Mr. Bean protagoniza campanha para legalizar o insulto:
O ator britânico Rowan Atkinson, conhecido pelo personagem Mr. Bean, é o rosto mais famoso de uma campanha que pretende legalizar o insulto no Reino Unido. Longe de parecer uma loucura, a campanha é séria, e visa anular uma lei que proíbe o uso de “palavras insultantes” no país, em vigor desde 1986.
“O problema é que qualquer coisa pode ser interpretada desse modo: a crítica, a caricatura, o sarcasmo. Inclusive manter uma opinião diferente da ortodoxa pode ser considerada um insulto”, disse Atkinson no lançamento da campanha, da qual participam ainda outras personalidades britânicas, como o ator Stephen Fry.
O verdadeiro insulto é a limitação da liberdade de expressão ao abrigo do politicamente correcto.
O verdadeiro insulto é no berço da Liberdade ter de se medir cautelosamente as palavras para não ferir susceptibilidades.
O verdadeiro insulto são os silêncios que são impostos pela políia do pensamento.
Não correndo o risco de ser repreendido – como sucedeu na BBC com Sue Cameron, para gáudio de Nigel Farage – apetece mesmo dizer: “What a lot of tossers!”.
Pode estar lá Mr. Bean.
Mas o assunto é mesmo sério.
Aqueles episódios com o Twitter nas Olimpíadas foram mesmo…
É evidente que a liberdade de expressão não constitui um valor irrestrito.
A liberdade absoluta, incluindo a de insultar, conduz à anarquia, de que só retiram vantagem os mais poderosos, fisicamente ou economicamente, conforme o contexto. A lei portuguesa, por exemplo, é bastante equilibrada nesse aspeto.
Agora liberdade para dizer disparates, essa é absoluta e neste blog usa-se e abusa-se dela. Talvez não se apresente aqui uma única ideia de jeito, mas, pelo menos, os visitantes divertem-se imenso.