“As reduções consecutivas do quadro de jornalistas do “Público” teve efeitos na qualidade do jornal. E os leitores sentiram isso e deixaram de o comprar. Em momento de crise, ainda mais. Demora a perceber que quanto mais cortam mais terão de cortar?”
(Daniel Oliveira, no Arrastão)
Note-se neste raciocínio fantástico que Daniel Oliveira aplica ao Público, mas que já vimos aplicados noutros posts aos cortes de despesa pública. É um raciocíonio interessante cuja conclusão inevitável é de que a evolução da despesa pública ou privada só tem uma direcção possível: para cima. Qualquer descida de despesa, segundo ele, apenas provocará um queda do volume de negócios, supostamente sempre superior ao corte de despesa. Este efeito é completamente independente do ponto de partida. Independentemente das despesas serem altas ou baixas, produtivas ou não, qualquer corte de despesa só pode levar a novos cortes de despesa. Custo de oportunidade e alocação do capital são termos que não entram no raciocínio bloquista. Excepto, claro está, quando os cortes de despesa são aplicados pelo próprio BE.
Como pode o Oliveira emitir opiniões subjetivas, como se fossem verdades absolutas? O jornalismo passou a ser invadido por estes wishifull thinkers, que escrevem aquilo que gostariam que a realidade fosse mas não é. Ora, para que irão as pessoas pagar para saber a opinião de pessoas que não lhes interessam minimamente e que ainda por cima as levam para longe da verdade? Era só o que faltava!
Estamos claramente perante um génio.
“… alocação do capital são termos que não entram no raciocínio bloquista.”
Entram. Depois de terem investido o seu capital (financeiro e humano) na realização de comícios de praia os seus eleitores, aparentemente, decidiram fazer praia no dia de eleições.
Esse bloquista é especialista em imbecilidade descarada e mais nada! E mostra-o constantemente!
Na retórica de um esquerdopata, o bom-senso, a lógica, a matemática e a verdade, correm desalmadas atrás das palavras sem nunca as alcançar.