Onde cortar na despesa: subsídios do Ministério da Agricultura

Foram mais de 700 milhões apenas no primeiro semestre de Cristas à frente do Ministério da Agricultura. Dirão alguns que muito deste dinheiro é proveniente de subsídios da União Europeia. Infelizmente a União Europeia deixou de garantir acesso à lista de entidades subsidiadas este ano sob o argumento da protecção da privacidade, mas os dados de anos anteriores não parecem validar a ideia de que a maior parte deste dinheiro provém da UE. Mesmo se for esse o caso, será uma questão a colocar se, numa altura em que se elabora o orçamento da UE, não haverá melhor forma de aplicar os fundos.

As empresas listadas abaixo são tão ou mais rentistas que os parceiros das PPPs rodoviárias, apenas a uma escala menor. Agora que o outro ministro do CDS já recuou nos seus cortes de despesa, o CDS tem aqui mais uma grande oportunidade para mostrar que é consequente no seu discurso e que não está no governo apenas para comprar votos para as próximas eleições. São 10 mil empresas (uns bons 50 mil votos) a viver à custa dos contribuintes. Vale a pena aceder à lista completa de beneficiários, mas deixo aqui apenas os 300 maiores (à frente do nome o valor do subsídio em euros, recebido apenas no 2º semestre de 2011).

EDIA — EMPRESA DE DESENVOLVIMENTO E INFRA-ESTRUTURAS DO ALQUEVA, S A 40,888,532
UNIAO DAS COOP AGRIC DE LACT E DE PROD DE LEITE DA ILHA SMIGUEL CRL 12,672,998
DSTELECOM ALENTEJO E ALGARVE, LDA 11,728,054
FIBROGLOBAL — COMUNICAÇÕES E ELECTRÓNICAS, S A 4,563,230
FINANÇOR — AGRO-ALIMENTAR, S A 4,458,860
DEROVO II — PRODUÇÃO E COMÉRCIO AVÍCOLA, LDA 4,363,636
INDUSTRIAS LÁCTEAS ASTURIANAS, S A 3,961,996
PRIMORES DO OESTE, SA 3,837,797
ASSOCIAÇÃO DE AGRICULTORES DA MADEIRA 3,357,550
IROA, S A 3,102,600
VARANDAS DE SOUSA SA 2,355,256
CASA ALTA — SOCIEDADE TRANSFORMADORA DE BAGAÇOS, LDA 2,274,688
BRASMAR III COMERCIO DE PRODUTOS ALIMENTARES SA 2,194,097
LOTAÇOR-SERVIÇO DE LOTAS DOS AÇORES, S A 1,831,761
SUGALIDAL — INDUSTRIAS DE ALIMENTAÇÃO, S A 1,826,629
RAMA-RACOES PARA ANIMAIS, S A 1,769,058
ASFOALA — ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES FLORESTAIS DO ALTO ALENTEJO 1,724,456
CEREALIS — PRODUTOS ALIMENTARES SA 1,644,878
AGROCAMPREST-COOPERATIVA AGRARIA DE COMPRA,VENDA E PRESTACAO DE SERVICOS 1,582,514
SICASAL — INDUSTRIA E COMERCIO DE CARNES SA 1,577,418
COMPANHIA DAS LEZIRIAS, S A 1,563,817
NOVARROZ — PRODUTOS ALIMENTARES, S A 1,555,111
SOGRAPE VINHOS, S A 1,554,387
ASSOCIAÇÃO PRÓ-MAIOR SEGURANÇA DOS HOMENS DO MAR 1,508,758
COMIMBA-COMERCIO E INDÚSTRIA DE BACALHAU, S A 1,481,976
COMISSÃO DE VITICULTURA DA REGIÃO DOS VINHOS VERDES 1,396,701
ANABLE — ASSOCIAÇÃO NACIONAL PARA O MELHORAMENTO DOS BOVINOS LEITEIROS 1,155,358
FINISTERRA — COOPERATIVA DE LACTICINIOS DO TOPO CRL 1,117,304
ACORCARNES, LDA 1,109,535
CAMPIL — AGRO-INDUSTRIAL DO CAMPO DO TEJO, LDA 1,086,300
COMPANHIA DE PESCARIAS DO ALGARVE, S A 1,072,429
AFLOBEI — ASSOCIAÇÃO DE PRODUTORES FLORESTAIS DA BEIRA INTERIOR 1,049,002
HERDADE DA COMPORTA — ACTIVIDADES AGRO SILVICOLAS E TURISTICAS, S A 1,044,457
SIM — SOCIEDADE INSULAR DE MOAGENS (SOCIEDADE UNIPESSOAL), S A (Z F M) 1,042,537
A INDUSTRIAL FARENSE, LDA 1,035,119
APVC — ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE VIANA DO CASTELO, S A 991,021
FUNDACAO EUGENIO DE ALMEIDA 975,854
SOCIEDADE LUSITANA DE DESTILACAO, S A 949,153
AVIARIO DO RESOURO-PRODUCAO DE OVOS, LDA 922,725
APSS- ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE SETÚBAL E SESIMBRA SA 828,309
IGA — INVESTIMENTOS E GESTÃO DA AGUA, SA 814,308
ORIVARZEA ORIZICULTORES DO RIBATEJO, S A 800,329
RIBAFREIXO-SOCIEDADE AGRICOLA, LDA 788,623
ESTEVAO LUIS SALVADOR, LDA 780,000
LLOPIS PORTUGAL, SA 779,044
NUTRIGREEN, S A 778,303
FUMADOS DOURO — COMERCIALIZAÇÃO DE CARNES, S A 775,765
ZEZEROVO — PRODUCAO AGRICOLA E AVICOLA DO ZEZERE, S A 753,771
FERREIRA GOMES & FILHOS, LDA 749,244
CAMPOAVES — AVES DO CAMPO SA 716,051
COOPERATIVA AGRÍCOLA DOS FRUTICULTORES DO CADAVAL CRL 705,693
COOPERATIVA AGRÍCOLA DE BEJA E BRINCHES, C R L 700,000
CASA DE SARMENTO, S A 688,243
QUINTA DA ARCHEIRA — SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA 680,509
FRUSANTOS — FRUTOS SELECCIONADOS, LDA 671,434
FRUTOESTE-COOPERATIVA AGRICOLA DE HORTOFRUTICULTORES DO OESTE-CRL 660,043
HORTOMELÃO — PRODUTOS HORTICULAS E FRUTOS, LDA 655,893
INNOLIVO PORTUGAL, UNIPESSOAL, LDA 648,897
SOCIEDADE AGRO-PECUARIA DO VALE DA ADEGA, S A 642,081
BATATAS MIRENSE, LDA 637,882
SAGRI-SOCIEDADE AGRICOLA SA 626,833
RAPORAL-RACOES DE PORTUGAL SA 625,404
HVA — AGRICULTURA, PECUÁRIA, CAÇA E TURISMO RURAL DO ALENTEJO, LDA 623,579
ALENLAGAR — SOCIEDADE EXPLORADORA DO LAGAR DE FERREIRA DO ALENTEJO, LDA 623,303
FINISTERRA — CONSULTORIA E PROJECTOS, S A 617,818
CARMONTI — INDUSTRIA DE CARNES DO MONTIJO, S A 614,091
SOCIEDADE AGRICOLA DA FONTE DO PINHEIRO, S A 612,389
COMPANHIA AGRICOLA DA APARICA SA 611,998
CENTRAL DE FRUTAS DO PAINHO, S A 600,531
TORRIBA — ORGANIZACAO DE PRODUTORES DE HORTOFRUTICOLAS, S A 599,586
FREITASMAR — PRODUTOS ALIMENTARES, LDA 597,984
FOLAZABAL & FILHOS, LDA 594,294
MIRALEITE — SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA UNIPESSOAL, LDA 593,919
AGROZEL — AGRO-PECUARIA DO ZEZERE, S A 575,347
SOCIEDADE AGRICOLA DO RIO FRIO, S A 569,525
BOGARIS AGRICULTURE POR LADEIRAS, SA 566,921
FENALAC — FED NAC DAS COOPERATIVAS DE PRODUTORES DE LEITE FCRL 556,615
BOGARIS AGRICULTURE POR ENXARA, SA 550,780
PAPORSI, LDA 548,974
BEIRAGEL PRODUTOS ALIMENTARES CONGELADOS SA 536,291
AGROMARIENSECOOP CCOPPRODAGRO PECUAILHA STA MARIA CRL 534,766
ADEGA COOPERATIVA DE SAO MAMEDE DA VENTOSA CRL 531,504
COOPERFRUTAS — COOP PRODUTORES FRUTA E PROD HORTICOLAS DE ALCOBACA CRL 523,709
LIDO SOL II — DISTRIBUICÃO DE PRODUTOS ALIMENTARES, S A 521,843
ADEGA COOPERATIVA REGIONAL DE MONÇÃO CRL 521,770
LITOFISH, LDA 516,912
AGRICOLA ALENTEJO SL 515,227
BOLACHAS GULLON, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA 506,442
J PALMEIRO-INDÚSTRIA E COMÉRCIO ALIMENTAR, SA 505,899
EUROCOMPETÊNCIA-SOC IMOB DE EXP AGRÍCOLA, PECUARIA E CINEGÉTICA, LDA 505,162
ELAIA 2, INVESTIMENTOS SA 503,509
BOLOTAVERDE — SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA, S A 497,965
COOPERATIVA DE PRODUTORES DE PEIXE DO CENTRO LITORAL CRL 492,239
CONTORNOS & LIMITES — SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA, SA 491,355
VALE DE S MARTINHO 481,520
LUSOMORANGO — ORGANIZACAO DE PRODUTORES DE PEQUENOS FRUTOS SA 472,416
HORTOFRUTICOLAS CAMPELOS, S A 470,764
COOPERATIVA AGRICOLA DE MOURA E BARRANCOS CRL 462,990
CONFEDERACAO DOS AGRICULTORES DE PORTUGAL 461,875
FITAGRO GRUPO, SL 461,034
ACHAR — ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DE CHARNECA 454,811
ADEGA COOPERATIVA DE ALMEIRIM CRL 443,688
A S PERDIGAO SOCIEDADE DE EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA, LDA 441,260
SOCIEDADE AGRICOLA DA HERDADE DO PIGEIRO, LDA 441,088
JORGE SÁ, S A 436,362
LAOCONTE — ACTIVIDADES AGRICOLAS, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA 433,692
ESPORÃO, S A 431,540
ITALAGRO-INDUSTRIA DE TRANSFORMACAO DE PRODUTOS ALIMENTARES, S A 429,816
CRUZETOS SOCIEDADE AGRICOLA SA 429,154
COOPERATIVA AGRICOLA DE PRODUCAO BARRO NEGRO CRL 427,862
FENADEGAS — FEDERAÇÃO NACIONAL DAS ADEGAS COOPERATIVAS FCRL 426,477
ATLANFINA — SOC FINANCEIRA ATLANTICA, S A 425,663
KIWI 1000, LDA 422,667
AGROSEBER S A 419,175
APAVE — ORGANIZAÇÃO DE PRODUTORES AGRICOLAS DO VALE DO TEJO, S A 417,466
CAMPOTEC-COMERCIALIZACAO E CONSULTADORIA EM HORTOFRUTICOLAS SA 416,706
ADL — ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DO LITORAL ALENTEJANO 413,091
MURTIGÃO — SOCIEDADE AGRICOLA, S A 412,384
MONTE — DESENVOLVIMENTO ALENTEJO CENTRAL, ACE 412,114
AGRO-LUCEFECIT, LDA 410,404
HERDADE QUINTA DO MANIQUE, S A G, LDA 407,483
MARAVILHA FARMS PRODUÇAO E COMERCIALIZAÇÃO DE FRUTOS, S A 406,494
HORTIPOR — EXPORT, LDA 406,110
FONTEMBRO — SOCIEDADE AGRICOLA E IMOBILIÁRIA, LDA 405,585
FRUTALGOZ — SOCIEDADE AGRICOLA DO ALGOZ, LDA 405,343
CASAL DE VARZEA DE TREVÕES — SOCIEDADE AGRICOLA E COMERCIAL, LDA 404,798
AD ELO ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL DA BAIRRADA E MONDEGO 404,576
ELAIA LAGAR — PRODUÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE AZEITE, S A 404,388
AGRÍCOLA VIRGEM DA CONCEIÇÃO, S A 397,773
ASSOCIAÇÃO FLORESTAL DO LIMA 397,562
HORTAPRONTA — HORTAS DO OESTE, S A 395,452
LUGRADE-BACALHAU DE COIMBRA, S A 395,004
COMPANHIA AGRICOLA DAS POLVOROSAS SA 394,611
TURPANCAS-SOCIEDADE DE EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA E TURISTICA, LDA 394,435
TANGERINA — SOCIEDADE LIMITADA, SUCURSAL DE PORTUGAL 391,766
SERGIO DOMINGOS AZEVEDO ALVES 384,695
M RITO, LDA 384,101
SUESTE — PRODUTOS ALIMENTARES, LDA 383,020
SOCIEDADE AGRO-PECUARIA CALDEIRINHA, LDA 382,289
ASSOCIAÇÃO DOS AGRICULTORES DO DISTRITO DE PORTALEGRE 380,775
RAMIREZ & CA (FILHOS), S A 376,396
SOCIEDADE AGRICOLA DAS BORBOLEGAS, LDA 376,055
ENCOSTA DO SOBRAL — SOCIEDADE AGRICOLA, LDA 375,754
TRIPLANTA — VIVEIROS DO OESTE, S A 372,884
FRUSOAL — FRUTAS SOTAVENTO ALGARVE, LDA 372,096
PARANHOCARNES, INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CARNES, S A 371,802
COMISSÃO VITIVINICOLA REGIONAL DO DÃO (CVR DO DÃO) 367,123
CONFAGRI — CONF NAC DAS COOP AGRIC E CREDITO AGRIC DE PORTUGAL CCRL 363,290
ADRIMAG — ASS DE DESENV INTGSERRAS DE MONTEMURO ARADA E GRALHEIRA 363,187
SOCIEDADE AGRICOLA VALBOM E ANEXOS, LDA 362,687
DETALHE CAMPESTRE-UNIPESSOAL, LDA 362,308
OLIVAL DA FONTE DOS FRADES EXPLORACAO AGRICOLA, SA 361,172
DUARTOVOS, LDA 359,914
VIVEIROS DA QUINTA, LDA 359,574
VALE DA LAMA — SOCIEDADE AGRICOLA DO VALE DA LAMA DA ATELA, LDA 357,290
CASA CADAVAL-INVESTIMENTOS AGRICOLAS, S A 353,666
ADERAM — AGENCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO AUTONOMA DA MADEIRA 353,441
SINAGA-SOCIEDADE DE INDUSTRIAS AGRICOLAS ACOREANAS, S A 351,750
AGRO-PECUARIA CAMPINO, LDA 350,474
ICM — INDUSTRIAS DE CARNES DO MINHO, S A 350,250
COPRAPEC-COOPERATIVA AGRICOLA DE COMPRA E VENDA DE MONTEMOR-O-NOVO CRL 348,590
ESPECIAL FRUTAS COMERCIO DE FRUTAS E PRODUTOS HORTÍCOLAS, LDA 347,188
REFUGIO VERDE, LDA 346,839
CHERRYFLAVOUR — UNIPESSOAL, LDA 346,500
BÉTICA — INICIATIVAS EMPRESARIAIS AGRICOLAS, UNIPESSOAL, LDA 343,458
VINIPORTUGAL ASSOC INTERPROFISSIONAL PROMOÇÃO DOS VINHOS PORTUGUESES 341,306
MARIA DE FATIMA BARAHONA MIRA DA SILVA DA CRUZ E SILVA 341,228
COELHO & DIAS SA 340,931
ASSOCIACAO DE REGANTES E BENEFICIARIOS DO VALE DO SORRAIA 336,718
COOPERATIVA UNIAO AGRICOLA CRL 336,696
NORTE AVES — PRODUÇÃO AVÍCOLA, LDA 333,103
AGROMAIS-ENTREPOSTO COMERCIAL AGRICOLA CRL 329,677
RUDE — ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO RURAL 328,764
TORRE DAS FIGUEIRAS-SOCIEDADE AGRICOLA, LDA 326,717
SYMINGTON FAMILY ESTATES VINHOS, LDA 326,119
DESFILAND — OLIVICULTURA, LDA 325,683
CASA AGRICOLA DA QUINTA DA FOZ — SOCIEDADE AGRO-PECUARIA, LDA 324,592
AVELEDA, S A 324,173
AVIFERREIRA — AVICULTURA, LDA 323,720
ERVIDAGRO SOCIEDADE AGRICOLA 321,850
JOÃO PEDRO MATA DE MENDONCA 321,499
MARINHAVE — SOCIEDADE AGRO-AVICOLA, S A 319,488
PAM OP, LDA 318,221
DESTILARIA LEVIRA, LDA 318,128
CARRILHA DE PALMA — SOCIEDADE AGRICOLA, LDA 317,521
SERRANO MIRA — SOCIEDADE VINICOLA SA 317,079
LOPAL — AGRICULTURA E PECUARIA, S A 316,745
JAIME ANTONIO MORAIS FIGO 315,786
COMISSAO VITIVINICOLA DA REGIAO DE LISBOA 315,723
TERCEIRENSE DE RAÇÕES — SOCIEDADE PRODUTORA DE RAÇÕES, S A 315,090
SOCIEDADE AGRICOLA DO CASTELO REAL, LDA 315,032
AGRO-INFANTADO, SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA, LDA 314,783
SEDACOR — SOCIEDADE EXPORTADORA DE ARTIGOS DE CORTIÇA, LDA 314,431
JOSE MANUEL MOCO NUNES 312,415
ALENSADO — COOPERATIVA AGRICOLA DO SADO, CRL 311,830
ANTONIO MANUEL COGUMBREIRO ESTRELA REGO 308,026
QUINTA DO CRASTO, S A 307,937
TOBIAS MANUEL GANCHO 307,015
EDICOUTADA, SOCIEDADE AGRICOLA, LDA 306,671
PROMILKER — PECUARIA DE LEITE,UNIPESSOAL, LDA 304,939
MARIA INES KINDLER DE BARAHONA 302,743
DOLMEN — COOPERATIVA DE FORMAÇÃO EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DO BAIXO TAM 301,115
MADRE FRUTA — CENTRO DE VENDAS HORTOFRUTICOLAS, LDA 301,100
ADRACES — ASSOCIAÇAO PARA O DESENVOLVIMENTO DA RAIA CENTRO-SUL 298,575
AVIPRONTO — PRODUTOS ALIMENTARES, S A 298,003
UNIOVO — OVOS E DERIVADOS, SA 297,712
CSL SOCIEDADE AGRICOLA, LDA 296,025
AGRONOVO — SOCIEDADE AGRÍCOLA DO MONTE NOVO E ANEXAS, LDA 294,945
FRUTIVILARIÇA, LDA 294,235
ADICES — ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL 293,979
INACIO ESTACIO DOS SANTOS 293,736
CASA SANTOS LIMA — COMPANHIA DAS VINHAS, S A 293,033
ASSOCIACAO NACIONAL DE CRIADORES DE OVINOS SERRA DA ESTRELA 291,171
SOCIEDADE AGRO-PECUARIA DO JUNCO, LDA 291,152
AGRO-PECUARIA DO MONTINHO, LDA 290,712
VENANCIO DA COSTA LIMA SUCRS,LDA 290,423
APARA — ASSOCIAÇÃO DE PESCA ARTESANAL DA REGIÃO DE AVEIRO 289,654
HERDADE DE SANTA CATARINA SOCIEDADE AGRO PECUARIA, LDA 289,277
LUIS FERNANDO BULHAO MARTINS 289,108
SOCIEDADE AGRICOLA DO CONDADO DA TORRE, LDA 288,820
COMPANHIA AGRICOLA DAS CORTES E VALBOM-COLBOM, S A 287,846
SOCIEDADE AGRÍCOLA DA ARCEBISPA, S A 287,811
GIALMAR — PRODUTOS ALIMENTARES, SA 286,482
HERDADE DO PINHEIRO, S A 285,642
ANTONIO AUGUSTO DO NASCIMENTO GONCALVES, HERDEIROS 285,627
MAROLHÃO — PRODUTOS DA PESCA, LDA 285,457
VILA GALÉ-SOCIEDADE DE EMPREENDIMENTOS TURISTICOS, S A 285,283
MEXECOM — AQUACULTURAS SA 285,200
DILOP CHARCUTARIA -COZIDOS E FUMADOS, S A 284,178
SOC DE AGRICULTURA DE GRUPO AGRO HORTICOLA, LDA 283,428
INPROLAC, LDA 281,607
HERDADE MACHOQUEIRA DO GROU CRL 280,929
FERNANDO MANUEL GOMES SANTOS FERREIRA 280,694
LÓGICA — SOCIEDADE GESTORA DO PARQUE TECNOLÓGICO DE MOURA, E M 280,376
SOCIEDADE AGRO-PECUARIA PECAS PEREIRA UNIPESSOAL, LDA 279,703
MAÇARICO, SA 279,105
QUINTA DOS VEADOS — ACTIVIDADES AGRICOLAS, SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA 277,211
BOGARIS AGRICULTURE POR MALHADA VELHA, LDA 277,125
DEMECO — AGRO-PECUARIA, LDA 276,472
SOCIEDADE AGRICOLA DE CORTICAS FLOCOR, S A 276,310
CECILIO, S A 276,234
SOCIEDADE AGRICOLA JOAQUIM VIDAL E ORTIGAO COSTA LIMITADA 275,862
ASSOCIAÇÃO IN LOCO DE INTERVENÇÃO,FORM E ESTUDOS PARA O DESENVLOCAL 274,788
GRAN CRUZ PORTO — SOCIEDADE COMERCIAL DE VINHOS, LDA 274,600
COFISA — CONSERVAS DE PEIXE DA FIGUEIRA SA 272,427
CASA AGRICOLA JOSE BARROSO, LDA 271,092
JOSE SAMUEL PEREIRA LUPI 269,728
APRODER-ASSOCIAÇÃO PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL DO RIBATEJO 269,307
COMPANHIA GERAL DA AGRICULTURA DAS VINHAS DO ALTO DOURO, S A 268,135
SOCIEDADE AGRICOLA J B GAGA, UNIPESSOAL, LDA 265,222
KIWICOOP,COOPERATIVA FRUTICOLA DA BAIRRADA CRL 264,968
SOCIEDADE AGRICOLA DO AMEIXIAL, S A 263,477
LEADER OESTE-ASSOCIAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO RURAL 262,425
CAMTO — CASA AGRÍCOLA DO MONTE DO TOJAL, LDA 262,247
ACUSHLA, S A 260,998
ESTEVAO NEVES — HIPERMERCADOS DA MADEIRA, S A 260,825
CLARA MARIA PALHA TEOTONIO PEREIRA 260,159
FALUA SOCIEDADE DE VINHOS SA 260,090
CAS — BARROCAS — SOCIEDADE AGRÍCOLA, LDA 259,709
SOCIEDADE AGRÍCOLA FRANCO INÁCIO, LDA 259,162
SEIS QUINTAS MARTUE SA 259,069
FRUTERCOOP — COOPERATIVA HORTOFRUTICULTORES ILHA TERCEIRA CRL 258,786
MADUMATE,SA 258,332
HORTOGLÓRIA-SOCIEDADE UNIPESSOAL, LDA 258,154
AGRO-DOTTI — FORNECIMENTO DE PRODUTOS E SERVICOS AGRICOLAS, LDA 257,651
PORMINHO — INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CARNES, L 257,110
ASSOCIAÇÃO DOS PRODUTORES FLORESTAIS DA REGIÃO DE ALCOBAÇA 255,328
CASA AGRICOLA ANTA DO SOBREIRO, S A 255,016
SOCIEDADE AGRÍCOLA MORGADINHA, LDA 254,430
COCKBURN & CA, S A 253,868
SOCIEDADE AGRICOLA CORTES MOURA, LDA 253,712
COOPERATIVA AGRO-PECUARIA MIRANDESA CRL 253,050
MONTE DA SILVEIRA — SOCIEDADE AGRICOLA, LDA 251,347
ADRIL — ASSOCIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL INTEGRADO DO LIMA 251,222
AGRICOLA LAS ALGAIDAS, LDA 251,210
LISETA DA CONCEICAO MARTINS PARANHOS DE OLIVEIRA 250,891
CORTES DE CIMA, S A 250,829
ASSOCIAÇÃO PARA A PROMOÇÃO RURAL DA CHARNECA RIBATEJANA 250,702
MANUEL VICENTE MIRRADO CANAS E JOSE MARIA MIRRADO CANAS SOC AGRICOLA, LDA 250,074
ASSOCIAÇÃO BLCCERES2G — PLATAFORMA P/ DESENVOLV REGIÃO INTERIOR CENTRO 250,000
HERDEIROS DE MANUEL JOAQUIM COSTA 249,720
MARIA CANDEIAS MATADO VENÂNCIO DUARTE 249,088
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE CRIADORES DE OVINOS DA RAÇA MERINA — ANCORME 248,102
CAPA-COOPERATIVA DOS ARMADORES DA PESCA ARTESANAL CRL 247,687
BIOZEZERE — BIOMASSA FLORESTAL, LDA 247,627
AGROPECUARIA DE LENTISCA, LDA 246,626
POMARCAMPO, LDA 246,072
MENÇÃO HONROSA — UNIPESSOAL, LDA 245,971
SOCIEDADE AGROPECUARIA DE MONTE RUIVO, LDA 245,639
CORANE — ASSOCIAÇÃO DE DESENVOLVIMENTO DOS CONCELHOS DA RAIA NORDESTINA 245,212
TEÓFILO DE CASTRO DUARTE, HERDEIROS 244,345
SOCIEDADE AGRICOLA CENTRAL DA AMENDOEIRA, LDA 243,682
ADEGA COOPERATIVA DA LABRUGEIRA CRL 243,662
SOCIEDADE AGRO PECUARIA DA HERDADE DO GAVIAO E ANEXAS, S A 242,982
JOSÉ BARAHONA NÚNCIO HERDEIROS 242,775
HERDADE DO CHOURICO SOCIEDADE AGRO PECUARIA, LDA 241,679
SOCIEDADE AGRO-PECUARIA DA PAPOILA, LDA 241,635
J RAMA — PRODUÇÃO E COMÉRCIO DE OVOS, LDA 241,348

47 pensamentos sobre “Onde cortar na despesa: subsídios do Ministério da Agricultura

  1. Lucas

    Na cabeça do Carlos Pinto devem existir pelo menos 10 milhões e quatro centos mil portugueses a viver a custa do contribuinte Carlos Pinto.

  2. Guillaume Tell

    Ou seja, imaginando que se gastou 1400 milhões em subsídios no Ministério do Ambiente em 2011 isto significa que os subsídios representaram naquele ano 78,93% do orçamento do Ministério (>despesa efectiva = 1773,6 milhões).

    Isto quando se sabe que o sector primário produzirá algo como 6300 milhões de euros…

  3. JP Ribeiro

    Mais um escândalo! assim de repente e só olhando para os que recebem mais de um milhão vejo a Sogrape (família Guedes) e a Herdade da Comporta (família Espirito Santo). Uma chulisse pegada organizada.

  4. Alexandre Carvalho da Silveira

    Porque é que quem se dedica à agricultura em Portugal deveria estar privado dos fundos europeus que todos os agricultores europeus recebem? Porque é de dinheiros que vêm da UE que o sr Carlos Guimarães Pinto está aqui a falar.Este post não passa de um exercicio de ignorancia, e, pior ainda, de demagogia.
    O sr J P Ribeiro aponta a Sogrape “da familia Guedes” como um dos tubarões que recebem o “dinheiro dos nossos impostos”. Sabe quanto é que a Sogrape exporta todos os anos? Mais de cem milhões de euros.

  5. Pedrovski

    Então, se exporta mais de cem milhões de euros, porque necessita do subsídiozito de um milhão de euros?…

  6. Alexandre Carvalho da Silveira

    Sr Pedrovsky,
    Necessita do “subsidiozito” porque investiu, para poder aumentar o seu volume de negocios em geral e as exportações em particular. O sr deve ser dos que pensam que subsidios só para as ajudas de custo dos funcionários publicos.

  7. Guillaume Tell

    Alexandre Carvalho da Silveira está disposto a dar parte dos seus rendimentos para subsidiar a agricultura. Bem lhe faça

    Eu não quero (apesar de ser filho de agricultores) mas porquê que sou obrigado a isso?

    PS: mas você acha que o sector primário português ganhou alguma coisa com os subsídios? Com todas as proibições que o tocam? Sabia que o sector secundário multiplicou por 8 o seu valor acresentado entre 1953 e 1992, o tercário multiplicou o por 7, enquanto o primário nem ainda não tinha atingido o dobro da sua produção de 1953.

  8. Alexandre Carvalho da Silveira

    Não se pode comparar o que não é comparavel, muito menos em Portugal! A agricultura portuguesa sem subsidios que vêm da UE, não tem viabilidade. É só comparar os rendimentos/hectare em Portugal com o centro e norte da Europa. A parte dos seus impostos que vão para os subsidios da agricultura, é infimo, comparado com o que vai, p. ex. para as obras publicas de fachada. Mas é disso que os portugueses gostam. Desde o Fontes Pereira de Mello.

  9. rr

    Alexandre, o mal das obras publicas não é serem obras-publicas, mas sim serem financiadas pelo estado.Dito de outran forma, a agricultura não pode depender de subsidios publicos, mesmo que isso implique a sua inexistencia.
    O senhor coloca as coisas nos termos errados.A diferença não é entre coisas uteis e coisas unuteis, mas sim entre coisas que o contribuinte portugues tem de financiar e as que não precisam de financiamento público.

  10. rr

    Enfi, estou a ver que o alexandre como sociailista que é, admites todos os cortes de despesa, menos aquele que tem haver com ele

  11. Guillaume Tell

    “A agricultura portuguesa sem subsidios que vêm da UE, não tem viabilidade”
    Como não tem viabilidade? Mas agora o sucesso ou não de um sector depende da boa vontade de meia dúzias de burocratas? E como pode dizer que a agricutlura com subsídios tem viabilidade? Se tivesse viabilidade não precisaria de subsídios nessa caso!

    Nós não conseguimos produzir tudo, temos de nos especializar naquilo em que somos melhores, vender productos em que conseguimos obter boas margens e pararmos de quer salvar todos patos bravos! Desde os anos 1930 que não se pára de subsidiar os productores agrícolas, a criarmos milhares de regras sobre como, quando devem produzir ou transportar e o resultado está à vista:

    Em 1960 o valor acresentado do sector primário português representava cerca de 10 mil milhões a preços constantes, hoje anda à volta dos 6 mil milhões. DIMINUI!!! E escusais de dizer que antes da entrada da CEE era o mundo das maravilhas, a riqueza desse sector demorou 40 ANOS PARA DUPLICAR ENTRE 1953 E 1992!!! A UE e a treta dos seus subsídios e das suas imposições só contribui para cavar o nosso sector primário, por isso NÃO É COM MAIS SUBSÍDIOS E REGULAMENTACÕES QUE VAMOS RESGATAR O NOSSO SECTOR PRIMÁRIO!!!

  12. Alexandre Carvalho da Silveira

    A agricultura portuguesa sem subsidios não tem viabilidade, quanto mais não seja porque as outras agriculturas tambem são subsidiadas, seja na Europa, nos EEUU, ou na América do Sul. É portanto uma questão de concorrencia.
    Até ao principio dos anos 80, mais de 20% da população vivia da agricultura em Portugal. Mas a maior parte deles eram ou assalariados, ou micro-agricultores que tinham uma actividade de subsistencia; quer dizer: consumiam praticamente tudo o que produziam. Por outro lado só nos principios dos anos 60 é que a agricultura se mecanizou, e mesmo assim de uma maneira deficiente. Só com a adesão à então CEE em 1986, e graças aos subsidios que de lá vieram, é que a agricutura portuguesa se apetrechou convenientemente ao nivel da mecanização; melhores tractores, melhores ceifeiras/debulhadoras, melhores alfaias, melhores ordenhas mecanicas, mecanização das vindimas, da cultura do arroz, a modernização dos equipamentos nas adegas e lagares de azeite, das empresas de lacticinios etc etc. Tudo isso só foi possivel com os fundos europeus. Negar isto, é não saber de que é que se está a falar!

  13. anonimox

    Alexandre, mas não é justo as pessoas que não querem financiar essa agricultura, estar a financiá-la.É preferivel portanto que essa agricultura não exista.Ponto

  14. Lucas

    “É preferivel portanto que essa agricultura não exista.” Claro, depois come-se os despojos largados na sanita.

  15. Tiro ao Alvo

    Aqui está uma informação que representa um verdadeiro “serviço público”, independentemente da justeza, ou não, dos muitos subsídios divulgados.
    Bom será que o assunto se mantenha na agenda e que apareça muita gente a discuti-lo.

  16. Lucas Galuxo

    Este post do Carlos Guimarães Pinto mostra o estado de indigência intelectual de uma certa direita que se julga liberal mas que não passa de ignorante. Dá razão a quem por estes dias se lamenta da escassez de vozes responsáveis na direita portuguesa;.
    Esta lista de subsídios não custa 50000 votos, custa o pão de 10 milhões de cidadãos. Aos agricultores portugueses tanto lhes faz produzir com subsídios como sem subsídios. Só não podem é participar em mercados em que os seus concorrentes cumprem regras diferentes das que estão obrigados, sob pena do país ter capacidade para alimentar a sua população pelo período de tempo que a riqueza criada na restante actividade económica permitir (15 dias?).
    Os agricultores portugueses são dos que menos subsídios recebem da União Europeia (o Miguel Noronha é que diz que os países se desenvolvem sem medidas proteccionistas, tem que explicar isso aos países do Norte que encontraram na UE a forma ideal de proteger a sua agricultura (França) e indústria (Alemanha)).
    Se o valor acrescentado do sector primário decresceu, como parece escandalizar o Guillaume Tell, é porque todo o desenvolvimento económico se realizou à conta de deflação dos produtos agrícolas permitido pela eficácia e produtividade do sector agrícola e pecuário, que permitiu a transferência de rendimento das famílias para outros sectores. Pode ser que não tenha que esperar por muito tempo para o ver proporcionalmente crescer de novo…

  17. Guillaume Tell

    E depois? Esta modernaização feita por subsídios só deu problemas. A realidade hoje é que o sector primário produz menos riqueza que em 1992. Os métodos de trabalho do Norte da Europa não estão adaptados ao nosso solo, ao nosso clima, às nossas tradições mesmo. Por causa dos subsídios andámos a produzir produtos inadaptados, em vez de nos concentrármos nas nossas vantagens comparativas, que inclusive podiam utilizar menos tecnológia e nós garantiriam margens boas. Mas não, insistiu-se a fazer como os outros resultado: destrui-se o potencial porque andámos a desviar recursos parcos para sectores inadaptados e estamos com falta de alimentos porque esses sectores não estão adaptados e não são competitivos o suficiente para ganharmos com quê os trocar.

    Quanto a essa da “concorrência desleal via subsídios”, duas coisas:

    1) Os países que andam a subsidiar a sua agricultura acabam irreviavelemente por fazer a mesma coisa que disse mais em cima, ou seja incentivam uma produção desajustada, produz-se excessivamente do mesmo producto e depois os outros sectores não acompanham porque a produção subsídiada seca os recursos disponivéis. Logo eles acabam por ter problemas (basta ver como anda a agricultura no celeiro da Europa, a França, que está numa situação praticamente igual à nossa).

    2) Os produtos subsídiados, mais baratos, que chegam cá obrigam-nos ou a nos especializarmos noutra coisa, ou de inovarmos os nossos produtos para os diferenciar, logo ficamos a ganhar duas vezes: um porque chegam produtos do estrangeiro mais baratos, e dois porque passamos a vender produtos extremamente rentáveis graças à inovação. Agora poderiamos contrapor “mas na África eles vêem chegar frangos portugueses mais baratos, apesar de eles serem capazes de produzir frangos facilemente, e por causa de isso os camponeses lá acabam por sofrer”. Pois mas aí não é um problema só um problema de subsídios é também, e sobretudo, um problema de falta de abertura comercial. O mercado agrícola mundial é demasiado fechado, os africanos têm tantas barreiras para exportar cá que lhes é impossível penetrarem os nossos mercados, ao contrário os nossos produtores conseguem entrar lá porque têm subsídios que lhes pagam as barreiras. Logo a solução é acabar com os subsídios e as barreiras.

    Volto a repetir:

    Em 1960 o valor acresentado do sector primário português representava cerca de 10 mil milhões a preços constantes, hoje anda à volta dos 6 mil milhões. E o Ministério da Agricultura têm um orçamento equivalente a quase um terço do sector primário. A intervenção estatal é o problema, não a solução!

  18. Guillaume Tell

    “todo o desenvolvimento económico se realizou à conta de deflação dos produtos agrícolas permitido pela eficácia e produtividade do sector agrícola e pecuário”
    Então nesse caso nós deveriamos viver hoje como na Idade da Pedra. Houve tanta inovação, eficáca e produtividade de há 200 anos para cá que isso devia ter deflacionado o nosso modo de viver!

  19. Podia-se criar uma empresa privada que certificava todas as empresas que não eram subsidiadas. Não só é imoral como engana as pessoas no preço que estão a pagar. Devia, aliás, ser obrigatório as empresas que recebem subsidios dizerem-no, para nós sabermos que quando vamos comprar um quilo de arroz, por exemplo, estamos a pagar mais do que o preço que lá está marcado. Isto levado a tribunal tem muito que se lhe diga… ou pelo menos devia ter

  20. O problema não é assim tão simples:

    1º A estatização do ensino é o principal responsável pela degradação da actividade agrícola. Sem liberdade de ensino a maioria da população fica uniforme, corrompida e obedece maioritariamente às determinações quantitativas. A mecanização da agricultura, a monocultura, os transgénicos etc, são tudo consequências da estatização do ensino que cria rebanhos de ignorantes que se alimentam como massas amorfas que são. A liberdade de ensino liberta o que há de melhor nos indivíduos e faz com que as determinações qualitativas surjam e mantenham as determinações quantitativas equilibradas. Todas estas grandes empresas subsidiadas veriam surgir milhares de novos agricultores e milhares de novos consumidores com sua diversidade de gostos, desejos e interesses.

  21. 2º A actividade agrícola está em desvantagem em relação a quase todas as outras actividades porque é das poucas que não é regulamentada. Um engenheiro, por exemplo, antes de o ser, tem de estudar durante vários anos com determinadas notas e com um determinado custo. Ora é óbvio que isto reduz as possibilidades dos que podem ser engenheiros ao passo que todos podem ser agricultores. Ora isto vai ter consequências na remuneração de uns e de outros. O Adam Smith explica isto melhor do que eu na Riqueza das Nações.

  22. 3º Toda a gente que tenha lido 2 ou 3 bons livros de economia sabe perfeitamente que o subsídio prejudica, por regra, o país que o pratica. O raciocínio é muito simples e elementar: se os espanhóis resolvem subsidiar toda a sua produção de maçãs e essas maçãs são todas da mesma variedade e qualidade – e supondo que os portugueses são uma massa amorfa que querem todos as mesmas maçãs – e que esses subsídios dos espanhóis fazem baixar o preço cerca de 20% em relação aos nossos preços, os portugueses deixam de produzir maçãs. Parece mau? Mas não é… É que nós vamos passar a pagar menos do que pagávamos pelas maçãs e os espanhóis vão passar a pagar mais. Não só pagam mais pelas que comem, como também pagam uma parte das que nós comemos! No fim do mês cada português tem mais dinheiro no bolso e o espanhol menos. Se subsidiassem toda a agricultura, era-lhes de tal modo nefasto, que nós em meia-dúzia de anos não só estávamos bastante mais ricos do que eles, como teríamos mesmo condições para voltar a produzir produtos agrícolas. Os motivos aqui são outros dos aduzidos acima, mas não me quero alongar mais.

  23. Lucas Galuxo

    “Devia, aliás, ser obrigatório as empresas que recebem subsidios dizerem-no, para nós sabermos que quando vamos comprar um quilo de arroz, por exemplo, estamos a pagar mais do que o preço que lá está marcado”

    Devia. Devia ser obrigatório dizer quanto ele custa a produzir, quanto o produtor recebe e por quanto é vendido. O que está no sites deveria aparecer na embalagem.

    Click to access Alface_Sem27_30.pdf

    (Mas se na embalagem fosse obrigatório colocar a origem (além do entreposto na Senhora da Hora, em Alfragide ou em Alcanena) já seria um avanço. Os consumidores poderiam escolher, pelo menos, os litros de gasóeo que querem pagar e a quantidade de dióxido de carbono que estão dispostos a ser responsaéveis por emitir para a atmosfera)

    E quando o produtor tem prejuízo o comprador deveria voluntariamente compensá-lo.

  24. Lucas Galuxo

    Vou repetir, Guilherme Tell

    Por exemplo, em 1990, um kg de milho à produção custava 46$/kg. Em 2005, com subsídios e tudo, não chegava 0,15 Euros/kg. Se esse preço tivesse acompanhado a inflação (como acompanham os preços do monopólios electricidade, vias de comunicação,…) deveria corresponder a 0,42 Euros/kg. Essa diferença de preço entre o que as famílias gastavam e gastam para se alimentar é que lhes permitiu gastar o dinheiro noutras coisas (carros, casas e viagens,…).A riqueza foi criada só que transferida de quem produz alimentos para outros sectores. Mas o Tell e o Pinto podem estar tranquilos. Já se percebeu que com 9 biliões de bocas para alimentar e com alterações climáticas essa farra está para acabar.

  25. 4º A atribuição dos subsídios agrícolas na UE tem, contudo, um outro motivo que no essencial se liga com os dois primeiros pontos. Ou melhor, não é tanto um motivo como uma consequência. Com a estatização do ensino e a regulamentação das profissões, a UE constatou a degradação estética, moral e a miséria crescente da agricultura. Ignorantes das causas, mas tendo embora ainda a clarividência para ver que o que estava a acontecer não podia ser bom, começaram a subsidiar a agricultura. Foi pior a emenda do que o soneto. Ao capitalismo, juntou-se o seu maior e melhor aliado: o socialismo.
    Tudo isto parecia conduzir à tragédia não fosse ter acontecido o caso de haver, em toda a UE, um país que conseguiu manter meia-dúzia de escolas de ensino livre. Na Alemanha existem as escolas do Rudolph Steiner que, entre outras coisas, ensinam agricultura biológica. Esta forma de agricultura é tão superior à agricultura convencional estatizada, que está condenada ao sucesso. E derivada desta agricultura de ensino livre surgiram centenas de novos métodos agrícolas, ao passo que na agricultura estatizada o método é sempre o mesmo: muitos químicos para destruir terra, ar e água, monoculturas de perder de vista, máquinas cada vez maiores, uniformização, redução drástica da variedade, etc.
    Para uma agricultura a sério, ensino livre e desregulamentação das profissões. Aí é que íamos ver o que valem capitalismo e socialismo.

    ps: é curioso como hoje em dia as pessoas já nem falam em propriedade. O termo agora em uso é exploração. Vai-se a qualquer lado e logo nos perguntam: – onde é a sua exploração? Efectivamente a natureza hoje em dia é para explorar, não é para se relacionar ou cultivar.

  26. Sr. Lucas,

    Isso resolve-se com medidas como a de pôr os hipermercados a pagar portagens… A mim não me choca nada o facto de a mostarda vir da India ou o arroz da China. O problema é que outrora vinha de caravela e agora vem de barco a motor. Eu preferia taxar o tal dióxido de carbono para todos por igual. Isto porque o ensino não é livre. Se fosse livre não regulamentava nada.

  27. Lucas Galuxo

    “Esta forma de agricultura é tão superior à agricultura convencional estatizada, que está condenada ao sucesso.”

    É. Só é pena necessitar utilizar 4 ou 5 vezes o recurso limitado chamado terra arável para produzir a mesma quantidade de alimento. E à conta disso mandar as florestas equatoriais p’ró galheiro.

  28. Guillaume Tell

    Lucas Galuxo,

    Você não precebe a diferença entre preço e riqueza. Quando a rirqueza geral aumenta o preço diminui. Porquê? Porque o aumento da riqueza pressupõe mais inovação, mais eficiência, mais eficácia, mais produtivivdade em suma. Ou seja dito de forma mais simples conseguimos produzir as coisas com mais facilidade.

    Mas isto não implica necessariamente que as pessoas ganham menos, pelo contrário, como os procedimentos são mais fáceis somos capazes de produzir, e por final de consumir mais. Ou seja o “bolo” total da riqueza aumenta.

    Agora claro quanto mais uma economia é produtiva, mais a produção é variada e requer mais sofisticação, é por isso que depois há uma transferência das pessoas para outras actividades. Mas isso não significa que os sectores que perdem pessoas, por não serem tão “elaborados”, têm necessariamente de ver a sua parte de riqueza criada diminuida. Pelo contrário a riqueza tende a ser maior porque os actores são certo menos numerosos mas são obrigados a serem mais produtivos para delivrarem os seus produtos, logo a riqueza global deve aumentar.

    Aumentar a riqueza ao diminuir os preços é o que se chama progresso económico. No caso agrícola diminui-se os preços e a riqueza. Porquê? Por causa dos subsídios.

    Esta história dos subsídios é sintomático de uma certa mentalidade portuguesa. Eu já disse noutro sítio que o Estado social é uma treta para nós porque somos um povo viceralemente individualista nós, em regra geral, só damos valor à solidariedade quando podemos lucrar com ela. É por isso que somos um país tremendemente desigual porque qualquer um que tenha a possibilidade de ter acesso a mecanismos de redistribuição fará tudo para que a redistribuição vá para sí, o que implica que os outros sejam obrigados a trabalhar para ele sem receberem o nada em troca no final. É a mesma coisa com os subsídios; raras são as pessoas que em Portugal não têm uma ligação ao mundo rural não podemos imaginar um mundo em que o campo não seja subsídiado, e não o podemos imaginar porque nós temos um inconsciente egoísta que acha que podemos lucrar com isso sem grandes esforços. Não é necessário colhermos os subsídios, podemos inclusive nunca chegar a eles, mas é preciso que estejam aí porque há sempre a esperança que um dia teremos direito a eles.

    Ao fundo o Estado Novo não foi tanto abaixo porque não nos dava liberdade, foi abaixo porque a classe média portuguesa nascente daquela altura sabia que aquele regime nunca lhe daria privilégios, as regalias então instituídas eram só acessíveis para a alta burguesia, e mesmo assim estavam ameaçadas com a liberalização iniciada a partir de 1960 (agora também é certo que não tivesse havido a Guerra Colonial o regim podia aguentar-se mais tempo e mesmo ser completamente reformada; com a Guerra a classe média tinha a impressão que tinha de fazer sacríficios superiores, o que é ainda mais insuportável quando se têm a impressão que nunca teremos direito a privilégios).

  29. Lucas Galuxo

    “No caso agrícola diminui-se os preços e a riqueza”

    Então não diminui?
    Ter terras a produzir 18 toneladas de milho por hectare, vacas a produzir 70 litros de leite por dia, e olivais a produzir 2000 litros de azeite por hectare, quando há 30 anos produziam 5, 15 e 200 é uma redução na produçâo de riqueza brutal. À nossa volta, em outros sectores, abundam exemplos de aumentos na produtividade muito superiores. O Guillaume trabalha em quê? Deve ter bons exemplos para dar.

  30. Guillaume Tell

    E você acha que foi graças aos subsídios que chegamos a isso? E mesmo assim o quê que adianta produzirmos agora 18 toneladas de milho se para isso temos de bombardear os campos de pestícidas? De que serve termos vacas a produzir 70 litros se temos de a mitrahar de medicamentos? E para que termos olivais a prdouzir 2000 litros de azeite se para isso é preciso secar os poços?

    A nossa produção agrícola está a vários níveis desadaptada. Se nos concentrávamos naquilo que somos capazes de produzir sem grande dificuldade teriamos certos produtos em excesso que poderiamos vender facilemente em troca de outros produtos que temos mais dificuldades em produzir. Ganhávamos duas vezes. E não é com subsídios que vamos chegar a isso. Pelo contrário os subsídios vão incentivar as más práticas, vão produzir em excesso certos produtos enquanto os outros serão marginalizados por não haver financiamento.

    Podemos produzir mais milho, leite e azeite, mas o valor deles diminui porque andamos a secar o crédito que poderia ir para outras produções, o que no final faz diminuir a riqueza global, porque nós não somos temos caractéristicas que nos permitem produzir milho, azeite e leite de maneira industrial.

  31. JPP

    Claro!!! Vamos acabar, imediatamente, com todos os subsídios à agricultura…
    E, no entanto, vamos continuar, com os nossos impostos, a subsidiar todos os agricultores da UE, menos os Portugueses?
    Há uma grande diferença entre os sectores rentistas que mencionou, e estas empresas, é que as empresas agrícolas são das poucas em Portugal a trabalhar com o preço de mercado internacional…
    Mesmo assim, ficavam beneficiadas se acabassem com os subsídios, bastava abolir, também, todas as condicionantes e directivas estatais e europeias (quem não paga, não manda)…
    Podíamos, e já que estamos nisso, listar todos os funcionários públicos deste país, publicar quanto ganham e pô-los imediatamente no olho da rua, sem qualquer indemnização nem direito a subsídio de desemprego… Isso sim, resolvia a questão orçamental e, para mim, também não há qualquer utilidade em financiá-los com os nossos impostos… O pouco que fazem prejudica a economia e sai sempre mais barato contratar prestações de serviços no estrangeiro… Vamos a isso?

  32. Lucas Galuxo

    “E mesmo assim o quê que adianta produzirmos agora 18 toneladas de milho se para isso temos de bombardear os campos de pestícidas? De que serve termos vacas a produzir 70 litros se temos de a mitrahar de medicamentos?”

    Tente falar do que sabe, Guillaume.

  33. pois

    Guillaume Tell

    “Ou seja, imaginando que se gastou 1400 milhões em subsídios no Ministério do Ambiente em 2011 isto significa que os subsídios representaram naquele ano 78,93% do orçamento do Ministério (>despesa efectiva = 1773,6 milhões).

    Isto quando se sabe que o sector primário produzirá algo como 6300 milhões de euros…”

    Ambiente não é só sector primário, mas diga-me qual é o país desenvolvido que não subsidia a sua agricultura?

  34. Guillaume Tell

    Ah porque considera que agricultura europeia é uma maravilha, respeita o meio ambiente, consegue garantir a auto-suficiência
    com produtos de qualidade. Sim de facto não temos escândalos nas explorações aonde se pressiona os agricultores a enfardarem os animais com medicamantos, não se paga rios de dinheiro para despoluir terrenos enquanto se obriga a usar milhares de pestícidas para que os pepinos façam 10 centimentros de largura, com um diametro de 2 centimetros e um verde escuro-claro.

    Está tudo uma maravilha, de facto

    “Tente falar do que sabe, Guillaume.”
    Devolvo-lhe o conselho quando fala quando diz que “a produtividade deflaciona o valor acresentado”. E já agora porquê que não se dá ao trabalho de me informar já que sou parvo? Eu dei-me bem ao trabalho de lhe explicar umas coisas, não vejo porquê que não faz igual.

    “Ambiente não é só sector primário, mas diga-me qual é o país desenvolvido que não subsidia a sua agricultura?”
    Cerca de 1400 milhões vão para a Agricultura em subsídios, viu como eu o despacho do Carlos Guimarães Pinto.

    De facto não conheço nenhum (enfim vejo bem alguns, mas por subsídio podemos entender muita coisa), e é bem por causa de isso que os agricultores andam mal por quase todo o lado. Mas se quiser ver um país que deixa muit margem de manobra aos agricultores veja a Nova Zelândia.

  35. Lucas Galuxo

    “E já agora porquê que não se dá ao trabalho de me informar já que sou parvo?”

    Guillaume, É obvio que quanto maior a produtividade menor o consumo de factores de produção por unidade vendida, menos pesticidas, menos medicamentos, menos emissões de gases de efeito de estufa, menos área de floresta derrubada,… E essa redução na Europa só não é maior porque há grupúsculos obscurantistas muito influentes que impedem a adopção de tecnologias disponíveis noutros lugares do planeta que a faria reduzir ainda mais, e pressionam a condicionalidade de entrega de subsídios aos métodos menos produtivos, sem se darem conta que são os que maior impacto ambiental produzem.

  36. pois

    “Cerca de 1400 milhões vão para a Agricultura em subsídios, viu como eu o despacho do Carlos Guimarães Pinto.”
    Desculpe mas não o vi e despachar-me para lado nenhum, limitou-se a não perceber o que eu escrevi.

    Vá lá já ouviu falar da Nova Zelândia, mas como resposta à minha pergunta vou validar como certo o “De facto não conheço nenhum”.

    Não desista de ensinar o aluxo o que é a agricultura, mas só lhe deixo uma pergunta: já alguma vez olhou para um tractor?

  37. Sr. Lucas,

    Dos vários métodos de agricultura biológica que conheço, quase todos são tão ou mais produtivos do que os convencionais. Se falarmos a longo prazo então…
    O método do bancal profundo, por exemplo, usado nas imediações de Paris há mais de 200 anos rivaliza com qualquer desses engenhos tecnológicos da ciência moderna em termos de produtividade. E também não é preciso, neste caso, darmos exemplos; basta um pouco de raciocínio: se a natureza faz uma parte do papel na produção de alimentos e se um tipo de agricultura a destrói e o outro a preserva, há necessariamente uma que tem de ser mais produtiva.

  38. Guillaume Tell

    Lucas,

    mesmo admitindo que canalizassmos todos os subsídios para a agricultura biológica (chamo isso assim para não ter de desenvolver mais, porque sei muito bem que é preciso alguns pesticidas, que não vamos voltar aos bois etc.) o problema seria igual: estamos a promover uma alocação artificial dos recursos. O que aconteceria seria que encontrariamos produtos biologicos mas provavelemente não haveria comer para todos, ou então só a preços proibitivos. Temos de deixar os agricultores decidirem como e o que querem produzir, porque só assim escolherão métodos e produtos adequados (caso contrário será a falência, ou rentabilidade baixíssima).

    pois,

    “Desculpe mas não o vi e despachar-me para lado nenhum, limitou-se a não perceber o que eu escrevi.”
    Então faça favor de o ver. E em segundo lamento mas continuo a não perceber, agradecia-lhe de ser mais claro.

    “Vá lá já ouviu falar da Nova Zelândia, mas como resposta à minha pergunta vou validar como certo o “De facto não conheço nenhum”.”
    Tenho a impressão que me quer fazer dizer alguma coisa, se for o caso vou responder-lhe isso: “assumindo o raciocino que se não há nenhum país que não subsidia a agricultura é obrigatório subsidiarmos a nossa, então se viviamos no século XVIII não deveriamos establecer uma democracia, pois isso não existe à exceção de alguns cantões suíços e mesmo assim, logo é ridículo iremos montarmos uma democracia”.

    Ainda não existe nenhuma sociedade verdadeiramente próspera (que é como quem diz liberal), há umas mais que outras mas isso não nos deve impedir de usar todos os instrumentos que nos levem a ela.

  39. Sr Guillaume Tell,

    « Porque o aumento da riqueza pressupõe mais inovação, mais eficiência, mais eficácia, mais produtividade em suma».

    Pressupõe certamente maior produtividade. Quanto ao resto, é apenas contabilidade histórica. Se eu apanhar mais dez minutos de laranjas por dia e as conseguir vender estou a ser mais produtivo. Os pasteis de Belém aumentaram a produção precisamente por não inovarem, por se manterem fiéis ao que sempre foram. É a infinita subjectividade humana que, paradoxalmente, permite a existência da ciência, neste caso a económica.

  40. Guillaume Tell

    “Os pasteis de Belém aumentaram a produção precisamente por não inovarem, por se manterem fiéis ao que sempre foram”
    Bem na verdade inovaram ao utilizar métodos diferentes de venda, de publicidade, de escolha dos clientes-alvos etc. Mas de resto concordo consigo.

  41. Carlos

    É provável que a ausência de subsídios aumentasse a produtividade, pois colocava todos em igualdade, assim, o mais competitivo é aquele que consegue o maior subsidio, logo é aquele tem melhores “contactos” e meios de pressão. Tenho uma “ovelhitas” no meu quintal, não recebo qualquer subsidio, pelo que apenas posso comê-las, o que é muito bom, Não ~so competitivas para vender.

  42. Muad'Dib

    O verdadeiro mal até pode nem estar nestes subsidios (nesta lista, se bem que empresas que lucram milhões continuarem a receber subsidios, há que questionar o porquê), o verdadeiro mal está no que diaramente os portugueses vivem e veem, processos abertos a politicos e outras figuras publicas, por corrupção, e nenhum é efectivamente preso (rouba-se à descarada), e depois sabe de historias de vizinhos, ou dele inclusivé, em que por meia duzia de centimos, alguem vai para a prisão.
    Assim, quando se vê estas listas e com “grandes” nomes associados e a receber milhões, o que é que se vai pensar?
    “Ahhh sim, é justo” deve ser o que 99 % deve pensar, e não “chiça, quanto mais ricos mais roubam, mais lhes é dado”

  43. Muad'Dib

    Aproveito para dizer uma coisa que ha muito tempo que a ouvi, muitos “agricultores”, nomeadamente aqueles que têm muitos hectares recebem dinheiro para não produzir absolutamente nada. E como é que o conseguiram?
    Bem, eles, proprietarios de terras com 50 e mais hectares, recebiam dinheiro do estado para cultivar “este” ou “aquele” produto, ao semea-lo a coisa era logo sabotada de maneira a nascer apenas 30% (misturavam areia com sementes), quando os 30% nasciam, chamavam o responsavel pelo subsidio, este constatava o não nascimento de 70% do produto, como resultado era-lhes pago a diferença, o estado fez contas (coisa rara) e como conclusão decidiu atribuir a este individuo 15.000 euros por ano para que este não produzisse, sim parece irreal, mas este país tambem o parece, mas é verdade.
    Depois, ve-mos estas listas e o que pensamos?? CORRUPÇÂO!

Deixe uma Resposta

Preencha os seus detalhes abaixo ou clique num ícone para iniciar sessão:

Logótipo da WordPress.com

Está a comentar usando a sua conta WordPress.com Terminar Sessão /  Alterar )

Facebook photo

Está a comentar usando a sua conta Facebook Terminar Sessão /  Alterar )

Connecting to %s

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.