis, e não são raras as vezes que costumo vê-lo a ameaçar a censurá-lo.Está no direito dele é claro, mas folgo em saber da sua abertura de espirito e paciencia, para um debate mais “animado”.Bom sinal da sua parte
José Augusto (22),
“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm, nesta altura, ocupação. E o próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos”.
“Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem, e portanto nos próximos anos haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue nessa área fazer formação e estar disponível para outras áreas ou, querendo manter-se sobretudo como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”.
Onde é que está a “insensibilidade social chocante”?
“Infelizmente, devido a uma decisão do Tribunal Constitucional, o governo esta limitado na possibilidade de cortar ainda mais os gastos com remunerações e pensões”
Cortar ainda mais? Isso não é solução. Para além da catástrofe social – somos seres humanos ou somos bichos? – a redução do consumo é catastrófico para a economia. Essa política só pode originar mais desemprego, mais miséria e fome. É o caldo ideal para a guerra civil. Isso não pode ser assim.
“A medida dita da TSU”
Essa medida não ia ajudar as empresas, teria um efeito absolutamente contrário, era um disparate colossal.
Faça o que eu fiz: Leia este estudo: http://gemf.fe.uc.pt/arquivo/noticias/Emprego_e_TSU.pdf
Capitais: Sou um defensor da Taxa Tobin desde que aplicada corretamente.
“Quanto mais tempo durar a austeridade mais aumentará o endividamento e maior sera o custo financeiro”
A austeridade conduzida desta forma está a arrasar completamente o país. Seria fundamental que a austeridade fosse conduzida de forma mais suave e duradoura.
A banca sabe bem como fazer. Perante um devedor, se lhe diz “tem um ano para pagar”, ele não pagará. Mas se lhe disser “tem 10 anos para pagar” é estatístico que a probabilidade do devedor cumprir aumenta drasticamente. Não só sou eu que o digo, são as estatísticas que o comprovam.
Mas a austeridade está errada desde início. Só por si não resolve nada, apenas enterra ainda mais o país economicamente, financeiramente, socialmente. É preciso que as pessoas entendam que a Europa precisa de uma nova política. O problema não é o Estado social, mas antes o liberalismo económico internacional – a globalização – o grande responsável pela inversão do crescimento económico. É claro que existem fatores demográficos e outros a ter em conta. Mas a deslocalização industrial está a destruir a Europa. Enquanto o capitalismo não se reformar e entender que é preciso inverter essa situação, pouco se poderá fazer.
Não esqueçamos que Portugal neste momento aspira apenas a… voltar aos mercados. Para quê? Para pedir ainda mais dinheiro emprestado! Não pode ser! É preciso combater a globalização, reconstruir a indústria e os setores da pesca e agricultura a fim de reduzir exportações. Sem políticas de longo prazo estaremos condenados.
O meu pedido de desculpas: no post anterior “in fine” queria dizer “a fim de reduzir importações” e não exportações, como é evidente.
José Augusto (30),
“Não esqueçamos que Portugal neste momento aspira apenas a… voltar aos mercados. Para quê? Para pedir ainda mais dinheiro emprestado! Não pode ser! É preciso combater a globalização, reconstruir a indústria e os setores da pesca e agricultura a fim de reduzir importações. Sem políticas de longo prazo estaremos condenados.”
Acho muito bem que não se peça ainda mais dinheiro emprestado e se reconstrua os sectores da pesca e da agricultura. Só é pena é que não tenha explicado como isso funcionaria.
Em primeiro lugar, o Estado português tem dívidas, que geram juros e é suposto serem pagas. Para (opção 1) pagar esses juros e as dívidas que vão vencendo, é necessário (1.1) pedir dinheiro emprestado ou (1.2) gerar superavits públicos.
Não pedindo dinheiro emprestado, ficamos obrigados a (1.2.1) aumentar em milhares de milhões de euros a receita do Estado ou (1.2.2) reduzir a despesa do Estado em milhares de milhões de euros.
Como a receita do Estado é essencialmente de impostos, a opção 1.2.1 obrigaria a aumentar dramaticamente os impostos, reduzindo a capacidade das famílias para gastar (com um ainda maior impacto no consumo e, portanto, na procura interna) e a das empresas para investirem (ou mesmo pagarem a fornecedores e trabalhadores). Pode-se também taxar “o grande capital” e as “transações financeiras” mas o grande capital e os investidores/especuladores rapidamente encontrariam melhores paragens e essa receita desapareceria.
Ficamos então com a opção 1.2.2, reduzir a despesa do Estado em milhares de milhões de euros. Como a esmagadora maioria da despesa do Estado é com Educação, Saúde, prestações sociais e Administração Pública, gostaria de saber quais as suas propostas de redução da despesa pública.
Ou então avançamos já para a opção 2: não pagamos. Teriamos na mesma que aumentar a receita ou diminuir a despesa do Estado mas muito menos.
Quer dizer, “muito menos” se não fôr o Estado a “reconstruir a indústria e os setores da pesca e agricultura”. Se fôr, com que dinheiro?
A propósito de “reconstruir a indústria e os setores da pesca e agricultura a fim de reduzir importações” tenho uma questão.
O que acha melhor:
1. gastar 100 para produzir comida que podemos comprar ao exterior por 80 ou
2. comprar a comida ao exterior por 80 e investir os 20 que sobram em produtos que possam ser vendidos por 25?
E quanto a “combater a globalização”, boa sorte. Espero que o buraco em que está a enfiar a cabeça não seja demasiado apertado, para não sufocar.
José Augusto 30.,
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“Cortar ainda mais? Isso não é solução. Para além da catástrofe social – somos seres humanos ou somos bichos? – a redução do consumo é catastrófico para a economia. Essa política só pode originar mais desemprego, mais miséria e fome.”
A verdade é que estamos hoje endividados em excesso porque durante anos e anos consumimos mais do que produzimos. Esta situação é insustentavel. É necessário equilibrar a balança económica entre o consumo e a produção. Para isso temos de consumir menos e melhor (menos bens superfluos e importados e mais bens essenciais e produzidos internamente) e temos de produzir mais e melhor (menos bens não transacionaveis e para o mercado interno e mais bens transaccionaveis para a exportação e para substituir importações).
Mas isto não se faz de um dia para o outro e em simultaneo. O tempo económico é longo, faseado, desincronizado.
Numa primeira fase a redução e a reorientação do consumo faz-se reduzindo as despesas do Estado e reduzindo o consumo privado directamente. A redução do consumo privado vem da diminuição do rendimento médio das familias, por um lado através de mais impostos e por outro lado através da diminuição do salario médio do privado deixando o mercado de trabalho funcionar. Os rendimentos assim transferidos devem servir para reduzir o endividamento do Estado e para aumentar a competitividade das empresas. Os portugueses têm de consumir menos e melhor. Não é uma “catástrofe social”. A redução é muito menor do que os ganhos médios de rendimento e consumo que os portugueses tiveram nas ultimas décadas. Regressar, por exemplo, aos niveis dos anos 90, pode ser frustrante para todos e até duro para alguns mas não é nenhum drama colectivo.
Para produzir mais e melhor os recursos humanos e materiais devem ser desviados de aplicações menos produtivas para aplicações mais produtivas. O que significa desinvestir primeiro nos sectores e nas empresas menos produtivas e rentáveis para reinvestir depois em actividades mais produtivas. Neste processo há necessáriamente uma primeira fase de desinvestimento, que gera desemprego e recessão económica. Os sectores mais afectados serão precisamente aqueles que dependiam mais dos excessos de consumo, dos consumos supérfluos, das importações, dos gastos e investimentos públicos. No fim de contas, do que está ligado ao endividamento excessivo. A diminuição do consumo, e em particular de certos consumos, ao reduzir as procuras efectivas de certos bens e serviços, é precisamente o mecanismo económico que torna menos rentáveis, ou até de todo não rentáveis, estes sectores e, deste modo, determina o desinvestimento e a baixa da actividade.
Assim sendo, a baixa de consumo e a baixa da produção, generalizada mas mais pronunciada em certos sectores do que noutros (na verdade, nalguns, a produção até começou já a aumentar : as exportações e algumas substituições de importações e consumos supérfluos), são as duas facetas associadas de um processo de ajustamento numa primeira fase. Não é possível corrigir os equilíbrios da economia portuguesa e reorientar o modelo económico em termos mais produtivos sem primeiro reduzir consumos e desinvestir recursos (a começar pelo desemprego dos recursos humanos).
Dito isto, o processo de ajustamento não acaba aqui. Numa segunda fase, depois de restabelecidos os principais equilibrios macro-económicos (balança comercial e de pagamentos, contas públicas, rentabilidade das empresas “sobreviventes”, financiamento da economia, etc), o processo deve normalmente inverter-se, a partir do reinvestimento dos recursos produtivos disponíveis em actividades mais procuradas e mais rentáveis. Nesta segunda fase, o emprego aumenta, os impostos baixam (entretanto os gastos públicos foram reduzidos e fez-se a consolidação orçamental), os salários médios aumentam, o rendimento médio das famílias aumenta, o consumo aumenta, incluindo os de bens menos essenciais e as importações de bens mais sofisticados e de investimento.
Mas desta vez, ao contrário do que se passou no passado, tratar-se-ia de um crescimento económico e de bem-estar equilibrado e sustentado.
“A redução do consumo privado vem da diminuição do rendimento médio das familias, por um lado através de mais impostos e por outro lado através da diminuição do salario médio do privado deixando o mercado de trabalho funcionar. Os rendimentos assim transferidos devem servir para reduzir o endividamento do Estado e para aumentar a competitividade das empresas. Os portugueses têm de consumir menos e melhor. Não é uma “catástrofe social”. A redução é muito menor do que os ganhos médios de rendimento e consumo que os portugueses tiveram nas ultimas décadas. Regressar, por exemplo, aos niveis dos anos 90, pode ser frustrante para todos e até duro para alguns mas não é nenhum drama colectivo.”
Caro fernando,há outro caminho ao aumento do estado e ao aumento dos impostos.Neste momento, quanto mais impostos subirem, menos défice desce.Até o governo já admite o fracasso dessa politica.
Não podem ser as pessoas a fazerem o trabalho de emagrecimento que cabe ao estado,até porque não há dinheiro para sustentar o estado.O estado tem demasiados gastos e tem que reduzir os seus consumos, não os das pessoas.O proximo orçamento não é realista, e vamos voltar a falhar as metas.Mas enfim, ainda bem que está ai a discussão da refundação.Significa que o governo teve bom senso desta vez.Agora, a restauração dos equilibrios macro-economicos, não pode ser á conta das familias, mas sim, de um estado obeso.O estado tem que reduzir as suas funções, de forma a poder na mesma medida reduzir impostos.Essa sim seria uma politica economica excelente.
Em suma, aquilo que defendo, é uma consolidação orçamental baseada no corte de despesa, e não no aumento de impostos.É a minha maneira de lhe sintetizar aquilo que penso
Já agora, o que faz voce na vida e onde estudou?
Resumindfo a minha intervenção fernando: a sua análise, apresenta os seguintes problemas: insiste numa solução, mais do mesmo, usada nos ultimos 40 anos(de salientar que é igual á que sócrates usou nos pecs), de aumentar impostos sempre que havia défice,que, a par da parte da despesa, é também responsável pela nossa ruina economica, e descontrolo orçamental.Ou seja, a politica que voce advoga, de aumento de impostos,é um destruidor de receitas,antes do que um compensador, tendo em conta que a nossa carga fiscal está a ultrapassar os 50%.Foi por isso que os pecs falharam, e que a politica orçamental está a falhar.
Depois, você mistura , no mesmo saco, problemas diferentes de entidades diferentes.Mistura os problemas dos privados com os problemas do estado-.Deixe-me lhe dizer, que uma coisa são os problemas do sector publico, que construiu auto-estradas scuts, obras publica, energias renovaveis, e que construiu um estado social inviável.Outra coisa,são eventuais problemas de tesouraria familiar.Dito isto,é imoral essa transferencia de recursos para o estado!.Algumas familias podem ser responsaveis por seus problemas, po, mas responsabilizá-las do excesso do estado como você faz é um erro crasso.Pelo contrário, o estado é que prejudicou os privados e as familias.Ou seja, cada vez que há um défice, o estado pura e simplesmente não pode sustentar-se á custa dos contribuintes, ou seja, tem que agir como as familias: fazendo a sua dieta, reduzindo as suas funções.Liberalizar-se.Não pode é, como voce defende,mandar as familias ajustarem-se.É por a carroça á frente dos bois
Em suma, a poltica economica que o governo implementa(comn o seu apoio) é igual á dos ultimos 6 anos.Injusta e ineficaz
Resposta ao post 32.
«Acho muito bem que não se peça ainda mais dinheiro emprestado e se reconstrua os sectores da pesca e da agricultura. Só é pena é que não tenha explicado como isso funcionaria»
Na verdade, ainda mais importante que os setores da pesca e da agricultura, é o da indústria. Enquanto os países capitalistas (incluindo Portugal) não entenderem (melhor: continuarem a fingir que não entendem) que a origem da crise reside na desindustrialização, como consequência da globalização e das deslocalizações, a situação não se inverterá.
É preciso que os governos europeus resistam às grandes multinacionais, que as enfrentem, e criem mecanismos para defender as suas economias, os pequenos e médios empresários e os trabalhadores em geral, desta barbaridade. O problema são os lobbies e as infiltrações por todos os aparelhos estatais.
Como reindustrializar? Não é preciso pedir emprestado, ou não é preciso pedir tanto como se poderia imaginar. Basta não gastar dinheiro mal gasto. De que está o governo à espera para resolver de forma drástica e urgente problemas como o das PPPs, das Fundações, etc. De que está o Governo à espera para criar mecanismos que permitam recuperar parte dos 40 MIL MILHÕES de euros da economia não registada? Para isto, sim, poderiam pedir a ajuda do FMI (que, no entanto, não deveria estar muito interessada em dar-lha).
Se o Governo não procurasse apenas atacar os rendimentos do trabalho talvez encontrasse boas soluções para financiar a reconstrução da indústria, pescas e agricultura. Portugal não tem uma tecnologia de ponta como a Suécia, por exemplo. Logo precisa de PRODUZIR (compreenda-se a aceção da palavra). Andarmos a fazer serviços uns aos outros vale muito pouco.
Claro que Portugal, sozinho, teria sempre dificuldade. O combate à globalização exige que vários países se juntem e criem barreiras a esta calamidade, que está a servir apenas para engordar os bolsos da China, que com o seu superavit está a adquirir posições chave em empresas estratégicas por todo o mundo. O liberalismo reinante é de tal modo ganancioso que está a desdenhar as consequências graves deste problema.
E repare-se como os extremos se tocam, também na política económica. O ultraliberalismo fundamentalista do nosso Governo leva-o a adotar medidas intervencionistas com a intenção de desmantelar o estado social e de preparar a privatização de empresas estratégicas. É o caminho do desastre.
Em suma, é este é o problema básico: desindustrialização. Enquanto esse problema não for combatido, continuaremos condenados. Aí é que está a origem do desastre nacional e europeu, sendo a sua causa imediata a globalização e o liberalismo económico internacional.
Sem obstáculos de peso variável à entrada de produtos vindos de países onde as condições de trabalho são desprezíveis, nunca poderemos concorrer no que respeita a preços. Resultado: desemprego, miséria, fome, desastre social, revolta, conflitualidade social, que podem acabar da pior forma possível.
José Augusto (36),
“Claro que Portugal, sozinho, teria sempre dificuldade.”
A sério?! Não quer andar dizer que “Portugal, sózinho, não teria qualquer hipótese”? E que, num mundo com tantos países e culturas diferentes, é absolutamente impossível colocar todos os países de acordo nessa “solução” que, só por acaso, até é contra os interesses da esmagadora maioria?
O José Augusto nem sequer tem consciência de que propõe uma coisa e o seu contrário, ao querer que todo o Mundo se ponha de acordo contra a globalização.
Quanto ao “não gastar dinheiro mal gasto”, não se pode gastar mal (nem bem) o que não se tem.
“De que está o Governo à espera para criar mecanismos que permitam recuperar parte dos 40 MIL MILHÕES de euros da economia não registada?”
O que é que o José Augusto julga que é a “economia não registada”? Meia dúzia de indivíduos de monóculo e cartola, a fumarem grossos charutos enquanto trocam dinheiro e favores?
A “economia não registada” é a refeição que o restaurante não regista, o canalizador que não passa recibo, o agricultor que vende sacos de batatas à beira da estrada.
Seria realmente possível reduzir de forma sensível a “economia não registada”, contratando algumas centenas de milhar de fiscais que poderiam ir a todo o lado, questionar toda a gente sobre tudo o que fazem durante o dia e fosse invertido o ónus da prova (pagava-se impostos a menos que se pudesse provar que não se tinha tido os rendimentos). Acha que os portugueses iam nisso? É que, desde que os portugueses começaram a poder dizer de sua justiça, os partidos que defendem esse tipo de soluções recebem sistematicamente votações residuais. Se assumissem publicamente que é isso que realmente defendem teriam ainda menos votos.
Levante os olhos da cartilha “anti-ultraliberal” que lhe entregaram na assembleia do partido e pense um bocadinho além do conceito de comuna ou cooperativa. O mundo é demasiado grande e demasiado complexo para “soluções” do tipo “se nos pusermos todos de acordo, …” e “se acreditarmos que é possível, a realidade verga-se à nossa vontade”.
Resposta ao comentário 37.
Meu caro, pior que o cego é aquele que não quer ver. Não vou ficar uma semana inteira a explicar-lhe aquilo que eu penso, porque já o fiz por diversas vezes.
1- Não é preciso que o mundo todo se ponha contra a globalização. Se os povos da Europa tomarem consciência que o proveito da globalização está a ir para países como a China, que à custa dos excedentes está a controlar cada vez mais empresas chave por todo o mundo, está meio caminho andado.
Quem manda na Europa sabe perfeitamente que o liberalismo económico internacional está a destruir o tecido produtivo europeu e não age porque os aparelhos estatais estão infiltrados por elementos ligados a multinacionais a quem interessa a manutenção da situação atual.
2- 40 mil milhões de euros da economia não registada está longe de ser apenas resultado da trafulhice do desgraçado que nos pinta a casa e não passa recibo. É muito pior que isso. Há sociedades de advogados especializadas na fuga generalizada ao fisco. Este é um problema gravíssimo.
É possível criar mecanismos contra essa economia subterrânea. Não há é vontade política para a combater. Existe uma boa tese de mestrado acessível na Internet sobre esta questão. Pesquise.
3- «Levante os olhos da cartilha “anti-ultraliberal” que lhe entregaram na assembleia do partido».
Esta frase já roça o insulto. Não tenho cartilhas, talvez você as tenha, mas isso é problema seu.
Nunca fui a assembleia de partido nenhum. “Ter um partido” é coisa que não faz sentido para mim (política não é futebol), até porque me parece que todos os partidos são responsáveis pela situação em que nos encontramos, uns mais que outros. Portanto, uma vez mais, está redondamente enganado e agradeço-lhe que discuta ideias e não ataque as pessoas, ainda para mais com ideias preconceituosas e sem ligação à realidade.
Lamento, mas os seus argumentos são muito pouco consistentes.
José Augusto,
A globalização não é uma escolha mas uma inevitabilidade. Sugerir sequer que uma parte significativa dos países de uma qualquer região se vai colocar de acordo para “boicotar” a globalização nem chega a ser ingenuidade.
“40 mil milhões de euros da economia não registada está longe de ser apenas resultado da trafulhice do desgraçado que nos pinta a casa e não passa recibo.”
Se fosse apenas um pintor, até concordaria. Mas se forem dezenas (centenas?) de milhares de pintores, canalizadores, mecânicos, electricistas, massagistas, pedreiros, agricultores, carpinteiros, serralheiros, comerciantes, … o caso muda completamente de figura.
“Há sociedades de advogados especializadas na fuga generalizada ao fisco.”
E continuará a haver enquanto os impostos forem altos e a legislação fiscal fôr extensa e complexa e incluir todo o tipo de deduções e excepções.
Só há duas formas de a “economia não registada” ser reduzida de forma significativa:
1. O Estado “sair de cima” das empresas e dos trabalhadores, reduzindo o seu peso apenas ao essencial e deixando as pessoas beneficiarem realmente do produto do seu trabalho ou
2. O Estado ser omnipresente e controlar completamente toda e qualquer actividade económica e a circulação de capitais.
A primeira opção aceita que a liberdade tem consequências e que haverá sempre quem abuse dela. A segunda (o que o José Augusto propõe) é impraticável e a receita para o desastre.
O que defende demonstra que não tem a mínima noção do mundo em que vive e, vindo de quem vem, classificar os meus argumentos como “muito pouco consistente” só pode ser considerado como um elogio.
P.S. (post-scriptum)
Se acha que “acusá-lo” de seguir a “cartilha” de um partido “roça o insulto”, vai adorar esta: acha mesmo que ninguém ia reparar na “coincidência” do número de “thumbs up” e “thumbs down” aos seus comentários e aos de quem lhe responde?
O efeito da globalização é fácil de gerir com moedas com câmbios flutuantes determinados pelo mercado .
A Suécia desvalorisou cerca de 20% em 2008/2009 o que aumentou a rapidez do crescimento económico a seguir.
Qualquer país pode tomar medidas que protejam a sua economia em situações de emergência como a actual. Isso está previsto nos acordos.
Meu caro, não tenho tempo nem paciência para continuar esta discussão, porque na verdade nada mais tenho a acrescentar.
Obviamente, você é uma daquelas pessoas que vive num mundo de ilusão e utopia, e eu não quero retirar-lhe essa alegria. Isso não altera a realidade, mas, pelo menos, vive iludido. Conheço um velho comunista que vive feliz, acreditando que na ressuscitação da velha União Soviética. Os extremos tocam-se – e cada um vive no mundo de fantasia que deseja.
Os seus argumentos são muito fracos, por isso começa a fazer ataques pessoais. É uma história conhecida. Continue lá na sua ilusão e bons sonhos.
Quanto aos thumbs, procure lá bem, tenho por aí posts com 0-10. O que se passa é que o meu caro diz tantas barbaridades que mesmo a “jogar em casa” (este é um blog ultraliberal) consegue a incrível proeza de perder nesse aspeto. É obra.
Ou quer que lhe responda ironicamente? Sim, pus a máquina do meu partido a funcionar e consegui 4 thumbs up nos meus posts. Será que só consegui juntar 4 militantes para me apoiar? Homem, intervale um bocadinho. À falta de melhores argumentos, já vale tudo?
P.S.: você não percebe mesmo o que são 40 mil milhões. Compare lá com o PIB. Aconselho a Pordata. Há ainda vários estudos sobre a economia paralela e as melhores formas de a controlar – pesquise no google. Ou em alternativa continue a sonhar.
José Augusto (40),
O José Augusto é que diz que se deve acabar com a globalização e eu é que vivo num mundo de ilusão e utopia?! LOL
rr (34.) : “Em suma, aquilo que defendo, é uma consolidação orçamental baseada no corte de despesa, e não no aumento de impostos.”
Caro rr,
Claro que a redução das despesas publicas é indispensavel. Alguma coisa tem vindo a ser feita pelo actual governo : cerca de 10,5 mil milhões de Euros em 2 anos. Mais 4 mil milhões estão programados no Orçamento para 2013. Nos últimos 2 anos, cerca de 62% do esforço de consolidação orçamental correspondeu a medidas do lado da despesa.
Ainda é pouco, insuficiente ? Sem dúvida, mas é muito mais do que qualquer outro governo fez. Mesmo sendo ainda insuficiente, foi já o suficiente para suscitar resistencias, protestos, e bloqueios. O acordão do Tribunal Constitucional impediu cortes ainda maiores. A ameaça permanente de declaração de inconstitucionalidade de certas medidas é uma pressão adicional. Ir ainda mais longe e mais depressa aumenta certamente os riscos de agitação social e de crise política, com consequências dificeis de prevêr e controlar. Ou seja, mesmo que se queira, cortar substancialmente e rapidamente nas despesas publicas não é assim tão facil e evidente. O actual governo tem feito essa experiencia e é essa dificuldade que determina, pelo menos em parte, o recurso a um maior aumento de impostos para 2013 e o discurso mais recente sobre a “refundação” do Estado. No fim de contas, o actual Estado é já demasiado grande e imbricado na realidade portuguesa para ser fácilmente e rápidamente reformado. A vida de muitos e muitos portugueses depende do Estado empregador, pagador de pensões, prestador de serviços, cliente de empresas, dador de subsidios, regulador, intervencionista, etc, etc. Reformar um monstro destes sem provocar demasiadas rupturas e traumas individuais e colectivos não é coisa fácil.
Acresce ainda que, muitas vezes, os mais intransigentes defensores de um corte drástico e imediato nas despesas e investimentos públicos esquecem que este tipo de medidas tem igualmente um efeito recessivo sobre a economia. Inclusivé ao nível do consumo privado através dos rendimentos das famílias de funcionários, prestadores, beneficiários, utentes e fornecedores. Cortes nas despesas e investimentos públicos traduzem-se num primeiro tempo por uma diminuição da procura efectiva global e, consequentemente, em recessão. Uma parte da recessão actual decorre precisamente da austeridade ao nível dos gastos do Estado. O corte de vencimentos de funcionários, de pensões e de outras prestações em dinheiro, afectam negativamente o consumo privado. O corte em fornecimentos e a suspenção ou anulação de muitos investimentos públicos tem um impacto negativo sobre a actividade de diversos sectores económicos e de muitas empresas. Assim sendo, uma parte significativa do efeito negativo da recessão sobre as receitas fiscais não é apenas uma consequência do aumento de impostos e tem também a vêr com a austeridade pelo lado dos gastos do Estado. Ao contrário duma ideia muito difundida, nas causas de mais curto prazo, a redução de despesas e investimentos públicos tem um peso maior do que o do aumento de impostos na recessão em curso. Sem nunca perder de vista que, para além dos efeitos de curto prazo da política de austeridade, as causas principais da recessão são estruturais, de longo prazo, vêm de longe, têm a vêr a perda de competitividade das empresas portuguesas e com o atrofiamento do financiamento da economia em resultado do nível de endividamento excessivo a que se chegou.
Mesmo assim, mesmo não sendo fácil e mesmo tendo consequências recessivas a curto prazo, não deixa de ser verdade que a redução das despesas do Estado tem de ser feita e deve ser feita de modo continuado e estruturante, isto é, não temporário e antes definitivo. Mas, para que assim seja, é preciso tempo, preparação e certas condições políticas e institucionais. O discurso sobre a “refundação” do Estado e a necessidade de uma reflexão e um consenso entre os partidos do chamado “arco constitucional” é um sintoma e uma manifestação deste tipo de realidade. A ideia de base é de que não é possivel reduzir muito mais as despesas públicas sem primeiro redefinir as funções do Estado e redimensionar a sua estrutura. A intenção é boa mas não vai ser fácil, nomeadamente com um PS pouco ou nada disponível para o efeito. Por isso mesmo, independentemente do maior ou menor sucesso desta via para uma “refundação” consensual do Estado, o actual governo, ou qualquer outro com uma perspectiva minimamente realista e reformista, tem de continuar a trabalhar para ir reduzindo progressivamente as despesas e a estrutura do Estado.
Enquanto e na medida em que as despesas públicas não podem ser ainda mais reduzidas, sobretudo num prazo ainda curto, pelas razões que acima referi, as necessidades urgentes de consolidação orçamental obrigam a que se aumentem para já alguns impostos. O objectivo imediato do aumento de impostos é naturalmente transferir recursos do privado para o público. O rr e muitos outros comentadores, desde alguns liberais mais intransigentes (para quem um aumento de impostos é sempre antiliberal) à esquerda mais estatista (contrária a aumentos de impostos que não sejam para aumentar a despesa pública), pretendem que o actual aumento de impostos é contraproducente na medida em vez que, ao contribuir para a recessão, acaba por provocar uma diminuição das receitas fiscais em valor abosluto e relativamente ao PIB. Esta tese não tem em conta o factor tempo nos processos económicos. Á partida, um aumento de impostos, ainda para mais quando a carga fiscal é já extremamente elevada, é sempre indesejável e acaba por ter um efeito recessivo. Mas este efeito recessivo não é todo ele imediato, leva o seu tempo a transmitir-se à actividade económica e a traduzir-se numa diminuição da matéria colectável relativamente ao que seria se não tivesse existido o aumento. A queda em certas receitas fiscais verificada em 2012 tem sobretudo a ver com a recessão provocada por causas que vêm detrás, da austeridade do ano anterior e, sobretudo, dos factores estruturais de mais longo prazo. Ou seja, a recessão teria existido mesmo sem os aumentos de impostos mais recentes e as receitas fiscais teriam de qualquer modo caído. Melhor, teriam caido ainda mais se não tivesse entretanto havido um aumento das taxas de imposição. Sem o aumento destas taxas as receitas fiscais seriam ainda menores e o déficit orçamental ainda maior. A verdade é que, no final, há efectivamente uma transferências de recursos do sector privado para o Estado, tanto em valores absolutos como em percentagem do PIB (a carga fiscal aumenta). Não é por isso exacto dizer que o aumento de impostos é contraproducente em termos de consolidação orçamental. Claro que, como já o reconheci acima, o aumento de impostos feito numa determinada altura acabará por ter um efeito recessivo, em parte imediato, mas também em boa medida numa altura posterior. Sobretudo se este aumento se tornar permanente. E, neste sentido, a prazo, acabará por ser certamente contraproducente. Para que não seja assim algo mais terá de acontecer entretanto para compensar ou anular os efeitos negativos. Nomeadamente, logo que a consolidação orçamental esteja no bom caminho, uma inversão de tendência com uma diminuição significativa de impostos, voltando aos níveis anteriores ou mesmo indo cada vez mais longe. O actual aumento de impostos faz sentido apenas no contexto de emergência nas contas públicas. Passada a emergencia financeira, e para além da emergencia, é outra historia !…
rr (34.) : “Já agora, o que faz voce na vida e onde estudou?”
Caro rr,
Como compreenderá certamente não vou aqui, práticamente “no meio da rua”, expor detalhes da minha vida. Não tenho nada de especial para esconder mas também não tenho nenhuma inclinação para o exibicionismo. Compreendo perfeitamente a sua curiosidade, que admito ser bem intencionada e meramente intelectual, porque eu também gostaria de saber mais sobre o perfil pessoal e sociologico dos meus interlocutores neste tipo de conversas. Mas tenho consciência que este tipo de espaço não o permite nem aconselha. E, provávelmente, nestas condições, é melhor assim. De resto, estou convencido de que, para além do rr nesta circunstância, a minha vida académica e profissional não deve interessar mesmo mais ninguém… Para não o desiludir completamente, e imaginando que seja sobretudo isto o que lhe interessa, dir-lhe-ei que profissionalmente estou ligado ao sector privado e não exerço qualquer cargo público ou sequer afim.
Fernando S
Há coisas que partilho do seu comentarios, mas outras nem um bocadinho: Ei-las
Comentarei os paragrafos qu me chamaram mais a atenção:~
Posso dizer que concordo com o 1º estou inteiramente de acordo.Mas no 2º , devo dizer-lhe, que não deve cmparar com o passado, mas sim com o que é preciso fazer.Digo-lhe que fazer 1 é melhor do que 0.Mas os progressos na despesa, são reduzidos, constituindo na prática, algo que mesmo o governo anterior no seu ultimo ano começou a fazer.
No 3ºparagrafo,o que diz é falso.É claro que a queda de investimento produtivo tem uma parte, mas o que a realidade da execução orçamental e dos niveis de recessão mostram, é que apesar de já existir antes, a recessão piorou muito com o aumento da carga fiscal,ou seja , era muito menor antes,e só não caiu mais devido ás exportações.Eu se fosse a si, tinha referido as causas da perdade competitividade,nomeadamente a do estado mastodontico que tudo regula,e as suas consequencias(a fiscalidade).Haverá outras causas, mas a fiscalidade é a que tem mais peso.Com explicarei de seguida, enquanto insistirmos nessa vida, mesmo num cenário de emergencia, essa opção só faz com que que o défice agrave, anulando as possibilidade de descer o défice.
Dito isto , quanto ao 5ºparagrafo,ao contrário do que diz , eu tenho em conta esse factor.Acontece que voce relatou uuma situação teórica, que á semelhança de muitas, não se confirma na prática, na medida que o efeito recessivo acentou-se muito desde a entrada em vigor das medidas.Além disso o fernando subestima
o facto da carga iscal aproximar-se dos 50%.Ou seja, nesta altura, o aumento da taxa não compensa a queda de consumidores e contribuintes
De acordo com a proposta de OE 2013 a situação recessiva durará até final de 2013, ou seja teremos 30 meses de recessão com este governo e aumento de divida em paralelo.
Ou seja em Dezembro de 2013 estaremos pior que em Junho de 2011. Quando é que vamos mudar de rumo ?
Caro rr,
O governo anterior começou efectivamente a reduzir certas despesas. Em particular cortou vencimentos na função publica. Foi uma medida acertada, no bom sentido. Mas foi uma medida isolada e manifestamente insuficiente. O actual governo tem ido bem mais longe. Basta ver a actual onda de protestos contra os cortes. Estou convencido de que, se o anterior governo não tivesse caido, teria também sido obrigado a cortar ainda mais nas despesas. Mas teria certamente feito menos do que o actual. Por razões ideologicas. De resto, basta ouvir o discurso do PS contra os cortes no Estado Social para não haver dúvidad de que um governo PS seria sempre menos determinado numa politica deste tipo. De resto, neste momento, uma das principais questões politicas do momento, ainda mais com a proposta do governo para uma reflexão sobre a “refundação” do Estado, é precisamente a da redução da despesa através de uma reforma estrutural do Estado. Ve-se bem quem é a favor e quem é contra. Por isso, não percebo como é que o rr continua a insistir em que o actual governo não fez, não faz, e não tenciona fazer mais nesta matéria do que o governo anterior fez ou do que faria um governo PS. Uma coisa é achar que o actual governo poderia e deveria cortar mais despesa. Outra coisa é sustentar que o actual governo não faz mais do que o anterior. O seu dogmatismo (uma política de austeridade baseada apenas na redução de despesas) e radicalismo (corte-se o que for preciso já e em força) leva-o a desprezar o que é feito e a ficar de fora do confronto politico que interessa e conta actualmente (o que é pena). O confronto politico que interessa e conta actualmente não é tanto entre os que, estando de acordo que é necessario reduzir despesa publica e “refundar” o Estado, divergem quanto ao ritmo e ao grau, uns que, como o rr, acham que é preciso ir mais longe mais depressa e outros que, como eu, acham que tal deve ser feito com mais tempo e na medida em que as condições políticas o permitem. Por exemplo, este tipo de discussão que estamos a ter aqui é fortemente minoritario e não tem praticamente nenhuma influencia sobre o curso real dos acontecimentos. O confronto que conta verdadeiramente, aquele que vai decidir o que vai acontecer nos proximos tempos, é antes entre, por um lado aqueles que teem como projecto reduzir estruturalmente a dimensão do Estado e, por outro lado, aqueles que acham que é possivel sair da crise sem mexer no Estado, em particular no “Estado Social”, ou até mesmo que para sair da crise é preciso tomar primeiro medidas, ditas “de crescimento”, que acabarão por se traduzir em aumentos das despesas publicas e dos déficits orçamentais. Este segundo confronto é muito mais importante e decisivo. Neste momento, a relacção de forças entre os que são a favor de uma “refundação” do Estado e os que são contra é ainda muito indeterminada. Mas receio que, infelizmente, a posição contraria tenha mais força, em termos de “corporações” e até em termos de opinião publica, e possa vir a bloquear a acção do actual governo e a provocar a sua queda precoce e o regresso a uma politica muito mais em linha com o que se passava antes da vinda da Troika.
(Espero voltar a outros aspectos referidos no seu comentário anterior logo que possa.)
Fernando, como não terminei de responder ao seu anterior comentario, vou deixar umas notas(responderei brevemente ao comentario seguinte, se nao for estar a pedir-lhe muito, pedia-lhe que aguardasse pelo meu proximo comentario.
Mas aqui vai o resto: Eu não nego nem neguei que a recessão existisse com ou sem esta politica.O que disse é que aactual opção politica faz mais parte do problema do que da solução.Dito isto, obviamente que a recessão existira, mas e muito menor medida que hoje em dia.Isto é, reduzir despesa do estado não é suave, mas é menos recessivo e sobretudo tem a eficácia que o aumento de impostos não tem.A verdade é quea fiscalidade é mesmo um dos factores fundamentais a politica orçamental e economica.Não sãon as pessoas que teem menos dinheiro, mas os produtos que aumentaram o preço.E quanto mais caros, menos se vende, menos se recauda.Nós já estamos na fase em que qualuqer aumento de imposto não compensa a queda da receita,ou seja não resulta .Pursa e simplesmente,aumentar impostos não é um factor de compensação e de estabilização, mas sim de degradação.O que quero lhe dizer é que com menos impostos, as receitas seriam maiores, como já foram no passado.
Percebo os seus arguments, mas infelizmente partem de um pressuposto errado em que a fiscalidade pouco importa.Dê as voltas que der, esa é a unica explicação para o erro clamoroso da politica orçamental.
~Em suma, com uma ou outra diferença, as politicas que voce defende no essencial não se distanciam do que foi praticado pelo anterior governo.Uma ligeiramente melhor aclção na despesa publica,não invalida o facto de a poltiica que voce defende mais o governamento, no que toca aos impostos, ser completamente errada,, como sócrates já tinha feito.
Mas enfim, espero que o governo começe a mudar, e que reconheça os erros.Não deviamos ter vergonha de reconhecer os erros
Também em breve lhe responderei, mais logo
Cumps
Fernando S
Não acho que a divisão tribal que faz do espectro politico seja a mais adequada.Acho a sua, muito conveniente para o psd actual, mas se deixarmos a correcçõ politica de lado, vemos que existe ,esquerda verdadeira é o pcp e be,e existe dois partidos centristas, que na minh opinião podiam até estar fundidos em um só, o caso do psd e do ps, que no essencial, difereniam no discurso, mas a pr´tica politica é igual.
Dito isto,o ps não corresponde ao perfil que voce traça, em que na minha opinião, é um partido de discurso social, mas cujas práticas são sempre mais á direita(socrates governou á direita onde governos do psd não o fizeram, pelo que ao conrário de si, não só não dou credibilidade ao seu discurso na oposição(com ferro rodrigues foi exatamente igual)mas sim ao seu curriculo governamenal.Pode ter falhado e muita coisa, mas governou mais á direia que os governos santana/durão.
Prosseguindo no texto,não se o queé para si ser dogmático, mas apenaslimito-m a alinhar pels posições que o psd tinha antes de formar governo(tendo como referenca o seu program eleitoral liberal.Eu separava a dicusão entre receita e despesa: na despesa, o jogo é entre os que querem manter o estado ou começarem
Fernando S
Não acho que a divisão tribal que faz do espectro politico seja a mais adequada.Acho a sua, muito conveniente para o psd actual, mas se deixarmos a correcçõ politica de lado, vemos que existe ,esquerda verdadeira é o pcp e be,e existe dois partidos centristas, que na minh opinião podiam até estar fundidos em um só, o caso do psd e do ps, que no essencial, difereniam no discurso, mas a pr´tica politica é igual.
Dito isto,o ps não corresponde ao perfil que voce traça, em que na minha opinião, é um partido de discurso social, mas cujas práticas são sempre mais á direita(socrates governou á direita onde governos do psd não o fizeram, pelo que ao conrário de si, não só não dou credibilidade ao seu discurso na oposição(com ferro rodrigues foi exatamente igual)mas sim ao seu curriculo governamenal.Pode ter falhado e muita coisa, mas governou mais á direia que os governos santana/durão.
Prosseguindo no texto,não se o queé para si ser dogmático, mas apenaslimito-m a alinhar pels posições que o psd tinha antes de formar governo(tendo como referenca o seu program eleitoral liberal.Eu separava a dicusão entre aqueles, que creendo na capacidade ilimitada e sobrehumana dos cidadãos, optam por sobetudo, aumentar o financiamento do contribuinte (como pelos vistos o fernando , indepentemente de querem descer a despesa ou nao, e aqeles que preferem reduzir os gastos, porque sabendo ue há um défice, sabem também que os cidadãos não suportam mais essa carga fiscal.A fiscalidade é um factor que faz toda diferença.Outra coisa: está muito enganado se a minha posição é tão minoritária quanto isso.De qualquer forma,o tamanho não significar que quanto mais pessoas pensarem de uma maneira, essas pessoas estarão certas.
Em suma,o aumento e impostos mostra qu o psd e o governo não teem principios, ao praticarem o contrário do que antes advogaram.Se não é ser socialista, pelo menos, admitamos,é muito longe do que o programa defendia.E é um erro económico de facto.Espero qu a refundação avance e que o governo mude de posção em relção á fiscalidade.Esse foi o aspecto que mais critiquei de sócrates.Foi por iso que votei nesta maioria.O governo anda vai a tempo de corresponder a essas expectativas.Mas se as coisas contnurem assim, aviso-lhe que o ps vai começar a ser visto como uma alternativa.
Com esta me fico por hoje