Alimentos menos saudáveis vão ficar mais caros nos bares escolares
O objectivo é promover uma alimentação saudável junto dos alunos, que vão deixar de encontrar determinados produtos nos bufetes.
Na lista de líquidos a banir dos bares escolares, os chá gelado junta-se agora as bebidas energéticas e os refrigerantes. Rui Lima, técnico da direcção geral da Educação, justifica com o excesso de açucar.
Já quanto aos alimentos, as massas folhadas e os fritos deixam de estar disponíveis.
De acordo com o documento a enviar ainda esta semana para as escolas, produtos como o chocolate, pastelaria, bolachas ou barritas de cereais ficam mais caros.
A margem de lucro por parte dos bares pode subir até aos 20% e o destino dessa verba está bem definido: “Só pode reverter no fornecimento de pequenos-almoços ou refeições intercalares para alunos carenciados ou na aquisição de equipamentos que favoreçam os bons hábitos alimentares, nomeadamente, vitrinas de frios, máquinas de sumos ou batidos”, explica Rui Lima.
Este plano elaborado juntamente pelas direcções gerais de Educação e da Saúde indica que as escolas devem privilegiar alimentos como sandes com salada, lacticínios e sumos de fruta. Neste tipo de produtos a margem de lucro dos bares está limitada a 5%.
ó´pá, é impressionante, só me faltava esta! Depois de proibirem a venda de cerveja nas escolas a alunos, querem tambem incentivar uma comida mais saudável dentro das escolas. São mesmo fascistas.
@Lucas. O que fica em causa é a liberdade de escolha dos alunos. Não é por os obrigares a comer “bem” na escola que eles passarão a comer de forma saudável fora dela… Há uma série de áreas em que as pessoas devem ser educadas, não obrigadas…
E que tal vender armas de calibre 528 nos infantários? Não é por os obrigarem a não lidar com armas que eles um dia não entram dentro de um banco aos tiros. Onde está a liberdade de escolha?
Se os produtos menos saudáveis ficarem incomportavelmente caros dentro das escolas, os alunos simplesmente irão comprá-los mais baratos fora das escolas…. Não compreendo é a razão para as margens de lucro “admissíveis” serem determinadas por decreto. Aliás, se o lucro na comida saudável não puder ultrapassar os 5%, calculo que o mais natural é os bares deixarem de a vender, e fornecerem em vez disso outros produtos com superiores margens de lucro permitidas.
Em torno das escolas é comum a existência de cafés e mercearias… ninguém vai impedir os alunos de sair e comprar lá fora…
Por mim só havia comida saudável à venda nas escolas. Não faltam bares e cafés à volta das escolas, se alguém quiser esse tipo de alimentos tem onde ir.
O Lucas tem razão !!! (sarcasmo)
Não faz sentido que a venda de armas seja proíbida. Assim como qualquer outra coisa.
“Em torno das escolas é comum a existência de cafés e mercearias…”
Onde, além de bebidas alcoólicas, se vende tabaco. Também não deve ser necessário os alunos irem muito longe para comprarem uns charros.
As escolas não vão proíbir os alunos de comerem o que quiserem nem os pais de lhes preparerem as refeições que quiserem. Assim, a questão da liberdade de escolha não se coloca. Coloca-se, isso sim, a questão de que tipo de alimentação as escolas devem promover e este é um passo no bom sentido.
“a questão da liberdade de escolha não se coloca”
Coloca-se porque as escolas são publicas obrigatoriamente pagas pelos impostos mesmo daqueles que não concordam.
Parece-me que os bares da escola deviam ser geridos pelas escolas.
Será que os concelhos directivos são compostos por gente incompetente?
Nem um bar conseguem gerir? Só comem doces nos concelhos directivos?
Tem que haver uma estrutura central para se gerir um bar de escola?
Margem de lucro fixa centralmente? Destino de lucros centralmente determinado?
Mandem estes tipos para Cuba.
País de treta.
lucklucky (9),
Suponho que a sua resposta (escolas pagas por todos) seja a algo diferente do que citou (as escolas terem que fornecer a comida que os alunos quiserem, mesmo que não seja saudável) porque uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Estaria a referir-se à liberdade de escolha da escola por parte das famílias? É que eu defendo que as famílias devem poder escolher livremente a escola onde inscrever as crianças incluíndo escolas privadas, tendo neste caso direito a um cheque-ensino (nem que seja apenas de parte do que o Estado gasta com cada aluno no ensino público).
Regulamentar os alimentos que se vendem nas escolas a miúdos de dez anos é “fascismo” porque atenta contra a sua auto-determinação – auto-determinação esta de que se pressupõe, naturalmente, que eles são capazes. Que sentido faz, então, condenar um adulto que tenha tido uma relação sexual consensual com um(a) adolescente de treze anos?
O Sr José Luiz Sarmento que demonstra ser especializado em todos os assuntos sabe quais os critérios para seleção de sumos nas escolas?
E sobre que assunto é que me apresentei como especialista, Miguel Noronha? Pelo que li no post, um dos critérios é a quantidade de açúcar. O que me parece um bom critério – na minha não especializada opinião, é claro.
“E sobre que assunto é que me apresentei como especialista”
Pelo comentário que fez imagino que conheça a legislação em causa.
“Pelo que li no post, um dos critérios é a quantidade de açúcar. ”
Acha? Mas se for esse o caso o que irá ser proibido a) nectares ou b) refrigerantes?
E já que o apanho por cá. Chegou a ler o livro do Nozick? Estou á sua espera para trocarmos impressões.
(bom, pelo menos há uns meses disse-me que o ia comprar e ler)